Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 6
VI - Motivações


Notas iniciais do capítulo

E aí, meus queridos? Desculpem a "demora" pra postar esse capítulo. A minha mãe está no hospital e estou zerando "Harry Potter e a Ordem da Fênix" (de novo :P) por isso não tenho escrito com a frequência que tinha semana passada. Estou justificando apenas porque sei que tem alguns de vocês que esperam ansiosamente pra ler e acho válido explicar o motivo disso. Talvez daqui pra frente eu não poste todo dia como no começo, mas pelo menos dois capítulos por semana eu lhes garanto. Bom, acho que é isso, fora o mesmo "blá-blá-blá" de sempre, boa leitura!



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– Homenum Revelio! – pronunciou o senhor de barbas longas e de coloração branca.

Uma pequena luz surgiu e se encaminhou até a frente do armário onde Draco e Harry se escondiam. O disfarce estava estragado. Mas por que os dois acreditaram, mesmo que por um breve momento, que poderiam enganar Dumbledore de alguma maneira? Isso não era uma missão praticamente impossível, ela era literalmente impossível. Dumbledore caminhou até o armário e parou na frente dele. Harry abriu a porta do armário e saiu dele com Draco logo atrás. Os dois estavam de cabeça baixa e envergonhados por terem sido pegos invadindo seu escritório.

– E então? – perguntou Dumbledore, mantendo a expressão serena.

– Eu precisei usar a penseira – respondeu Potter – eu deveria ter lhe pedido. Me desculpe.

Dumbledore apenas olhou para Harry e para Draco.

– Não sinto nenhum clima de hostilidade aqui, estou certo? – indagou, enquanto observava a expressão dos dois jovens bruxos.

– Precisávamos falar sobre isso com você – disse Draco, quase que como num sussurro.

– Eu imaginei que isso aconteceria – respondeu.

– O quê? – perguntou Harry, surpreso.

– Eu sabia que Draco seria escolhido para uma missão muito importante pelos Comensais da Morte – comentou, se virando de costas e caminhando até sua mesa – mas nunca acreditei que, de fato, ele fosse aceita-la e cumpri-la e integralmente. Você deseja se juntar à Ordem, meu jovem?

Draco abriu um pequeno sorriso de canto e olhou para Harry. Ao contrário do que fora imaginado anteriormente pelos dois, Dumbledore ofereceu apoio ao jovem sonserino aplicar qualquer interferência ou ideia de oposição àquilo.

– Obrigado pelo convite, Dumbledore – respondeu Draco – mas não seria arriscado demais?

– Eu já tenho um plano sobre a maneira como lidaremos com essa situação – disse o bruxo experiente.

A tempestade parecia começar a dar alguma trégua. Ron e Hermione estavam sentados na frente da lareira da sala comunal da Grifinória. Os dois estavam preocupados com a possível reação negativa de Harry - o que na verdade, já havia ultrapassado a marca das dúvidas e já era um fato consistente. A questão não era “se” ele ficasse bravo, decepcionado, ultrajado ou qualquer outra coisa, mas sim, quando.

– Eu te disse que não seria uma boa ideia – disse Hermione enquanto olhava o fogo consumar uma madeira dentro da lareira.

– Mas essa foi nossa única ideia – respondeu Weasley.

– O Draco ainda tentou nos avisar de que essa seria uma péssima ideia – ele encolheu as duas pernas e permaneceu em posição fetal, ainda mantendo-se atenta ao fogo.

Rony se levantou do sofá e foi até a janela olhar a chuva que estava mais amena a cada minuto que se passava.

– Agora não há maneira de voltarmos atrás, temos que encarar as consequências.

xXx

– Preciso que confiem em mim e não comentem nada disso com ninguém que não seja da Ordem, estamos entendidos? – proferiu Dumbledore, enquanto alternava o olhar de seus olhos semicerrados de sempre entre os garotos.

– Por mais que seja arriscado, eu aceito – respondeu Draco.

– Prometo não decepcioná-lo, Dumbledore – afirmou Harry em seguida.

