O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fic Carlesme, Entre Dois Reinos. Gostaria muito que dessem uma espreitadela, ainda só está no início, mas eu espero que a sigam. Está aqui o link:
http://fanfiction.com.br/historia/422470/Entre_Dois_Reinos/



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Esme enrosca-se na cama junto dele.

- Levas-me à ópera na sexta? – pergunta docemente. – Vem cá a minha cantora preferida.

Carlisle sorri.

- Claro que sim, amor.

- E depois podemos ir jogar? – pergunta.

Carlisle suspira.

- Vá lá. – pede Esme fazendo beicinho. – Já não jogamos desde novembro.

- Tu não jogas, porque eu nunca joguei.

Esme encolhe os ombros.

- Tu percebeste. Leva-me lá.

- No sábado. Sair da ópera e ir para as casas de jogos é demasiado cansativo.

- Está bem. Pode ser no sábado. Convido o meu irmão e a Rosalie.

- Porque é que não vais com eles e me deixas em casa a descansar? – pergunta.

- Porque gosto que vás comigo. Mesmo que não jogues. Gosto de te ter ao pé de mim. E as línguas maldosas ainda dizem que ando à procura de amante se for sem o meu marido.

- E ligas às más-línguas?

- Não. Mas não gosto de ser difamada. E a tua irmã e a Irina adoram faze-lo.

Carlisle suspira.

- O que aconteceu desta vez?

- Andam a dizer que tenho um caso com o primeiro-ministro só porque dancei com ele na passagem de ano.

Carlisle franze a sobrancelha. A verdade é que também sentiu ciúmes quando a viu com o primeiro-ministro, primeiro a dançarem depois a conversarem os dois sozinhos num canto do salão.

- E são só línguas maldosas? – pergunta.

Esme faz um ar escandalizado.

- Claro que são. Achas que alguma vez te trairia?

- Não, desculpa.

- Isso é veneno da tua irmã. Ela não gosta de mim e faz de tudo para que tu também não gostes.

Carlisle baixa os olhos e Esme percebe que já fez asneira.

- Desculpa. – murmura. – Eu não queria dize-lo.

- É a verdade. Só disseste o que todos dizem. Eu apenas não gosto de pensar nisso. Gostava que se dessem bem. Como duas cunhadas.

Esme aconchega-se nele.

- Prometo que falo com ela a próxima vez que for à corte. Não te quero deixar triste, meu amor. – dá-lhe um pequeno beijo nos lábios.

O ar pensativo de Carlisle não desaparece.

- Estás bem? – pergunta Esme ao fim de alguns segundos a observa-lo.

- Preciso de falar contigo.

- Sobre o quê?

Carlisle senta-se na cama fazendo Esme também se sentar.

- Esme, eu estive a pensar e acho que está na hora de termos filhos.

Esme é apanhada de surpresa.

- Filhos?

- Eu sei que tomas um chá para impedir a conceção. Mas eu preciso de um herdeiro e mais importante do que isso sempre quis ser pai.

- Meu amor, ainda somos tão novos…

- O tempo passa depressa. Em breve será tarde demais.

Esm vê-se obrigada a recorrer a uma discussão.

- É para isso que me queres? – pergunta. – Eu pensei que me amavas e afinal só me queres para parir os teus filhos.

- Esm, não é nada...

- Não me toques. – levanta-se da cama. – Queres uma esposa apenas para ter filhos, é? Então escolheste mal.

- Esme…

Esme força as lágrimas a saírem.

- Casei enganada, enganei-me este tempo todo. Pensei que me amavas, que me querias, afinal só me queres para ter filhos. Nunca pensei, Carlisle, nunca.

- Meu amor…

Esme sai disparada do quarto e fecha-se no quarto de hóspedes.

Sabe que na manhã seguinte basta correr para ele, abraça-lo, beija-lo, pedir-lhe desculpa, dizer que o ama, para tudo ficar bem.

Deita-se, mas não consegue dormir.

Pensa naquilo que Carlisle lhe pediu. Um pedido tão simples, o primeiro pedido que lhe faz desde que casaram e ela irá recusa-lo. Uma coisa que qualquer homem deseja da esposa, que quando casa espera que aconteça.

Porque não satisfaze-lo? Porque não ter um filho?

