Problemas escrita por Strawberry Gum


Capítulo 5
O primeiro dia de aula...Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

No capítulo anterior algumas pessoas falaram que ficaram decepcionadas com o Cebola.

Saibam que ele não é assim de verdade. Podem ver que antes dele gritar com a Maria ele fala que o coração dele se partiu com que ele diria. Se bem que isso não é muito justificável, mas conforme a história fluir, as coisas irão se ajeitar.

Agora já podem ler.



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Pov Cebola

Cheguei a escola e vi o Cascão do lado de uma garota da escola, parecia que ele estava xavecando ela, que saiu de perto dele com uma cara amarrada.

— Fala ai Cascão, quem era aquela?

— Era uma mina que eu estou ficando. Ou pelo menos estava.

— O que você fez agora? — Perguntei cruzando os braços e arqueando uma de minhas sobrancelhas.

— O nome dela é Sara, e eu a chamei de Sabrina. — Respondeu-me. — Por acaso eu não posso nem esquecer o nome das pessoas agora?

— Claro. São tantas que você fica por dia, que já até confunde os nomes. — Afirmei enquanto ria.

Quando ele iria retrucar, mas ouço uma voz gritando o meu nome: Ceboooooolaaaa.

Era a Carmem. Eu tinha que sair daquele lugar o mais rápido possível. Se não ela ficaria o dia enteio me infernizando.

— Foi mal aí, Cascão, mas eu tenho que ir nessa. —Sussurrei e logo após sai correndo para o banheiro masculino pois aquela era a única parte do colégio que ela não me seguiria — Ufa! Me safei. — Falei para mim mesmo. E lá fiquei durante alguns minutos. Quando fui sair vi que ela ela estava encostada ao lado da parede do banheiro. — Ai caramba! — Então decidi ficar lá mais um pouco. Ouvi o sinal tocar, mas fiquei lá durante mais dois minutos só para garantir que Camem não estivesse mais lá.

Quando finalmente sai, fui a procura da sala de Aula Não Determinada, que era aula do Licurgo. A qual dele tem esse nome porque ninguém (eu disse ninguém) sabe o que ele leciona. Talvez só ele próprio.

Parei em frente a uma porta aberta, e vejo o Licurgo correndo pela sala e gritando: Ahhh! O mundo ficou louco! Dou duas batidas na porta, mesmo ela já estando aberta.

— Posso entrar? — Pergunto ao professor que tinha parado de correr e gritar e agora estava olhando para mim com os olhos arregalados, assim como todos na sala.

— Claro! — Ele me responde ainda ofegante.

Eu me sentei na primeira carteira da segunda fileira, sendo que na sala haviam quatro. Quando olhei para frente reparei que tinha uma garota em pé.

A menina mais maravilhosa que meus olhos já viram. Meu coração falhou uma batida, minhas mãos suaram e tremeram, minha pele se arrepiou e senti um formigamento quente em minhas bochechas.

"O que é isso que estou sentindo?"

— Bem... Pode se sentar. — Licurgo disse á garota que se sentou na carteira ao meu lado, onde estavam os seus livros. — Não tolero atrasos. Isso é uma advertência, na terceira levam uma detenção. — Ele disse olhando para mim e para aquela garota. Ela deveria ter chegado um pouco antes de mim. — Continuemo... Estávamos falando da ilha Tristão, certo? — Algumas pessoas assentiram. — A remota ilha de Tristão da Cunha com apenas 98 km² de superfície encontra-se perdida nos Mares do Sul...

E assim continuou a aula do Ligurgo. Confesso que não intendi metade da aula. Mas também confesso que eu não parava de olhar para aquela garota, não diretamente, eu olhava pra ela no canto do olho. Sempre que eu olhava pra ela ela estava quase dormindo. Ri em meus pensamentos, pois foi assim comigo também na minha primeira aula com o Licurgo, anos atrás.

