O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen


Capítulo 15
Complô




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Emmett não esperou e saiu imediatamente de casa da irmã com Rosalie ainda meia confusa com a discussão.

Muda-se para a corte e nessa noite, no salão, vê Irina e Alice.

- Minhas senhoras. – cumprimenta.

- É o irmão de Esme, não é? – pergunta Alice séria.

- Sou.

- Que faz na corte? Pensei que tivesse a sua casa em Londres. – comenta Irina, sempre uma coscuvilheira.

- Fui expulso. – diz Emmett sem conter a raiva. – Pela minha própria irmã porque me apaixonei pela Rosalie.

Rosalie baixa os olhos.

- Nunca gostei dela. – murmura Irina.

- Nem eu. – diz Alice. – Diga-me. Ela não está com o meu irmão apenas por dinheiro?

Rosalie toca no braço de Emmett para ele mentir. Não quer prejudicar Esme, acredita que quando falarem com mais calma tudo se irá resolver.

Emmett não lhe liga, dominado pela raiva que tem da irmã, como está.

- Casou com ele para ser duquesa. – diz. – Não o ama nem nunca o amou.

Irina e Alice trocam olhares.

- Devia ir dizer isso ao meu irmão. – diz Alice. – Podia ser que ao menos em si acredita-se.

Emmett não hesita.

- Vou se quiser.

- Emmett, por favor. – murmura Rosalie e é ignorada de novo.

- Eu duvido que ele acredita-se mesmo assim. – diz Irina. – Precisávamos de provar que realmente ela anda a trai-lo.

- Mas não anda. – interfere Rosalie.

- Se calhar anda. – diz Emmett. – A minha irmã é bem capaz disso.

- Podemos arranjar alguém que o diga. – diz Irina. – Alguém pago por nós.

- Não… - murmura Rosalie.

- Por Deus, ela expulsou-te de casa. – Alice fala sem rodeios. – Temos que lhe dar uma lição. Não a quero casada com o meu irmão e espero que tu. – aponta para Rosalie. – Estejas disposta a colaborar.

- Por mim e pelo nosso amor. – murmura Emmett. – A minha irmã vai ser um obstáculo no nosso caminho.

- Rapariga, conheces algum homem com quem ela se dê? – pergunta Irina.

- O meu nome é Rosalie.

Irina encolhe os ombros.

- Isso agora não importa.

Rosalie respira fundo.

- Ela tem um amigo. Chama-se Jasper e é pintor. – diz. – Costuma ir a casa dele e contou-me que pousava nua para ele a pintar.

Emmett abre a boca.

- A minha irmã?

- Sim. – Rosalie assente.

- Ela ponha-se nua em frente a um homem?

- Pôs-se nua em frente de muitos, senhoria. – diz Irina.

- E dormiu alguma vez com ele? – pergunta Alice.

- Não.

- Duvido. – diz logo Emmett. – Não acredito que haja um homem que veja a minha irmã nua e não vá para a cama com ela.

- Vamos falar com esse pintor. – decide Alice.

- Ele nunca vai prejudica-la. – avisa Rosalie. – É amigo dela, sempre se deram muito bem.

- Um suborno ajuda sempre. – murmura Irina com um sorriso. – E se ele nos ajudar terá a sua carreira na corte garantida. E se não nos ajudar... Podemos sempre ameaça-lo com a família. Sabeis se ele tem família?

Rosalie abana a cabeça, Esme nunca lhe falou sobre a família dele. À exceção de uma sobrinha qualquer que o veio visitar uma vez e que parece que ele gosta muito.

- Pensa bem. - Aconselha Irina.

- Uma sobrinha. - Responde Rosalie.

- Onde é que vive? - Pergunta imediatamente Irina.

- Não sei, mas provavelmente em França uma vez que ele é francês.

Alice sorri.

- Então amanhã de manhã vamos falar com ele.

...

O coche pára em frente a uma casa simples nos arredores de Londres.

- Tens a certeza que é aqui? – pergunta Emmett.

- Uma vez vinha com ela e ela saiu aqui e disse-me que ia ter com Jasper.

- Certo. – Irina sai do coche seguida de Alice.

- Fiquem aqui que nós tratamos disto. – diz Alice.

Emmett ia protestar quando Rosalie lhe põe a mão no braço.

- Fica comigo.

Emmett assente.

- Claro que sim.

Alice bate à porta. É uma criada que vem abrir.

- Bom dia. – cumprimenta. – Que desejam?

- Viemos falar com o dono da casa. – diz Alice. – O pintor Jasper.

A criada deixa-as entrar e sobe as escadas para ir chamar o patrão.

