Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 8
VIII - Um é pouco, dois é bom e três é demais! - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Opa! Não demorei tanto pra postar esse capítulo quanto antes, né? Mas onde estão vocês? T-T Eu estou aqui dando o meu melhor e não estou recebendo retorno. Aqui indica que tenho 38 leitores, mas pouco mais de cinco ou seis comentam na história. Vocês estão me deixando desestimulado. Que tal deixar alguns comentários? Só um por capítulo. Não vai doer! Boa leitura e espero que curtam as surpresas desse novo capítulo.



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Ao chegar à mansão dos Malfoy, Ron e Hermione foram levados para uma espécie de calabouço que parecia não ser utilizado ou receber uma boa limpeza há algumas décadas. O local parecia ser localizado no subsolo da grande mansão da família Malfoy. O lugar era composto por grandes blocos de pedra e possuía alguns candelabros que estavam acesos, porém emitiam pouquíssima luz. A limpeza do ambiente era algo que não existia: teias de aranha cobriam alguns cantos do teto, musgo crescendo nas fendas entre um bloco e outro, mofo por toda a extensão do teto e algumas goteiras. Nenhuma janela, nem mesmo uma pequena ventilação ou fenda para que pudesse ver o exterior da casa, somente uma pequena abertura gradeada no portão que dava vista para o corredor do que provavelmente seria o porão da casa.

Os dois bruxos da Grifinória foram conduzidos até o fim do cômodo e permaneceram contidos pelos dois Comensais que os havia sequestrado no castelo de Hogwarts. Rabicho se aproximou dos dois e recolheu suas varinhas.

– O Lorde das trevas pediu para que deixemos os dois aguardarem aqui – comentou, enquanto guardava as duas varinhas numa espécie de sacola de pano.

Os dois grunhiram tentando se soltar sem sucesso.

Os dois Comensais os jogaram contra o chão e saíram dali. Rabicho conjurou algum feitiço na porta do ambiente e saiu. Os dois se levantaram e, inutilmente, golpearam o portão uma série de vezes. Após vários e vários minutos gritando e espancando o portão, desistiram e se sentaram em uns bancos de madeira que estavam jogados por ali.

– Você acha mesmo que isso vai dar certo? – comentou Hermione, de cabeça baixa.

Ron segurou uma das mãos da menina que estava sobreposta em seu joelho e olhou para ela, fazendo com que a garota subisse o rosto e o olhasse profundamente nos seus olhos também.

– Vai sim, Dumbledore sabe o que está fazendo – respondeu – Lembra da promessa que te fiz?

A menina abriu um sorriso de lado e suspirou.

– Lembro e confio em você.

O ruivo retribuiu o sorriso e apertou sua mão.

– Nós vamos sair daqui mais rápido do que imagina.

Os dois se abraçaram fortemente.

xXx

Estavam todos reunidos na sala de jantar dos Malfoy. Voldemort se sentava na cabeceira da mesa, com Lúcio e Narcisa à sua esquerda e Belatriz e Rabicho à sua direita. Os demais Comensais estavam sentados nos outros lugares da mesa. O local estava cheio e ouvia-se o murmurar da conversa entre eles. Voldemort estava quieto, apenas acariciando Nagini e olhando atentamente para todos os seus seguidores sem dirigir qualquer palavra a ninguém. Havia um lugar vazio na outra extremidade da mesa e todos estavam curiosos para saber quem se sentaria ali. O Lorde das Trevas parecia ansioso para que o seu convidado especial chegasse.

– Você – disse Lúcio, apontando para um de seus empregados no canto da sala.

– Pois não, senhor – respondeu timidamente uma moça jovem.

– Traga chá da folha de ameixas dirigíveis para todos os meus convidados – ordenou o homem de longos cabelos loiros.

– Sim, senhor – a moça se virou de costas e seguiu em direção à cozinha.

A jovem voltou com uma bandeja e conjurou Wingardium Leviosa para que as xícaras fossem colocadas sobre a mesa e o bule servisse o chá para cada um dos seguidores do mal.

Finite Incantatem! – exclamou Lúcio nas louças, fazendo com que tudo caísse no chão antes mesmo de alcançar a mesa.

A barulheira fez com que alguns corvos que estavam pousados na árvore do lado de fora da grande janela da sala fossem espantados e levantassem voo. Voldemort olhou para Lúcio com um olhar que pedia por uma explicação por aquele estardalhaço todo.

– Perdão, Milorde – disse Malfoy, gaguejando – Temos regras aqui e elas são bem claras quanto ao uso de magia por funcionários. Estou cansado de repetir – fitou a empregada que já havia começado a juntar os pedaços da louça caída no chão.

Narcisa se levantou e olhou furiosamente para Lúcio.

– Não bastava ter comunicado à ela? Essa louça está na família há anos – ela estava arfante.

– Não me importa o valor sentimental que toda essa tranqueira tenha para vocês – falou Voldemort – Mas não gosto de ficar no meio de qualquer bagunça. Sugiro que limpem isso tudo antes que eu fique irritado.