Quando o sinal tocou, mais ou menos 45min depois todos se levantaram e saíram da sala o mais rapído que podiam. Menos eu, aquela garota que eu estava louco para saber quem era, o Licurgo e o Do Contra, que era um garoto da escola que eu tinha um pouco de raiva pois eu já o chamei para entrar no meu grupo The Greens, mas ele recusou.

— Parabéns Licurgo. Essa foi uma das aulas mais extraordinárias que eu já assisti. — Ele o parabenizou. Em sua voz não havia nem mesmo um pingo de ironia ou sarcasmo.

— Obrigado Do Conta! — Ele disse. Os dois se levantaram e saíram da sala conversando sobre um assunto qualquer.

Me levantei e levantei meus braços para o alto, me espreguiçando. O que fez a minha blusa subir um pouco. Pensei em ter visto a garota olhar para a minha barriga a mostra. Nem que tivesse sido por um segundo.

Quando ela se levantou, pegou seus livros e saiu, eu morri de vontade de ir atrás dela, e foi o que eu fiz.

Mas...

— Ceboooooooolaaaaaaaaa! — Ouvi, mais raiva ainda percorreu meu corpo.

— O que é Carmem? — Perguntei com um tom de arrogancia na voz.

— Oi, amor! — Ela não se toca mesmo. — Caramba! Na hora da entrada eu vi você correndo para o banheiro. — Franziu o cenho. — O que iria fazer lá?

— O que se faz no banheiro Carmem? Se brinca de boneca? — Falei sarcástico somente para provoca-lá.

— Desculpa, amor! — Ela veio em minha direção para me beijar, não tive como recusar. Todos diziam que ela era a garota mais bonita da escola, inclusive eu. Mas desde que vi aquela garota maravilhosa na sala de aula, minha opinião havia mudado. — Vamos pegar nossos livros? The Greens e as Lipsticks estão nos esperando para ir para a sala.

—Vamos. — Peguei-a pela mão e fui andando. Não queria ver os Greens nem as Lipsticks, minha verdadeira intenção era ver aquela garota. E somente ela.

Chegamos aos armários do colégio e eu, Cascão, Tony (The Greens), Carmem, Irene e Maria Mello (Lipsticks) nos encontramos e ficamos conversando por um tempo.

As Lipsticks falavam sobre assuntos alheios, já Cascão e Tony conversavam sobre ir em uma balada não-sei-onde. Já eu estava pensando naquela garota.

Ela era Perfeita. Lábios naturalmente avermelhados, carnudos e úmidos. Olhos Castanhos claros, quase dourados, com um brilho especial. Cabelos brilhantes, macios e sedosos. E seu corpo... Irresistível, com curvas grandes e perfeitas.

— Está viajando Cebola? — Instantaneamente sai de meus pensamentos ao ouvir Tony falar comigo.

— Claro que não. — Menti. Eu estava viajando na... Qual é o nome dela? Eu tenho que descobrir. — Onde está o Cascão? — Perguntei só agora me dando conta que ele não estava mais ali, além disso, eu precisava desviar do assunto ou senão Carmem iria me importunar querendo saber o que eu estava pensando.

— Está mesmo no mundo da lua. — Zombou. — Ele acabou de sair.

— Pouco me importa. — O ignorei. — Agora vou ali comprar um refrigerante e já volto. — Falei, mas era nada mais nada menos que uma desculpa esfarrapada para ir ver ela.

Me levantei da mesa e sai andando por alguns minutos. Caminhei até outro corredor, e lá vi o Cascão, que aparentemente havia acabado de começar a conversar com... Ela?

— Senhor Sorrisos? — Ela dizia surpresa.

"Como assim? Eles já se conheciam? E ela já tinha dado um apelido para ele?" — Pensei.

— Você estuda aqui? — Perguntou ela, alegre.

— Estudo. Você não me viu na sala? — Ele perguntou a ela.

— Eu? Lógico que não. Você não viu que aconteceu naquela sala de aula? Como eu iria olhar para as pessoas na sala? Do jeito que eu estava envergonhada com aquele louco gritando pela sala?

