A Terceira Guerra escrita por maroto_10


Capítulo 7
Capítulo 6: Perdidos na floresta




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      Dough sentou-se e começou a vomitar água.

   - Aguamenti! – e uma bacia em um canto encheu-se de água. Começou a lavar o rosto. Depois, ele fez o corpo de Anne jogar a água que ela tinha engolido para fora, com uma ajudinha da varinha,

   Ele deitou-a com cuidado no beliche e fechou um corte que havia sido feito, provavelmente, ou por um feitiço ou pelo choque dela contra a água. E então ele percebeu que estava sangrando.

   No local da ferida, havia fragmentos do cabo da vassoura. Eram pequenos, mas ardiam muito. Ele resolveu esperar Anne acordar para tirá-los, enquanto isso o enfaixou, a fim de estancar o sangue.

   Meia hora depois, Anne acordou tossindo.

   Enquanto ela tirava os fragmentos de madeira do ferimento, Dough narrava tudo o que tinha acontecido, desde o estuporamento de Régulo, de como Tom salvou-o, até o aparatação impressionante até a barraca.

   - Era de se esperar que acontecesse. – começou Anne. – Provavelmente o feitiço para não se desaparatar ou aparatar em Azkaban estava muito rarefeito ali.

   - Certo. Mas de uma coisa eu... AI! Tome cuidado! – ela desculpou-se. – O que fiz foi involuntário.

   Anne concordou.

* * *

   As horas foram passando e nada de Régulo e Tom aparecerem. A floresta era muito grande e a idéia inicial, antes do ataque aéreo, era os quatro desaparatarem juntos. Mas pelo que ocorreu, não foi possível.

   Os feitiços para deixarem a barraca invisível tornavam a busca de Régulo e Tom mais difícil. Dough e Anne não poderiam arriscar sair da área e serem vistos.

   - Espero que cheguem logo. – disse Anne. – Temos que mudar de local, porque é muito perigoso ficar em um mesmo lugar por muito tempo.

   Dough e Anne tinham combinado de desaparatar dali a três dias, o máximo que poderiam esperar.

   Eles se revezavam para ir à cidade, por aparatação, e comprar comida. Como era uma cidade trouxa, era seguro ir até o banheiro do supermercado, pegar as coisas, voltar ao banheiro e desaparatar (apesar de Anne sempre pagar).

    A vida na barraca não era nem de perto a vida em acampamento que Dough sonhava quando era mais novo, ainda mais quando não era um acampamento e sim um refúgio.

   Anne era uma ótima cozinheira. Dough adorava a comida que ela fazia e, ao menos isso, era um lado positivo de ficar refugiado ali, naquela barraca.

   Dough conjurava uma água cristalina em dois baldes enormes conjurados por Anne.

   Ambos, Dough e Anne, revezavam-se também em ir de meia em meia hora ficar dez minutos vigiando os arredores, esperando que alguma hora Tom e Régulos aparecessem.

   No terceiro dia, Dough já estava ficando muito preocupado. Não havia o mínimo sinal dos dois pelas redondezas.

   - Dough, vai fazer a vigília agora, por favor. – disse Anne. – Estou muito cansada. – e ao dizer isto, desabou na cama.

   Como fazia de costume, Dough sentou-se na entrada da barraca e começou a olhar para todos os lados, procurando alguma coisa mexendo-se na floresta, ou algum som.

   Então, ele escutou o barulho de um galho quebrando. Levantou-se e sacou a varinha, apontando para o lugar de onde veio o som.

   - Já chega de procurar. Vamos fugir para outro lugar. – disse a conhecida voz de Régulo.

   - Vamos continuar procurando! – disse Tom. – Já checamos boa parte da floresta e não falta muito para achá-los.

   Irritado, regulo concordou.

   - Hey! – disse Dough, levantando-se e acenando. Eles, porém, nem olharam.

   Só aí ele lembrou que eles não o viam nem escutavam se ele não saísse da proteção.

   - Dough! O que foi? – perguntou Anne.

   - Os achei. – disse Dough.

   - Quem?

   - Espera.

   E ele caminhou em direção a Régulo e Tom.

   - Dough! Não saia!

   Contudo, Dough não escutou essa última parte porque já havia atravessado a área de proteção.

