Problemas escrita por Strawberry Gum


Capítulo 1
Pais e Filhos


Notas iniciais do capítulo

É a minha primeira Fic, espero que gostem.



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Pov Mônica


Eram 11hs da manhã, eu acabei de acordar. Fiquei pensando como eu sempre acordava tarde. Eu realmente tinha que acabar com esse mal hábito.

Sentei-me em minha cama e me espreguicei. Olhei para a janela ao lado de minha cama. O dia estava extremamente ensolarado. Mas mesmo assim eu queria tomar um banho quente, como sempre.

Então eu fui para o banheiro, liguei o chuveiro e me despi. A água era quente e deliciosa. Eu tinha vontade de ficar ali para sempre.

Durante o banho fiquei pensando na minha vida.

Minha mãe é cantora, e meu pai é empresário, até têm sua própria agência, dinheiro para nós não é nenhum problema. Mas mesmo assim eu não gostava disso. Na maioria das vezes eles tinham que trabalhar a semana toda, incluindo os finais de semana, chegam tarde todos os dias. Eu realmente gosto de ser paparicada e de não pasar nenhuma vontade ou necessidade, quem não gosta? Mas... também têm seus lados ruins. E o que mais me afeta é a ausência dos meus pais na minha vida!

Desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha, sai do banheiro e entrei em meu closet.

Pensei que Roupa eu colocaria. Optei por um shorts jeans e uma blusa regata branca, descido ficar descalça mesmo, eu estava em casa e provavelmente ninguém reclamaria.

Sai do meu quarto e imaginei que meus pais já estavam acordados (se não estivessem trabalhando), porque já era quase 12hs Desci as escadas e confirmei minhas suspeitas. Falei normalmente para meus pais:

— Bom dia, mãe, bom dia, pai! — Sorri e lhes dei um beijo na bochecha.

— Bom dia, filha. Você está linda! — Meu pai falou retribuindo o meu sorriso. Deu um beijo em minha bochecha também assim que me sentei em uma cadeira ao seu lado. Aparentemente meus pais iriam tomar o café da manhã ainda.

— Obrigada, papai! — Agradeci, mesmo tendo percebido que ele mal havia reparado a roupa a qual eu vestia.

— Bom dia, bebê. — Minha mãe e seus apelidos! Era até engraçado, as vezes ela me chamava de bebêim, as vezes de filhote, ou leãozinho por eu acordar com o cabelo todo desgrenhado, e as vezes também me chamava de coelhinha, por causa dos meus dentes levemente salientes.

Nós tomamos o nosso café da manhã em silencio, mas parecia que tinha alguma coisa incomodando os meus pais, alguma coisa que eles queriam me contar. Ignorei aquela sensação e deixei que tudo ocorresse normalmente.

De tarde nós três fomos assistir um filme.

Eu não queria sair de casa, era o primeiro final de semana em dois meses que nós três ficamos em casa juntos. Eu não queria desperdiçar a oportunidade de ter um momento em família.

Nós estávamos assistindo A Ilha, o filme era muito legal. Já estávamos na metade do filme quando a minha mãe fala:

— Filha, o ator principal nesse filme não é lindo? — Perguntou só para implicar com meu pai. Ela me falou que quando eles eram crianças ele vivia implicando com ela, já que ela era um pouco baixinha e gorducha. Assim como eu era, mas eu não era "um pouco" e sim muito baixinha, e muito gorducha, além de ser dentuça. 

Sei admitir meus defeitos.

— Ô se é! — Olhei-a maliciosamente. — Mãe, se algum dia você conhecer ele, promete que me apresenta também?

— Claro! Mas vê se não rouba ele de mim.

— Ei, eu ainda estou aqui! — Falou meu pai, franzindo o cenho um pouco bravo.

Minha mãe e eu rimos absurdamente alto por algum tempo, cheguei a ficar sem ar, mas me recuperei depois.

— Nós só estávamos brincando, amor. — Deu-lhe um selinho, e ele imediatamente sorriu.

— Essa não é a melhor forma de se redimir. — Ele sussurrou em seu ouvido um pouco auto demais enquanto sorria e a olhava maliciosamente. E ela retribuiu aquele olhar, o que imediatamente me fez dizer:

— Mãe... Pai... Que nojo! -- Eu falei com ânsia de vômito.

— Como você acha que foi feita? — Me perguntou descaradamente.

— Eu sei muito bem. — Afirmei. — Só não quero imaginar vocês dois fazendo isso.

— Você também fará isso um dia, coelhinha. — Minha mãe falou para mim.

