Fix You escrita por Diana Wright, Naya Parker


Capítulo 10
Regredindo sozinha.


Notas iniciais do capítulo

Ai, ai .-. O que eu apronto? Minhas ameaças de morte aumentam cada vez mais, estou até com medo de sair de casa, e ser morta '-' Vocês não fariam isso, fariam? Olha, eu sei que eu sou má, mas não precisa me copiar não gente. Podem continuar sendo anjinhos, não me matem, sou muito jovem para morrer D: E se eu morrer, eu levo o Alex comigo u.u
Quero ver me matarem agora. Ui, todas querendo saber quem é o cara misterioso. u.u Vão ler para entender o título, graças a esse cara misterioso que a Naya deu o nome de FDP de merda que está precisando ir para a Puta que pariu, a Luce está " Regredindo sozinha" MUAHAHAHAHA' A maldade never ends ( como diz Liana Bourbon *-*)
Vão ler u.u
E pleaseeeee, deem uma passadinha na minha nova fic, que eu escrevo com a Naya, o nome é "Radioactive" Obrigada lindos >
MÚSICA IMPORTANTE PARA CACETE: The scientist - Coldplay.
( se puderem, vejam a tradução da música, é perfeita >< Coldplay é vida u.u)



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Quatro semanas. Quatro longas semanas, em que eu voltei a ser a estranha do colégio. Mas agora, não tem Helena nem Diana para me acompanharem. Elas tem seus próprios amigos, o Ian, o Jake, a Lindsey, e o Alex.

Não pense que é culpa deles, eu me isolei. Eu não quero eles por perto. 

Desde o dia no cinema, está tudo pior. Está pior do que antes, era ele. Ninguém acredita, mas era ele. Aqueles olhos...só podiam ser do monstro do meu pai. 

Minha tia disse que eu estou delirando, eu não sei. Não sei se é coisa da minha cabeça, podia ser um cara normal. Mas e se não fosse? E se ele estivesse na mesma cidade que eu? Tem dias, a maioria deles, que eu quero morrer.

Muitas pessoas tem medo da morte, eu tenho medo da vida. A morte é tranquila, é uma passagem para um lugar melhor do que a terra. A vida é um jogo de vídeo game. Ou você zera a fase, ou você cai no game over.

Eu estou na mesma fase faz tempo, e não consigo passar. E agora, chegou aquela parte do jogo que você volta a fase anterior. Regredindo.

Hoje é sábado, e provavelmente os meus ex-amigos vão estar aqui, por isso eu vou sair. Ir para o parque, que é aonde eu mais tenho ido ultimamente.

E...sobre meus pulsos. Bem, agora não são só os pulsos, são os meus braços, e pernas. Arranhões, cortes...Dor. A maldita, e precisa dor.

[...]
 

Eu sai do banho, e coquei um vestido e um casaco fino. Não estava tão frio assim, mas...tem os cortes.

Na mesma hora que eu desci, a campainha tocou. Eu paralisei. Saia ou não? Espera eles entrarem? Ai, meu deus...

Eu decidi que eu iria sair, mesmo que tivesse que passar por eles. Isso teria que acontecer uma hora ou outra não é? Não posso me esconder para sempre, e eles não podem me obrigar a falar.

Então, eu desci. Eles estavam na cozinha, eu pude ouvir as vozes, mas eu continuei andando. Estou quase na porta, quase na porta.
- Aonde você vai Lu? - Perguntou Diana, que estava me olhando com dúvida.
- Sair. - Eu disse da maneira mais fria que pude. Eu não queria magoar minha irmã, mas eu não queria que ela vivesse vendo minhas crises, e sabendo do meu passado.
- Luce!- Ela chamou. Eu hesitei antes de virar para trás. - O que aconteceu com você? Nessas últimas quatro semanas você se afastou, e fica...fica sempre isolada de tudo. E até de mim e da Helena! Nós não entendemos o que aconteceu, e você não conta! Aquele cara fez alguma coisa Lu? - Percebi que ela estava confusa e irritada. Também, sua nova "irmã" parece uma louca. 
- Desculpa Diana, eu não quero falar sobre isso. E nem vou. Então, por favor, aceite que eu sou uma anormal, e que eu tenho que ficar isolada para não fazer a mesma coisa que eu fiz com a minha outra família. - Eu disse com pressa para sair.
Luce...- Era a voz dele, ai merda, era ele. - Quanto tempo..
- Sim, quanto tempo. - Eu disse sem nenhuma animação. - Eu vou sair agora, licença. - Uma mão me segurou. Droga, porque ele tornava as coisas tão difíceis? É para o bem deles, não quero que eu acabe com eles, do mesmo jeito que acabei com a minha família. - O que você quer Alex?
- Não sei. Só acho que você deve uma explicação do porque você não fala mais com a gente! Desde o dia do cinema você está assim, e se pelo menos você explicasse...- Ele apertava a minha mão com força, e pude ver toda a confusão naqueles olhos azuis. Ele me fazia se sentir tão ruim...eu sentia que estava magoando eles. Mal eles sabiam que eu estou fazendo isso para protege-los de mim.
- Não quero explicar. Me deixem em paz! Eu não quero falar nada! Não sou obrigada a falar nada para vocês! - Então eu sai, antes que os outros percebessem que eu estava prestes a chorar.