Dumbledore se virava para sair da sala, quando Draco o chamou:

– Professor Dumbledore!

– Pois não, senhor Malfoy? – respondeu Alvo, enquanto se virava para o mesmo.

– Antes de irmos – ele pausou – será que você permite que Harry use a penseira mais uma vez? Preciso mostrar-lhe algo importante.

Dumbledore, pela primeira vez, pareceu pensativo. Dentre as várias coisas que sabia e previa sobre todos, ele ficou em dúvida sobre o que estava ocorrendo. Mesmo assim, assentiu com um sorriso e disse:

– Apenas tomem cuidado para não serem pegos por Filch ao voltarem para seus dormitórios.

Imediatamente após terminar de pronunciar as últimas palavras, ele aparatou e sumiu no ar.

– Não quero ser injusto com o Weasley e a Granger. Eles fizeram o que fizeram, por um motivo. Se você vai entender ou não, é uma coisa sua. Mas é necessário que você veja o que realmente aconteceu e depois tire suas próprias conclusões – discursou Draco sobre os amigos de seu amado, mesmo pensando que a atitude dos dois fosse indefensável.

Harry assentiu.

Os dois caminharam de mãos dadas até a penseira e Draco derramou as memórias na mesma novamente. Harry respirou fundo, soltou a mão de Draco e deixou-se levar pelas memórias que o puxavam.

Harry estava novamente na torre de astronomia na noite da última lembrança. Subiu as escadas e se viu abraçado a Draco, exatamente como a lembrança havia terminado. Era uma continuação daquela conversa que fora um ponto chave para que toda aquela história estivesse se desenrolando.

“Os dois se soltaram do abraço. Após passarem minutos debatendo sobre qual seria a melhor alternativa para livrarem Draco de tornar-se um Comensal da Morte, os dois se sentaram e deram as mãos.

– Draco, estou pensando numa loucura – comentou Harry, olhando para o céu.

– Qual? – perguntou Draco, receoso da resposta.

– Na noite em que eles vieram, estaremos prontos e vamos enfrenta-los juntos – Potter apertou a mão de seu amado e deu-lhe um beijo na mesma.

– Você está louco?! Só eu e você não seremos páreo para todos aqueles loucos. Além de não conseguirmos proteger Dumbledore, vamos morrer também. – Malfoy não havia recebido bem aquela resposta. Havia achado absurda a ideia de ambos enfrentarem os – sabe-se lá quantos – Comensais de cara limpa.

– Não vejo outra saída, você vê? – Harry se levantou e se apoiou no parapeito.

– Não, mas podemos conversar com os outros da Ordem. Alguém vai ter alguma outra ideia, alguém vai pensar em algo – Malfoy também havia se levantado e estava de pé, atrás de Harry.

– Mas ninguém sabe que você está do nosso lado – respondeu, talvez até gritando um pouco – Não sabemos em quem podemos confiar.

– Mas a gente poderia começar com Dumbledore, depois ele nos diria o que fazer – Malfoy respondeu com ironia.

– Draco, você sabe que não há outro jeito – ele se virou para o outro e o segurou pelos ombros, olhando fixamente em seus olhos – Se não fizermos dessa maneira, ele irá te matar. Eu não aceito que isso aconteça. Não depois de tudo o que passamos pra estarmos da maneira como estamos hoje.

Malfoy deixou uma lágrima escorrer de seu olho esquerdo. Sentia-se feliz por ver que o grifinório realmente o amava e estava disposto a fazer tudo pelo amor dos dois. Todavia, também sentia-se culpado pelo grifinório estar disposto a fazer tudo pelo amor dos dois.

Malfoy abraçou Potter e encaixou sua cabeça no ombro do mesmo.

– Obrigado – ele suspirou profundamente – ninguém nunca havia feito nada disso por mim.

– Eu que lhe agradeço por estar comigo nesses tempos difíceis, considerando sua condição – ele afagou o outro – Mas agora preciso contar para Ron e Hermione. Talvez eles queiram nos ajudar de alguma forma.”

