Kenshin se levantou sacudindo a cabeça, pensava se aquilo era um sonho ou era real pois não fazia sentido nenhum e também... quem era aquela mulher? Nunca havia visto ela antes e como ela conseguiu nocautear caras que aparentavam ter tamanho poder?Mas não era só isso, ele sentia algo estranho emanando em volta dela, porém não sabia o que era...

-Por que continua parado aí com essa cara de idiota?- ela cruzou os braços.

-Huh?- ele ficou intrigado e uma veia saltara de seu rosto.

-Venha comigo- ela se virou e começou a andar.

A mente dele tornou-se extremamente fértil e imaginara varias coisas, mas ao mesmo tempo se questionava com sangue saindo de seu nariz ‘’Por que uma mulher linda estaria me convidando pra sair?’’ ‘’Espera, deve ser alguma piada ou um sonho, sim é um sonho!!’’ Então ele se beliscou com força.

-Ai!!-ele exclamou e pensou olhando em volta-‘Não é um sonho... ’

De repente viu um vulto e quando percebeu, ela estava parada em sua frente.

-Acabei de falar para você vir comigo, por acaso tem algum problema de audição?- ela perguntou.

-Não- ele falou desviando o olhar e um pouco corado.

-Temos que ir- ela disse com uma expressão séria em seu rosto.

-Mas pra aonde?Por que?- Kenshin questionou extremamente confuso.

-Por ordens superiores serei sua treinadora de agora em diante, não lhe direi mais nada enquanto não calar sua boca e me obedecer- falou num tom autoritário.

-Explique melhor- ele ordenou.

-Não- ela respondeu com frieza.

-Mesmo você não explicando, não irei sair desse jeito... Eu teria que falar com a minha mãe primeiro, alias ela ficaria muito preocupada se visse esses ferimentos- ele resmungou.

-Pelo que vejo não será fácil treinar um filhinho de mamãe...- Amber zombou, fazendo com que Kenshin cerrasse os punhos- Mas você tem razão, temos que cuidar desses ferimentos, apesar de não serem graves... o que facilitará para mim, chegue mais perto

-Hum? P-pra que?- A mente fértil de Kenshin fora ativada novamente.

Ela suspirou e então puxou Kenshin para si, tocando seus lábios no dele e em conseqüência Kenshin corou violentamente pois era o seu primeiro beijo, então ela se separou dele lentamente observando-o.

-Pronto, podemos ir falar com sua mãe agora- ela falou sem nenhuma expressão em seu rosto.

-Espera aí, por que você me beijou?Eu nem te conheço e...- de repente olhara para si mesmo e viu que suas feridas haviam desaparecido- O-o que?O que aconteceu?O que você fez?

-Que coisa mais entediante- ela falou baixinho e se aproximou dele novamente enquanto ele não parava de fazer perguntas.

-E...?- Kenshin foi interrompido, pois levara uma forte cotovelada na cara e acabou desmaiando.

Amber ficou olhando para ele por um tempo, alguns minutos depois Kenshin comecou a despertar ainda com os olhos fechados, porem abriu seus olhos ao ouvir a voz de alguém.

-Chegamos- Amber falou.

-Como você sabia onde era a minha casa?-ele perguntou, mas...

Ele olhou em volta de si e arregalou os olhos na hora, estava completamente amarrado e Amber estava segurando a ponta da corda, o que o leva a pensar que fora arrastado o caminho todo.

-AAAHHH!!Ei, por que você me amarrou?Me solta agora!- ele exclamou indignado.

-Ok- ela sorriu maliciosamente.

Amber segurou a corda firmemente e puxou com força, fazendo com que Kenshin fosse desamarrado, mas ao mesmo tempo rodava com um pião e quando finalmente parou de girar, caiu no chão.

-Ora, sua...- ele se levantou com raiva.

-Kenshin?- ele ouviu uma voz que era muito familiar.

Ele levou um tremendo susto quando olhou para frente e viu sua mãe olhando para ele.

-M-mãe?!- Kenshin exclamou.

-Ainda bem que não aconteceu nada de ruim com você- Layla sorriu e olhou para a mulher que estava do lado de seu filho- E... quem é ela?

-Bem... – Kenshin foi interrompido por Amber novamente.

Amber havia pegado a mão de Kenshin e sorriu para Layla.

-Meu nome é Amber, prazer em conhecê-la- ela falou amistosamente- Eu sou a namorada do Kenshin

Ambos, mãe e filho... quase tiveram um ataque cardíaco pois levaram um grande susto.

-‘O que diabos ela está dizendo?... Se bem que eu não sei se posso chamar isso de sonho ou pesadelo’-Kenshin pensou um pouco pálido.

-Meu filho... Entao você finalmente se tornou um homem?- Layla exclamou emocionada.

-E-espera- ele foi interrompido por um forte aperto de mão de Ambre, quase quebrou sua mão e Kenshin fez uma careta.

Amber sorriu para ele de um jeito fofo e ao mesmo tempo como se estivesse falando ‘’Se você fazer alguma besteira, morrerá’’.

-Parece que foi ontem que eu via você correndo por aí, uma criança tão energética e desajeitada...- Layla falou chorando.

-Ei, mãe- Kenshin falou, porem foi ignorado.

-Quando se machucava, mesmo que fosse um simples ralado no joelho chorava... Nunca tinha pegado ninguém... – ela continuou chorando de emoção.

-Isso é constrangedor- Kenshin falou baixinho, enquanto Amber se divertia com a situação.

-E hoje... aparece de repente com uma linda moça ao seu lado, que orgulho meu filho- Layla fala com os olhinhos brilhando- Vocês tem algo a me dizer?

Amber levantou a mão com um sorriso estampado no rosto.

