Ich Bin Nicht Ich escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Sinceramente? Tô doida pra acabar logo essa fic.
Ninguém merece ver um trabalho feito com tanto carinho reduzido a capítulos sem um mísero review!
Mas não houve.
O avião já estava no ar, já se completavam duas horas de viagem e o silêncio era cortante. Pus o fone do mp4 no ouvido – último volume. Nessas horas nem é tão ruim ter sangue de barata – pelo menos, nessa situação, ser manteiga derretida seria muito pior -, não precisei segurar muito o choro enquanto escutava Tomorrow sem parar.
“And I wanna believe you
When you tell me that it will be ok
Ya I try to believe you
But I don’t
When you say that it’s gonna be
It always turns out to be a different way
I try to believe you
Not today today today today today...
I don’t know how I’ll feel
Tomorrow, tomorrow
I don’t know what to say
Tomorrow, tomorrow is a different day
It’s always been up to you
It’s turning around it’s up to me
I’m gonna do what I have to do
Just don’t
Give me a little time
Leave me alone a little while
Maybe it’s not too late
Not today today today today today...
I don’t know how I’ll feel
Tomorrow, tomorrow
I don’t know what to say
Tomorrow, tomorrow is a different day
Hey yeah yeah
Hey yeah yeah
And I know I’m not ready
Hey yeah yeah
Hey yeah yeah
Maybe tomorrow
And I wanna believe you
When you tell me that it will be ok
I try to believe you
Not today today today today today...
Tomorrow it will change…”
Acabei não resistindo muito. Tava tocando pela 10ª ou 11ª vez quando meus olhos lacrimejaram.
- Que foi? – Paula perguntou.
- Nada... – respondi engolindo as lágrimas e tentando não borrar a maquiagem – é só... alergia. Alergia.
Pelo menos consegui inventar uma desculpa menos idiota do que um cisco. E lembrei que não tinha almoçado.
- Mais alguém tá com fome?
- Eu. – Bill respondeu à minha pergunta.
- Você não, Paula?
- Não tô com fome não.
Chamamos uma comissária e eu pedi um sanduba e uma coca. Bill quis a mesma coisa; enquanto comíamos eu fiquei pensando, nós dois não engordamos de ruins: só comemos bobeiras e só tomamos coca, e permanecemos magrelos. O pensamento me fez rir, e precisei fazer uso da (clássica) desculpa de que lembrei de uma piada para justificar a crise de riso repentina.
Podia ter virado a Rainha da Desculpa depois dessa. E de tantas outras que precisei usar recentemente. [...]
O tédio voltou depois do “almoço” e eu comecei a sentir sono. Mas eu definitivamente não poderia dormir. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi mandar um café goela abaixo, mas como detesto café puro desisti da ideia. Depois, coca ou guaraná. Mas não tava a fim de me entupir de refrigerante e também desisti.
Eu estava completamente perdida nos meus pensamentos, e lá pelas tantas a Paula disse alguma coisa, levantou e foi lá pro fundo. Deve ter ido retocar a maquiagem, ela tinha cochilado ali sentada na poltrona.
Assim que ela se levantou, perdi o sono imediatamente. Não que eu quisesse tirar satisfação, mas aquele silêncio entre nós começava a pisar uma tonelada na minha cabeça. Tava tentando “ensaiar” alguma coisa pra tocar no assunto, mas não foi preciso.
- Tá pensando... no que aconteceu ontem à noite?
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Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=pBHlAaIJ_X8