O Livro Do Destino escrita por Beatriz Azevedo
Notas iniciais do capítulo
Quero agradecer aos comentários, me deixaram bem felizes :), resolvi deixar o romance um pouco de lado (não que houve muito, mas por enquanto vou colocar mais aventura) e para as pessoas que gostam de romance, em breve eu coloco, O.K.? :P
De tarde Mike e Laura foram ao hospital me visitar, só eles acreditavam que era a culpa do livro o fato da minha perna está quebrada, acho que eram os únicos por quê a enfermeira perguntou para meu pai se eu havia batido a cabeça enquanto vinha para o hospital.
A enfermeira trouxe lanche para nós e nos deixou a sós. Eu estava em um quarto só meu por quê os outros pacientes estavam com medo de mim.
Olhei para a mesa que ficava próxima a porta, quando olhei novamente o livro estava lá, gritei e meus amigos se assustaram com o grito então gritaram também. Ninguém veio nós salvar de um livro. Laura se aproximou do livro, e como todos sabiam havia um bilhete lá.
“Ainda acha que sou inofensível, Julie?” leu Laura.
Olhei para meu pé enrolado com gesso e achei melhor não responder. Mas Laura não achou o bastante.
–Como se você pudesse fazer algo pior. Respondeu.
Eu e Mike nos entreolhamos, isso não ia dar certo.
“Vou te ensinar a não me subestimar” respondeu o livro. O chão começou a tremer e um enorme buraco começou a se formar no meio do chão, Laura caiu no buraco, Mike correu até a parede em que minha muleta estava encostada e a pegou, caímos no buraco com o livro, mas diferente de nós que caímos com a cara no chão o livro veio flutuando como se fosse uma pena. Antes de chegar ao chão desapareceu.
–Onde estamos? Perguntou Laura olhando todas as montanhas verdes, a paisagem era encantadora.
–Não sei, mas o livro não nós colocaria aqui para apreciarmos a paisagem. Respondi.
Caminhamos pelo vilarejo até encontrarmos um enorme pé que parecia de feijão. Olhamos curiosos para a “árvore”.
–Um pé enorme de feijão?Perguntou Laura.
Raciocinei um pouco.
–O livro nós mandou para dentro de uma história, para sairmos teremos que subir o pé. Falei.
–Nossa, que clichê, já li milhões de livros em que isso acontece. Falou Mike olhando para o fim do pé que dava nas nuvens.
–Então vamos fazer o que os personagens fazem. Falou Laura tentando subir o pé de feijão. Não obteve sucesso por que o tronco era liso e escorregadio.
–Por que nos livros é sempre mais fácil? Perguntou Laura que já havia caído.
De repente imensas folhas começaram a sair do caule.
–Obrigada, destino. Falou Laura pulando de uma folha para outra e conseguindo certa altura.
Olhei para ela com cara de “você vai me fazer pular isso como” (nem sei como consegui fazer esta cara).
Ela pulou novamente para o chão.
–Desculpe. Ela falou.
–Precisamos achar um jeito de todos subirem. Falou Mike olhando a altura do pé.
Fiquei esperando ele ter uma ideia.
–Então? Ele perguntou olhando para mim.
–Então o quê? Perguntei.
–Você tem alguma ideia? Ele perguntou.
–Não, pensava que você ia bolar uma. Falei.
–Mas quem tem ideias brilhantes é você. Falou Mike.
–Gente, eu tive uma ideia. Falou Laura nos olhando.
–Qual? Perguntamos juntos.
–Gente, aqui é a terra onde “tudo pode acontecer” falou ela esperando que soubéssemos o plano.
Ela ficou nós olhando com esperanças de estarmos pensando a mesma coisa que ela, mas eu acredito que ela não estava pensando em almôndegas (por que eu estava). Depois de um tempo ela desistiu e bateu na porta de uma das casinhas.
A moça que atendeu parecia bem simpática.
–Oi, você por gentileza podia emprestar um lápis? Perguntou Laura sem achar estranho o que tinha acabado de falar.
A moça olhou confusa para Laura, mas entrou na casa e voltou com um lápis.
Laura se aproximou de nós e pegou uma das minhas muletas, eu quase desequilibrei, mas consegui me equilibrar novamente. Laura começou a desenhar asas na ponta da minha muleta, e por estranho que pareça as asas ficavam e em pouco tempo começaram a bater. Laura desenha muito bem, ela me devolveu a muleta e pegou a outra, desenhando outras asas na outra ponta, agora eu poderia “voar” até as nuvens.
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