Harry sentiu aquela força suga-lo para outro lugar. Estava na sala comunal da Grifinória. Como se estivessem sendo sintonizados numa televisão, viu aos poucos as silhuetas de si, Hermione e Ron em pé, em frente às escadas que levavam aos dormitórios. Estavam conversando.

“- E foi isso que conversamos. Quero saber se vocês podem nos ajudar – completou Harry.

– Harry, você não pode fazer isso! – disse Hermione, em tom de surpresa.

– Hermione, não há outra maneira de acabarmos com essa situação – respondeu Harry.

– Harry, entenda, isso é maior que vocês dois. Não podem colocar suas vidas em risco, principalmente a sua. Você sabe o quão suicida é isso?

– Hermione, não me obrigue a ser grosseiro. Só estou lhe comunicando, não vou voltar atrás.

– Mas Harry, ele é só o Malfoy, aquele garoto arrogante de sempre – murmurou Rony.

– Cala a boca! - Exclamou Harry, visivelmente exaltado.

Ron saiu da sala comunal onde estavam em direção a algum lugar. Hermione apenas se sentou no sofá apoiando sua cabeça nos joelhos e começou a chorar em silêncio.

– Me desculpe, mas é preciso – disse Harry, passando a mão na cabeça da amiga.

– Eu me preocupo com você, Harry – respondeu a menina com uma voz chorosa.

– Eu sei e sou grato por isso – ele respirou fundo – mas serei obrigado á lutar vorazmente para viver esse sentimento.”

As cores começaram a se esvair e se remodelar até Harry perceber que estava sendo deslocado para mais uma recordação de algum dos dois. Pouco depois, percebeu que fora transportado para as masmorras. Caminhou pelas mesmas até encontrar Draco, sentado num banco no meio da escuridão de lá, não muito longe da entrada da sala comunal da Sonserina.

“Malfoy lia algum livro e tinha auxilio da iluminação de sua varinha. De repente, Ron e Hermione chegaram e pararam em sua frente.

– Olá pessoal – ele disse, tentando abrir um sorriso.

– Não finja que não sabe o motivo de descermos até aqui – respondeu Rony, um pouco grosseiro.

– Calma, Ron – disse Hermione, segurando em sua mão.

– Olha – iniciou Draco, enquanto fechava seu livro – Eu sei que ninguém está feliz com o que Harry quer fazer, mas, acreditem, eu tentei dizer a ele que não era necessário.

– Você quer é vê-lo morto – disse Ron, num tom mais alto – Eu sempre soube que essa palhaçada de vocês ficarem juntos era um truque, você nunca quis fazer parte da Ordem.

– Se é para servir de consolo, isso é verdade – ele pareceu um pouco mais distante do que fora nos últimos dias - Nunca quis fazer parte de Ordem ou Armada nenhuma. Eu só não queria fazer parte dos Comensais da Morte, mas eu estou – ele pausou e olhou para os lados antes de prosseguir – apaixonado pelo seu amigo de verdade e estou disposto a enfrentar o que for por ele.

– O que for? – indagou Ron.

Hermione olhou para Ron com insegurança.

– Ron... – disse Hermione.

– Sim – afirmou Draco.

– Então faça-o esquecer – desafiou Weasley.

– Ron... – disse Hermione mais uma vez.

– Mas isso é ridículo – ele falou, em tom de deboche.

– Não disse que enfrentaria tudo por ele? – Rony estava utilizando-se de um tom esnobe.

– Ronald Weasley! – disse Hermione em um tom mais alto.

– O que foi?! – disse Rony, espantado.

– Você não acha que podemos tratar dessa situação como adultos? Pare de provocar o Malfoy. Ninguém aqui precisa de mais confusão do que a que já está acontecendo.

Ron abaixou a cabeça e respirou fundo. Contou mentalmente até dez.

– Tudo bem – respondeu Rony – Me desculpe. Me exaltei porque acho isso uma loucura.

Malfoy apenas o olhou.

– Se Harry estiver realmente apaixonado por mim, você sabe que isso vai somente lhe trazer dor, certo? A Granger, que sempre foi tão esperta, provavelmente sabe disso, não sabe? – falou Draco.

