Obrigado e Volte Sempre escrita por Loly Vieira


Capítulo 14
Adorável surpresa a porta.


Notas iniciais do capítulo

Fiquei mais chocada que pinto recém-nascido. Isso nunca tinha acontecido comigo. Três recomendações de vez :O Muito muito obrigada, eu fiquei tão feliz que minha irmã caçula teve que dizer 'Loly, já chega'.
Imagina minha surpresa quando eu vi que Carmel Miller, SheWolf e Lucy515 tinham recomendado a história.
Então é por isso eu achei merecido escrever um capítulo enorme (o maior da fic, na verdade), para dedicar a vocês três :)
Mas voltando ao capítulo...

"Sempre digo como não preciso de você
Mas sempre acabo voltando a este ponto
Por favor, não me deixe"
Please don't leave me - P!nk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391961/chapter/14

Suas mãos passeavam por todo meu corpo.

Senti-me queimar por onde elas passavam.

Seus lábios ainda contra os meus, pararam por um instante, sua barba por fazer roçou na lateral da minha bochecha, quando estava bem próximo ao meu ouvido, murmurou:

–Senti saudades, querida. – E foi aí que eu travei.

Sentir saudades. Não pode se sentir saudades de algo que nunca teve, certo? Jeff nunca tinha me chamado de querida antes. O habitual ‘Vida’ não seria trocado por ‘Querida’.

Foi a primeira vez que eu olhei nos olhos de quem me causava todas aquelas sensações. Esperava ver os calorosos verdes acastanhados, mas ali, diante de mim, eu vi o os olhos castanhos escuros de Brian.

Então eu acordei ensopada.

Não tive oportunidade de pensar bem no que tinha ocorrido antes de notar que o sol já estava forte o suficiente para eu estar atrasada para o trabalho.

Joguei minha colcha para longe e cambaleei para fora da cama. O chão de madeira frio foi como um choque de realidade.

Jeff.

Meu Deus, o que eu tinha feito noite passada?

Ainda podia sentir o seu cheiro de perfume masculino e cigarro. Mas ele não estava no meu quarto. Segui para a sala e espiei pela cozinha. Nada.

Tudo bem, se eu fosse ele, eu também teria fugido na noite anterior.

Meu cachorro estava dormindo no sofá quando saí às pressas, uma parte minha se sentia sortuda por ele não se incomodar em ficar tanto tempo sozinho, outra parte minha se sentia horrível. Era tão egoísta da minha parte mantê-lo ali para suprir meu sentimento de solidão... Talvez Brian desse uma vida bem melhor a ele, no final das contas.

Brian.

Foi nele que pensei enquanto dirigia até o centro da cidade, rumo ao meu trabalho.

Eu o tinha esquecido, mas ele ainda insistia em aparecer de paraquedas na minha vida.

Pratiquei o relaxamento pela respiração que Ellie tinha me ensinado antes de encarar meu chefe e seus bigodes virados para cima, desgostosos. Respirei e inspirei três vezes antes de entrar na loja e tratar de amarrar meu avental.

~*~

–Eu sei que você está fugindo de mim, mas eu preciso de uma carona. – Ellie me seguia pela calçada, aos tropeços.

–Ells, eu tenho que buscar a minha sobrinha hoje.

–Ótimo, eu vou junto. Adoro seres encapetados... Digo, crianças.

Lancei-lhe um olhar cortante.

–Por favor, Alminha. O Collin está tendo uma conversa importantíssima com um deputado, não posso incomodá-lo.

–Porque diabos ele está conversando com um deputado?

–O corno acha que a mulher o está traindo e Collin é um bom investigador, mas isso não vem ao caso. Preciso de uma carona até a loja da minha irmã. É caminho. Por favor, prometo nem perguntar porque você tem essa cara de bunda na cara.

Bufei e soltei resmungos antes de entrar no carro.

–Isso é um sim, Alminha?

Grunhi novamente e ela entrou no carro toda feliz.

–Tudo bem, agora pode me contar o que aconteceu ontem à noite.

–Você disse que não perguntaria.

–Não poderia adivinhar que sua cara de bunda tem haver com isso, meu bem. Agora me explique o que aconteceu. – Eu conhecia Ells há 4 anos e se tinha uma coisa que ela era, definitivamente era ser persistente, ela não sossegaria até descobrir o que aconteceu.

