Adventure Art Online [Inscrições Fechadas] escrita por Arceus


Capítulo 8
A Tragédia Virtual (Extra - 1)


Notas iniciais do capítulo

AVISO 1 - Esse capítulo não vai mostrar os personagens da fanfic,mas sim uma a história de uma jogadora,dos trabalhadores da Argus e como as pessoas do mundo de fora vão reagir com AAO.

Será 2 capítulos extras.



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Era finalmente o grande dia da abertura de AAO. O mais novo jogo da empresa Argus divulgado em todo o mundo,principalmente no Japão era uma das maiores notícias e inovações da tecnologia. O mais novo VRMMORPG (Virtual Reality Massively Multiplayer Online Role-Playing Game) era um dos mais disparados nas vendas por todas as lojas de games e eventos de jogos e tecnologia. Ultrapassando simuladores de consoles lançados por empresas adversárias,acabou esgotado rapidamente nas lojas e então estocados no dia do lançamento,também esgotado e comprado por pessoas sortudas. Uma dessas pessoas era Sayuri.

Sayuri era uma jovem de 15 anos e morava na cidade de Kagoshima,Japão. Tinha cabelos negros longos que sempre prendia com um rabo de cavalo e um rosto pálido. Conseguiu comprar uma cópia de AAO junto com sua melhor amiga e seu melhor amigo. Quando jogo lançou,foi uma das primeiras usuárias a logarem e então entrarem no mundo de Aderan. Abriu os olhos e então se viu na cidade da ponte,Arvalis. Tinha escolhido ser uma espadachim e elfa,apesar da raça não ser apropriada para a classe,amava os elfos. No jogo optou por ter o mesmo rosto que tinha na vida real,porém com orelhas pontudas.

Então olhou em volta,na busca do melhor amigo,Yamato. Sem sinal da seta com o usuário dele. Aquele indeciso! Provavelmente mudou de classe de última hora e deixou ela própria sozinha no jogo. Bufou e cruzou os braços,franzindo o cenho. Sua amiga,provavelmente virou uma noviça,também indo para outro reino. Agora só era ela e o manual do jogo. Encarou então o guerreiro NPC que recebia os usuários. Ela esperou o homem conversar com um espadachim alto e então foi apresentada ao mundo de Arvalis.

– Quer dizer que eu mesmo tenho que buscar minha espada? - Ela fitou o NPC Nazrudin com uma expressão engraçada. O NPC sorriu,provavelmente captaria a feição dos usuários.

– Ele está perto. Apenas siga no mapa,está marcado. - Nazrudin então cruzou os braços. - Que os deuses Freon e Ahdron estejam contigo,jovem guerreira.

– Espero que sim. - A garota deu um sorriso bobo e acenou para o general de Arvalis,indo em busca do ferreiro chamado Hedest.

O clima da cidade era agradável. O som do mar e das gaivotas relaxam Sayuri,além da música agradável ao fundo. As construções eram medievais mas com um estilo único,um estilo diferente. Pilastras e construções se estendiam nas ruas já cheias de usuários que duelavam.

– Aonde o bobo do Yamato deve estar agora... - Ela corou,irritada. - Do jeito que é viciado,já deve ser level 100. Kimiko do jeito que é calma,deve estar lendo todas as instruções e manuais do jogo...ela sempre faz isso. - A garota falou para si mesmo e soltou um riso. - Espero que possamos nos encontrar.

Seguiu pelas ruas e sendo guiada pelo mapa,até chegar a oficina do tal ferreiro "Hedest". Era uma casa medieval normal com um mostruário de cotas de malha,espadas e escudos. Entrou na loja e sentiu o calor artificial de vários outros jogadores presentes ali,pegando suas espadas e saindo. Teve sorte e se esgueirou no balcão. Era uma elfa baixinha no meio de humanos e elfos altos. Foi atentida por uma senhora com a pele morena e cabelos grisalhos. Ela deu um sorriso doce e Sayuri retribuiu.

