O Valor Do Amor escrita por Cate Cullen


Capítulo 12
Natal




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- Quais é que levo, Leah? Os dourados ou os vermelhos? – pergunta Esme virando-se para a criada com um vestido vermelho já vestido e uns sapatos vermelhos numa mão e uns dourados na outra.

Leah sorri para a sua senhora. Ganhou verdadeira afeição a Esme e Esme têm-se transformado numa pessoa mais amável para com os criados. Leah admira-a. Considera-a uma mulher lutadora que não se deixa domar pelos homens num mundo onde são eles que mandam.

- Os dourados dão mais nas vistas.

- Dão, não dão? E acho que ficam bem com os brincos dourados com rubis que vou pôr e com o colar a condizer. Para não ir toda de vermelho. – sorri e encolhe os ombros.

Calça os sapatos e põe os brincos.

- Põe-me o colar, por favor.

Leah aperta-lhe o colar e Esme dá uma voltinha em frente ao espelho.

- Estou bonita? Achas que o Carlisle vai gostar? – pergunta, ultimamente importa-se bastante com a opinião dele, mais do que com a de qualquer outro homem.

- Tenho a certeza que sim. Está maravilhosa!

Esme sorri e vai até à janela. Vê a carruagem do irmão chegar.

- Ele já chegou.

Sorri para Leah e desce as escadas em passos rápidos mesmo a tempo de ver o irmão entrar.

- Emmett! – corre para ele e abraça-o.

Emmett recebe-a nos braços e rodopia com ela antes de a poisar no chão e lhe dar um beijo no nariz.

- Acho que pela primeira vez posso dizer que tenho saudades tuas. – diz provocando-a.

- Parvo. – liberta-se dos braços dele e dá uma voltinha. – Estou bonita?

- Linda.

- E os sapatos. – levanta um pouco o vestido. – Ficam bem? Leah disse que ficavam maravilhosamente com o vestido.

- Leah? Quem é a Leah?

- É a minha criada de quarto.

Emmett franze uma sobrancelha.

- A minha irmã a pedir opinião à criada? Já nem a reconheço.

Esme encolhe os ombros.

- O que é que tem? A Leah é muito simpática e eficiente, não é como a minha outra criada. Merece a estima que lhe tenho.

Carlisle entra na sala.

- Boa noite. – cumprimenta.

Emmett cumprimenta-o.

- Amor, estou bonita? – pergunta Esme com um sorriso.

Carlisle sorri.

- Linda. – assegura beijando-lhe a mão.

A porta é aberta de novo para a entrada de Carmen e Eleazar.

- É assim que tu o seduzes? Chamando esses termos carinhosos? – pergunta Emmett ao ouvido da irmã quando Carlisle se afasta para receber os recém-chegados.

- Cala-te.

Esme também os recebe.

- Somos só nós? – pergunta Eleazar.

- Somos. – diz Carlisle.

- A minha irmã ainda me vai pagar bem caro por me fazer passar o Natal longe da corte. – murmura Emmett fazendo os outros rirem.

- A Alice não vem? – pergunta Carmen.

Uma sombra passa pelo olhar de Carlisle.

- Parece que cortou definitivamente relações comigo.

Esme baixa os olhos para esconder a culpa.

- Vamos jantar? – pergunta.

- Claro. – concorda Carlisle conduzindo os convidados até à mesa da sala de jantar.

- Este ano optamos por um Natal mais sossegado. – diz Eleazar. – Afinal já falta pouco para o nascimento do futuro conde.

Carlisle sorri.

- Quanto tempo?

- Dois meses. – diz Carmen.

- Os meus parabéns. – felicita Esme antes de se sentar.

Depois do jantar sentam-se todos junto da lareira. Esme e Emmett conversam num canto da sala, deixando os outros três sozinhos.

- Como é que tem sido a vida de casado? – pergunta Eleazar.

- Estou feliz. – diz Carlisle. – Não podia encontrar esposa melhor.

Eleazar sorri para Carmen.

- Digo a mesma coisa. – diz.

Carlisle sorri.

- E filhos? – pergunta.

Carlisle encolhe os ombros.

- Nunca falei com ela sobre isso. Esme toma um chá para não engravidar e nunca lhe disse que queria ter filhos.

Eleazar sorri.

- Mas queres?

- Quero.

- Acho que a casa fica muito vazia sem crianças. – diz Eleazar.

- Concordo. Mas não sei se ela está muito inclinada para isso. E não a vou obrigar simplesmente porque o desejo.

- Claro. – concorda Carmen. – O importante é que estejam felizes e que se deem bem.

- Em relação a isso não há qualquer problema. Somos muito felizes.

......

A passagem de ano é passada na corte, apesar de terem preferido passar o Natal em casa.

Esme dança com Carlisle e depois passa para os braços de Eleazar.

- Como está? – pergunta Esme enquanto dançam.

- Bem.

- E a Caremn?

- Também.

- Ela veio? Ainda não a vi.

- Veio, mas está sentada a conversar, conversas de mulheres. Deve saber o que é.

Esme ri.

- Então não sei.

Esme rodopia conforme a dança obriga e volta a estar junto dele.

- Carlisle está muito feliz. – diz Eleazar. – Nunca o vi tão feliz.

Esme olha para o sítio para onde Eleazar está a olhar.

- Ele também me faz muito feliz. – diz Esme com sinceridade.

A verdade é que nunca pensou poder ser tão feliz estando casada. Nunca pensou poder estar sempre com o mesmo homem. Cada vez sente mais carinho por ele. Cada vez o ama mais, pode dizer-se.

- Vou-lhe confessar que no início pensei que estava com ele apenas pelo dinheiro e o poder, pensei que ia trai-lo mais tarde ou mais cedo.

Esme sorri.

- Vou falar-lhe abertamente. No início seduzi-o. Apenas desejava a boa vida que teria casando com ele. Mas depois de o conhecer melhor percebi que o amo, cada vez o amo mais.

Eleazar sorri. Realmente o amor muda as pessoas.

- Desejo que continuem tão felizes como até aqui.

- Também o desejo, mais do que qualquer outra coisa.


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