Irina observa a sala com decoração simples e pobre, cortinas já gastas, um sofá muito simples, sem tapetes, quadros ou qualquer objeto a enfeitar.

Jasper desce as escadas surpreendido por ter duas visitas.

- Mademoiselle. – faz uma vénia. – Que desejam?

- É o amigo de Esme, Duquesa de Somerset? – pergunta Alice, tem de confessar que não gosta nada de dizer o nome da galdéria e o título do irmão na mesma frase.

- Esme? – pergunta Jasper fazendo-se de desentendido.

- Não adianta negar. – interrompe Irina. – Nós sabemos de tudo, sabemos que ela pousava nua para si e que dormiu consigo.

- Nunca. – Jasper nega imediatamente.

- Vai negar que a pintou nua várias vezes? – pergunta Alice.

- E que dormiu com ela? – acrescenta Irina.

- Pintei-a várias vezes. – acha melhor confessar. – Mas jamais dormi com ela.

- Quer que nós acreditemos que a viu nua e conseguiu resistir? – pergunta Alicia. – Nem sequer o meu irmão resistiu.

- Ela sempre esteve vestida pela arte. – diz Jasper. – Era a minha musa, depois que casou nunca mais cá veio e nunca dormimos juntos.

Há qualquer coisa naquele homem simples que faz Alice acreditar nele.

- Acho que ele está a dizer a verdade. – murmura para Irina.

- Até pode estar, mas nós vamos obriga-lo a mentir. – vira-se para Jasper. – Pode nunca ter dormido com ela, mas quero que diga perante o Duque de Somerset que já o fez.

- Mas porquê?

- Porque eu quero!

- Eu não o vou fazer. É mentira! – declara Jasper.

- Não o vai fazer? Muito bem. Irei denuncia-lo perante o rei, direi que pinta mulheres nuas.

- É uma arte. – murmura Jasper.

- Uma arte que não agradará a ninguém. Aviso-o. Senão me ajudar será denunciado, se me ajudar irei recomenda-lo na corte e tornar-se-á um pintor famoso.

- Não vou afirmar uma mentira. - Diz Jasper firme.

- Ai não? - Irina faz coloca um sorriso maléfico. - Então e se eu lhe disser que tem uma sobrinha em França que gostaria muito de uma visita de uns amigos meus.

Jasper empalidece diante dos olhos delas.

Por momentos Alice sente pena do pobre homem. Talvez a sobrinha seja a única família que ele tem.

Mas Irina não tem a compaixão de Alice e continua.

- Eu acho que seria uma tristeza se a sua sobrinha morresse tão jovem. - Continua fazendo um ar de tristeza fingido. - Probrezinha! Com a vida toda pela frente e morrer assim, de uma forma tão cruel. Talvez assassinada num beco escuro. Ou morta por assaltantes na sua própria casa. Que pena que eu sinto da sua pobre sobrinha!

...

- Achas que estamos a fazer bem? – pergunta Rosalie. – Eu sei que ela não nos tratou muito bem, mas é tua irmã e minha amiga.

Francis não diz nada porque o cocheiro abre a porta e Alice entra seguida do pintor e de Irina.

- É este? – pergunta Emmett.

Jasper observa-o. Os mesmos olhos de Esme apesar de ter o cabelo escuro.

- É irmão de Esme? – pergunta Jasper.

- O que é que tem a ver com isso? – pergunta com maus modos.

Jasper sorri.

- Sabe, não devia fazer isto à sua irmã. – diz pausadamente. – Eu tive uma irmã, também era mais velha do que eu. Éramos muito unidos. Tivemos uma discussão estúpida e afastamo-nos. Quando me quis reaproximar, falar com ela de novo, soube que tinha morrido de parto há poucos meses. Mesmo assim, mesmo depois da nossa discussão, seria incapaz de fazer aquilo que vai fazer agora. – encosta-se para trás no banco. – Foi sempre assim que a vi. Esme sempre foi como uma irmã. Sempre a achei parecida com a minha. Sempre gostei dela como se fosse seu irmão. – vira-se para Alice. – Mademoiselle, também não é certo o que vai fazer ao seu irmão. Tenho ouvido por aí que são muito felizes juntos. Acha certo estragar essa felicidade?

Alice não responde, limita-se a baixar os olhos.

- Tenho a certeza que ficará mais feliz quando souber a verdade e deixar de estar enganado.

- Tem mesmo a certeza?

A pergunta paira no ar. Nesse momento a determinação de todos vacila. De todos exceto de Irina que está determinada em afastar Esme e casar ela própria com o duque.


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