“Talvez uma criança não seja assim tão má”, pensa, “depois de nascer terá quem o amamente e amas para tomarem conta dele, não terei que me preocupar.”

Rosalie tinha-a avisado. Um homem quer sempre filhos do casamento e Carlisle não seria exceção.

Fecha os olhos e adormece. Sonha com um rapazinho, o seu filho, um menino igual ao pai, com os mesmos olhos, o mesmo tom louro de cabelo, o seu pequeno Carl.

...

Na tarde seguinte passeia com Rosalie no parque central. Já não conversavam há tanto tempo que Esme decidiu convida-la para um passeio.

- Eu avisei-te. – diz Rosalie assim que Esme a conversa com Carlisle.

- Eu sei. – murmura Esme sem paciência para discutir a questão.

- E vais tentar?

- Não. – Esmee encolhe os ombros. – Eu não gosto de crianças, é um facto. E os bebés só comem, dormem e choram. E ainda por cima são feios.

- Não são nada. O filho da rainha é lindo, devias vê-lo.

- Já sabemos o teu gosto por tudo o que é pequeno.

Rosalie ri.

- Tu tens um cachorrinho, também tens de tomar conta dele. Um bebé é a mesma coisa.

- Não queiras comparar.

- Não, não tem comparação. Os bebés são muito mais queridos.

- Também quando o tiver posso entrega-lo às amas.

- Então mais vale não o teres. Um bebé precisa da mãe. Precisa que a mãe lhe dê atenção. Logo, precisa de ti.

Esmee suspira.

- Tu, por acaso, percebes alguma coisa disso?

- Tenho aprendido bastante com a rainha.

Esme suspira.

- Tenho de pensar bem. E tu, o que andas a fazer?

Rosalie encolhe os ombros.

- Já quase nenhum homem vai na minha cantiga. Andam atrás de mim, mas já não me dão presentes, parece que querem ir para a cama primeiro.

Esme ri.

- Faz como eu. Seduz um e casa.

- Não, já disse que só caso quando me apaixonar.

Um sorriso aparece no rosto de Esme. “É bom ter alguém que nos ame.”

- Que sorriso é esse? – pergunta Rosalie.

- Nada. – Esme encolhe os ombros. – Estava a pensar se queres vir comigo às casas de jogos no sábado à noite. O Carlisle vai levar-me.

- Talvez. Depois digo-te. Muito gostas tu de esbanjar o dinheiro do homem.

Esme ri.

- Sou duquesa. Agora tenho outro tipo de vida.

Rosalie suspira.

- És a pessoa mais ambiciosa que conheço.

Esme encolhe os ombros.

- Depois diz-me se queres vir ao não.

Despedem-se com um beijo na bochecha e Esme volta para casa a pensar na conversa com Carlisle

...

- Achas que ele me perdoa? – pergunta Esme a Leah.

- Porque não havia de perdoar, senhora?

Esme encolhe os ombros.

- Ontem disse-lhe coisas que se calhar não devia ter dito. – murmura.

- Vai ver que ele já esqueceu tudo.

- Cada vez que discutimos costumamos conversar logo de manhã. Se calhar desta vez deixei passar demasiado tempo.

- Não diga isso. Vou buscar-lhe o chá.

- Não. Hoje não. Já não tomo mais. – diz séria. – Sabes para que serve o chá?

- Não, minha senhora.

- Para não engravidar. Acho que já chega. Casei com um duque e devo dar filhos a esse duque. Já não tomo mais, que se faça a vontade de Deus.

Esme deseja boa noite a Leah e caminha até ao quarto de Carlisle. Ele desaperta a camisa em frente ao espelho. Esme abraça-o por trás.

- Desculpa. – murmura encostando a cabeça ao corpo dele. – Desculpa-me, meu amor.

Carlisle vira-se para ela e abraça-a.

- Não tenho de te desculpar de nada.

Esme sorri aninhando-se nos braços dele.

- Pensei no que me disseste. Acho que podemos tentar.

- A sério?

- Sim. – Esme beija-o. – Deixei de tomar o chá. A partir de hoje não tomo mais.

Carlisle beija-a de novo.

- Quer dizer que podemos ter um filho?

Esme assente.

- E podemos começar já.

Carlisle sorri e cobre a boca dela com a sua.


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