Quando ela terminou de dizer aquilo eu pude ouvir: Eu não sou louco!

— Então Lindinha... — Lindinha? Ai, não! Ele já está dando em cima dela?! — O que achou da escola?

— Bem diferente. — Ela o respondeu sorrindo. — Um diferente bom.

— Sério?

— Claro! — Disse fazendo uma carinha fofinha, pois estava com suas bochechas naturalmente corada.

— Olha, eu tenho que ir. Mas depois eu quero saber o seu nome viu? — Ele não sabe o nome dela? — Falou. — Se despedi.

— Tchau, Senhor Sorrisos! Ou melhor... Cascão. — Disse sorrindo e acenando enquanto ele vinha em minha direção.

— Tchau, Lindinha.

"Onde eles se conheceram? Quando? Ela é só mais uma ficante dele? Qual é o nome dela?" —Todas essas perguntas se passavam pela minha cabeça, até que vejo Cascão estralando os dedos na frente do meu rosto.

— Tudo bem careca? — Ele perguntou preocupado.

— Tudo. E eu não sou mais careca! — Fiz uma cara de raiva. Mas aquilo fez Cascão rir. Qualquer um naquele momento sairia correndo — O que era estranho, eu nunca entrei em uma briga para bater em outro cara — mas ele não, ele sempre permaneceu ao meu lado. Ele era o único que sabia o que se passava em minha cabeça. Não me contive, e ri também. — Mas... Fala aê, quem é aquela? — Eu apontei para ela e naquele momento ela olhou para mim e nossos olhares se encontraram. Ficamos assim por aproximadamente 5seg mas, por mais difícil que foi, eu desviei do olhar do dela. — Mais uma ficante?

— Nem! Aquela gata ali não é para o meu bico não. Acho que ela não é do mesmo tipo de garota que eu costumo ficar.

— Por quê... ? Ela não te deu mole? — Perguntei e ri. Mas Cascão ficou com uma cara séria. — O que foi cara?

—Só acho que ela não seja uma qualquer. E eu só quero ser amigo dela, sério. E eu acho melhor você ficar de olho na Carmem.

— Por quê?

— Você não ficou sabendo? — Ele me perguntou e eu neguei com a cabeça. — Aé, você chegou atrasado. — Fez uma cara de besta. — Então vou falar logo: É bom você segurar a Carmem.

— Isso você já falou, seu sem noção. Mas por quê? O que aconteceu?

— Aquela garota ali... — Ele apontou para ela com o polegar. — ... Provavelmente é mais rica ou conhecida que a Carmem. — (N/A: Será mais explicado no próximo capítulo) — Foi a Denise que espalhou as "notícias".

— Tinha que ser. — Isso era óbvio. — A Carmem vai odiar ela. — Eu disse isso porque a Carmem era a garota mais rica da escola e não suportava a simples idéia de que alguém poderia ser mais rica do que ela. — Mas... Qual é o nome dela?

— Não sei não cara!

— Como assim não sabe? — Perguntei a ele. — Eu vi ela te chamando de Senhor Sorrisos e você chamando ela de Lindinha.

— Qual é mano? Está com ciúmes é? — Perguntou cruzando os braços e sorrindo.

— Lógico que não, eu nem conheço a menina...! — Dei uma pausa e pensei. -- ... Mas se bem que esse apelido combina com você.

— E o apelido que eu dei, super combina com ela! — Sorriu e fez uma cara de idiota, o que me fez gargalhar alto. — O que foi?

— Eu não acho que esse apelido combina com ela. A Carmem pode ser muito irritante, mas ainda assim, é a mais bonita da escola. — É claro que eu menti. Aquela era a garota mais bonita do mundo

— Fala sério, careca! — Fiquei com raiva por ele ter me chamado de careca de novo.— Você não acha aquela mina um avião? — Ele perguntou olhando para trás, mas ela já havia ido embora.

Cebola -- Não. — Respondi.

— Cebola... — Ele falou olhando nos meus olhos. — ... Eu conheço você a tanto tempo que eu até sei quando você está mentindo. — Ele caiu na gargalhada.

