Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 9
IX - Um é pouco, dois é bom e três é demais! - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Fic sem revisão, perdoem os erros de digitação, etc - os avisos de sempre.



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Todos os Comensais conversavam na sala de jantar. Os assuntos variam desde a dominação do ministério da magia até histórias da época em que torturavam alunos da Lufa-Lufa em Hogwarts. Draco estava muito nervoso. Não tinha certeza da eficácia do plano e sabia que se sua identidade verdadeira fosse descoberta, o plano seria fracassado e todos os três correriam grande risco de vida. Afinal de contas, a casa estava abarrotada de Comensais da Morte e outros sistemas mágicos de segurança anti-invasores.

Suspirou profundamente e procurou levantar sem fazer alarde. Tentativa falha. De todas as pessoas que poderiam perceber sua saída, uma das únicas que não deveriam percebê-la, percebeu: Voldemort.

– Aonde vai, Draco? Vai nos privar do gozo de sua companhia agora que irão servir o jantar? – perguntou Voldemort, acariciando Nagini.

– Não estou me sentindo muito bem – respondeu – vou ao banheiro e volto dentro de alguns instantes.

Voldemort assentiu e sinalizou para que ele fosse. Lúcio olhou para Draco visivelmente constrangido. Draco saiu de seu lugar na mesa e foi segurado pelo antebraço.

– Draco, você está bem? – perguntou Narcisa, olhando em seu olhos.

– Sim, mãe. Por que a pergunta?

– Sinto que você está estranho desde que chegou. Se precisar de algo, grite – disse a bruxa, soltando o braço do filho.

Draco não respondeu. Apenas abriu um pequeno sorriso e se esgueirou até a saída da sala. Ao cruzar o cômodo, viu que a empregada que acabara de servir o chá estava parada ao lado da porta. Os dois se entreolharam e ele saiu do ambiente.

xXx

Draco estava em seu quarto. Passeou com os dedos pela cômoda ao lado de sua cama e observou um porta retrato que estava caído com a face para baixo. Levantou e viu uma foto de si quando pequeno. Ele estava com o cabelo coberto de gel e penteado para trás como usou nos seus primeiros anos em Hogwarts. É, talvez aquela foto tivesse sido tirada naquela época. Usava o uniforme de Quadribol da Sonserina e estava com uma vassoura do seu lado. Fazia pose de campeão. Talvez essa foto fosse de 1992 ou 1993...? Não importava. Ele apenas abriu um sorriso e deixou a foto ali. Olhou pela janela atrás da cômoda e percebeu que além de estar tudo escuro, estava tudo completamente congelado. Sim, estava fazendo frio, mas não o suficiente para que tudo ficasse congelado daquela maneira. Só restava outra alternativa: Dementadores. Sim, Voldemort mandara que Dementadores fossem colocados por todo o terreno da casa dos Malfoy para que fossem protegidos de qualquer bruxo não avisado ou retardasse qualquer ataque da Ordem.

Usou a manga de sua blusa para tirar o embaçado da janela para que pudesse enxergar o que estava acontecendo do lado de fora. De longe, viu alguns dementadores sobrevoando o gramado e trolls além dos limites da mansão. Olhou atentamente para o jardim e viu uma estátua de um bruxo levantando algo que deveria ser a representação da Varinha das Varinhas. A estátua era de pedra, com sua base em mármore, onde uma placa dourada possuía uma inscrição que não poderia ser lida daquela distância, ainda mais porque estava coberta com uma fina camada de gelo. Em volta da estátua, havia uma caminho de pedra com alguns bancos em suas proximidades. O jardim não era nada bonito. Árvores velhas, secas e contorcidas se espalhavam por todo aquele espaço. A grama também estava seca e não cobria todo o solo. Algumas trepadeiras estavam grudadas nas paredes da mansão e de seus muros. Fora isso, a energia da casa era tão pesada que o local parecia estar sempre escuro. Até mesmo nos dias mais ensolarados, a mansão parecia emanar uma cortina acinzentada por toda a sua extensão.

xXx

Draco retornou a sala de jantar e parou na porta do ambiente. Ninguém havia percebido sua presença ali, com exceção da doméstica de antes. Eles se entreolharam rapidamente, Draco passou a mão pelo seu cabelo e então, pigarreou.

