Kiss Me escrita por Henderson


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

~~Notas Finais~~



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24 de novembro de 1971

Sangue. Sua casa estava com sangue por todo lugar. Sua garganta já estava doendo de tanto gritar todo dia. Alek já não aguentava mais seu pai, depois que sua mãe se suicidou, o homem começou a beber que nem um demônio com sede de sangue. Johan, seu irmão mais velho, era o mais sofria nas mãos de seu pai, o mesmo o culpava pela morte de sua amada. Então, toda a noite, descontava no garoto, que não podia fazer nada além de chorar e pedir para parar. Alek, acordou com os berros de seu pai no andar de baixo, abraçou suas pernas e se cobriu com a coberta até a cabeça. Começou a tremer pois seu irmão com certeza estava tendo mais um dia de dor e não podia fazer nada para impedir. Já tentou fugir de casa e chegar à cidade mais próxima de casa porém seu pai disse bem claro que se ele tentasse contar a alguém, seu irmão iria morrer.

Então, nesses últimos três meses de gritos, teve que ficar em silêncio. Sempre que seu pai sai de casa para comprar mais bebidas, o garotinho vai até o porão e ajuda o seu irmão com os cortes. Raramente são os dias que o mais velho não é agredido, e Alek se surpreende que seu irmão ainda está vivo. Os cortes mal podem se curar, que o seu pai o atinge no mesmo lugar. Sempre que Johan volta para o quarto, vai tomar um banho e começa a chorar, pedindo perdão a Deus. Nunca foi religioso pois de acordo com seu pai ''Esse merda não existe, é tudo falso'', mas naquele momento, começou a acreditar mais em Deus, não sabia onde havia errado com sua mãe para receber aquele castigo.

Alek levantou da cama e foi em direção à porta de seu quarto. Ele havia a trancada para seu pai não entrar, não que tivesse medo pois seu pai nunca havia o agredido nesses meses, mas como um bêbado pode fazer tudo, Johan mandou o irmão se prevenir. Destrancou à porta e saiu do quarto lentamente para não fazer barulho. Sua casa estavas as escuras, a lâmpada que antes clareava todo o corredor de seu quarto estava quebrada. À porta do quarto que antes era de seus pais, estava aberta, assim que Alek passou pela mesma, percebeu que tudo estava revirado e quebrado. Seu passos eram lentos e pesados, estava com um medo muito grande dentro de si, suas mãos tremiam, seus olhos verdes escuros demonstravam terror e pavor. Desceu à escada devagar e foi em direção à sala onde ouviu um barulho vindo da cozinha.

Não conseguia mais ouvir seu irmão, ou seja, seu pai havia saído de casa ou estava pegando mais ferramentas para machucar seu irmão. Concluiu que era a segunda opção quando viu seu pai na porta da cozinha com uma faca na mão.

– Pai! - Alek disse com medo, não estava reconhecendo seu pai no momento, mesmo tentando.

O homem estava com sua roupas sujas de sangue como sempre, sua barba mal feita o deixava mais velho do que já era. Seu cabelo havia crescido bastante e o homem não fazia questão de cortar. Alek percebeu que a morte de sua mãe havia deixado seu pai em pedaços. Mas isso não justificava descontar em seu irmão. Saiu de seus pensamentos quando viu seu pai caminhar em sua direção com a faca ainda na mão esquerda. O homem o pegou pelos braços e foi em direção a sala, onde chegou à uma porta de madeira. Estava decidido do que iria fazer em seguida. Entrou no comôdo e fechou à porta atrás de si.

[...]

– Rudy, isso é perfeito! - Disse Kim abismada com sua visão perfeita.

Não devia ser mais que três da tarde quando Rudy os levou para à cachoeira que havia dito. Como ele havia dito, magnífica, as rochas que estavam em volta da água perfeitamente limpa, deixavam o lugar mais lindo ainda. Havia uma fresta, entre duas rochas que pareciam inclinadas, parecia uma entrada para uma caverna que havia depois das rochas. À água caia entre as duas rochas inclinadas, então para passar para à caverna deveria mergulhar, como disse Rudy.