Foi por isso que eu a contei, muito bem resumido, o que tinha acontecido.

Nós estávamos na frente do colégio da Mel quando eu acabei a primeira parte da história.

–Oh Deus, Sr. Lewis não vai adiantar sua férias.

–Eu estava imaginando isso. Vou ter que matar novamente minha avó para que ele o faça.

–Você já deu essa desculpa, Al.

–Eu sei. Mas foi com uma avó, se supõe que eu tenha duas.

–Você conheceu suas duas avós?

–Não. – Franzi o cenho. – De que lado você está, Ellie?

–Sempre do seu, amiga. Team Alminha forever. – Sorriu-me forçadamente e eu ri. – Mas ainda não creio que você o chamou para o seu apartamento. – Ela estava embasbacada ao meu lado. – Estou orgulhosa de você, Alminha. Está crescendo.

Fiquei vermelha do queixo aos fios de cabelos, quando fui respondê-la, uma mulher de cabelos loiros falsificados me perguntou se eu poderia ir até o parquinho, chamar pela minha sobrinha, porque ela estava sozinha na portaria.

Nós agora estávamos rumo ao parquinho infantil, Ellie se afastava com nojo toda vez que uma criança passava gritando. Ok, eu teria que contar o resto a ela, de qualquer jeito.

–Só que... Bem, eu pedi para que ele parasse antes que... Que... Você sabe.

Se antes ela estava embasbacada, agora ela quase tinha deslocado o maxilar.

–Você O QUÊ?

–Eu não... Ellie... Pare de me olhar assim. Eu nunca fui assim. Eu nunca consegui compreender o sexo casual. – Eu tive que respirar fundo para dar ênfase na frase seguinte, com o tom de voz um terço mais alto. – Eu não faço sexo casual!

Uma mulher que balançava uma menininha no balanço deve ter parado de respirar.

–O que você fez? – Essa era a pergunta do ano: o que eu tinha feito?

–Eu disse que não poderia fazer isso comigo. Que eu não era assim e ele simplesmente deu no pé.

Minha vergonha foi minimizada por minha sobrinha pulando em meu colo e me enchendo de beijos.

–Tiiiaa Al!

–Isso tudo é saudades?

–Ai tia, você sabe que eu te amo tantão.

–Tudo bem, você é a coisinha encapetada mais fofa das coisas encapetadas. – Ells sorria em nossa direção.

Mel franziu o cenho.

–Eu também gosto um tantinho de você, tia Ell.

Nós rimos. Pedi a Mel que buscasse sua mochila, nós já estávamos indo embora, mas ela implorou que nós tomássemos uma xícara de café antes.

E foi assim que nós terminamos encolhidas numa mini casinha, bebericando uma mini xícara de um café imaginário.

–Mel, você poderia abrir um pouco a porta, por favor? Isso é uma casa e não uma sauna, meu bem. – Eu estava tentando me abanar com um pires minúsculo de plástico, sem sucesso.

–Não posso, tia. – Lançou-me um olhar tristonho. – Eu não quero que a Isadora entre.

–Mel, isso é muito feio. A Isadora também tem direito de brincar. – Repreendi.

–Tia, você não vai querer que a Isadora entre.

–É, tia, não deixe a Isadora entrar. – Ellie estava encolhida também, ao meu lado, numa das mini-cadeirinhas se abanando com uma frigideira de plástico.

–O Sam não gosta de brincar de casinha?

–Ele não deu as patas por aqui hoje.

–Caras. – Ellie corrigiu.

Meu instinto maternal apitou. Não. Se algo tivesse ocorrido, Jeff teria me dito. Não teria? Na nossa amizade (ou qualquer nome que isso recebesse) poderíamos compartilhar coisas assim, certo?

–Eu preciso... Mel, o chá estava ótimo, mas precisamos ir.

–Tia, era café.

–Ok. Vamos agora.

Ótimo. Tudo que eu precisava agora era perguntar para Jeff num sms o que diabos tinha acontecido com o filho dele.