– Pode deixar que eu limpo, senhor – disse a moça, praticamente cochichando.

– Como ousa se dirigir ao mestre das trevas? – gritou Lúcio.

– Chega! – respondeu Narcisa também em um tom mais alto – deixe-me resolver isso de uma vez por todas. – Reparo!

Narcisa consertou toda a louça que estava espatifada no chão da sala e conjurou mais um feitiço para que o líquido esparramado fosse limpo. A jovem recolheu tudo e ligeiramente voltou para a cozinha para preparar uma nova bebida. Narcisa se sentou em sua cadeira e retomou a compostura, porém estava visivelmente nervosa com seu marido.

Um outro jovem rapaz branco como a neve e vestido com um terno preto subiu as escadas e se aproximou da cadeira de Lúcio.

– Senhor, seu convidado já chegou – disse o rapaz.

– Mande-o subir – respondeu Lúcio.

Snape subiu as escadas e apareceu na porta da sala em que todos estavam. O murmurinho das conversas foi substituído por um silêncio mortal. Todos direcionaram seu olhar para ele, incluindo o Lorde das Trevas.

– Oh, já não era sem tempo – disse Voldemort – pensei que tivesse se perdido no meio do caminho.

– Agora estou aqui, Milorde – respondeu Snape friamente.

– Severo... Estávamos te esperando para iniciar o jantar. Afinal de contas, nosso plano não teria sido bem sucedido se não tivéssemos sua ajuda – ele sinalizou para a cadeira na outra cabeceira da mesa.

– Devo agradecer-lhe, mestre – disse Snape, guiando-se para a cadeira vazia.

– Se não fosse por você nos dizer que a escola estaria vazia hoje, não teríamos Potter e seus amigos em nossas mãos – comentou Voldemort, com uma voz ligeiramente calma.

Draco surgiu na porta da sala de jantar. Lúcio e Narcisa o viram imediatamente. Ele estava com sua cara emburrada de sempre.

– Draco, por que não se junta a nós? – disse Voldemort ao ver o garoto.

– Eu... eu... preciso estudar – ele parecia nervoso.

– Draco, não negue um convite do mestre. Não foi essa a educação que nós lhe demos – disse Lúcio.

Draco suspirou profundamente, se virou de costas e seguiu para o seu quarto.

– Ah, a juventude... O pequeno Draco nos foi muito útil hoje também, deixemos que ele fique por conta de seus afazeres... – disse Voldemort.

A empregada voltou com tudo novamente, porém desta vez carregava numa bandeja de prata e serviu um por um. Todos tomaram, com exceção de Voldemort, Belatriz, Narcisa e Snape.

– Perdão, senhor – disse a jovem – Espero que aproveite seu chá.

Lúcio olhou para a mesma, desconfiado. Porém, ignorou aquilo e tomou seu primeiro gole, degustando-o com prazer.

Draco chegou ao seu quarto e parou atrás da porta, encostando na mesma e deixando seu corpo cair até o chão. Ele respirou fundo e olhou todo o ambiente, fazendo uma rápida inspeção do local. Abriu seu guarda-roupas e encontrou uma mochila empoeirada. Abriu todas as cômodas e armário até encontrar algumas camisetas, calças e sapatos. Depois, retirou de sua cintura duas varinhas. Jogou tudo dentro da mochila, juntamente com um frasco com um líquido em seu interior e se jogou em cima da cama. Respirou fundo mais uma vez e suspirou. Tirou um frasco igual ao que colocara na mochila de dentro do bolso de sua calça e tomou um gole do líquido que estava ali dentro.

“É agora, não posso mais voltar atrás” pensou consigo.

Se levantou, caminhou em direção à porta e a abriu. O corredor estava escuro e parecia não ter qualquer movimento.

Lumus!

Uma pequena e brilhante luz branca começou a sair da ponta de sua varinha. Caminhou até o fim do corredor, onde havia uma pintura de um jovem rapaz sentado na beira de um poço de água antigo. Ao lado da pintura, no chão, havia um baú empoeirado. Ele abriu o baú e colocou a mochila ali dentro. Ele fez com que a luz da ponta de sua varinha saísse e descesse as escadas.

“Espero que tudo ocorra como o planejado” idealizou.

Ele deu as costas para a pintura e desceu as escadas, chegando à sala onde todos estavam conversando.

– Sente-se perto de mim – disse Narcisa, fazendo sinal para com que Lúcio se sentasse em outra cadeira.

Lúcio recusou e mando o que estava sentado do outro lado de Narcisa mudar de lugar. Assim, ele não sairia do lado de Voldemort e seu filho sentaria ao lado de sua esposa.

Draco parecia apreensivo e permaneceu com os pulsos cerrados na mesa. Ele não olhou diretamente nos olhos de ninguém e começou à suar um pouco.

Enquanto isso, em Hogwarts, Harry e Dumbledore caminhavam de um lado para o outro no escritório do bruxo de cento e cinquenta anos.

