Come To The Dark Side, We Have Cookies! escrita por Tia Cafira


Capítulo 4
Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, as coisas estão difíceis :)



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Eu troquei olhares com Nicole e decidimos ver o que estava acontecendo.
Chegando perto do local da varanda, eu via alguns meninos, uns jerks da
minha turma, e umas meninas populares, mas todos eles se encaravam.
Nicole agarra minha mão, e fala com a pessoa mais próxima: Jane.

—O que houve? - ela pergunta.

—A menina nova... Ela, caiu.... - Jane olhou pela sacada e segurou o estômago.
Saiu correndo e a vi no telefone.

—Jane! - Eu gritei.

—O que? - ela pergunta chorando. Alguns meninos pegam as namoradas e saem do local.

—Você tá ligando pra polícia?


—Sim! Jacob, uma menina morreu! - ela grita chorando.

—Mas se fizer isso, Brandon vai preso! Somos menores de idade, esqueceu? - eu estava tentando
acalmar todos,mas eu sabia que aparada era séria. A garota nova com toda certeza havia
morrido, estávamos no 8 andar!

Mas ouvimos sirenes, e esse é o ruim de morar numa cidade pequena.
Mas ninguém estava mais preocupado que eu, porque, quem viria, seria o
namorado da minha mãe.

—Jacob, a gente tem que sair daqui. - Nicole fala pra mim.

—Não podemos, a polícia está lá em baixo. - falei.

—A gente tem que dar um jeito... - ela falou.

—Os policiais cercaram o prédio, virão aqui. Poderemos ajudar com as investigações,
fique calma. O chefe de polícia é meu padrasto. - tentei tranquilizá-la.

—Pois é, mas o meu pai, faz parte da equipe dele! - ela fala em um tom meio desesperado.

—Ei, calma, ok?

—Qualquer coisa... - ela diz respirando fundo.

—Qualquer coisa, eu te protejo. - falo beijando sua testa. Ela abre um enorme sorriso, e eu
também.
A polícia chegou no prédio violenta, e depois de algumas horas, todos os responsáveis já
estavam na porta do prédio, e quase todos os adolescentes haviam prestado relatos. Eu
estava encostado no portal, esperando a minha vez, e segurando a mão de Nicole.
Repentinamente, tudo havia ficado frio, e meu padrasto me avistou:

—Jacob... - disse ele. O nome dele, é Jill, Dr. Jill e ele é chefe de polícia. A gente até é
amigo, porque minha mãe falou que o amava. Eles namoram há 8 anos.

—Dr. Jill. - falei em seco.

—O que estava fazendo em ambientes como esse? - ele falou tentando parecer
durão. E, ele conseguia. Jill é um cara alto e é mais novo que a minha mãe, uns 31 anos.

—Você sabe, curtindo. - dei de ombros.

—Curtindo? Sua mãe disse que odeia festas! - ele disse confuso.

—É, mas a Nicole adora. - eu respondi.

Encaramos Nicole e ela nos encara com seus olhos amendoados, e até com um pouco
de medo, ela era linda. Jill sorri olhando para ela. No fundo, eu sabia que ele não gostava
da conduta dela, mas Jill adorava Nicole por ela lhe lembrar sua sobrinha.

—Então... Você é a encrenqueira? - ele falou.

—Ei! - interferi. - Eu não disse nada que ela era encrenqueira! Ela só é... O que eu não
sou: sociável.

—Ah! Então, meus parabéns! É a única que consegue desentocá-lo! - ele ri.

Ela sorri e me encara.

—Diga alguma coisa, Nicole. - eu digo.

—É. Só uma menina bonita para convencê-lo. - ela sorri seu sorriso mais irônico, do qual,
eu sou fã.

—Escuta, Jill, apenas nos divertíamos um pouco. Bebíamos, e conversávamos, nem havia
rolado nada de interessante. Quando ela caiu, estávamos longe. Eu nem conhecia a
garota. - eu cuspi as palavras receando ser liberado.

—Você - apontou ele para Nicole - Estava com ele?

—O tempo todo. - ela respondeu.

—Bom, sendo assim, estão liberados. Antes de saírem, algum de vocês sabe algo sobre
essa menina?

—Sim. - Nicole falou. - Eu soube pelo Brandon, que ela se mudou de NY para cá, por causa
de um escândalo. Ela enviou fotos nuas para um menino da escola, ele as divulgou. Sei
que se chamava Heather, e ela é compradora compulsiva. Só isso.

Puxa, Nicole era mais fofoqueira do que eu pensava! Só faltava ela puxar a ficha criminal da
garota!

Seu pai a avista e faz uma cara meio estranha. Chega até nós:

—Nicole! - ele parece assustado.

—Pai...

—Senhor Gail. - trocamos um aperto de mãos.

—Pelo Senhor, Nicole! O que fazia aqui?!

—Apenas me divertindo... - ela parecia meio envergonhada, mas eu pensava que ele sabia
dessas fugidas dela.

—Se divertindo? Bebendo? Eu não quero nem imaginar! Ainda mais... Acompanhada por ele!
Vamos, Nicole!

—Espera, Senhor. - interferi. - Como assim "ainda mais acompanhada por ele"?
Sempre pensei que nos déssemos bem.

—E nos damos, Jacob. Mas entenda, que quero alguém pra ela, que mostre à ela um mundo
bem maior do que essa sujeira! O seu papel, Jake, era abrir a mente dela. E você, jovem,
falhou. - ele apontou pra mim, e agarrou o pulso de Nicole. Seus longos cabelos ruivos
sumiram entre fardas, faixas de "Mantenha distância" e luzes de ambulâncias.
Desci e me deparei com o porteiro, John me olhava como se eu tivesse empurrado aquela
garota da sacada. Minha mãe me esperava.

Usava um vestido simples, brancos, com seus cabelos presos, e chorava um pouco:

—Mãe, porque está chorando? - abracei-a.

—Ah... Sonhei com seu irmão... - ela assoa o nariz.

—E o sonho não foi bom?

—Ah, Jake.... - ela me abraça. Minha mãe é bem menor que eu, e ela gosta de me abraçar,
mas não dá.

—O que você sonhou, mãe? - eu fiquei sério.

—Sonhei, senti... - ela soluçou. - que ele não está bem... Ele estava queimando...

—Ah, mãe... - abracei-a.

Peguei as chaves do carro e disse que ia dirigir:

—Mas você não tem carteira... - ela falou cobrindo o rosto.

—Mas você não está em condições de dirigir. E não é a minha primeira vez. - fui sincero.

Ela olhou pela janela o tempo feio, e continuou a chorar. Eu amo a minha mãe, e odeio vê-la
assim. Acho que toda vez que minha mãe chora, eu choro também, porque dá um aperto no
coração.

—Jacob - ela começou.

—Sim? - falei tentando enxergar alguma coisa pelo retrovisor.

—Você não teve nada a ver com isso, né?

—Não, mãe!


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