The New Legends Of Hogwarts escrita por Annabel Lee


Capítulo 18
XVIII - Chamas


Notas iniciais do capítulo

Amores; eu espero - espero mesmo - que compreendam minha ausência.

Acontece que vou fazer prova pro Pedro II, e tenho estado muito ocupada.

Espero poder postar mais caps, e que eu passe logo nessa prova do Inferno!!

Amei cada comentário que me enviaram! E vocês sabem que amo cada um de vocês, sumidos e presentes!!!! Zakuro, Anna Chase, Tooth (minha beta reader) e alguns que só não gravei o nome porque é complicado, mas no prox cap comentarei e gravarei.

Amos vocês!



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Soluço

Enquanto corria, a mente de Soluço se divide entre duas etapas: a etapa que se concentra em fugir do dragão e se manter vivo, e a etapa que se sente confuso sobre estar com medo de um dragão e adorá-lo ao mesmo tempo.

Um sorriso amargo se forma em seu rosto. E pensar que ele havia voado num dragão mais cedo... É uma ironia ele estar ali, fugindo de jatos de chamas que estão tão próximos dele, que o cheiro de fumaça chega enjoar.

Pense em alguma coisa! Ele ordena a si mesmo. Lá atrás, luzes semelhantes a feitiços mal feitos brilham. Soluço sabe que os amigos não vão conseguir matar o dragão com seu pouco conhecimento em Defesa Contra as Artes das Trevas. Na verdade, é pouco provável que saiam dali vivos!

Soluço rola para trás de uma coluna de mármore quando surge mais um jato de fogo. Ele tira a varinha do bolso das vestes e tenta pensar em um feitiço útil...

... mas nenhum lhe vem à cabeça.

Ele gira o corpo para espiar pela coluna e consegue ver Merida criar um escudo com a varinha, que protegia Rapunzel e ela de um ataque por fogo. Soluço nunca vira um escudo tão potente quanto o da Grifinória, e fica boquiaberto com a visão.

Então ele observa o dragão, que possuía olhos verde-limão estranhamente familiares...

Banguela?

. . .

Merida

Merida não sabe como fez aquilo, mas fez. Ela e Rapunzel corriam pelo canto da sala, enquanto Jack tentava distrair a atenção do dragão para si. As duas acabaram encurraladas e só se ouvia os gritos, então Merida ergueu a varinha.

Ela não gritou nada. Nem um "Protego", ou um "Sai daqui, seu dragão maldito". Apenas ergueu sua varinha feita das raízes da oliveira e fechou os olhos com força. Ao abri-los, viu um campo de força vermelho brilhar em torno dela e de Rapunzel.

- Como... Como...? - a loira gagueja, com os olhos verdes arregalados.

- Não sei - Merida responde, ofegante e confusa. O dragão dá várias cabeçadas no escudo, mas este não sofre nenhum dano sequer. Então luzes azuis atingem o dragão como flechas. Jack está em cima de uma coluna quebrada, se equilibrando com dificuldade no mármore.

O coração de Merida para de bater quando o dragão se vira para ele.

- NÃO! - ela grita.

Rapunzel se levanta com o olhar determinado e feroz, que não combina nem um pouco com seus longos cabelos trançados com flores. Ela puxa a varinha de dentro das vestes e dá um passo a frente, ficando ao lado de Merida.

- Desfaça o escudo.

Merida hesita.

- Rapunzel...

- Desfaça!

Merida abaixa a varinha e o escudo vermelho em volta das duas se desmancha. Rapunzel dá mais um passo a frente e, preocupada, a ruiva segura o braço da amiga e lhe lança um olhar significativo.

- O que vai fazer?

- Criar uma distração - a loira responde - assim que ele for atrás de mim... vocês voltam para a porta.

Antes que Merida pudesse protestar, as duas escutam um grito estridente. O dragão segurava Jack pelo pé, com suas patas sem polegares. O sonserino está escorregando e isso é visível.

Pela segunda vez, o coração de Merida para de bater.

- Banguela, não!

Soluço surgira de trás de uma pilastra, e Merida o encarou com descrença e admiração. Nunca viu alguém tão corajoso e estúpido! Sem falar que "Banguela" é o pior nome para chamar um Fúria da Noite, com seus dentes afiados e olhar voraz.

Até o dragão olhara para ele com a expressão confusa.

- Soluço - Jack diz, com dificuldade para pronunciar palavras e respirar ao mesmo tempo - o que você est...

- Solte-o! - Soluço grita novamente.

O dragão faz isso.

Tudo fica em câmera lenta. Merida agarra o braço de Rapunzel enquanto observa Jack cair de uma distância considerável do chão. Seus cabelos brancos, quase prateados, parecem brilhar com o vento que bate neles violentamente. Merida corre. Não sabe bem o que está pensando... Mas corre em sua direção.

Não vai dar tempo. É impossível que dê tempo.

As coisas tornam a ficar rápidas. Rapunzel lança feitiços no dragão e Soluço faz sabe deus o quê com a varinha, mas Merida ainda corria.

Jack está a centímetros do chão quando para de cair.

. . .

Jack Frost

Jack se sentiu pesado e depois leve.

Primeiro, foi como se fosse feito de chumbo. Caindo de uma altura longa demais, como se tivesse caído da Torre de Observação. O peso prosseguiu, esmagando-o contra o ar que respirava. Ele sabia que ia morrer - e que ia doer - então, parou.

A leveza veio assim que parou de cair.

Ele percebe que parou no ar, a centímetros do chão, deitado no invisível.

Jack olha para o lado e vê tudo acontecendo a sua volta; Merida encarando-o com os olhos arregalados, Rapunzel lançando feitiços e Soluço tentando chamar a atenção do dragão. Tudo parece rápido demais, e ao mesmo tempo lerdo demais.

Os sentidos do sonserino voltam. Ele fica de pé no ar, flutuando. Sim, flutuando. É doido até para ele, que é bruxo. Mas não tão doido assim, é até familiar para ele.

Como você deve imaginar... é mais uma coisa que a mãe dizia para ele.


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Notas finais do capítulo

Deixando um mistério porque vou jantar ;)