–ALMA! – Um grito fino e histérico soou atrás de mim. Por instinto, olhei para Mel, ela estava um tanto quanto confusa também. Então olhei para minha melhor amiga loira, ela estava congelada no meio do caminho, a sua frente, estava uma garotinha de cabelos encaracolados e com uma cara um tanto quanto verde.

–Acho que a tia Ellie, conheceu a Isadora.

–Ela. Vomitou. Em. Mim! – Oh droga, Ells estava surtando. – Nas minhas sandálias Louis Vuitton. – Seu olhar raivoso se dirigiu a garotinha de meio metro de altura a sua frente. – Você vai limpar isso com a língua, garota.

–Oh Jesus Cristo, Ellie! – Corri para puxá-la antes que se arrependesse depois. – É uma criança.

–Isso não é uma criança, Alma. É um ser vindo diretamente dos confins do Capiroto-Mor.

As tiazinhas já estavam chegando armadas ao parquinho, munidas de papinhas e lenços umedecidos.

–Vamos embora, Ells. Por favor.

–Mas e meu Louis Vuitton?

–Vamos dar um jeito nelas, prometo. Agora vamos antes que minha sobrinha seja expulsa sem motivo.

Ela deixou ser levada, mas sem antes praguejar para Deus e o mundo como a cada passo, sua sandália grudava no chão. Detequitei um pedaço de milho preso no laço de sua sandália, mas preferi não comentar, ainda não estávamos distantes o suficiente.

Tivemos que parar num supermercado e lá, Ellie afogou suas sandálias na pia do banheiro. Eu sabia que Mel estava tentando não rir quando minha amiga soltou um grito lamurioso, mas nem eu me aguentei e comecei a ter um ataque.

–Cala a sua boca! – Então ela apontou o salto fino para mim, ensopando todo o banheiro, com os olhos cheios de ira.

Engoli em seco e preferi ficar quietinha. Enquanto esperava que ela e Mel dessem um jeito de secar, cada sandália em uma secadora de mãos, meu celular vibrou em minha bolsa.

Partimos quarta-feira, ok? Xxx Jeremy

Nenhuma brincadeirinha da sua parte, fez com que eu me sentisse ainda pior por ontem à noite.

Tenho que falar com meu chefe antes. Como está o Sam? Xxx Alma

Eu já falei com ele. Mandou lembranças e que você aproveitasse suas merecidas férias. Sam está numa fase ruim anti-escola. Xxx Jeremy

–Tia? – Pisquei algumas vezes até notar que Mel e Ellie estavam na minha frente com caretas confusas.

–Preciso de meu chocolate belga na geladeira. – Resmungou a loira. – Nós podemos finalmente ir?

Assenti e guardei o celular na bolsa novamente.

Era sexta-feira, e como qualquer sexta-feira, eu levava Mel para almoçar em minha casa. Nós tínhamos sempre o costume de inventar os almoços, hoje a Mel tinha escolhido no livro de receitas que tinha sido da minha avó (a que eu realmente tinha conhecido, mãe da minha mãe) uma lasanha a bolonhesa.

Tirei algumas fotos de Mel brincando com Bento. Ela gargalhava tão alto cada vez que ele se batia no sofá para ir atrás da bola que todo o apartamento poderia estremecer.

Nós estávamos tendo um ótimo fim de tarde até que a campainha soou. Brenon estava em pé no parapeito da porta com seu terno feito sob medida pronto para buscar minha sobrinha.

–Vim buscar a Mel. – Falou a novidade do século.

–Boa tarde para você também. – Resmunguei baixinho enquanto girava nos calcanhares para recolher as coisas da Mel pelo apartamento.

–Papai! – Ela correu para seus braços e se pendurou ali. – Sabia que o Bento pode brincar de esconde-esconde? Tia Al disse que ele deve ter sido um cão policial.

–Vira-latas não podem ser cães da policia, docinho.

Se eu pudesse me comunicar com meu cachorro neste momento, eu diria que havia ovos cozidos nas calças daquele homem e observaria a cena de bom agrado.

–Nos vemos outro dia, Mel. – Beijei-lhe a testa antes de fechar a porta e voltar ao meu sofá que cheirava a cachorro e lasanha.

Estava prestes a ver o desfecho de um dos desenhos do Scooby-Doo, para finalmente saber quem estava quebrando os brinquedos no parque de diversão, quando a campainha tocou novamente.