-Queríamos falar para a senhora que eu e o Kenshin iremos viajar pelo mundo, para aproveitar um pouco mais- Amber sorriu.

-Parecido com uma lua-de-mel?- Layla perguntou.

-Sim- Amber afirmou, enquanto Kenshin estava a ponto de ter um infarto com as coisas que ouvia.

-Que orgulho de você meu filho, se houver um casamento já tem as minhas bênçãos e por favor me convidem- ela tocou no ombro de seu filho com lagrimas nos olhos.

-‘Mas o que?Como a minha mãe aceitou isso tão facilmente? E que tipo de resposta é essa, Amber?’- Kenshin se questionava corado.

Uma hora depois eles estavam indo embora, já haviam pegado as coisas de Kenshin(ele teve que carregar tudo) e enquanto caminhavam Kenshin notou um brilho estranho nos olhos de Amber.

-O que foi, Amber?- Kenshin perguntou curioso.

-Não é nada de importante, apenas ganhei um presentinho da minha ‘sogra’- Amber zombou dele.

-S-sogra?!E que presentinho é esse?!- ele fez uma careta.

-Não é do seu interesse- ela deu uma risadinha- E eu já falei para me chamar de Senpai

-É claro que não!De jeito nenhum!Ordem rejeitada!!- Kenshin protestou.

De repente ele sentiu uma aura estranha perto de si, quando olhou para Amber, sua expressão era de raiva e havia um rosto assustador atrás dela, o coração de Kenshin quase saiu pela boca.

-E-Entendido, Senpai!!- ele se curvou tremendo de medo.

-Assim é bem melhor- ela falou com uma expressão normal em seu rosto.

-A p-propósito... poderia me dizer um pouco mais sobre você... Senpai- Kenshin pediu com um pouco de curiosidade.

-Agora não- ela respondeu friamente.

-Mas eu nem te conheço direito e estou viajando com você,Senpai, tenho o direito de saber- ele reclamou cruzando os braços.

-Você tem o direito de ficar calado por enquanto- ela disse sem nenhuma expressão no rosto.

-M-mas...- Kenshin fora interrompido outra vez, sentiu algo em sua boca.

 Arregalou os olhos na mesma hora, tentou de todas as maneiras... falar, pois Amber havia colado uma fita em sua boca antes que pudesse ver.

-O caminho não é muito longo, mas de qualquer jeito prefiro silencio- Amber disse com frieza.

Depois de 2 horas de caminhada, chegaram no meio de uma floresta próxima a uma cidade.

-Chegamos- ela disse dando um pequeno sorriso.

Kenshin chorou de felicidade, pois estava com uma bagagem enorme em suas costas*e ainda estava com a fita colada na boca*, uma aura vermelha e negra envolveu Amber, a qual estava parada e de repente falou:

-Abra-te, Cerberus Gate- Amber estendeu a mão sobre a terra e na mesma surgiu uma espécie de porta, com grades pretas e rosas mortas as envolvendo e tinha um símbolo estranho...

-‘Não sei o que é isso, mas parece legal’- os olhos de Kenshin brilharam.

-Vamos entrar- Amber o arrastou para dentro, logo após a porta sumiu.

Kenshin ficou olhando em volta, era totalmente diferente da floresta... parecia que estava em uma mansão cheia de salas e quartos.

-Vou retirar a fita de sua boca- ela disse chegando perto de Kenshin.

-‘Finalmente’- ele pensou animado.

Amber tentou puxar com pouca força, mas...

-Parece que está colado demais devido ao tempo que ficou em sua boca- ela disse segurando firme na ponta da fita.

-‘N-não, Senpai eu te imploro!! Não faça o que eu acho que você vai fazer!!’- ele ficou tremendo e suando frio.

Amber usou muita força para retirar a fita e conseguiu, porém...

-AAAAHHHH!! Isso doeu!! Não sinto mais a minha pele!!- ele gritou com lágrimas nos olhos.

-Pare de fazer tanto drama- Amber ordenou com um olhar sério.

-S-sim, Senpai!!- ele falou*com parte de sua boca mais vermelha que sangue*.

Amber se concentrou e então em poucos segundos uma grande espada surgiu, sua lâmina era prateada e seu cabo era dourado que nem ouro.

-Ei, espera aí! Essa não é aquela espada que aqueles caras usaram para tentar me matar??- ele perguntou confuso.

-Sim- ela simplesmente respondeu.

-Então o que você está esperando?Destrua logo esta coisa!- ele exclamou apontando para a espada.

-Calado, quem da ordens aqui sou eu- ela falou e logo após suspirou- Não se preocupe, eu fiz algumas alterações nela para que não lhe prejudicasse, você a usará tanto em seu treinamento quanto em seus combates

-Eles disseram que essa espada pode destruir Behemoth, mas... o que eu tenho a ver com ele?Aquele dragão desgraçado- Kenshin cerrou os punhos lembrando da morte de seu pai.

-Eu conheço seu passado e sei de tudo sobre você- ela falou desviando o olhar.

-Como?... Ei Senpai,me explique melhor sobre a relação entre mim e Behemoth, eu não entendi nada- Kenshin falou.

-A razão de aqueles caras tentarem tirar a sua vida é por que... Behemoth reside dentro de você e está presa a sua alma- Amber falou olhando profundamente para Kenshin.

Ele arregalou os olhos, assustado e surpreso.

-‘O que?Isso só pode ser uma piada, Behemoth... o dragão que matou o meu pai... está dentro de mim?’- ele se questionava, sua pele estava pálida e ele estava suando frio.

-E essa espada, Excalibur... é a única que pode destruir Behemoth, porém conseqüentemente sua vida seria destruída junto com a dele- Amber disse com uma expressão séria no rosto.

Continua...