– Parece melhor – comentou Lúcio, visivelmente satisfeito.

Subitamente, todos pararam de falar e se viraram para o jovem. Draco, parecendo não se importar muito com toda aquela atenção, caminhou até a sua cadeira e sentou sem olhar diretamente nos olhos de ninguém.

– Se sente melhor, filho? – indagou Narcisa.

– Muito – afirmou Draco, com um sorriso irônico no rosto,

– Percebo que agora está se sentindo mais à vontade entre nós – sibilou Voldemort – fico contente que um servo tão útil tenha prazer em nos ajudar.

Draco engoliu a seco.

– Claro que sim – relaxou na cadeira e colocou as duas mãos sobre a mesa.

– Sirvam o jantar – ordenou Lucio, olhando para a doméstica de pé no canto da sala.

– Sim, senhor – respondeu a doméstica.

– Me esqueci de uma coisa no meu quarto – comentou Draco – volto em um minuto.

Draco se levantou e mais uma vez, saiu da sala.

O jantar foi servido e todos começaram a comer. A cena não era bonita. Alguns comiam sem usar seus talheres e grunhiam enquanto mastigavam. Por falar em mastigar, não havia um só – com exceção de Voldemort e os Malfoy – que o fizesse de boca fechada. E conversavam enquanto mastigavam, projetando migalhas de comida uns nos outros.

xXx

No jardim, Draco se certificou de que não havia nenhum dementador suficientemente perto e seguiu em direção à estátua. Ela ficava de frente para a casa, como se apontasse com a varinha para a mesma. Na placa dourada que estava pregada ao mármore, estava escrito:

“*Protego Maxima – Isaac Phyton, 1456*

Aquilo que não lhe pertence, será aquilo que lhe dará o que queres.”

Embaixo da placa, havia uma espécie de fechadura, entretanto, seu formato não era muito convencional. Havia um buraco perfeitamente redondo, sem muito enfeite. Draco deslizou o dedo pela inscrição e, logo depois, pela fechadura. Olhou novamente para a janela e se viu olhando para si mesmo. Abriu um sorriso e, o outro de si, lhe correspondeu. Acenou com a cabeça e seguiu em direção ao interior da casa.

– Rabicho, nossos convidados de honra já estão há algum tempo em silêncio absoluto – comentou Voldemort – Olhe e veja se não estão aprontando nada que nos preocupe.

– Sim, mestre – obedeceu Rabicho.

O bruxo covarde desceu até o calabouço aonde havia jogado os dois jovens mais cedo junto com dois de seus companheiros. Olhou pela abertura gradeada e viu os dois num canto, abraçados, enquanto aparentemente dormiam com expressões preocupadas. Ele abriu um sorriso de satisfação e voltou para a sala.

– Mestre – gaguejou Rabicho, aproximando-se de seu mestre.

– Pois não, Rabicho – respondeu Voldemort, virando sua cabeça lentamente para o gorducho.

– Os dois estão em silêncio porque dormiram – falou.

– Muito bem – disse o Lorde com um tom de satisfação – devem ter visto que era inútil lutar. Prefiro assim, sem gritaria ao pé do meu ouvido.

De repente, um dos Comensais havia sido paralisado. Um de seus parceiros havia percebido depois de alguns minutos conversando e vendo que não estava obtendo resposta nenhuma. Ele congelou na última posição que havia ficado. Logo, mais um e mais e mais um... Pouco ao pouco, os Comensais começaram a se desesperar e se petrificarem correndo, se levantando ou – para os mais desligados – até comendo. Voldemort ficara possesso. Como alguém pudera ter cometido o erro de colocar algo na comida que petrificasse todos ali? E... Se não fosse um erro? E se estivessem sendo atacados?