–Bento, eu abro e você morde as calças dele, tudo bem? – Cochichei antes de abrir a porta e me deparar com Brenon e Mel novamente.

Não, caro leitor. Ver um homem e uma garotinha era o que eu esperava, mas imagine minha surpresa ao ver nada mais, nada menos que...

–Sam?

–Afirmativo. – Deu um passo para dentro do apartamento e espencionou o lugar rapidamente.

Dei uma olhada no corredor, esperando que a qualquer momento Jeff subisse as escadas e me desse um sorriso brincalhão característico. Não foi isso que ocorreu.

–Hey, Sam. – Fechei a porta um pouco ainda hesitante.

O garotinho estava sentado no meu sofá, com a cabeça de Bento em uma das pernas enquanto este recebia um cafuné na cabeça que o fazia abanar o rabo.

Sentei-me ao seu lado e o observei por um instante, a campainha iria tocar novamente em poucos momentos.

Dois, cinco minutos passaram. Nada.

–Onde está seu pai, Sam?

–Trabalhando. – Deu de ombros.

–Oh, então ele te deixou aqui?

–Não, vim sozinho. Transporte público é uma decadência no nosso país, você não acha? – Fitou-me como se esperasse que eu começasse um debate sobre isso.

–Claro, hã... Realmente péssimo. – Limpei a garganta. Ainda estava meio anestesiada pelo acontecimento. Porque esse tipo de coisa só acontecia comigo? – Ele sabe que você está aqui então?

–Não exatamente. Ele acredita que eu esteja com a Sra. Dolores, mas ela só sabe soltar pum enquanto passa a reprise de uma das novelas dos anos 80, então eu vim para cá. Eu gosto mais de você do que dela.

–Hm, muito obrigada, Sam. – Sorri ainda um tanto quanto confusa. – Você está com fome?

–Ah sim, eu estou morto de fome. Papai não seguiu sua rotina de colocar o cereal para mim enquanto eu me arrumava para a escola. Eu tive que tomar o café da manhã na casa da sra. Dolores e só tinha aveia e sopa.

–Te salvarei da aveia e da sopa, Sam. Você gosta de lasanha a bolonhesa?

–Parece ótimo, obrigado. – Eu tinha que me acostumar com a ideia que o Sam se comportava como uma criança do século XX, ao menos como eu acho que elas se comportavam.

Ele estava sentado ereto na cadeira quando eu programei o micro-ondas.

–Você não quis à escola hoje? – Averiguei.

–Lógico que eu quis. – Respondeu-me como se tratasse de uma pergunta sem sentido. – Todos os dias de segunda a sexta eu tenho que ir à escola. Então a tarde eu fico com a Sra. Dolores e de noite o papai me pega. Todos os dias, de segunda a sexta.

–Então porque você não foi?

–Não sei. – Ele pareceu um tanto quanto tristonho ao declarar isso. – Papai disse que hoje seria diferente, eu teria que ficar com a Sra. Dolores o dia todo. Eu não quis ficar com ela o dia todo. Então antes de sair de casa eu peguei minhas economias que a vovó me dá e quando a Sra. Dolores dormiu assistindo um programa de culinária eu saí.

O micro-ondas apitou e eu sorri para ele.

–Você é um pequeno Newton, garoto.

Suas bochechas coraram e ele desviou o olhar para suas mãos embaralhadas.

–Eu e a Mel fizemos essa lasanha hoje, espero que goste.

Bem, se houver algum recorde de como uma criança come rápido um prato de lasanha, provavelmente Sam acaba de quebrá-lo.

–Aveia e sopas são realmente ruins, hein? – Ele sorriu para mim e balançou a cabeça um pouco envergonhado.

Cristo, eu gostaria de sequestrá-lo e levá-lo para uma caverna, mas seu pai provavelmente estaria a sua procura. E conhecendo um pouco sobre este, ele iria simplesmente surtar quando não visse seu filho com a mulher que soltava puns enquanto assistia reprise do que deveria ser sua novela favorita.

Eu estava prestes a mandar um sms para ele quando meu celular começou a tocar uma família música do Linkin Park.

Deus, porque faz isso comigo?