— Nunca! — Quase gritou. Eu somente soltei uma risada abafada pela minha mão e voltei a assistir o filme.

Quando o filme acabou, meu pai imediatamente se levantou e disse:

— Eu vou preparar o almoço, Okay?

Isso mesmo. Em minha casa é o meu pai que cozinha. Nós até temos uma cozinheira aqui, mas nos dias que estamos nós três juntos é ele quem cozinha. E o faz muito bem, tenho que admitir. Eu e minha mãe ficamos bravas algumas vezes, por ele se exibir.

Quando o almoço ficou pronto já era 3hs 30min, e eu ainda não estava com fome, porque acordei tarde, mas mesmo assim fui comer.

Durante o almoço meus pais continuavam estranhos, só que agora pior. Eles ficavam se olhando, desviavam o olhar e depois me encaravam.

Não aguentei e perguntei:

— Tem alguma coisa que vocês queiram me contar? — Arqueei a sobrancelha.

Os dois olharam para mim. Vi que minha mãe tinha os olhos arregalados, já meu pai suava um pouco.

— Sim. — Minha mãe respondeu-me hesitando.

— O quê? — Perguntei ansiosa. Eu batia meu pé direito no chão, em um ritmo frenético.

— Filha, nós vamos nos mudar — Disse lentamente. Como se não quisesse me assustar. — Para ficar mais perto da empresa do seu pai. E também para ficar mais perto do estúdio onde eu faço as gravações.

"Eu não posso ter escutado direito. Eu estou com problema auditivo. É, é isso!" — Pensei.

Tudo e nada se passavam na minha cabeça ao mesmo tempo. E em meio a tantos pensamentos ouvi meu pai dizer:

— O que você acha? — Quebrou o silêncio. Com uma pergunta retórica.

Eu realmente realmente queria dizer:

— Vocês ficaram loucos? Minha vida toda está aqui. E de uma hora para a outra vocês me falam que nós vamos nos mudar? Eu não quero ir. Quero ficar com meus amigos, minha escola, minha vida! E além de tudo vocês afirmam que nós vamos nos mudar, sem ao menos perguntaram minha opinião antes de escolherem isso, é a segunda vez que isso acontece, que sorte que na primeira tudo deu errado! Que ódio!

Mas tudo o que eu consegui falar foi:

— O quê? — Disse em um sussurro. Eu não iria falar tudo o que eu pensei, o que adiantaria? Eles nunca me escutavam.

— É filha. Nós iremos nos mudar no fim de semana, Ok?

— Como assim? Eu pensei que vocês ainda iriam comprar a casa, comprar novos móveis decorar os cômodos... Mas vocês já fizeram tudo? Me esconderam isso por quanto tempo?

— Seis meses. — Respondeu. Eu abaixei o meu olhar. Fiquei pensando por um tempo, mas depois me forcei a olhar para eles.

— Okay. — Foi o que eu disse. — Vou arrumar minhas malas.

Me levantei e realmente fui arrumar minhas malas. Quando começei a arrumar, senti lágrimas rolarem em meu rosto.

Comecei a fazer a única coisa que me acalmava.

Peguei meu celular, coloquei meus fones de ouvidos e comecei a escutar Pais e Filhos da minha banda favorita Legião Urbana

Eu ouvia a música e movia meus lábios como se estivesse cantando. Eu me sentia bem fazendo isso. Mas agora, de nada adiantava.

Narradora Pov's


Enquanto Mônica estava em seu quarto, Luísa e Sousa continuaram conversando.

— Ela até que levou numa boa. — Senho Souza falou alegre. Antes de contarem a verdade, ele tinha medo da reação da filha. Achava que ela iria gritar e ficar irada, mas o que aconteceu foi totalmente o contrário.

— Meu amor, acorda pra vida! Ela entrou em choque você não viu? — Dona Luiza explicou, pois tinha percebido perfeitamente o que sua filha sentia.

— Mas ela não disse nada. — Tentou justificar o mal-entendido.

— Ela não nos diz mais nada, eu me sinto cada vez mais distante da nossa filha. — Disse ela com lágrimas nos olhos

— Não chore, querida. Tudo vai se resolver, talvez seja só uma fase da adolescência. — Ele disse e a beijou (N/A: Que nojo, dois velhos se beijando!)

— Tomara, meu amor. Tomara. — Falou e o abraçou. O mesmo retribuiu.


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Notas finais do capítulo

Fim do primeiro capítulo. Por favor comentem, isso vai me animar MUITO.

Obs: Capítulo editado.