Come To The Dark Side, We Have Cookies! escrita por Tia Cafira


Capítulo 3
Háhá, só que nunca




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Depois de poucos minutos em cima daquela moto rezando para não ter um problema, saímos e falamos com o porteiro do prédio:

—E aí, Seu John? - John, não é um simples porteiro com qual você se esbarra por aí, em Oregon (sim, eu moro em Oregon, e eu me sinto um personagem místico num lugar fantástico. Sim, porque aqui só tem floresta, e se chama Oregon! Na moral, não parece nome de dragão?). Ah, porque John não é um porteiro normal? Porque ele é um cara que tem no máximo 23 anos. É um cara calado, que só fala com sua cadela: Rusca. É, confuso. Eu acho que o nome dela era pra ser Rosca, mas... Sim, eu já perguntei isso pra ele, e ele só olhou pra mim como se eu fosse um idiota:

—Boa noite, Jake. - ele me olha estranho. Engraçado como ele me deixava arrepiado de medo. - Boa noite, Nicole.

—Ah, senhor John! Não sabia que lembrava do meu nome! - ela disse sorrindo. Eu achei que mais animada do que antes, também.

—Como esquecer? - ele fala apenas encarando-me. Aquele cara, me assusta.

—Ah, para, John! - ela diz apertando o botão do elevador.

—É amiga do fantasma.

Opa. Aquilo despertou meus ouvidos, e eu fiquei com medo. Eu não sabia se ele estava falando de mim, ou de Lúcio. Não pode ser de Lúcio...

—Oi? - Nicole pergunta repentinamente interessada.

—É amiga dele. - John aponta pra mim.

—Porque, fantas...

—OLHA! O ELEVADOR CHEGOU!

E empurro-a para dentro do elevador.

—Porque ele se referiu à você como "fantasma"? - Nicole pergunta arrumando o cabelo no espelho do elevador.

—Porque ele é maluco! - eu respondo. Mas que bela justificativa, Jake! Você merece um prêmio!

—Porque você acha ele maluco?

—Porque você acha que ele está aqui? O que um homem novo e relativamente bonito está fazendo como porteiro, e apenas conversando com uma cadela que o nome é Rusca, e não Rosca?

—É. Você tem razão. - ela diz abrindo a porta do elevador.

A verdade, é que eu fiquei meio assustado. Eu nunca conversei com Lúcio na frente dele, não tem como ele saber, né? Quero dizer, não tem como ele saber da Morte, sem estar morto...

—Brandon!! - Nicole diz chamando as atenções. Ela nunca conseguiu ser muito discreta. Seus cabelos ruivos tingidos estavam soltos, e ela usava uma roupa na verdade, bem parecida com a minha, parecíamos um casal de motoqueiros naquela festa. E também, pois ela estava com seu capacete pendurado no braço, e eu também.

—Nicole!! - é, o Brandon ficou todo animadinho, mas é porque ele é gay assumido, o bom da minha turma, é que a gente se conhece há tanto tempo, que a gente se conhece bem, desde pequeno. Não quer dizer que todo mundo se goste, mas se Brandon se sentiu livre para assumir que é gay, então minha classe não é a pior de todas. E uma coisa que todo mundo sabe, é que mulher é louca por um gay.

—Jake. - disse ele cumprimentando-me com um apertar de mãos, e um abraço. Eu não sou homofóbico, mas eu não exatamente gosto de andar com gays. Mas eu sou amigo do Brandon. E o bom do Brandon, é que ele não é "gay purpurina". E não fica dando em cima de hétero. Na verdade, se ninguém te disser nada, você provavelmente acharia que ele é hétero.

—Brandon. - retribuí.

Nicole puxou-me pela mão, e eu não pude deixar de dar um sorrisinho. Nicole não posso negar, é bem bonita. Tá. Todo mundo acha que ela quando fizer 18 anos deveria tentar Miss America. Eu não discordo, mas dizer isso à ela é igual a dar espaço pra algo mais sério. Esses elogios mais profundos são meio estranhos pra mim. Então, deixo-os falarem por mim.

—O que quer me mostrar? - falei ajeitando o cabelo.

—Os alunos novos. Três meninos e uma menina. - ela falou.

—Ah, que isso cara! - só eu que vi aquela reportagem que, atualmente no mundo, existem 11 mulheres pra cada homem? Pois é, pois é verdade. E contando com o gay do Brandon, alguém está com as minhas 22!

—Cala a boca, Jake! - ela é bem abusada.

—Gente, esse aqui é o Jake! - ela me apresentou à 3 garotos que pareciam ser exatamente a mesma pessoa.

—São trigêmeos? - perguntei meio esperando ser chamado de idiota.

—Sim! - os 3 disseram juntos.

—Certo... Isso é meio bizarro... - eu falo querendo me afastar.

E quando finalmente me convenci que eles talvez sejam legais, conversamos por uma meia hora, até ouvirmos gritos de garotas de comemoração. A bebida tinha chegado.

Nicole já foi até as caixas dançando, e achamos muito engraçado.

—Aqui, Jake, Dail, Henri, e Patrick. - ela foi dando uma garrafa para cada um. Eu que peguei os copos porque, por ela, era direto no gargalo mesmo. E antes que você me chame de hipócrita, que antes não queria vir mas já tô bebendo, eu bebo por prazer.

—Bom, meninos, - ela disse referindo-se aos trigêmeos - o nome dele é Jake, mas todo mundo chama ele de Hater. Vocês também podem começar a chamar ele de Hater!

—Ah, ok. - eles disseram.

—Então, e a menina nova? - perguntei.

—Porque está tão ansioso para conhecer a aluna nova? - ela perguntou. E preciso dar ênfase, ela ainda não estava bêbada.

—Porque... sim? - respondi meio sonso.

—Já está com fogo no rabo, amigo? - esse, quem falou foi o Aron. Ele é um moleque enorme, que está sempre, sempre bêbado. Quando você acha que ele está sóbrio, ele está bêbado.

—Ahn... Não, Aron. Eu tô de boa. E você?

—É.... A vida tem dessas... - ele é o tipo de bêbado filha da puta, que chora, ri, paga mico, e se mete com os outros. - QUE RABA HEIN, NICOLE?

Bem, uma coisa que eu gosto na Nicole, é que ninguém precisa brigar por ela. E ela fez muito bem, dando um soco na cara dele. Eu sorrio pra ela, e ela sorri pra mim. Os gêmeos parecem apavorados, e eu brinco que somos normais.

Quando tudo parecia bem, ouvimos gritos da sacada.


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