Ich Bin Nicht Ich escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Geente quem já assistiu Irmão Urso dá um UP!
Eu chorei no fim. E quem não assistiu vá até a locadora mais próxima e veja. É muito lindo!! Bom, mais um capitulinho...
Estávamos dando risada quando notei que tinha alguém debruçado na minha poltrona.
Olhei pra cima e vi a Paula:
- O papo tá bom?
- Há quanto tempo vocês tão aí? – perguntou Bill, depois de olhar pra cima e perceber Tom pendurado na sua poltrona.
- Tempo suficiente pra supor que o clima aí tá esquentando. – disse Tom.
- Aham, vocês tão dizendo isso porque acham que a gente não viu vocês dois dormindo agarradinhos! – provoquei.
- Você tem uns sonhos muito estranhos – Paula desmentiu – e uma imaginação muito fértil.
- Eu também tenho imaginação fértil? – interrompeu Bill -, porque eu também vi. Pena que o telefone tava desligado, senão eu teria tirado uma foto. Hahahaha.
- Seu tonto! – Tom deu um “pedala” nele -, mas é verdade. A gente dormiu juntinho, não rolou nada de mais.
- Levando em consideração o seu “nada de mais”... – Bill provocou com malícia na frase.
- Cala a boca, Bill! Não aconteceu nada.
- É. Nadinha. – Paula confirmou.
Eu e Bill nos olhamos e caímos na risada. E quando pudemos dizer alguma coisa, foi:
- Aham! – Bill disse irônico.
- Ai... comédia. – completei – Cadê o gravador quando eu preciso? – e voltamos a rir como duas crianças bobas, e mais ainda quando eles sentaram nas poltronas atrás de nós.
Depois acabou a graça e o silêncio invadiu o ambiente outra vez. Porém não ficou por muito tempo: a Paula se debruçou na minha poltrona e deu uma ideia:
- Isso aqui tá muito chato. Vamos brincar de “jockey pow”?
- O que é isso?
- Quê, vai dizer que vocês nunca brincaram de pedra, papel, tesoura? – a Paula perguntou espantada.
Os dois balançaram a cabeça negativamente.
- Têm certeza de que vocês tiveram infância? É assim: mão aberta é papel, mão fechada é pedra e dois dedos é tesoura – comecei a explicar.
- Pedra ganha da tesoura, tesoura ganha do papel e papel ganha da pedra. A gente joga em duplas e a cada três rodadas troca. – Paula explicava fazendo os gestos. – Vai, Julia, mostra aê. Jockey pow!
Ela jogou a pedra e eu a tesoura.
- Jockey pow! – ela jogou o papel e eu a tesoura.
- Jockey pow! – eu joguei a pedra e ela o papel. – Entenderam?
Eles confirmaram com entusiasmo e começamos a brincar. Dali a pouco Gustav e Georg também entraram na brincadeira que depois evoluiu para roda de telefone-sem-fio.
- Essa eu quero ver! Eu nunca brinquei de telefone-sem-fio em inglês. – eu disse.
- Eu nunca brinquei disso! – exclamou Georg.
O telefone-sem-fio não deu certo e virou brincadeira do silêncio sério. Do nada a Paula começou a cantar:
- Se a tua espécie continuar bate as mãos!
Imediatamente eu caí na risada. Mas nenhum dos quatro entendeu a piada. Quando me recuperei do tique, sugeri outra:
- Tenta outra coisa, Paula. Essa não deu certo.
- O quê, por exemplo?
- Você lembra da do rango legal?
- Não.
- Nem eu.
- E a do pé na estrada?
- Só em português.
- Ah, serve. Vamos cantar. Começa aí.
Eu adoro essa musiquinha. E comecei a cantar a parte do solo:
“O pé na estrada eu vou botar
Que já tá na hora de ir
Um lindo horizonte e um céu azul
O que mais eu poderia pedir?”
Percebi que, pelo fato de estarmos cantando uma música de um filme em português, seria divertido fazer aquela “apresentação”. Puxei a Paula pro corredor do avião. Ela usava um pacote de bolachas como microfone, peguei um pra mim também e cantamos:
“O pé na estrada eu vou botar
E o coração quero abrir
Sob os raios do sol sigo um sonho meu
Eu não posso deixar de sorrir”
A estrofe seguinte foi por conta da Paula. Ela se divertia pacas cantando o verso:
“Nada é melhor do que amigos rever
Ainda que demore a chegar
As histórias vão fazer você sorrir,
Vão fazer você sonhar”
Aquilo tava sendo tão legal que Tom, Georg, Bill e Gustav começaram a bater palmas acompanhando a nossa performance:
“Que todos saibam, lá vou eu
Por novos caminhos seguir
Com a lua lá no céu a olhar pra mim
Eu vou sob as estrelas dormir”
A Paula inventou até coreografia. Ninguém ali se divertia mais do que ela. Peguei meu microfone improvisado e continuei:
“E se a chuva cair, não vou parar
Qualquer tempestade tem fim
E o vento no meu rosto a soprar me faz sonhar
O que eu quero é caminhar assim”
Já estávamos todos balançando os braços pra lá e pra cá quando os pacotes de bolachas foram esquecidos e começamos a encenar:
“Pois eu vou seguindo
Meu caminho
Eu vou seguindo...
Eu vou seguindo...
Eu vou seguindo...”
Fizemos um batuque básico e pulávamos quando tornamos a cantar:
“Que todos saibam que lá vou eu
Que o que eu mais quero é chegar
Com um lindo horizonte e um céu azul
Histórias eu quero contar
(quero mais)
Que todos saibam que lá vou eu
Caminhando eu vou pro meu lar
Sob os raios do sol sigo um sonho meu
Histórias eu quero contar
Sim, lá vou eu...
Olha, lá vou eu...”
Recebemos uns aplausos descoordenados pela nossa performance. Agradecemos, rimos, sentamos e abrimos os pacotes de bolacha pra comer. Pouco tempo depois de as bolachas acabarem recebemos um aviso de que iríamos pousar.
Já em terra firme (London Town!), quando tínhamos acabado de pegar nossas malas, Tom lembrou-se de um detalhe que parecia insignificante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O vídeo da música: http://www.youtube.com/watch?v=xqGK_85azFk
As teimosinhas que não assistiram nem foram na locadora como eu mandei podem ter uma ideia básica.
Até semana que vem!!
Mals a gafe do "jockey pow". Perguntei pra dez pessoas mas ninguém sabia como se escreve isso! Mas vcs entenderam, né? =D