O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen


Capítulo 9
Jantar




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Carlisle recebe Esme com um leve beijo nos lábios e Emmett com uma vénia respeitosa.

- Boa noite. – Eleazar levanta-se para cumprimentar Esme com um beijo na mão e outro no rosto.

Carmen também se levanta e cumprimenta-a com uma vénia e depois um beijo no rosto como o marido.

Edward também está presente e cumprimenta-a educadamente.

- Acho que já os conhece. – Carlisle coloca-se ao lado dela e pega-lhe na mão docemente.

- São presenças constantes nos bailes. – diz Esme com um sorriso. – Acho que também todos conhecem o meu irmão.

Emmett faz uma vénia.

- É um prazer conhece-lo. – diz Eleazar.

- O prazer é meu.

- Já o tinha visto na corte. – repara.

- É natural.

- E em bordeis. – murmura Edward de maneira a que apenas Emmett o oiça.

Emmett tem de se conter para não soltar uma gargalhada. Pelos vistos no meio de todos os nobres sempre há um que partilha dos mesmos gostos que ele.

O jantar é calmo e todos conversam como se fossem amigos há muito tempo, apesar de Esme e Emmett mal os conhecerem.

Depois do jantar Emmett e Edward conversam enquanto bebem um copo de vinho num dos cantos da sala. Os outros estão sentados no sofá a conversar e a comer bombons.

- A sua irmã? – pergunta Esme. – Lembro-me que disse que ma ia apresentar.

Carlisle baixa os olhos.

- Que se passa, meu amor? O que é que me está a esconder?

Carlisle respira fundo e consegue encara-la.

- Ela não aceita o nosso casamento.

Esme não demonstra nada no seu belo rosto apesar de a sua cabeça estar a trabalhar. “Pelos vistos já tenho alguém que não me aceita. Alguém demasiado próximo de Carlisle. Tenho de arranjar maneira de a afastar.”

- Tenho pena. – diz aparentando toda a calma. – Adoraria conhece-la.

A conversa vai decorrendo e quando surge uma oportunidade Eleazar vira-se para Esme.

- Gostaria de trocar umas palavras consigo. – diz com um sorriso amável.

Esme assente e saem os dois. Eleazar leva-a até à varanda.

- Esme… Posso trata-la assim?

Esme assente perguntando-se o que ele quererá.

- Claro que sim. Também o posso tratar por Eleazar?

- Claro.

- O que me quer dizer?

- Vou ser direto.

- Assim espero.

- Carlisle ama-a muito. – começa Eleazar. – Eu espero que não o desiluda, não o engane. Iria, sem dúvida, magoa-lo muito.

“Era só o que faltava alguém a dizer-me o que devo ou não fazer.” Pensa, mas o que mostra é o mais sincero nos sorrisos.

- Também o amo, jamais o desiludirei.

Eleazar retribui-lhe o sorriso.

- Então, desejo as maiores felicidades.

- Sei que vai ser o padrinho de Carlisle.

- Vou. Somos amigos desde a infância. Temos propriedades muito próximas em Sheffield, crescemos juntos.

Esme sorri.

- Então imagino que sejam grandes amigos.

- Somos, realmente.

Esme gostaria de ter tido um amigo assim.

- E espero poder ser também seu amigo.

Esme levanta os olhos para ele e sorri, o primeiro sorriso sincero da noite.

- Acho que sim. Posso ser sua amiga.

Eleazar pega-lhe na mão e beija-a.

- Muito me honra. E a sua madrinha?

- Não sei se conhece. É uma das damas de companhia da rainha. Não pôde estar presente hoje.

- Como se chama?

- Rosalie.

Eleazar sabe quem é. Costuma seduzir os homens, mas nunca chega a tornar-se amante deles.

- Sei quem é. – diz.

Esme percebe o ar dele.

- Sei que ela não é muito bem vista. – diz. – Assim como eu não sou.

- Tenho a certeza que se for uma boa esposa todos esquecerão. Eu já esqueci.

Esme consegue rir.

- Acredite que serei.

- Então, acredite, todos o irão esquecer.

...

- A Leah será a sua criada de quarto. – Carlisle ia-lhe apresentando todos os criados e mostrando a casa, uma vez que o casamento seria no dia seguinte.

A rapariga faz-lhe uma vénia.

- Minha senhora.

Esme assente.

- Espero que seja mais eficiente do que a minha. – sussurra ao ouvido de Carlisle.

- Tenho a certeza que não terá razão de queixa tal como eu não tenho.

Esme sorri-lhe. Amorosamente passa os braços em volta do pescoço dele e beija-o.

Carlisle perlonga o beijo apertando-a mais contra si.

- Amanhã serei sua. – murmura Esme e não consegue entender a ansiedade para que esse momento chegue. Nunca esteve tão ansiosa para se deitar com um homem como está com Carlisle.

Ele sorri.

- Espero não a desiludir.

- Não poderá. Tenho de ir para casa, agora.

- Lamento não poder acompanha-la. Espero que a decoração esteja do seu agrado.

Esme olha em volta a sorrir.

- Está muito bonito. Mas pouco importa. Amanhã só olharei para si.

Carlisle sorri e fica a vê-la sair. Sente-se tão feliz. Tem a certeza que será muito feliz com ela. O homem mais feliz de Inglaterra.


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