Rony olhou para Hermione. Ela abaixou a cabeça e assentiu.

– É verdade – ela pausou – O feitiço do esquecimento tem uma falha. Quando se envolve o amor entre duas pessoas, seja o tipo de amor que for, desde materno ao amor erótico, caso a pessoa que foi enfeitiçada veja a outra com frequência, é provável que o enfeitiçado sinta-se angustiado.

– É provável...? – perguntou.

– Não é certo que isso aconteça. Pode acontecer, assim como há igualmente chances de não acontecer nada. Isso é como se, sei lá, o corpo quisesse se lembrar.

– Não te disse? – disse Malfoy, com aquele tom de “eu falei, não falei?”.

– Precisamos tentar – disse o ruivo.

– Por favor, não façam isso comigo. Me tirem tudo, menos o Harry – implorou Draco.

– Vamos ver o que fazer – disse Hermione, virando-se para a saída e puxando Rony pelo braço.”

“Onde eu estava enquanto isso tudo acontecia?” pensou Potter. Sentiu-se enganado. Todos estavam decidindo pela sua vida sem ao menos consulta-lo. Queriam mudar a trajetória de sua vida sem que ele pudesse nem ao menos justificar sua posição.

Fora sugado mais uma vez para a sala comunal da Grifinória. Pode ver a si mesmo sentado no sofá em frente à lareira lendo um livro sobre poções. “Foi quando tudo começou” pensou novamente. Depois disso, viu Hermione e Ron passando para a escada que levava aos dormitórios.

“- Oi – disse Harry, sem tirar seus olhos do livro.

– Oi – responderam os dois juntos e subiram rapidamente para o andar dos dormitórios.

Harry achou aquela atitude suspeita, mas decidiu se focar nos estudos para a prova do dia seguinte. Em meio à tudo isso, não poderia deixar-se levar pela curiosidade e depois reprovar na matéria de Snape.

– Hermione, você sabe que tem que ser feito – sussurrou Rony.

Hermione parecia preocupada com o que iria fazer.

– Eu não acho que isso seja uma boa ideia – respondeu a menina.

– Você conhece o Harry – ele prosseguiu – precisamos pelo menos tentar.

Ela assentiu.

– Vou procurar o Neville para entregar um livro que ele me emprestou para fazer um trabalho de Herbologia. Como você é quem sabe dos feitiços, vou confiar essa tarefa à você.

Ela ficou quieta e viu Rony sair pela porta.

xXx

– Obliviate!”

xXx

Flashs com o acontecido até o momento – desde Draco vendo tudo acontecer e Hermione incomodada com a situação que criara - se passaram e Harry foi transferido para a realidade mais uma vez.

– Por que você não me contou? – perguntou Harry, encarando Draco.

– Eu não tinha certeza se seria o melhor pra você – respondeu Draco, com o rosto vermelho e já coberto com algumas lágrimas.

Os dois se abraçaram.


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Notas finais do capítulo

Eita, quanto mistério ainda falta a ser revelado, né? Qual será o plano que o tio Dumbie arquitetou com os dois? O que será que os Comensais iriam fazer? Quais foram as surpresas que o tio Alê preparou? Haha! Fiquem comigo para saber o que vai acontecer à seguir. Mas querem uma pista? O clímax da história está se aproximando! A propósito, a partir daqui, não há mais spoilers dentro do vídeo. Ele é uma forma ilustrada de TUDO o que aconteceu até aqui (mais ou menos). O link dele está na página principal da fanfiction. Recomendo que o vejam porque vai ficar mais bonitinho na imaginação de vocês, hehe. No mais, é isso. Vejo se consigo postar com a maior frequência possível, ok muchachos?Mais uma vez, peço que mandem reviews, comentem, opinem, sugiram, critiquem, conversem, peçam e tudo mais, ok? :3 Aliás, quem quiser favoritar e deixar uma recomendação também vai me deixar tipo MUITO feliz, belezinha? Então é isso, beijos, abraços e até o capítulo 7! /o/i-livepotter.tumblr.com