Ich Bin Nicht Ich escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Mais um capitulinho pra vcs!!
Alguém me deixa bater na Paula?? Ela não tá lendo a fic. ¬¬°
Já em terra firme (London Town!), quando tínhamos acabado de pegar nossas malas, Tom lembrou-se de um detalhe que parecia insignificante:
- Ih, gente, alguém vai ter que dormir no chão e dividir espaço.
- Por quê? – indagou Georg.
- Ué, a gente só tem quatro quartos, e estamos em seis.
- Não seja por isso, a gente troca dois quartos individuais por dois com duas vagas. – essa ideia foi do Bill.
- E quem vai ter que dividir espaço?? – perguntou Tom animadinho.
- Você fica no mesmo quarto comigo e as meninas ficam juntas. – Bill esclareceu.
- Não gostei dessa divisão. – disse isso fazendo bico.
- Pra mim tá ótimo. – Paula confirmou.
- Pra mim também. – eu disse – No quarto tem TV?
- Sei lá. Deve ter. – Tom respondeu mal-humorado.
- Tem sim – Bill confirmou -, mas vocês não vão precisar dela.
- O que você quer dizer com isso? – indagou Paula.
- Ué, simplesmente que vocês não vão ter tempo pra ver TV – ele disse -, ou achavam que vieram pra Londres pra eu apresentar vocês ao mundo num dia e ficar os outros três enfurnadas num quarto? Nem a pau! Olha, a gente vai jantar, depois dormir e amanhã quando eu acordar vamos dar uma volta, falou?
- Se e quando você acordar, né, Bill? – Tom disse fazendo graça.
- Idiota! – Bill respondeu dando-lhe um tapa.
- Bom, tá tudo bem, então. Amanhã ‘cê bate na nossa porta pra chamar a gente. – eu disse.
- OK. Onde vocês querem ir primeiro? – Tom perguntou.
- McDonald’s! – Paula sugeriu – Vamos pro McDonald’s jantar!!
- Ótima ideia. Deve ter um por aqui. Vamos. – disse Bill animado, lambendo os beiços.
- Meio difícil que eles não gostassem da ideia, ‘cê não acha? – cochichei pra Paula.
- Haha. Já comeram num restaurante hoje, vamos ser felizes todos juntos jantando fast-food. O que tem de mal nisso? – ela cochichou de volta.
- Nada! Era pra ter? – perguntei.
- Não. Vam’bora.
O “jantar” teria sido tranquilo se não fossem fotógrafos e mais fotógrafos tirando fotos a toda hora, de todos os lugares, por todos os ângulos.
“Já vi que amanhã vão surgir zilhões de boatos sobre a gente aqui nos jornais e revistas do mundo inteiro.”
Eu pensava nisso quando chegaram uns jornalistas – um deles, inclusive, apresentava um programa ao vivo numa rádio – que rodearam as mesas onde estávamos os seis comendo; Tom, Georg, Paula, Gustav, Bill e eu; e começaram a fazer perguntas e mais perguntas para os quatro – especialmente de quem se tratavam as duas garotas sentadas à mesa junto com eles.
Avisei que ia ao sanitário e puxei a Paula comigo. Ela estava aflita:
- Ai, cara, a gente tá ferrada!Depois desse flagra, amanhã as manchetes vão ser todas as mesmas: “Duas garotas misteriosas jantando com os integrantes da Tokio Hotel em Londres”!
- Fica fria, Paula, eu sei muito bem que a situação tá triste, mas a gente sai dessa. Só não sei exatamente como, mas... eu penso em alguma coisa.
- Tic, tac, tic, tac, o tempo tá passando, a gente não tem o resto da vida, anda!
- Pára! Essa sua andança pra lá e pra cá tá me dando agonia. Não dá pra pensar desse jeito, né! Afe!
- Tá bom, tá bom, mas que a gente vai precisar “dA” desculpa, vai. Hm... que tal se a gente saísse pela porta dos fundos?
- E deixaríamos os quatro sozinhos tentando nos justificar com aquela porrada de jornalistas? Seria muito egoísmo da nossa parte.
- Ué, liga pro Bill e diz pra ele driblar o povo, inventar que eles têm um compromisso e saírem do shopping.
- Nem, isso só vai fazê-los serem perseguidos.
- É mesmo, não tinha pensado nisso.
- Se passássemos por parentes distantes...
- ... Os jornalistas seriam ou ignorados ou cutucados pelos fãs da banda...
- ... Que saberiam muito bem que isso é conversa.
- Pois é. Tá difícil.
- Nem fala. Aliás, como será que eles estão enrolando aquele pessoal?
Nos entreolhamos e saímos do banheiro. Ficamos escondidas num canto onde dava pra ver a nossa mesa, olhando cuidadosamente como se fôssemos personagens de quadrinhos encenando um filme de espião. E qual não foi a nossa surpresa quando, dali a meio minuto, Tom levantou da mesa e veio andando na nossa direção.
Engoli em seco, mas tentei ficar calma; se ele vinha sorrindo e de tão boa vontade, era sinal de que, seja lá qual fosse a história, era convincente; e que os repórteres estavam caindo na lábia deles direitinho.
Tom levou um susto ao nos ver escondidas, explicou rapidamente o plano (que nos fez sorrir com malícia e imitar mosquinhas louva-Deus, que juntam as mãos como se fossem rezar mas estão á armando o bote) e saímos dali andando sorridentes.
Na mesa, Bill, Georg e Gustav tentavam enrolar o povo contando sobre a passagem-relâmpago pelo Brasil, interrompendo-se imediatamente ao nos ver cegar.
Então Bill começou a dizer que tinha nos conhecido no Brasil e panz (o que não era mentira), e depois inventou uma história doida e sem muito nexo (como eu precisei me segurar pra não ter um ataque de riso naquele momento, meu Deus), e me deixou vendo estrelas no fim.
Eis que um repórter dá uma sugestão:
- Já que vocês as trouxeram aqui para que cantem, já podem cantar aqui e agora!!
- Puta que pariu. – resmunguei. Era só o que me faltava. Olhei pro Bill, que me fitava ansioso, e murmurei:
- Não. Eu não vou fazer isso. Vê se eu tenho cara de cantora de lanchonete? Eu sei que não sou profissional, superconecida, renomada nem nada do gênero; mas isso aqui já é um pouco demais! Eu tenho meu orgulho, sabia?
Ele concordou com a cabeça e anunciou:
- Agora não. Aqui, muito menos. Dá licença, que nós temos que ir – e levantou-se. Levantamos todos e fomos pro hotel. Demos boa noite, fomos cada qual para o seu alojamento e, apesar de não estar com o meu travesseiro, deitei na cama e apaguei.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até quinta!!