O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen


Capítulo 4
É Especial


Notas iniciais do capítulo

Tenho mais uma fic pessoal. Esta é um pouco diferente, não é com personagens da Saga Crepúsculo, mas com personagens criadas por mim, é passada no século XVI. Se gostarem de romances entre cavaleiros e princesas, ou rainhas, acho que gostaram da fic. http://fanfiction.com.br/historia/401407/A_Paixao_Da_Rainha



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Assim que acorda, Esme apressa-se, ainda com a camisa de dormir, o robe e o cabelo solto, a ir ao quarto do irmão.

- Emmett! – entra sem sequer bater à porta e atira-se para cima da cama.

- Ai! Que foi sua chata? A casa está a arder?

- Não, só quero que te levantes para irmos dar um passeio pelo parque. Está um dia tão lindo!

Emmett suspira e tapa a cara com os cobertores.

- Não acredito que me acordaste só por causa disso. Ontem cheguei tarde, quero dormir.

- Isso sei eu, mas eu quero que te levantes para ires passear comigo. – diz Esme fazendo beicinho e cruzando os braços como uma criança mimada.

- Realmente faz-te falta um amante, podia ser que deixasses o teu lindo irmão em paz.

- Se fosse para passares a noite com uma prostituta já não te importavas, mas como é para sair com a tua irmã.

Emmett olha para ela. Esme faz o seu olhar irresistível. Uns olhinhos de anjo e um leve beicinho.

- Para com isso, por favor. Não vou olhar. – fecha os olhos. – Não vou olhar para o teu ar de carneiro mal morto.

- Por favor, por favor, vem passear com a tua maninha.

Emmett suspira, empurra-a para o lado e levanta-se.

- O que eu não faço por ti.

Esme sorri. Deixa-se ficar deitada na cama com o cabelo espalhado na almofada.

Emmett olha para ela, sempre tão bonita. Debruça-se na cama e dá-lhe um beijo na ponta do nariz.

- És, sem dúvida, a mulher mais bela do mundo.

Esme ri.

- Um elogio do meu maninho é bastante raro.

Emmett pega-lhe ao colo tirando-a da cama e poisa-a no chão.

- Vai-te arranjar antes que eu mude de ideias.

- Não me digas que não queres passear com a mulher mais bela do mundo.

Emmett suspira.

- Vai, arranjar-te e não me chateeis mais.

Esme sorri, dá-lhe um beijo na face e desaparece pelo corredor.

....

Esme e Emmett passeiam de braço dado no parque central de Londres. Esme faz sensação, não há homem nenhum que não olhe mais atentamente para ela, o vestido azul esverdeado com renda preta na saia e na parte de cima do corpete fica-lhe lindamente. O cabelo apanhado para cima deixa ver uns brincos pretos maravilhosos e caríssimos.

Esme observa tudo ao seu redor, fazendo um sorriso mais provocador para os homens, quando vê Carlisle a conversar com uma dama da corte de quem nunca gostou, Irina. Uma mulher que também nunca gostou dela.

- Parece que mais alguém está a lançar a sua teia sobre ele. – sussurra Emmett ao ouvido da irmã.

- Ela que nem pense que tem hipóteses. – murmura Esme decidida a interromper aquela conversa.

Puxa o irmão até eles, educadamente faz-lhes uma vénia, Emmett imita-a.

- Vossa Graça, Miss Irina. – cumprimenta Esme com cortesia. – Como estão?

Carlisle não consegue evitar o seu sorriso quando a vê.

- Bem, obrigado e a senhora? – pergunta educado.

- Bem. Está um dia tão bonito que decidi vir dar uma volta pelos jardins, pelos visto não fui a única.

- Parece que não. – concorda o Duque. – Encontrei Miss Irina a passear também e parámos para conversar um pouco.

- Hum. São quase horas de almoço e se fossem almoçar a minha casa. – convida Esme com um sorriso simpático para os dois.

- Não queremos de forma nenhuma incomodar. – diz Carlisle.

- Não incomodam. Ficarei ofendida se disser que não…

Esme baixa os olhos e olha-o por baixo das pestanas. Carlisle engole em seco, apetece-lhe beija-la, puxa-la para os seus braços e enche-la de beijos. É tão bela, tão sedutora.

- Jamais diria que não a uma dama. – diz com um sorriso tentando disfarçar os seus pensamentos.

- Não acredito, Carlisle. – protesta Irina. – Vai almoçar a casa de uma vadia. Eu jamais almoçarei numa casa dessas, uma mulher que se oferece para os homens. Como pode sequer falar com uma mulher como ela?

- Por favor, Miss Irina. – pede Carlisle. – Assim irá ofender…

- Não quero saber. Uma mulher tão desavergonhada merece todo o tipo de ofensas.