– Isso à noite, deve ser... perfeito! - Disse Kim enquanto sentava na rocha observando os garotos brincarem de tacar água um no outro.

– Não existe perfeição - Ouviu Jack dizer ao seu lado, enquanto o mesmo sentava ao seu lado.

– Claro que existe, eu estou aqui. - Ouviu Ethan dizer ao seu lado esquerda, enquanto o mesmo tirava a camisa e seu tênis para entrar na água.

Kim o observou, seu amigo não era tão forte, aliás, nunca gostou de homens fortes demais. Kim os aprecia por sua personalidade e não por sua beleza. Seu amigo seria um ótimo marido quando se casasse, sua bondade e inteligência é o que mais Kim aprecia. E aliás, sua beleza também não era de jogar fora, Ethan não era um garoto muito desputado pelas garotas da escola porém tinhas algumas garotas que adorariam ficar com ele, se ele quisesse claro. Ele sempre disse que não se interessava por aquelas garotas, e por um momento no passado chegou a pensar que seu amigo era gay, mas concluiu que não quando ouviu ele dizer com os amigos que uma garota chamada, Lorraine, era gostosa e bem safadinha.

Balançou a cabeça quando percebeu que ainda encarava seu amigo que agora já estava dentro da água brincando com Jerry. Pegou sua pequena bolsa, que carregava desde pequena quando sai para algum lugar, como shopping ou algo do tipo, e tirou um livro branco de dentro. A capa de seu livro era criativa, uma casa aos pedaços com dentes, o fundo com textura preta. Quando Kim o viu na livraria, se apaixonou imediatamente, não só pela capa e sim pela sinopse perfeita, e também, o livro é de seu escritor favorito, Stephen King. A Casa Negra, viciou de um modo tão... magnífico, que ficara as vezes à noite de madrugada lendo, mesmo sabendo que no outro dia haveria aula. Abriu na página onde havia parado e começou a ler.

''Mas ele a ama, amou-a desde a primeira semana em que a conheceu, irresistível e completamente, e sem nunca ter tido um pingo de arrependimento, e agora o amor o guia. Ele senta-se ao lado dela na cama, envolve-a com o braço e simplesmente fica abraçado com ela. Pode senti-la tremendo de dentro para fora. Seu corpo vibra como um arame.''

– Como um arame. Esse escritor, deve ser muito bom. - Ouviu Jack dizer, e assustou-se um pouco, não havia percebido que ele ainda continuava ali.

– Sim, ele é perfeito. - Disse sem tirar os olhos da página do livro.

– Eu já disse isso hoje mas vou repetir, não existe perfeição. - Disse ele, a encarando com um meio sorriso.

– Eu não disse isso hoje mas eu ouvi, claro que existe. - Disse ela ainda com a concentração no livro.

Jack riu com isso e se levantou. Lentamente foi até a água para conversar com os garotos e não percebeu que Kim o observava, mesmo que um pouco, ela o observava. Assim, com um simples e timído sorriso no rosto, continuou a ler seu livro. Um simples sorriso, mas importante.


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Notas finais do capítulo

Demorei? Não imagina, é que sou bastante irresponsável em relação a histórias e compromissos sabe. Sorry, é que nesse tempo de provas e concursos eu meio que me perdi da vida e me concentrei mais nos estudos. ~Menina nerd~

Porém, como o ano está acabando, mais tempo para escrever. Uhul. Então, até segunda eu posto um novo capítulo.

Esse foi mais fixado em relação ao Alek perceberam? Foi MUITO importante colocar essa parte nesse capítulo pois vai ser importante lá para a frente da história. Então, só isso, Bye Bye. Não me matem nos comentários :)