Eu não falei nada só fiz uma cara emburrada.

O sinal tocou e todos do Segundo A (minha sala) e a Lindinha estavam lá, é claro. Ela é da minha sala.

Estavamos na aula de Biologia e vi Ela dando risada pois a Magali (uma ex-amiga minha) estava babando — Babando, literalmente! — Pelo professor Rubens.

No intervalo vi Magali a apresentar para todos que ela conhecia. Menos para as Lipsticks e eu e os Greens, eu até conseguia entender, nós não nos falávamos mais.

[...]

Eu estava muito ansioso para ir embora, eu queria falar com ela. Pelo menos seu nome eu queria saber. Então, finalmente a hora da saída. Eu estava disposto a conhecer ela, mas para o meu azar começou a chover.

Mas hoje nenhum dos professores tinha passado nenhum trabalho ou lição, pelo menos eu não iria molhar nada além do meu corpo. — Alguma vantagem eu tinha que levar nisso.

Fui andando naturalmente. Não me importava de estar molhado. Mas a chuva começou a engrossar e eu me deparei com uma árvore. Me escondi em baixo dela para não correr o risco de pegar um resfriado.

Eu anda não estava com medo, no céu não havia nenhum raio ou trovão.

Estava olhando para frente, quando vejo no canto do meu olho alguém caindo. Nem me importei com quem era, só fiz o ato rápido de segura-lá.

(N/A: É bom ver esse vídeo de como o momento aconteceu http://m.youtube.com/watch?v=cidks1REL0w).

Quando olhei no fundo de seus olhos vi que era a pessoa quem eu passei o dia inteiro pensando e admirando. Era ela. Uma corrente elétrica se espalhou por meu corpo e eu percebi que ela tinha a pele mais macia que eu já senti em toda a minha vida. Finalmente eu estava à sós com ela. Nós poderíamos nos conhecer.

— Oi. — Eu disse assim que a levantei e a pus de pé novamente. — Está tudo bem? — Perguntei tentando ser o mais gentil possível.

— O-Oi! — Respondeu ela um pouco corada. — Eu estou bem e você?

— Estou ótimo — Fiz uma certa ênfase no "ótimo". — Bem... Meu nome é Erick Cebolácio Menezes Júnior da Silva (N/A: Gente eu coloquei o nome Erick primeiro porque ninguém merece ter o nome de Cebolácio né? Então eu coloquei como sobrenome.) E o seu?

— M-Meu nome é Mônica. — Falou fazendo uma cara fofinha e que fez o meu coração amolecer mais do que já estava amolecido. -- Mônica Marques Souza. Só isso, meu nome não é tão longo o seu.

— Mas é tão lindo quanto você. — Ao ouvir isso, seu rosto enrubesceu e isso me deixou maluco.

— Obrigada.

Ela falou e foi ai que eu me liguei, porque a Carmem ficaria com raiva dela, o pai dela é empresário e a mãe é atriz ou cantora bem famosa. Só assim mesmo para superar a Carmem. E além de mais rica, a Mônica é mais bonita que Carmem. E se tem uma coisa que a Carmem realmente se importa é com a sua beleza.

— E-Eu tenho que ir. — Ela disse dando às costas para mim e dando aproximadamente três passos.

— Espere! — Eu pedi á aquela de dentes levemente salientes enquanto chegava perto dela, puxando o seu braço e a trazendo para perto de mim. — Você já tem que ir?

— Sim. Tchau! — Ela disse e saiu correndo.

Ela estava fugindo de mim? Eu iria correr atrás dela, mas a chuva aumentou mais ainda. E eu a perdi de vista.

— Pelo menos eu já sei o seu nome. — Falei comigo mesmo.

"Só espero de vê-lá de novo" — Pensei... Sozinho... Na chuva.


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Notas finais do capítulo

Quero muitos reviews em?
Princincipalmente dos leitores fantasminhas!
Obs: Capítulo editado.