The Aurors escrita por Heitor


Capítulo 11
A missão era uma armadilha.




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- Mas o que? - Exclamou Beatrice, boquiaberta.

- Bruxos das trevas. - Sussurrou Augustus, ao meu lado.

Todos ficaram com a varinha em punho, surpresos. 

Um dos homens riu e deu alguns passos a frente.

- Estão espantados, não? - Dizia ele, sarcasticamente. - Se não perceberam, as trevas estavam cercando-os cada vez mais.

- Isso tem relação com o sumiço de aurores. - Murmurou Augustus, juntando as peças.

- Você tem razão. Garoto esperto! - Disse o mesmo homem. - São enviados á missões e nunca mais voltam. - Ele fez uma imitação de uma criança prestes a chorar. - Que decepção! 

- Klaus! - Chamou-me Beatrice, parando ao meu lado. - O Senhor Lawrence. Eu sabia. Não era ele! 

E então, tudo começou a se encaixar: O Senhor Lawrence não era o mesmo. Seja lá quem for, estava enviando aurores para missões falsas e perigosas, de modo que não pudessem mais voltar. O que é o nosso caso. Estamos cercados. 

- Não estou entendendo. - Disse Jason.

- Não é momento para explicações, garoto. - Disse o bruxo. 

Augustus deu alguns passos a frente, subitamente, e um lampejo vermelho saiu de sua varinha, atingindo o peito do homem e o derrubando no chão.

- Como ousa? - Exclamou ele.

- Se espalhem! - Disse eu, empurrando Beatrice para o lado. 

Cada um de nós ficamos em uma das pontas da arena e vários lampejos riscavam o ar, voando de um lado para o outro. Eram multicoloridos. 

De repente, o dragão soltou um rugido forte que fez todo o solo vibrar.

O dragão. 

- Jason! - Gritei. - O dragão! Ele pode nos levar embora!

- Não, não! - Berrou ele, como resposta. Prosseguia lançando feitiços. - Não é uma boa ideia!

Estuporei o bruxo das trevas a minha frente e corri determinado atrás do dragão. Seus grandes olhos castanhos me olharam com ferocidade. Eles não atacam humanos. Qual o problema?

O problema era que nenhum de nós sabia como pilotar um dragão.

Ao lado da criatura, havia outra porta de ferro para saída da arena. Apontei a varinha para ela e a sacudi.

- Bombarda! - E imediatamente protegi meu rosto com as mãos. A porta perdeu alguns pedaços e caiu no solo com um alto estalo.

Apontei a varinha determinado para o pedaço de ferro que havia sobrado da porta e puxei-a para o lado do dragão com apenas um risco de varinha no ar. 

Subitamente, pulei no ferro e me impulsionei para cima, montando nas costas do dragão. De repente ri. Era uma ideia maluca e bizarra.

- Ei, pessoal! - Gritei, chamando-os. 

Beatrice imediatamente fez o bruxo que a atacava desacordar e correu para perto. Dei-lhe a mão, ajudando-a a subir.

Augustus e Jason assentiram, correndo para perto. 

O último bruxo em pé apontou a varinha para Jason e lançou um lampejo azulado. Estuporei-o, mas o feitiço atingiu a perna de Jason, fazendo-o cair. 

- Rápido! - Berrava Beatrice, montada no grande dragão, atrás de mim.

Augustus ajudou Jason, que se segurou em suas costas e veio mancando. 

Ajudamo-os a subir no grande verde-galês e estourei as cordas e correntes que o mantinha preso a parede de ferro.

A criatura rugiu e voou para cima, quebrando o teto e apresentando-nos o céu e a imensa lua.


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