O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Voltei a demorar e peço imensa desculpa por isso.
Espero que gostem.
Beijos



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Esme chega a casa de Emmett, na verdade é dela, mas Emmett é que vive lá desde que ela casou com Carlisle.

- Minha senhora. – a criada baixa a cabeça em sinal de respeito quando a vê na sala.

- Podes ir chamar o meu irmão? – pergunta.

- Minha senhora…

- Sim? – levanta uma sobrancelha.

- Eu…

- Sim?

- O seu irmão…

- Desembucha mulher! Tiras-me a paciência com essas hesitações.

- O seu irmão, não…

- O meu irmão o quê?

- O seu irmão…

Esme perde de vez a paciência e sobe as escadas entrando sem bater no quarto de Emmett.

A cena que vê fá-la estacar no sítio onde está. Emmett na cama, não com uma prostituta como é normal nele, mas com Rosalie. Ambos nus a fazer sabe-se lá o quê.

- Não acredito! – murmura Esme sem sair do mesmo sítio.

- Maninha, não te ensinaram a bater à porta? – Emmett senta-se na cama. Rosalie tapa-se melhor com o lençol.

- Não acredito! – volta a murmurar. – O que é que se passa aqui?

- Não queres que faça um relato, pois não? – pergunta Emmett com ar de gozo.

- Tu dormites com a Rosalie!

- É o que se vê, não?

- Eu afirmei, não perguntei. – vira-se para Rosalie. – Eu não acredito. Não acredito que tu… tu… com o meu irmão…

- Eu amo-o. – murmura Rosalie.

- Tu, o quê? Não acredito. Tu fizeste o teu jogo com o meu irmão como fazes com todos os homens.

- Não fiz nada disso.

- É verdade. – interrompe Emmett.

- Cala-te que a conversa não é contigo.

Emmett ter-se-ia levantado senão estivesse nu.

- Quem és tu para me mandares calar? – pergunta irritado.

- Sou tua irmã. E estou a avisar-te. Rosalie está a enganar-te, a enganar-te para te roubar dinheiro.

Rosalie tem um ar chocado.

- Como podes dizer isso de mim? Sou tua amiga.

- Por seres minha amiga sei o jogo que fazes.

- Não fiz jogo nenhum com o teu irmão, nós amamo-nos.

- Ama-lo? Amas a boa vida que ele te pode dar, nada mais.

Emmett puxa as calças que estão no chão, veste-as dentro da cama e levanta-se.

- Não fales assim com ela. Eu amo-a, sim.

- Ela não passa de uma puta!

Emmett está tão irritado que sem medir o que faz estende a mão e dá um estalo no rosto da irmã, com tanta força que fica com os dedos marcados.

- Ela não é como tu, ouviste? Tu é que és uma puta, sempre foste! Ela ama-me, assim como eu a amo, vamos casar. E ao contrário de ti, fui o seu primeiro homem, nunca dormiu com mais nenhum. Já tu, vais para a cama com todos os que te aparecem à frente.

Esme nunca esperou que o irmão lhe batesse. Ele sempre a defendeu, durante anos defendeu-a. Há anos que já ninguém lhe batia. E nunca esperou isso do próprio irmão.

- Tu não vais casar com ela. – murmura Esme. – Ela só quer o poder que lhe podes dar.

Emmett vê que os olhos da irmã têm lágrimas e arrepende-se de lhe ter batido, mas não pode vacilar agora.

- Ela não é como tu. Sempre esperou encontrar o amor. E agora encontrou-o e eu encontrei-o também. Nenhum de nós o deseja perder, nunca. Vamos casar, quer tu queiras, quer não. Podes ser minha irmã, mas não mandas em mim.

- Muito bem. Casa com ela. Sê estúpido e casa. Depois não digas que não te avisei. Mas se casares com ela, sais desta casa imediatamente. Não quero uma prostituta a viver debaixo do meu teto. Quero-te fora da minha casa daqui a três dias. A ti e à tua puta.

Esme sai batendo com a porta, desce as escadas em passos rápidos e bate com a porta da rua também.

.....

Nessa noite Carlisle sente-a distante. Passa-lhe a mão nos cabelos meigamente e beija-lhe a bochecha com carinho.

- Que tens, amor?

- Não é nada. – Esme vira-se para o outro lado não desejando falar.

- Conta-me, amor. – Carlisle encosta-se a ela e passa os braços em volta da sua cintura. – Não gosto de te ver assim.

- O meu irmão vai casar com a Rosalie. – murmura.

- E isso é mau? – Carlisle não entende.

- É. – vira-se para ele. – Rosalie sempre seduziu os homens por causa do dinheiro. Vai casar com o meu irmão apenas por isso, dinheiro e poder.

Carlisle fica em silêncio durante uns momentos.

- E tu? Também seduziste homens durante toda a tua vida, por dinheiro e poder.

Esme emudece com a afirmação dele.

- Eu amo-te. – murmura.

- Então, porque achas que ela também não pode amar o teu irmão?

Ela tem resposta para essa pergunta. Porque quando me casei não te amava. Porque sempre quis o teu dinheiro e só depois descobri o amor. Porque no início só a vida luxuosa que levava tinha valor para mim. Mas não dá nenhuma destas respostas. Ama-o agora, não lhe interessa o passado e não quer que ele saiba a verdade, tem medo que a deixe.

Carlisle sorri.

- O amor muda as pessoas, Esme, devias perceber isso.

Esme opta por continuar calada e enrosca-se mais nele.

Carlisle também não diz mais nada e limita-se a abraça-la.

“Talvez tenha sido injusta.” Pensa. “Talvez ela o ame, como eu amo o Carlisle.”

- Amo-te. – murmura já com os olhos fechados.

Carlisle, já meio a dormir, sorri.

- Também te amo e amarei para sempre.

Aquelas palavras reconfortam Esme como nenhumas outras o poderiam fazer. Esme sente as lágrimas inundar-lhe os olhos. Viveu durante toda a sua vida sem amor e agora tem um homem que a ama e que promete ama-la para sempre. “E ser amada é tão bom.” Tem um homem que nunca a julgou, que não olhou simplesmente para a sua beleza e quis vê-la também por dentro, ver a beleza interior. “Que talvez não tenha.” Chega à conclusão. “Mesmo assim ele apaixonou-se por mim e conseguiu que eu me apaixonasse por ele o que pensei ser impossível. Pensei ser impossível apaixonar-me. Amar e deixar que me amem. Mas agora vejo que tudo é possível.”


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