O Livro Do Destino escrita por Beatriz Azevedo


Capítulo 25
Na hora exata


Notas iniciais do capítulo

Vai ser um capítulo curtinho, desculpe os erros, não revisei e escrevi pelo celular, achei que o capítulo ficou fofo e preparem-se para tensão!



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O labirinto era enorme, escuro e sombrio e eu não acreditava no que vi, neguei a mim mesma, afirmei que ele não estava lá, o destino acertou em cheio, eu odiava labirintos, principalmente os enormes e sabendo quem foi o criador dele, o tijolos já não apareciam uma espécie de planta havia coberto por inteiro aquele labirinto sombrio e assustador.Ainda estava muito escuro deixando somente o labirinto visível, não parecia ter vizinhança.

Um sentimento que não sei definir me dominou por completo, eu sentia raiva, muita raiva e ao mesmo tempo fraqueza, o Destino tornava cada dia da minha existência em um pesadelo, eu só queria achar um jeito de parar com aquilo de uma vez só, acordar daquele pesadelo, mas como se derrota alguém que sabe tudo sobre você? alguém que sabe mais de você do que você sabe, alguém que sabe tudo que você pensa, tudo que você faz antes mesmo de você de você fazer ou pensar? Não consegui me controlar, o mundo parecia desabar, todo o ódio virou dor e algo horrível e como sinal de fraqueza eu comecei a chorar, quanto mais eu chorava mais dor eu sentia, eu não conseguia parar e isso foi me deixando desesperada.

–Julie? Falou Laura em tom calmo e preocupado.

Não sei o que deu em mim, eu quis fugir, ir embora do mundo, um sentimento de solidão e egoísmo me dominou por completo.

–Você não entende. falei como uma adolescente mimada e revoltada pelo fato do mundo não ser do jeito que queria.

Corri para dentro de casa ainda chorando, entrei no meu quarto e me joguei na cama e, poucos segundos depois liguei o abajur. Olhei para o lado, e para minha surpresa o livro estava ali, me "olhando". Olhei novamente sem acreditar naquilo, mas o livro não estava mais lá, só uma caixa com um bilhete em cima.

"Fique calma, tome isso e tudo irá passar"

Fiquei admirada com a cara de pau do destino, era óbvio o que ele queria dizer com '' vai passar'', mas peguei a caixinha e sentei na cama, fiquei olhando o rótulo, finalmente abri a caixinha e tirei alguns dos comprimidos, fiquei ali observando-os e, antes que eu fizesse algum outro movimento, provavelmente trágico ou estúpido, Mike abriu a porta, me assustando e me fazendo deixar a caixa e os comprimidos no chão.

–Julie, está tudo bem? ele perguntou sentando-se ao meu lado.

Olhei para ele com minha cara molhada e vermelha, tentei sorrir, mas eu estava me sentindo muito mal. Mike só me abraçou, o que me fez rir e me deu uma paz interior enorme. Mas mesmo assim eu continuava chorando e me sentindo mal pela minha atitude que foi quase fatal. Eu continuava me sentindo sufocada e fraca olhei para o chão onde estavam os comprimidos. Mike olhou também.

–O que é isso? ele perguntou como se fosse meu pai, mesmo sabendo a resposta e quem havia me dado.

–Não é nada. respondi chutando a caixinha para embaixo da cama enquanto secava as lágrimas que insistiam em cair com cachoeiras.

Ele me olhou com cara de ''não acredito'' e depois com cara de pena, mas logo percebi que ele tinha uma ideia, apareceu um sorriso enorme em seu rosto, o que me alegrou também.

–Vem, quero lhe mostrar uma coisa. Ele falou pegando minha mão e me fazendo levantar. Ele caminhou até a janela e a abriu fazendo um vento gostoso me refrescar, ele pulou da janela parando no tronco grosso da árvore que ficava do lado da casa e era muito alta. Eu o segui, costumávamos fazer isso quando éramos crianças. Escalamos a árvore até chegarmos ao telhado onde sentamos, o sol não aparecia, estava tudo muito escuro e silencioso, a Lua e algumas estrelas que não desapareceram com a claridade artificial vindo da casa brilhavam, o céu estava lindo.

Sentar ali com o Mike, olhando as estrelas me trouxe grande felicidade, me senti ótima, mesmo que algumas lagrimas continuassem molhando meu rosto.

–obrigada. falei entre soluços.

–Grande besteira, não? ele falou olhando para o céu.

–Não sei o que deu em mim, eu me senti confusa e... foi horrível, eu nunca faria aquilo, não sei o que aconteceu. falei tentando entender o que eu estava pensando naquele momento, eu agi como essas pessoas depressivas ou infelizes que não sabem quanta sorte tem, por quê acham que só existem problemas.

Mike me encarou. Eu olhei para cima.

–Fico triste em saber que em breve não veremos mais as estrelas neste mundo- falei tentando mudar de assunto- acho que admira-las é um dos meus maiores prazeres.

Mike riu de um jeito que me fez sorrir.

–Sendo assim, eu levo você para outro mundo para admira-las. ele falou como um bobo.

Era legal falar o que me incomodava com o Mike, ele sempre teve ideias geniais mesmo que os problemas fossem bobos.

Olhei para ele e ri, ele riu também, nunca falamos tantas besteiras um pro outro e nos sentimos tão confortáveis em relação a isto.


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Notas finais do capítulo

Gente eu posto a parte dois depois, ok? Deixem comentários pls



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