Eu sai e peguei o carro, decidi não ir para o parque. Decidi que ia para um lugar mais longe, para que eles não pudessem me encontrar. Eu lembrei de um bosque, bem escondido, que minha mãe me levava as vezes. Eu sorri sozinha enquanto ligava o carro, as lembranças podiam ser tão felizes e tão tristes ao mesmo tempo.

Peguei meu celular, e apertei em qualquer música, sem nem ler o nome. A música era The Scientist, do Coldplay. O que me fez chorar, porque a música diz tudo que eu estou sentindo agora. E o clipe, representa o que eu queria fazer nesse exato momento, voltar no passado.

Eu queria mudar meu passado, queria mudar as coisas que aconteceram. Talvez eu pudesse ser normal, ou feliz. 

Mas como a música diz: "Ninguém disse que seria fácil,

É uma pena nós nos separarmos,

Ninguém disse que seria fácil,

Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim,

Oh, me leve de volta ao começo..."

Eu comecei a chorar muito, porque dessa vez, eu consegui sentir realmente o significado da música. Antes, eu entendia, agora eu sinto.

E me lembrei de quando eu era criança, e do que minha mãe me dizia que era parecido com a música.
" As coisas nunca serão fáceis, mas nunca serão impossíveis."
As lembranças...outra vez as lembranças...elas tomam conta da minha mente, sem eu perceber. Estranho para qualquer pessoa, menos para mim.
" - Você pode ser o que você quiser...- Disse minha mãe sorrindo.
- E se eu quiser mudar tudo? Mudar o mundo? - Eu perguntei sonhadora, imaginando como o mundo seria melhor se algumas coisas fossem mudadas.
- O que quiser. - Ela sorriu.
- Mas isso não é...impossível? - Eu perguntei meio perdida nos meus pensamentos.
- Não, isso não é impossível Luce. As coisas nunca serão fácies, mas nunca serão impossíveis.
- Então, um dia o papai vai parar? - Ela engoliu o seco. - Um dia ele vai parar de te bater, e de beber, e gritar com a gente? Um dia ele vai parar de fazer isso comigo? De fazer isso com a gente? - Eu perguntei com medo da resposta. Com medo de que ela dissesse que isso nunca acabaria. Eu olhei para ela, ela chorava. Seu rosto era lindo, cabelos longos e negros e olhos prateados que brilhavam como a lua. Ela sorriu meio triste e me abraçou.
- Nada é impossível. Nada Luce. - Ela suspirou outra vez. - Nunca desista de alguma coisa, nunca deixe de acreditar, nunca pense que é impossível, por que não é. Não existe causa perdida, se você lutar por ela."

" Eu estou indo de volta para o começo..." Repetiu a música.  Só tinha eu, a estrada, e o silêncio. Comecei a me sentir mal, comecei a pensar em tudo que aconteceu, eu nunca vou me curar...eu estou marcada pela dor. Estou destinada a sofrer pelo resto da vida, isso parece muito dramático, realmente é. Mas é a verdade, e a verdade as vezes é pior que a mentira.

Meus olhos arderam com o sol, as lágrimas caiam de direto, as luzes da estrada começaram a parecer mais longe...eu estava me sentindo tonta, então ele estava lá. Na estrada, parado.

Rindo. Aquele sorriso de sempre. Aquele sorriso doentio que me faz ter nojo de viver, nojo de ter nascido. Me faz ter nojo de mim mesma. Eu estava me esperando...

Eu desviei dele, com velocidade demais. Meu carro virou bruscamente, eu me senti solta, eu só conseguir ver o carro girando no ar. Ele girou mais uma vez, e parou finalmente. Eu de cabeça para baixo, sentindo o sangue na minha boca, e vendo o sangue escorrer. Fraca demais para correr, tentar sair, ou gritar. O meu celular não tinha quebrado, por estranho que pareça...a música ainda estava tocando...
" Eu estou indo de volta para o começo..."
O som parou. Meus olhos vacilaram, e eu esperei pelo pior.

 


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Notas finais do capítulo

Nada a declarar u.u