O Livro Do Destino escrita por Beatriz Azevedo
-O Destino está no castelo dele. Falei como se fosse ajudar muito.
-Como iremos para o castelo? perguntou Mike.
Pensei um pouco.
-Os fantasmas! eles estão com a alma entre o castelo do Destino e o lugar onde morreram! falei me surpreendi com a ideia genial que havia bolado.
-Julie, você não sabe onde eles foram mortos nem enterrados. Lembrou Mike.
-Eu sei onde um deles foi. respondi.
-Então vamos. Falou Mike pegando algumas coisas e colocando na mochila.
Saímos correndo da casa do Mike.
-Julie, nós estamos indo para a sua casa. Falou Mike como se eu não soubesse.
-A Laura é um fantasma, ela morreu em algum lugar do meu jardim. Falei.
-Bem lembrado. Mike falou surpreso.
Chegamos cansados na minha casa. Devo lembrar-lhes que meu jardim é extremamente grande é 3 vezes maior que a minha casa que também é grande, como é tão grande? talvez por que a cidade era uma enorme fazenda e foi se dividindo cada vez mais deixando as pessoas com quintais enormes.
-Julie, como vamos encontrar o lugar exato que a Laura morreu, no seu quintal. Ele falou ressaltando a palavra "seu".
-Temos que procurar. respondi.
-E como iremos saber que achamos? ele perguntou.
Pensei um pouco.
-Com toda certeza terá algo que nos indique. respondi.
Passamos muito tempo procurando alguma pista entre todas aquelas árvores e folhas.
-Vai ser mais fácil se tivermos mais ajuda, deixe-me convidar o Felipe.
-Não. falou Mike.
-Isso não cabe mais ao seu julgamento. falei ligando para Felipe que atendeu prontamente e disse que chegaria depois de uns 10 minutos.
-Julie, o Felipe é muito chato. Mike insistiu.
-Não entendo vocês, não tem motivo nenhum para estarem brigando o tempo todo, o Felipe é muito legal. respondi.
-Pois eu acho ele metido.
-Ele também te acha metido. respondi rindo.
Mike resmungou qualquer coisa e Felipe chegou.
-O que estão fazendo exatamente? ele perguntou olhando para nossas roupas que estavam sujas de barro e folhas secas.
-Estamos tentando encontrar o lugar que a Laura morreu. falei olhando pro chão.
Felipe pensou um pouco.
-O labirinto não era só seu quintal, Ju. Falou Felipe lembrando-me de que a casa se transformou em um labirinto também.
-É isso! falei indo em direção ao riacho que ficava perto da casa.
Os dois se aproximaram.
-O riacho é o mesmo, eu vi a Laura pouco depois do riacho. falei andando um pouco a frente e parando na frente da casa.
-A Laura está embaixo da casa! falei assustando-me.
-Mas, Ju, não vamos encontrar o corpo da Laura aí, ele está na escola. Mike falou.
-Não. falou Felipe.
Olhamos curiosos para o que ele falaria.
-Depois que todos já haviam ido embora passei na enfermaria do colégio, a enfermeira estava falando com a mãe da Laura em outra sala, me aproximei do corpo, não é o verdadeiro, o Destino está com o real, ele só quis por a culpa em vocês.
Olhamos confusos.
-Como você sabia que não era real? Mike perguntou.
-A Laura não estava sorrindo do jeito "Laura". ele respondeu sorrindo.
-É a Laura tinha um sorriso único. Pensei alto.
-Por que não contou antes? Perguntou Mike.
-Por quê eu não tive chance de falar nada ainda. Argumentou Felipe.
-Ok, obrigada por falar. falei impedindo outra briga de começar.
Não sei descrever o que eu estava sentindo naquele momento, medo, tristeza, angustia, raiva e um pouco de adrenalina por saber que o cadáver da minha melhor amiga estava enterrado debaixo da minha casa. O problema é que eu não conseguia expressar todos estes sentimentos de uma vez ou talvez eu não soubesse como, segurei o choro e peguei algumas pás para desenterrarmos minha amiga e se for o caso, liberta-la.
Começamos a cavar, sempre com muito cuidado. Felipe estava certo, aquela Laura era falsa, depois de um tempo a Laura verdadeira foi desenterrada, ela estava branca, muito, muito branca e seus lábios estavam congelados e aquela cena me assustava muito
Algo chamou nossa atenção no buraco que cavamos, era um portal, igual ao que entramos para ir ao castelo do Destino, a Alma da Laura foi para o castelo do Destino pelo portal.
-Vamos! falei apontando pro portal.
-Tem certeza que quer ir para o castelo do Destino? pode ser que salvemos sua amiga, mas e se não der certo? perguntou Felipe.
-Ouviu? "e se..." pula logo. falei pulando no portal.
Quando olhei para o lugar que estava me surpreendi, aquela paisagem encantadora da história do João e o Pé de feijão havia sido trocado por uma história do Drácula. Estávamos no meio de um cemitério como todos os retratados nas histórias, sombrio, assustador e com a aparência de haverem almas penadas e zumbis para lhe levar ao além.
-Qual o nome desta história? perguntou Mike.
-Não tenho ideia. Respondeu Felipe.
Olhamos com cautela em todos os cantos.
-Talvez seja uma história não muito conhecida. Falou Felipe.
-Ou uma história genérica de Zumbis. Falou Mike.
-Provavelmente. Concordei.
-Cemitério do Destino. Li a placa.
-O Destino deve estar mudando as coisas. Falou Felipe lendo a mesma placa.
-Que horas são? perguntei lembrando da resposta que eu normalmente dou quando alguém me pergunta isso.
-São onze e cinquenta aqui, mas lá no "nosso mundo" são 3 da tarde.
-Então, como todos sabem 12 horas as coisas desalmadas saem das covas, temos 10 minutos para sair daqui antes do Destino fazer gracinhas. Falei.
Mike aproximou-se de uma lápide.
"Aqui jaz o Professor Sworrks"
-Será que tem um lápis aqui? perguntou Mike.
Eu ri.
-Acho que não. Falei.
Mike teve uma ideia (deu para notar sua cara radiante).
-Eu tenho um lápis na minha bolsa. Ele falou colocando a bolsa no chão.
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