– Em que posso te ajudar,guerreira? - A senhora perguntou.

– A espada de iniciante,por favor. - Sayuri entregou o bilhete de Nazrudin para a senhora,que imediatamente pegou uma espada normal. Sayuri agradeceu e acenou para a senhora,saindo da loja.

– Como ele diz...as quests são obtidas por NPCs da cidade. - A garota olhou para os lados,nervosa. - Não fique nervosa,Sayuri,vai tudo dar certo. Tá bom...vamos lá.

A garota suspirou e buscou no mapa as localizações com símbolos de livros que piscavam no mapa. Andou pela cidade,até se esbarrou em um garoto de cabelos castanhos e uma alfanje,ao lado do garoto que tinha visto quando logou em AAO.

– Ah,desculpa. - A garota arrumou os cabelos,recuando. Parou em um NPC gordo,que vendia montarias de aves com cores diferentes. Tinham pescoços largos,várias penas na cabeça e olhos dourados. Ou eram avestruzes gordinhos ou galinhas com suplemento. Sayuri decidiu então parar de pensar em qual raça aquela ave era e recebeu a quest do NPC.

– Menina! - O homem tinha um sotaque engraçado. - Senhor Ferdinando querer que mate dez porcos selvagens em Ilha Roda de Ferro. Trate de trazer couro fofinho para sela. Assim que terminar,venha buscar montaria de avestruz Agora vá,Ferdinando quer selas de couro fofinho de porco selvagem para agora!

O NPC expulsou Sayuri que assentiu. Tinha acertado,era um avestruz gordinho! Correu no mapa e seguiu até a Ilha Roda de Ferro,passando por uma das pontes que ligavam a cidade em ilhas pequenas.

Sayuri se concentrou e sacou a espada,atacando um dos porcos selvagens que pulou nela. Passou vários minutos matando os porcos e recolhendo os couros que deixavam,então terminando a quest. Voltou para a cidade e foi até Ferdinando.

– Menina jovem saber recolher couro fofinho! - Ferdinando bateu as palmas e abraçou Sayuri,que riu do sujeito engraçado. - Agora tomar montaria! Com sela feita a partir de couro fofinho,menina pode andar com avestruz! Vá,escolher e voar como vento!

Sayuri observou os avestruzes,então um painel brotou na sua face. A face de três avestruzes com cores diferentes surgiu. Um branco,outro laranja e outro preto.

– Eu escolho...esse aqui. - A garota deslizou e tocou no ícone com a face de um avestruz preto. O painel então desapareceu e o homem já estava com uma corda presa na sela de um avestruz preto.

– Esse ser Cocó! Mas garota poder renomear depois. Correm como o vento,aproveite menina.

– Obrigada,Ferdinando! - Sayuri abraçou o NPC que ficou surpreso e pegou a corda com o avestruz. A corda se desfez,deixando Cocó livre. Sayuri montou em Cocó com destreza e examinou o mapa.

– Tem outra quest de level 4 no canto de Arvalis...hm...como Yamato disse,pegar quests de level maior dá mais XP. - Ela então olhou decisiva para o céu e então para sua frente. - Vamos,Cocó! Siga as coordenadas!

A garota mostrou o mapa e o avestruz gordinho pareceu entender. Ele correu com tamanha velocidade e Sayuri riu,sentindo o vento bater no seu rosto.

Um tempo depois...

Sayuri já se encontrava no level 8. Atualmente,estava na Ilha Praia dos Símios. Lá enfrentava um gorila de pelagem branca que bufava com as narinas que soltavam um vapor quente. Já usava uma tiara de armadura e a armadura de couro agora já era de prata. Empunhou a espada longa e diferente da de iniciante e perfurou contra o peito do gorila,que soltou um grito abafado e explodiu em dados. A mensagem de XP surgiu e então uma corneta tocou,escrito "LEVEL UP".

