Kiss Me escrita por Henderson


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Notas Finais :)



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Depois de ver a morte de perto, então você entende o real valor da vida - Jogos Mortais.

A imaginação é um fruto de imagem muito traiçoeira, que permite que as pessoas criem coisas imaginárias na cabeça. Coisas que podem fazer com que as pessoas fiquem com todos tipos de sentimentos. A maior crise de nossas vidas não é de natureza econômica, intelectual, e nem religiosa. É uma crise da imaginação. Empacamos em nossos caminhos pois não conseguimos re-imaginar nossas vidas de uma outra maneira. Agarramo-nos desesperadamente ao status, receosos de que, se abrirmos mão dele, seremos arrastados pela torrencial corrente subterrânea do nosso vazio.

Ethan, está sendo um alvo da imaginação, milhares de coisas rodavam e rodavam por sua cabeça. Aquela noite. Nunca pensou que ficaria tão assustado com aquilo, com certeza não havia sido uma boa ideia ter ido para a floresta naquela noite.

Já estava noite e sua companheira de quarto ainda estava no banheiro tomando banho. Ethan está deitado de barriga para cima olhando fixado para o teto de madeira.

Sua mente rodava por várias coisas, imagens e sons que ouvirá naquela floresta. Principalmente na imagem que viu, que o deixou tão aterrorizado.

Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu a porta do banheiro se abrir e uma figura loira sair de lá de dentro apenas de toalha.

Ethan a olhou de ponta a cabeça, nunca havia reparado em como a garota havia mudado, se conheciam a um longo tempo, mas nunca tinha prestado atenção nela dessa forma. A amizade deles sempre foi como de irmãos.

– Será que pode olhar para o outro lado? - Disse Kim levemente vermelha sobre o olhar do garoto.

O mesmo sorriu, pegou o travesseiro e colocou no rosto.

– Nossa me sinto bem mais segura agora. - Ironizou a loira.

– Eu não vou te abusar nem nada. Eu até levantaria e iria para o banheiro mas eu não estou afim de levantar da minha deliciosa e preciosa cama! - disse o garoto rindo e fazendo Kim revirar os olhos.

Ela está em frente ao armário escolhendo sua roupa, tinha se esquecido de pegar a roupa e levar para o banheiro. Uma mão segurava a toalha e a outra procurava a roupa. Tudo isso sendo observada pelo olhar de Ethan.

– Sabe, eu estive pensando.. Você mudou bastante de uns tempos para cá. Nem parece a garota que odiava ter atenção dos pais. - Disse o garoto se apoiando com o cotovelo na cama.

– E hoje em dia eu praticamente imploro pela atenção deles. É, eu realmente mudei, não sei se foi para melhor ou para pior. - soltou um pequeno riso e pegou sua muda de roupas indo para o banheiro.

Logo após a pequena conversa deles, os dois já estavam deitados na cama. Já passava de dez e meia da noite. Nenhum dos dois havia conseguido pegar no sono, mesmo depois de uma refeição gigantesca no jantar.

– Kimmy, vamos fazer uma caminhada na floresta? - Perguntou de repente o garoto.

– Agora ? Você se drogou Ethan ? - Disse Kim se sentando na cama com os olhos levemente confusos.

– Não agora, amanhã. Eu encontrei uma cachoeira muito boa lá, e também tinha uma árvore com um corda. Não sei como mas tinha. Pensei em colocar um pneu lá. - O garoto disse e deu de ombros - Apenas uma sugestão, a gente quase não faz nada aqui.

Kim pareceu pensar na ideia, olhou para o garoto e percebeu que ele estava escondendo algo. Mas não disse nada, apenas assentiu e voltou a deitar na cama desligando o abajur.

Ethan também desligou seu abajur e deitou na cama, mas diferente de Kim, não conseguiu dormir quase nada.

[...]

Jack, de súbito, abriu os olhos assustado, atento, mas enxergou pouca coisa. Sentou-se na cama olhando ao redor. A visão turva era-lhe de pouca serventia. Instintivamente levou a mão à testa onde considerou como certa a origem da dor de cabeça que lhe atingiu forte.

Havia tido um longo pesadelo onde um homem corria atrás dele em uma casa totalmente as escuras, gritando coisas sem nexo. Pelo menos para ele era sem nexo algum.

Olhou para a cama ao lado e viu que Rudy já havia levantado. Era manhã, o sol já brilhando como sempre, e as árvores balançando com o vento. Ouviu barulhos no quarto ao lado, onde fica Kim e Ethan. Imediatamente ao lembrar-se da garota o fez soltar um longo suspiro. Não por causa do que disse para ela algumas noites atrás, mas sim no comportamento da garota após isso.

Era como se ela nem fosse mais amiga dele, sempre que o via ficava pensativa e falava no máximo um bom dia ou boa noite. E ao pensar nisso a dor de cabeça piorou, a mão na testa desceu para as pálpebras. Esfregou-as devagar tentando amenizar a dor.

Se jogou na cama de novo colocando por cima da cabeça o travesseiro e voltou a dormir. Pelo menos tentou.