Atendi quase no último toque só para mostrá-lo que manda na parada sou eu. Ok, eu sei, infantil. Mas me senti um tanto quanto melhor por fazê-lo.

–Alô?

Alma?

–Não, a loira peituda que estava com seu ex-namorado. – Eu tinha que alfinetar. Fazia parte de mim.

Um suspiro lamurioso do outro lado me fez quase sorrir. Minha mãe me deserdaria se visse minha conduta, mas dane-se.

Eu nunca estive tão arrependido em minha vida, querida. Dizem que a gente só da valor quando a gente perde, não é?

–Exatamente, Brian. E você me perdeu. Eu sou estou atendendo seu telefone para pedir que você não incomode mais minha mãe com suas bobagens. Por favor.

Você estava com aquele drogado antes de nós terminarmos? – Soou rápido e cortante. Pude sentir meu rosto ficar vermelho de ira.

Passei a mão pelos cabelos em sinal de nervosismo. Procurei Sam pelo apartamento e o encontrei no sofá, ao lado de Bento enquanto eles assistiam sei-lá-o-quê na TV. Dirigi-me ao meu quarto, sabendo que uma criança de 5 anos não merecia escutar o que eu gritaria no segundo seguinte.

–Eu fui perfeitamente fiel durante 4 anos a você, Brian. Perfeitamente fiel como um cachorrinho. Mas não te devo mais satisfações da minha vida e nem você me deve, mas no mínimo que você me deve é respeito. E ah, querido Brian, isso eu cobro.

Você superou 4 anos muito rápido, Alma. Não acha que eu deva estranhar isso?

–Quer saber o que eu acho mesmo? Acho que você deve tratar de engolir essa sua língua e excluir meu número da sua lista telefônica.

Como você já tivesse feito isso comigo...

Não, não fiz. Eu ainda tinha seu retrato na minha sala de quando fizemos nossas últimas férias e seu moletom do Capitão América que ele tinha esquecido aqui, mas dane-se isso também.

Eu posso estar arrependido, ok? Eu errei, sei disso. Sei que foi um erro enorme, mas eu prometo que nunca mais farei isso de novo. Eu te farei feliz, Alma, como nenhum homem poderá fazer.

–Você não irá. Porque eu não te darei outra chance. – Respirei fundo. – Brian, nós estivemos juntos tempo o suficiente para eu te conhecer bem. Eu sei que o que você me promete é sincero, mas tudo o que ocorreu com a gente me deu coisa suficiente para pensar. Não estávamos funcionando mais, Bê.

Provavelmente estava enganada, mas ouvi um fungado do outro lado da linha.

Eu não vou desistir. Você só está irritada ainda.

–Pense como quiser.

O drogado não tirará você de mim. Você é minha, querida.

–Ele não é drogado e eu não sou de ninguém, Brian. Não sou um objeto e não tenho dono.

Eu te amo, porra.

Essa conversa já estava me dando dor de cabeça, massageando as têmporas, eu decidi que já estava na hora de verificar Sam e dar tchau. Quem sabe cantando as musiquinhas dos Teletubbies?

–Eu tenho que ir.

Não...

–Foi bom que tivemos essa conversa, Brian. – Enquanto passava pelo corredor, arranquei a nossa última foto juntos colada na parede. – Quem sabe podemos ser amigos, né?

E desliguei.

–Agora eu sei por que você não atendia a por...caria do seu celular.

Para minha adorável surpresa, Jeff estava sentado no meu sofá comendo o último pedaço de lasanha a bolonhesa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fui bem rápido dessa vez, não fui?
Fiquei tão feliz por receber tanta resposta dos leitores que aproveitei para me dedicar um pouco mais.
E...
Queria pedir mais um favor a vocês, seus lindos e maravilhosos. Obrigada e Volte Sempre está concorrendo a duas categorias (melhor enredo e melhor originais) e eu estou concorrendo a Melhor autora nessa votação: https://pt.surveymonkey.com/s/ZTSGMVP :D Quem puder votar eu daria uma balinha em agradecimento.
E graças a Deus que o Sam voltou ou muita leitora iria atrás de mim com um machado perguntando onde ele estava.
Beijos e queijos.
Se tudo ocorrer bem, vejo vocês em breve.
Se não ocorrer tudo bem, rezem por mim '-'