– Level 10! - Sayuri se empolgou e tirou do inventário a montaria Cocó. O avestruz preto fez um som simpático e se abaixou para Sayuri se sentar.

– Cocó,já podemos sair de Arvalis e suas ilhas e ir até o continente principal,onde a rota de verdade do jogo começa! - A garota se entusiasmou e se segurou no avestruz,que seguiu as coordenadas registradas.

Sayuri parou para pensar. Eram 7:00 da manhã quando o jogo lançou no Japão,enquanto nos EUA e outros países 19:00. Tinha madrugado esperando pelo jogo! Se lembrou que iria viajar para visitar a vó junto com a mãe e seus pai. Já era 10:00 da manhã. A garota revirou os olhos.

– Só mais um pouco... - Ela continuou seguindo para Arvalis junto com Cocó,quando uma dor terrível tomou parte de sua cabeça. A garota soltou um grunhido de dor e Cocó parou,assustado.

– Ai! - Sayuri fez um carinho na cabeça. - Deve ser o jogo me dizendo para sair. - Ela então suspirou. - Não tem problema,Cocó. A gente se vê amanhã. - Sayuri então foi nas configurações,no botão sair,porém não havia nada ali. Ela estranhou e continuou atualizando as configurações,quando um barulho no céu a assustou. Vários códigos passaram pelo céu,números e letras deslizavam,deixando a garota confusa. A cidade então tremeu. Sayuri recuou com Cocó,mas quando viu,já não estava mais em Arvalis.

Havia sido teletransportada para algum lugar. Cocó havia voltado ao inventário involuntariamente. Ela olhou em volta. Havia muita gente onde estava. Olhou em volta e todos pareciam ter a mesma reação da garota. Ela então permaneceu quieta,era um evento. Até que uma voz cobriu o céu do lugar onde estava junto com um escudo vermelho.

A voz havia revelado que o jogo tinha sido hackeado por um grupo chamado Baphomet. Grupo que conhecia por ser um dos mais procurados pela policia em mais de 87 países. A garota arregalou os olhos quando ele disse que a partir daquele momento,todos morreriam caso morressem no jogo,ou se seus NerveGears fossem retirados. Quando sumiu,caiu no chão e gritou,quebrando o silêncio de todos que ali estavam. Assim que gritou,todos também gritaram. Sayuri recuou com lágrimas nos olhos,desesperada. Queria sair daquele jogo o máximo possível. Correu pela multidão,tentando achar alguma resposta. Mas nada...estava presa ali. Quando algo pior aconteceu.

Sentiu algo tocar seu corpo,mas não era ninguém em AAO. O negócio parecia a empurrar e a acordar,mas Sayuri não saía do jogo. Então a coisa pior aconteceu. Sua visão em AAO começou a ficar nublada e então,tudo ficou preto.

Na vida real...

A mãe de Sayuri tentava acordar a garota,a empurrando ou a tocando. Mas era inútil. Sayuri não respondia,apenas estava parada em sua cama. A mãe tentava por minutos acordar a filha,quando decidiu então tirar os fios de seu capacete. O aparelho apitou com uma luz vermelha e então um barulho agudo de algo estourando ecoou pela casa de Sayuri. A mãe recuou do choque e tirou o capacete da filha,desesperada. O capacete caiu no chão,se quebrando. Sayuri agora com a cabeça virada para o lado,com o nariz sangrado. Os olhos inocentes agora estavam imóveis e com lágrimas. A garota emitiu um ruído baixo e então parou. A mãe tremeu com os olhos arregalados e se aproximou da filha,tocando no seu pescoço. O sangue diminuiu de velocidade e o coração de Sayuri parou de tocar. A mãe ficou boquiaberta e a única coisa que conseguiu emitir foi o grito desesperado que ecoou pelo bairro da cidade de Kagoshima.




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