The New Legends Of Hogwarts escrita por Annabel Lee


Capítulo 21
XXI - Lágrimas e Morte.


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem o capítulo, bebes!!!!



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Rapunzel

Rapunzel se esguiava, procurando ver ou ouvir o que Merida conversava com Jack. Os dois tinham os rostos sérios e tensos; Jack parecia a ponto de morrer e Merida tinha um rosto de tortura. A loira queria muito saber o que os incomodava, e também imaginava que poderia ajuda-los.

Como? Curando-os? Rapunzel sabe que é perda de tempo. Ela não pode curar tristeza, embora quisesse. Outra coisa que não pode curar é o medo. Principalmente o medo que ela andava sentindo naquele ano.

- Rapunzel?

Ela olhou para Wilbur. O amigo tinha os olhos negros preocupados e as sobrancelhas estavam franzidas. Olhando ao redor, Rapunzel notou que a professora já explicava a matéria e o que eles fariam na aula prática de Poções.

- Desculpe - a corvina sussurrou - estou distraída.

- Queria saber se está tudo bem...

- Sim, sim.

Wilbur não pareceu convencido, mas não disse nada. Nem ela. Rapunzel preferiu olhar a professora enquanto segurava um frasco de líquido rosa que a loira sabia ser uma Poção do Amor.

- Rapunzel - chamou a professora - pode vir aqui?

Ela demorou a se levantar. Enquanto caminhava em direção ao balcão sentiu o olhar de Merida e Jack sobre ela. A loira olhou para o canto e os viu cochicharem, olhando para ela. De repente, sentiu pesar.

- Diga-nos, Rapunzel, o que sente quando cheira a Poção do Amor?

Rapunzel não queria (definitivamente não queria!) cheirar uma poção e revelar seus sentimentos em relação a ela. Mas o que ela diria? "Não to afim, valeu aí, professora". Claro que não! Só restou a ela a opção de cheirar.

Ela disse o que sentia.

- Cheiro de livros antigos, de chocolate e de... produtos de limpeza.

Ela piscou os olhos. Produtos de limpeza? Impossível. O cheiro devia estar errado... Quem sente cheiro de alvejante e detergente quando se fala em amor?

Rapunzel se afastou, mas a professora sorria.

- Obrigada, Rapunzel - disse - bom, alunos, os cheiros que a poção nos remete é...

A loira sentou-se apressada, e sabia que Merida e Jack ainda a encaravam.

. . .

Jack Frost

- Que cheiro está sentindo? - ele perguntou para a DunBronch, quando a professora deixou uma amostra de poção do amor em frasco em cada uma das mesas para avaliação.

- Não estou sentindo nada - ela disse, sem olhá-lo nos olhos.

- Olha, Merida, eu sei o que você está pensando! Acha que só porque minha família inteira é Sonserina significa que eu tenho parentesco com Salazar, mas não tenho. Rapunzel é a única Herdeira em Hogwarts, até onde sabemos.

Merida suspirou.

- Jack, pare de se enganar. O sobrenome da amante de Salazar Sonserina era Alicia Frost. Frost, Jack!

Jack parou de respirar. Isso não era verdade... quem era a DunBronch para pensar algo assim? Ela sempre fora preconceituosa com Sonserinos e Jack sabia disso. Porque ele ainda estava dando atenção a ela?

- Isso não quer dizer nada - ele disse.

- Como não? Jack se você é um Herdeiro então...

Ela não completou o pensamento.

Mas Jack sabia o que ela queria dizer com isso. Ele estava em perigo e Rapunzel também. Os dois estão sendo caçados por algum professor psicótico, que pode ser qualquer um.

- Merida isso são apenas suposições...

- Suposições muito boas!

- Escuta, faltam cinco minutos para a aula acabar. Ou seja, para o jogo começar. Se nós dois ficarmos pensando em coisas negativas como essa vamos...

Merida deu um soco na mesa.

- Você está em provável perigo e só consegue pensar no QUADRIBOL?

Todos olharam para eles. Merida ficou da cor dos seus cabelos e Jack teve que esconder o rosto.

- Os senhores Frost e Dunbronch podem prosseguir coma discussão lá fora - a professora disse - e menos cinco pontos para Grifinória e Sonserina.

- Droga - Jack sussurrou.

Merida se levantou com raiva e ele foi atrás. Não era possível que ela tenha que estragar tudo! Principalmente agora que tinha Quadribol e eles poderiam conseguir pontos para suas Casas... E bum! Ela tem um ataque de TPM e põe tudo a perder.

Do lado de fora, Merida ainda parecia com raiva (assim como ele) e estava encostada na parede. Ela o encarou. E ele encarou de volta.

- Parabéns por estragar tudo, de novo.

- Cala a boca. Você está correndo risco de vida e ainda...

- EU NÃO ESTOU CORRENDO RISCO DE VIDA, DROGA!

Uma expressão de fragilidade passou pelo olhar de Merida pela primeira vez na vida. Jack recuou um passo, de repente sentindo pesar. Por Merlin, o que ele estava sentindo? Ver Merida daquele jeito... olhar para ele daquele jeito.

- Eu não posso deixar que você morra - ela disse - e ponto final.

Jack observou enquanto ela caminhava corredor acima, limpando o rosto com as vestes.

. . .

Soluço

Soluço estava sentado na cama da enfermaria. Estava atônito demais para chorar, mas sentia um desespero subindo suas veias. Era uma agonia que começou assim que a enfermeira lhe deu a notícia:

- Pennelope Clearwater faleceu ontem à noite.

Não podia ser possível. Não Penny! Não ela! Soluço enterrou a cabeça nas mãos e agarrou os próprios cabelos enquanto o desespero só crescia. Sua melhor amiga, sua primeira amiga, morta.

Então o choro finalmente chegou.

Foi como se uma torneira tivesse sido aberta nos olhos dele, e não havia nada para fazer parar de jorrar água. Ele chorou, berrou e quase socou as paredes (mas não era mal educado a esse ponto).

A enfermeira o observava com o olhar triste e lamentoso.

- Desculpe, filho - ela disse - gostaria de ver o corpo?

Soluço não queria. Uma parte dele podia estar curiosa mas ele não tinha certeza se aguentaria ver Penny sem vida diante dele, então negou com um abano de cabeça.

- Tudo bem - a enfermeira disse - enviaremos uma carta para a família agora. Há algo que acha que devamos dizer?

- Só diga que... ela era incrível. A melhor pessoa que já conheci.

A enfermeira assentiu, e se foi.

Soluço nem se preocupou em esfregar as lágrimas. Nunca mais teria a pequena jovem de cabelos castanhos recebendo-o em sua casa nas férias, jamais teria ela para contar segredos e fazer brincadeiras, jamais teria a garota maluca que inventa de beber cerveja no Corujal às 21:00...

Ele sentiria a falta dela, como se um pedaço dele tivesse morrido.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, bombástico.



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