Na cozinha, a doméstica estava organizando algumas coisas nos armários quando começou a escutar o alvoroço. Sabia que algo estava acontecendo na sala. Largou o que estava fazendo – literalmente, deixando uma xícara de porcelana cair ao chão e se quebrar – e seguiu para a porta da cozinha que a guiava até o enorme quinta da mansão da família Malfoy.

Ao chegar do lado de fora, uma mudança começou a ocorrer. Os cabelos curtos, lisos e escuros, começaram a aumentar de comprimento, clarear e darem uma ondulada. Sua estatura mudou levemente, juntamente com o formato de seu corpo. Os olhos fundos e pretos foram substituídos por olhos verdes e um semblante despreocupado. Era Luna Lovegood, ou como Ron – e mais algumas pessoas de Hogwarts – costumava chamar, Loony.

A bruxinha, responsável por petrificar os bruxos, teria de seguir o plano alternativo. Nem todos os Comensais tinham sido petrificados como o plano inicial, portanto, outras medidas – talvez até mais arriscadas – precisassem ser tomadas.

Periculum! – disse a loira, enquanto apontava sua varinha para o céu.

Da ponta de sua varinha, saíram algumas faíscas vermelhas que iluminaram o céu e explodiram como fogos de artifício.

A Ordem havia sido acionada. Rapidamente, era possível ver o vislumbre de algumas vassoura se aproximando dos terrenos da mansão. Eram “Harry”, Tonks, Lupin, Fred, George, Gina e Moody. Lupin tomou a frente de todos e guiou-os em direção à mansão. Um grupo de dementadores começou a se aproximar rapidamente.

Expecto Patro-nuuum! – conjurou Lupin.

Uma grande e intensa luz branca começou a se espalhar em volta do grupo e fez com que todos os dementadores ali presentes, não conseguissem se aproximar do grupo de bruxos que se dirigia à mansão.

Dentro da mansão, Narcisa se ajoelhou em frente ao corpo caído e petrificado de seu marido e começou a se desesperar.

– Draco! Draco! Cadê você? – gritava Narcisa.

– Aqui!

– “Aqui” onde?

– No meu quarto!

Narcisa subiu as escadas e foi em direção ao quarto de Draco. Ele estava mexendo em seu armário, quando Narcisa o puxou pelo braço, fazendo-o virar abruptamente.

– Estão todos petrificados! Até seu pai! – Narcisa sacudia o garoto.

– Calma! – disse Draco, tentando conter sua mãe – Quem mais não foi enfeitiçado?

– Acho que Voldemort, Belatriz e Snape... Mas isso não importa, precisamos sair daqui! – ela puxava o garoto pelo braço e ele permanecia imóvel.

– Acho que sei quem fez isso – comentou.

– Sabe? – ela parecia surpresa.

– Sim – respondeu – você confia em mim?

– Sabe que sim – afirmou a bruxa.

– Preciso que fique aqui sem segurança até que eu volte, tudo bem? – propôs Draco.

Ela olhou desconfiada por um segundo ao seu filho e viu uma forte luz branca se aproximar da casa pela janela. Ela assentiu e viu seu filho sair e fechar a porta.

Enquanto isso, na sala de jantar, Voldemort caminhava impaciente de um lado para o outro enquanto esperava Belatriz e Snape voltarem de sua minuciosa inspeção pela casa. Belatriz fora ver os dois jovens presos no calabouço, mas viu que os dois continuavam dormindo e saiu de lá. Snape foi até a cozinha e não encontrou os empregados.

Ao voltar para a sala de jantar, Belatriz encontrou-se com Draco no corredor.

– Belatriz! Eu acho que vi alguém no meu quarto lá em cima, rápido! – disse Draco,

Belatriz se virou e correu em direção às escadas. Subiu e encontrou Narcisa sentada na cama de seu filho.

– Qual o seu problema?! – exclamou Belatriz – Estamos sob ataque e você está sentada aqui?

– Draco disse que viu alguém da Ordem aqui dentro e me pediu para esperar por ele aqui – ela respondeu, se levantando.

Draco surgiu pela porta e fechou-a.

– Eles estão em maioria, vamos morrer caso a gente procure enfrenta-los.

