The Aurors escrita por Heitor
- Mas o que? - Exclamou Beatrice, boquiaberta.
- Bruxos das trevas. - Sussurrou Augustus, ao meu lado.
Todos ficaram com a varinha em punho, surpresos.
Um dos homens riu e deu alguns passos a frente.
- Estão espantados, não? - Dizia ele, sarcasticamente. - Se não perceberam, as trevas estavam cercando-os cada vez mais.
- Isso tem relação com o sumiço de aurores. - Murmurou Augustus, juntando as peças.
- Você tem razão. Garoto esperto! - Disse o mesmo homem. - São enviados á missões e nunca mais voltam. - Ele fez uma imitação de uma criança prestes a chorar. - Que decepção!
- Klaus! - Chamou-me Beatrice, parando ao meu lado. - O Senhor Lawrence. Eu sabia. Não era ele!
E então, tudo começou a se encaixar: O Senhor Lawrence não era o mesmo. Seja lá quem for, estava enviando aurores para missões falsas e perigosas, de modo que não pudessem mais voltar. O que é o nosso caso. Estamos cercados.
- Não estou entendendo. - Disse Jason.
- Não é momento para explicações, garoto. - Disse o bruxo.
Augustus deu alguns passos a frente, subitamente, e um lampejo vermelho saiu de sua varinha, atingindo o peito do homem e o derrubando no chão.
- Como ousa? - Exclamou ele.
- Se espalhem! - Disse eu, empurrando Beatrice para o lado.
Cada um de nós ficamos em uma das pontas da arena e vários lampejos riscavam o ar, voando de um lado para o outro. Eram multicoloridos.
De repente, o dragão soltou um rugido forte que fez todo o solo vibrar.
O dragão.
- Jason! - Gritei. - O dragão! Ele pode nos levar embora!
- Não, não! - Berrou ele, como resposta. Prosseguia lançando feitiços. - Não é uma boa ideia!
Estuporei o bruxo das trevas a minha frente e corri determinado atrás do dragão. Seus grandes olhos castanhos me olharam com ferocidade. Eles não atacam humanos. Qual o problema?
O problema era que nenhum de nós sabia como pilotar um dragão.
Ao lado da criatura, havia outra porta de ferro para saída da arena. Apontei a varinha para ela e a sacudi.
- Bombarda! - E imediatamente protegi meu rosto com as mãos. A porta perdeu alguns pedaços e caiu no solo com um alto estalo.
Apontei a varinha determinado para o pedaço de ferro que havia sobrado da porta e puxei-a para o lado do dragão com apenas um risco de varinha no ar.
Subitamente, pulei no ferro e me impulsionei para cima, montando nas costas do dragão. De repente ri. Era uma ideia maluca e bizarra.
- Ei, pessoal! - Gritei, chamando-os.
Beatrice imediatamente fez o bruxo que a atacava desacordar e correu para perto. Dei-lhe a mão, ajudando-a a subir.
Augustus e Jason assentiram, correndo para perto.
O último bruxo em pé apontou a varinha para Jason e lançou um lampejo azulado. Estuporei-o, mas o feitiço atingiu a perna de Jason, fazendo-o cair.
- Rápido! - Berrava Beatrice, montada no grande dragão, atrás de mim.
Augustus ajudou Jason, que se segurou em suas costas e veio mancando.
Ajudamo-os a subir no grande verde-galês e estourei as cordas e correntes que o mantinha preso a parede de ferro.
A criatura rugiu e voou para cima, quebrando o teto e apresentando-nos o céu e a imensa lua.
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