   - Anda. Vamos aparatar em outra parte da floresta. Só falta ela. – disse Tom e Régulo segurou em seu braço.

   - Não esperem! – gritou Dough.

   Mas eles o viram durante alguns décimos de segundo, por que tinham desaparatado.

   - Talvez eles voltem. – disse Anne, finalmente percebendo a situação e saindo da zona de proteção da barraca.

   Os próximos segundos passaram-se muito intensamente. Dough podia escutar as batidas fortes do coração de Anne e confundia com as batidas do seu.

   CRAQUE.

   E eles apareceram bem na sua frente. Houve gritos de alegria e abraços para todos os lados. Alguns minutos depois, entraram na barraca onde estavam protegidos.

* * *

   - E então? – começou Dough. – Como sobreviveram esses dias?

   - Régulo é muito experiente. – disse Tom. – Ele sabia muito bem pescar no rio aqui próximo, fazer fogueiras, filtrar a água e quais frutos nós poderíamos usar em nossa alimentação. Você já tinha acampado antes? – ele perguntou a Régulo.

   - Só em minhas missões. – respondeu Régulo. – às vezes é preciso.

   - Dough. – disse Anne ao seu ouvido. – Agente precisa conversar.

   E juntos eles foram para fora, deixando os outros dois jantando.

   A noite estava muito estrelada e fria. Eles sentaram-se em um monte de neve fora da barraca.

   - Eles não podem nos escutar se falarmos baixo. – disse Anne, já respondendo a pergunta de Dough.

   - Sobre o que quer falar comigo? – perguntou Dough.

   Anne não respondeu com palavras. Retirou o colar verde de dentro da jaqueta e mostrou-o.

   - A Horcrux. – disse Dough pegando-a.

   Era a primeira vez que tocava naquele colar. Era bastante pesado. O peso muito diferente do que aparentava.

   - Não é uma Horcrux. – disse Anne com firmeza.

   - Mas o que... – começou Dough.

   - Abra-a. – ordenou Anne.

   Dough achou que era difícil abrir uma Horcrux, mas aquele colar era muito fácil de abrir. Dentro dele, tinha um rolo de pergaminho enorme. Provavelmente, aquilo era a razão do peso: o colar tinha um Feitiço Extensivo.

   - Joseph só colocou o pergaminho aí para que a pessoa que o matou não o visse, sabe. O pergaminho.

   - Mas você já leu? – perguntou Dough.

   - Não tive tempo. Só abri por alguns segundos no hospital, mas logo tive que fechar, porque entraram querendo me prender. E ninguém tocou em mim na prisão. Acho que fui estuporada, depois das cordas, e quando acordei, já estava em cima de Azkaban sendo torturada.

   Fez-se silêncio.

   - Eu vou ler para nós dois. Bem baixinho. – disse Dough, desenrolando o pergaminho.

   Caro Joseph,

   Você viu na carta que lhe mandei que está prestes a acontecer. Foi uma espécie de enigma para você vir me procurar, justamente para explicar o que eu quis lhe dizer com isso.

   Pois bem aqui eu vou contar.

   Eu tirei esse tempo, aproveitando que Lauren e os outros dois saíram para lhe contar tudo por meio desta carta, já que não terei tempo para conversar com você.

   Coloquei esta carta dentro desse colar lendário de nossa família, a fim de que não caia em mãos erradas, que não sejam as suas. Você sabe muito bem que deveria abrir esse colar, afinal é um segredo da nossa família guardar coisas preciosas aqui.

   Tenho que lhe falar que me arrependo de tudo que fiz antes de ser preso, e só estou dentro desse grupo de assassinos para ficar livre e lhe contar o que vai acontecer, esperando que faça alguma coisa.

   O Grande Chefe irá dar um golpe e colocará o nosso país em uma ditadura. O que quero dizer com nosso país, é não seremos somente nós, bruxos. Os trouxas passarão a saber de nossa existência.

   Se você ouvir que pessoas estão usando livremente as maldições imperdoáveis, não se engane: o pior está por vir.

   E. L.

   Dough examinou que, no fundo do colar, havia a letra L.

   - Quem é E. L. ? – perguntou Anne.

   - Ernesto Langdon.


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Notas finais do capítulo

Preparem-se porque no próximo capítulo muita coisa vai ser revelada...
estou pensando em escrever ainda hoje

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