– Eles quem?! Onde eles estão?! – indagou Belatriz, começando a se descontrolar.

Draco apontou para a janela.

Logo após isso, outro Draco entrou pela porta e a fechou.

Narcisa e Belatriz olharam para os dois e permaneceram estáticas por alguns segundos.

– Aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh! – gritou Belatriz, furiosa. Ela virou uma fumaça preta e saiu pela janela do quarto, quebrando seu vidro.

Narcisa se levantou, pegou sua varinha e intercalava entre os dois.

– Quem é o meu filho? – ela parecia nervosa.

Os dois se entreolharam.

– Sou eu! – exclamaram em simultâneo.

– Não vê que ele é o impostor, mamãe? – disse um menino.

– Não, é ele! – retrucou o outro.

Narcisa parecia não saber como se decidir sobre qual Draco seria o verdadeiro. Então, um deles pegou sua varinha.

Estupefaça!

E a bruxa foi lançada contra a parede, caindo, fortuitamente, em cima da cama. Os dois aproveitaram o ensejo e correram para fora dali.

– Poxa vida, ela é a minha mãe – disse um dos Dracos.

– Fiz o que pude para que ela não saísse ferida – respondeu o outro e deu uma risada de leve.

Ao mesmo tempo, na sala de jantar, Snape voltara da cozinha e não havia encontrado ninguém.

– Mestre, os empregados fugiram. Talvez fossem infiltrados da Ordem – disse Snape.

– IN-COM-PE-TEN-TES! Vocês deveriam ter uma segurança melhor nessa casa. Como a ordem conseguiu se infiltrar aqui e ninguém percebeu? – Voldemort estava completamente exaltado.

– Bom, mestre, eu...

Snape foi interrompido por um estrondo vindo do andar de cima. Os dois olharam para o teto e se entreolharam. Draco surgiu na porta da sala de jantar.

– Eles estão escapando, Snape – disse Draco – os dois que capturamos.

Snape correu e saiu dali com Draco.

Algumas explosões podiam ser ouvidas do lado de fora. Voldemort se aproximou da janela e viu Belatriz lutando contra os soldados de Dumbledore.

Mais nervoso ainda, conjurou um feitiço arriscado para acabar com a petrificação. Alguns Comensais acordaram, outros se desfizeram em vários pedaços. Os que haviam acordado, inclusive Rabicho, saíram e foram ajudar Belatriz do lado de fora.

Snape destrancou a porta do calabouço e não viu os dois lá dentro.

– Cadê eles? – perguntou Snape.

– Já devem ter fugido – comentou Draco, se aproximando da porta.

Colloportus! – conjurou na porta.

– Draco, abra já essa porta! – ordenou Snape.

– Me desculpe, professor! – respondeu.

Os três Dracos se encontraram na cozinha e uma transformação começou a ocorrer. Os outros dois Dracos se transformaram em Harry e Hermione.

Do lado de fora a briga era intensa, todos lançavam feitiços uns contra os outros no jardim descampado da mansão. Luna e Hermione se juntaram aos outros e os estavam auxiliando contra os Comensais.

Na cozinha, Draco e Harry permaneceram de frente um pro outro.

– O passo final é agora, tome cuidado – disse Draco.

– Eu vou tomar – respondeu o moreno.

– Eu te amo – sussurrou Draco.

– Eu também te amo, meu amor – replicou Harry.

Harry saiu dali e seguiu em direção à sala de jantar onde o Lorde das Trevas estava.


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Notas finais do capítulo

Aviso sério: Aqui o marcador mostra 43 leitores e isso não condiz com a quantidade de reviews de vocês. Eu estudo, trabalho e ainda tenho uma mãe doente, mas mesmo assim eu procuro um tempo nos meus dias para escrever e dar-lhes um capítulo melhor do que o outro e a única coisa que peço é que vocês comentem. Isso é desanimador, sabem? A cada dia que passa, sinto menos vontade de escrever, já que não recebo quase nenhum retorno de vocês. Estou chateado com essa situação.Aos poucos que comentam: Obrigado pelo apoio. Só não desisti da fic por causa de vocês.



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