O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen
Carlisle recebe Esme com um leve beijo nos lábios e Emmett com uma vénia respeitosa.
- Boa noite. – Eleazar levanta-se para cumprimentar Esme com um beijo na mão e outro no rosto.
Carmen também se levanta e cumprimenta-a com uma vénia e depois um beijo no rosto como o marido.
Edward também está presente e cumprimenta-a educadamente.
- Acho que já os conhece. – Carlisle coloca-se ao lado dela e pega-lhe na mão docemente.
- São presenças constantes nos bailes. – diz Esme com um sorriso. – Acho que também todos conhecem o meu irmão.
Emmett faz uma vénia.
- É um prazer conhece-lo. – diz Eleazar.
- O prazer é meu.
- Já o tinha visto na corte. – repara.
- É natural.
- E em bordeis. – murmura Edward de maneira a que apenas Emmett o oiça.
Emmett tem de se conter para não soltar uma gargalhada. Pelos vistos no meio de todos os nobres sempre há um que partilha dos mesmos gostos que ele.
O jantar é calmo e todos conversam como se fossem amigos há muito tempo, apesar de Esme e Emmett mal os conhecerem.
Depois do jantar Emmett e Edward conversam enquanto bebem um copo de vinho num dos cantos da sala. Os outros estão sentados no sofá a conversar e a comer bombons.
- A sua irmã? – pergunta Esme. – Lembro-me que disse que ma ia apresentar.
Carlisle baixa os olhos.
- Que se passa, meu amor? O que é que me está a esconder?
Carlisle respira fundo e consegue encara-la.
- Ela não aceita o nosso casamento.
Esme não demonstra nada no seu belo rosto apesar de a sua cabeça estar a trabalhar. “Pelos vistos já tenho alguém que não me aceita. Alguém demasiado próximo de Carlisle. Tenho de arranjar maneira de a afastar.”
- Tenho pena. – diz aparentando toda a calma. – Adoraria conhece-la.
A conversa vai decorrendo e quando surge uma oportunidade Eleazar vira-se para Esme.
- Gostaria de trocar umas palavras consigo. – diz com um sorriso amável.
Esme assente e saem os dois. Eleazar leva-a até à varanda.
- Esme… Posso trata-la assim?
Esme assente perguntando-se o que ele quererá.
- Claro que sim. Também o posso tratar por Eleazar?
- Claro.
- O que me quer dizer?
- Vou ser direto.
- Assim espero.
- Carlisle ama-a muito. – começa Eleazar. – Eu espero que não o desiluda, não o engane. Iria, sem dúvida, magoa-lo muito.
“Era só o que faltava alguém a dizer-me o que devo ou não fazer.” Pensa, mas o que mostra é o mais sincero nos sorrisos.
- Também o amo, jamais o desiludirei.
Eleazar retribui-lhe o sorriso.
- Então, desejo as maiores felicidades.
- Sei que vai ser o padrinho de Carlisle.
- Vou. Somos amigos desde a infância. Temos propriedades muito próximas em Sheffield, crescemos juntos.
Esme sorri.
- Então imagino que sejam grandes amigos.
- Somos, realmente.
Esme gostaria de ter tido um amigo assim.
- E espero poder ser também seu amigo.
Esme levanta os olhos para ele e sorri, o primeiro sorriso sincero da noite.
- Acho que sim. Posso ser sua amiga.
Eleazar pega-lhe na mão e beija-a.
- Muito me honra. E a sua madrinha?
- Não sei se conhece. É uma das damas de companhia da rainha. Não pôde estar presente hoje.
- Como se chama?
- Rosalie.
Eleazar sabe quem é. Costuma seduzir os homens, mas nunca chega a tornar-se amante deles.
- Sei quem é. – diz.
Esme percebe o ar dele.
- Sei que ela não é muito bem vista. – diz. – Assim como eu não sou.
- Tenho a certeza que se for uma boa esposa todos esquecerão. Eu já esqueci.
Esme consegue rir.
- Acredite que serei.
- Então, acredite, todos o irão esquecer.
...
- A Leah será a sua criada de quarto. – Carlisle ia-lhe apresentando todos os criados e mostrando a casa, uma vez que o casamento seria no dia seguinte.
A rapariga faz-lhe uma vénia.
- Minha senhora.
Esme assente.
- Espero que seja mais eficiente do que a minha. – sussurra ao ouvido de Carlisle.
- Tenho a certeza que não terá razão de queixa tal como eu não tenho.
Esme sorri-lhe. Amorosamente passa os braços em volta do pescoço dele e beija-o.
Carlisle perlonga o beijo apertando-a mais contra si.
- Amanhã serei sua. – murmura Esme e não consegue entender a ansiedade para que esse momento chegue. Nunca esteve tão ansiosa para se deitar com um homem como está com Carlisle.
Ele sorri.
- Espero não a desiludir.
- Não poderá. Tenho de ir para casa, agora.
- Lamento não poder acompanha-la. Espero que a decoração esteja do seu agrado.
Esme olha em volta a sorrir.
- Está muito bonito. Mas pouco importa. Amanhã só olharei para si.
Carlisle sorri e fica a vê-la sair. Sente-se tão feliz. Tem a certeza que será muito feliz com ela. O homem mais feliz de Inglaterra.
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