[...]

– Então, o que vamos fazer hoje? - Milton quebrou o silêncio que estava na cozinha naquele momento. Todos estavam sentados na mesa, comendo seus lanches da manhã.

– Tem uma cachoeira perto daqui, eu levo vocês lá - Falou Rudy e depois o mais famoso silêncio continuou.

Depois de longos cinco minutos, cada um foi terminando e colocando seus pratos na pia. Por último sobraram apenas Ethan e Jack.

Ethan parecia estar lanchando normalmente mas sua mente estava longe. Igualmente ao Jack, sua mente estava em uma certa loira de olhos castanhos as vezes claros e as vezes escuros.

Os dois saíram de seus pensamentos quando ouviram a voz de Kim ao lado deles.

– Vão terminar quando? Tenho que lavar os pratos. - Disse ela apoiada na bancada no meio dos dois.

– Eu já acabei - Os dois disseram juntos e se encararam. Jack se levantou, deixou o prato na pia e foi em direção a sala.

[...]

– Por favor Rudy. Eu imploro, eu gosto de histórias como essa. Por favor, conta. - Implorava Jerry ao lado de Milton.

Todos estavam na sala exceto por Kim que estava na cozinha lavando a louça. Rudy havia soltado sem querer que aquela floresta tinha um história mal-assombrada para os garotos e eles, como sempre curiosos, queriam saber qual era essa história.

– Olha, é apenas um história, não sei se é verdade. Meu avô que costumava me contar quando vinha aqui.

Ele deu um pequena pausa e olhou para cada um que estava ali. Todos pareciam atentos no que ele ia dizer. Principalmente Ethan.

– Certo, prestem muita atenção no que eu vou dizer. Há um bom tempo atrás, tinha uma casa em frente ao lago, perto daqui. Nela viviam um casal e dois filhos. A Família Woods. Meu avô me dizia que conhecia aquele casal. Eram pessoas boas, mas eram um tanto psicopatas. Não gostavam que ninguém chegasse perto de sua casa. Em um dia, a Sra. Woods, apareceu boiando no lago, quem encontrou o corpo foi o marido. Os policias disseram que foi afogamento. A mulher não sabia nadar. Meu avô disse que o Sr. Woods, mais conhecido como Tommy, entrou em tanta depressão depois que viu sua mulher morta que afogou os próprios filhos no lago e depois se enforcou em uma árvore. Depois disso, o povo da cidade próxima daqui foi até a casa deles e tacaram fogo. A Casa deles não existe mais, porém, poucas foram as pessoas que passaram por ali, porque todas sabiam desse conto dessa família. Mas as poucas pessoas que passaram por ali disseram que viram o corpo de Tommy na árvore e o filho mais novo do casal, Alek, andando pela floresta.

Ele terminou e logo depois Jerry começou a rir chamando atenção dos garotos da sala.

– Sério? Esse é o máximo que pode fazer? História de criança. - Disse ele ainda rindo.

– Acredite ou não Jerry, meu avô que me contou. Eu não sei se é verdade nunca fui naquele lago para testar. E não estou afim de testar. - Ele disse e se levantou do tapete indo em direção a cozinha.

– Vocês acreditaram nisso? - Jerry perguntou para os três garotos que estavam sentados no sofá.

– Parece ser uma história bem real. - Milton disse. Jack balançou a cabeça rindo e se levantou.

– História bem fraca.

Rudy voltou com Kim ao seu lado levemente corada fazendo com que Jack olhasse para o mais velho como se perguntasse o por que dela estar vermelha. O mais velho apenas sorriu e disse:

– Pessoal, vamos para a cachoeira que eu disse. Vocês vão amar esse lugar.

Logo após isso, saiu junto dos outros. Menos Ethan que ainda estava sentado no sofá com os olhos levemente arregalados. Milhares de pensamentos passavam pela mente naquele momento. Árvore com corda. Assassinato. Casa no Lago. Tommy. Alek. Sua mente não reagiu muito bem aqueles pensamentos, sentiu uma leve dor de cabeça e sentiu o corpo tonto. Como se fosse desmaiar ali mesmo. Depois de longos vinte segundos, o garoto se levantou e caminhou até o jardim, onde os outros estavam o esperando.

Ele iria descobrir se está história é real ou não. Mesmo que tenha que passar a noite na floresta. Ele tinha que saber se o que ele viu na floresta aquela noite, era real.


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Notas finais do capítulo

Antes que me matem, quero explicar o fato de ter demorado tanto. Eu perdi a senha dessa conta, tipo, que idiotice a minha, podem me xingar sério. Ai eu fiquei desesperada e fiz o negocio de esquecer a senha ai aconteceu que, esqueci a senha do e-mail. Muito burra eu. Mas no fim eu recuperei. Tuts tuts.

Ah, e para quem quer saber como é o Ethan, eu imagino ele como Dylan o'Brien.

http://dylan-obrien.org/wordpress/wp-content/uploads/2013/12/Untitled-1-1024x796.jpg

Se tiver erro, avisem. Kisses xD