- Já chega, minha senhora. – interrompe Emmett. – Estamos a falar da minha irmã e não estou a gostar do rumo da conversa.

- Vamos embora. – decide Esme pondo a mão no braço de Carlisle. – Se ela não aceita o meu convite o problema é dela. Não me vai fazer a desfeita, pois não?

Carlisle seria incapaz de lhe dizer que não quando ela está com aqueles olhinhos.

- Jamais, senhora.

Esme afasta-se de braço dado com ele. Emmett acaba por ficar para trás. A irmã com certeza não quer uma vela.

Esme mantém-se calada no caminho para casa, quer que ele pense que está ofendida, quer que ele perceba que não gosta que lhe digam coisas dessas.

Entram na sala de entrada da casa dela.

- Sente-se, por favor. Quer uma bebida? Cerveja, vinho, sumo, chá, licor…

- Licor, por favor.

Esme chama a criada sussurra-lhe as ordens e depois senta-se junto de Carlisle, permanecendo calada.

A criada trás o licor e ela serve-o e serve-se sem dizer nada.

Carlisle repara que ela está muito calada.

- Está bem? – pergunta docemente.

- Não é nada. – responde sem desviar os olhos do licor.

- Diga-me o que a atormenta. – pede Carlisle aproximando-se mais dela.

Esme vira para ele a cara mais triste do mundo.

- Viu como ela me tratou? É assim que todas me tratam. Dizem que sou uma desavergonhada, uma prostituta. Eu só queria que me passassem a ver de outra maneira. Queria poder ser uma mulher de respeito.

Carlisle não consegue deixar de a tentar consolar. Poisa a mão sobre a dela.

- Só as pessoas maldosas pensam assim. – garante com doçura.

- Todos, não só as mulheres, mas também os homens. Todos me acham uma prostituta que só serve para servir na cama. Gostava de poder casar, mas quem me aceitaria?

Carlisle poderia dizer que a aceitava, mas contém-se. Não pode casar com uma qualquer. Tudo bem que é irmã de um marquês. Mas não é bem vista pela sociedade. Nunca seria bem aceite como sua mulher.

- Eu não concordo. – limita-se a dizer.

Esme sorri, consciente que está um pouco mais próxima de conseguir o que quer.

- Então é especial.

Vira o rosto para ele, os lábios a poucos centímetros de distância. Carlisle não consegue resistir, ia aproximar-se, mas Esme desvia-se e levanta-se poisando o copo com o licor sobre e mesa.

- Vou saber se o almoço ainda demora muito, imagino que esteja com fome.

Assim que ela sai, bebe o licor de uma vez e encosta-se para trás no sofá. Como pôde estar quase a beija-la? Como pôde desejar faze-lo? Ela parecia tão frágil e desprotegida, parecia precisar dos carinhos dele do seu apoio. “Será que me estou a apaixonar?”

Esme aparece poucos minutos depois.

- O almoço vai ser servido.

Carlisle levanta a cabeça. Estava tão distraído que nem sequer deu por ela.

- Está bem? – pergunta Esme aproximando-se.

- Estou. – levanta-se e olha em volta. – O seu irmão?

Esme encolhe os ombros.

- Deve ter encontrado alguém conhecido. Ele come mais tarde quando chegar, não é preciso esperar. – aproxima-se mais ficando a pouco centímetros dele. – E não precisamos dele para nada não é verdade?

Carlisle queria desviar o olhar dos olhos dela, mas não consegue. Não lhe consegue resistir.

Os lábios estão de novo muito próximos quando ela os torna a desviar.

- Venha, vamos para a mesa.

....

- Como correu o almoço, maninha? – pergunta Emmett sentando-se na cama dela.

Esme encolhe os ombros.

- Normal. Comemos e conversámos.

- Não aconteceu nada?

- Esteve quase a acontecer, mas eu não permiti.

Emmett olha para ela confuso.

- Porquê?

- Porque assim seria demasiado fácil. – resume. – Ele tem de me conquistar, ele tem de me querer. Eu não quero ser uma oferecida. Não me atiro para cima dos homens. Eles têm de vir atrás de mim e depois disto ele andará à minha volta como um cachorrinho. Mas eu irei recusar-me para ele, afastar-me, até que ele falará comigo e aí deixarei que me beije, que me abrace, que me leve para a cama e no meio dessa noite dir-lhe-ei que o amo, que o quero mais do que a qualquer outro, e ele pedir-me-á em casamento e depois pronto, serei uma esposa dedicada e obediente, a melhor esposa que pode existir.

- Esperamos que sim, porque um homem cansa-se quando perde o encanto.

- Ele não perderá. Não deixarei.


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Notas finais do capítulo

Comentem!
bjs



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