– Acho que já deu tempo o suficiente – comentou Harry.

– Vamos esperar mais alguns minutos e acionar a Ordem – respondeu Alvo.

– Tem certeza? – perguntou Potter.

– Sim, o tempo foi calculado com precisão. Precisamos seguir o plano à risca.

– Tudo bem – Harry saiu do escritório e seguir em direção à grande escadaria.

Uma pequena bolinha de luz atravessou a abertura gradeada do portão do calabouço e ficou flutuando na frente de Ron e Hermione, que estavam abraçados e sentados no chão, recostados em uma das paredes de pedra.

– É agora – disse Ron, olhando a bolinha se esvair lentamente na frente dos dois.

Hermione apenas o olhou e assentiu com a cabeça. Os dois se levantaram e seguiram para uma das pilastras no fundo do calabouço. Ela girou dois candelabros, um de cada lado da pilastra, e empurrou cinco blocos numa determinada ordem. Lentamente, os blocos começaram a entrar na pilastra, formando uma espécie de passagem por onde era possível passar. Dentro da passagem estreita, havia uma escada de ferro, iluminada apenas por mais um candelabro no teto ao fim das escadas na parte de cima.

– Pronto? – perguntou Hermione.

– Você é genial – respondeu Ron, maravilhado.

– Vá vigiar a porta para que eu siga com o plano – disse, Hermione.

– Ok – respondeu o outro.

Hermione subiu pela estreita passagem e chegou à uma porta que dava atrás da pintura no corredor da casa dos Malfoy. Cuidadosamente ela abriu a porta, levantou a tampa do baú e retirou a mochila de lá. Silenciosamente, fechou a tampa, entrou na passagem e fechou a passagem da pintura, descendo novamente até o calabouço.

Ela saiu da passagem e largou a mochila em um canto escuro onde ela não seria vista.

– Tudo ok? – perguntou a menina.

– Sim – disse Ron, dando uma última olhada pela grade.

– Ótimo, vamos trocar de roupa – propôs a menina.

– Antes disso, posso te pedir um beijo? – indagou Ron.

Os dois se abraçaram e deram um beijo não muito demorado, mas o suficiente para mostrar o sentimento que carregavam dentro de si.

– Você conhece muito bem a sua casa, não conhece? – disse Ron à Hermione.

Espera um momento... sua casa?

Simultaneamente a pele dos dois começou a borbulhar e seus cabelos começaram a cair. Seus rostos deformaram e suas estaturas estavam começando a se alterar. Nos cabelos estavam nascendo. Seus rostos já tinham formas reconhecíveis. Eram Harry e Draco.

– Isso era um calabouço com uma passagem secreta para o corredor no caso dos planos de Voldemort darem errado. Nós viríamos para cá e sumiríamos sem deixar pistas – respondeu Draco.

– Quer dizer que seus pais não acreditam no sucesso de seu mestre? – perguntou Harry.

– Você sabe... Deu errado uma vez, pode dar de novo – respondeu o loiro – Mas de qualquer forma, ande rápido! Alguém pode nos ver aqui.

Harry pegou o frasco dentro da mochila e jogou um fio de cabelo de Draco dentro dele. Pouco tempo depois, havia dois Dracos naquele calabouço. Os dois rapidamente se vestiram. Estavam exatamente iguais, inclusive, iguais ao terceiro Draco, que estava localizado na sala de jantar.

Illusionate! – conjurou o falso Draco, criando a imagem de Ron e Hermione deitados no canto do calabouço, aparentemente dormindo.

– Vai dar tudo certo – disse o falso Draco.

Os dois sorriram e se beijaram mais uma vez.

– É estranho eu me beijar – comentou Draco, dando uma risadinha fraca.

Os dois se soltaram e subiram pela passagem, fechando a entrada pelo calabouço e levando a mochila consigo. Averiguaram para ver se o corredor estava vazio e saíram pela passagem da pintura. Colocaram a mochila no quarto e se abraçaram.

– Boa sorte, Draco – disseram simultaneamente.

Os dois desceram as escadas e cada um seguiu em uma direção diferente.


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Notas finais do capítulo

HÁ! Por essa vocês não esperavam, não é mesmo? :3 Três Dracos! Quem será o terceiro Draco? Algum palpite? E quanto ao Harry no castelo, quem vocês acham que é? Será que Dumbledore é realmente Dumbledore? Qual será o verdadeiro plano da ordem? Será que vão invadir a mansão? Será que querem roubar algo? Será? Será? Será? Fiquem comigo para o próximo capítulo e não percam o final dessa fantástica história! :D Como viram, esse último capítulo foi menos (literalmente) gay e teve mais ação que romance fru-fru coberto com açúcar e gotas de chocolate. Daqui até o final, vamos ter um pouco mais de ação do que tivemos antes. E como dito anteriormente, o fim da história está se aproximando. Que tal deixar uma review, recomendação e favoritar a fic pra não perder nenhum capítulo novo? Abraços e até o capítulo 9!



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