FEDJH – Fanfic every Day in July Holiday (Fanfic todo dia nas férias de julho)

Capítulo 10 – Querido Diário – RoLe

Querido diário...

... Hoje eu estava passeando pelas ruas de Magnólia, era uma linda manhã. Pássaros cantavam e crianças brincavam pelos jardins. Eu até apreciaria a linda visão, se eu não estivesse carregando uma pilha de livros à frente da minha cabeça. A pilha era tão grande que deixava apenas o topo de minha cabeleira azul a vista. Eu praticamente andava dizendo “com licença” “to passando”, porém isso não me impedia de topar com algumas pessoas no caminho.

Eu tentava chegar a Fairy Hills, acabei de voltar da livraria e da biblioteca, em ambos os lugares eu tinha deixado livros encomendados para eu ir buscar hoje. Alguns eu compro, outros eu alugo, essa é a vida de uma “rata de livros” como diz o Gajeel.

Gajeel... Um idiota. Há algum tempo atrás, eu tinha conseguido juntar coragem para finalmente tentar alguma coisa com ele além de “amizade”, ou seja lá o que tínhamos. E devo dizer que foi uma das (se não a) pior decisão da minha vida. Ele me rejeitou feio, mas como sou a Levy, continuo de cabeça erguida. Eu não o ignoro, nem ele me ignora, continuamos a mesma coisa, talvez com algum certo desconforto quando sozinhos, mas ainda estou de pé, erguida! Não irei me abalar por coisas como essa.

Continuei a andar algum tempo. Tropeçando em pedras, objetos e pessoas. Em determinado momento eu topo em alguém de frente, caio, mas a pessoa me segura pelos braços, porém os livros vão ao chão. Olho em direção há pessoa.

- Rogue-san! – Falo com um sorriso brotando em meus lábios. – Há quanto tempo.

- Levy, o que está fazendo aqui? – Me pergunta o sujeito de preto.

- Fada-san! Fro sentiu saudades! – Falou um ser felpudo usando um cosplay de sapo saltando em meu peito.

- Yoo, Frosh. – Falei dando um cafuné na cabeça do bichano.

Rogue me ajuda a pegar os livros do chão, ajeitando-os, o mesmo diz que vai me ajudar a leva-los para casa.

Tudo bem, isso deve estar confuso não? Afinal, Rogue é da SaberTooth e eu praticamente nunca conversei com ele, certo? Errado.

Nos jogos mágicos tivemos uma plena conversa, mas nada muito chocante. Eu só falei de um livro para ele, o mesmo pareceu interessado, já que o mesmo falava sobre a antiga magia das sombras. Então alguns meses atrás, mais ou menos quando eu tinha finalmente me declarado para Gajeel e levado um belo chute, Rogue veio me dar uma visita e pedir o livro emprestado. Ficamos bem amigos desde então. E não, caro diário, nós não fizemos nada de mais, apenas temos breves conversas quando ele me visita. Também não tenho certeza se não sinto mais nada por Gajeel. Afinal, quando o mesmo me rejeitou eu fiquei, digamos... um pouco depressiva. Porém Rogue me ajudou muito na época, ele e Frosh. Uma vez por semana os dois vinham me visitar, era muito divertido. O pessoal da guilda, eu quero dizer, os Dragon Slayers, estranharam o cheiro.

Eu, Rogue e Forsh andamos um pouco pela cidade até chegar na Fairy Hills.

- Hm... – Murmuro. – Rogue-san, você pode entrar pela janela? Acho que não seria bom se te vissem aqui.

- Hai. – Diz ele, inexpressivo. – Frosh. – Chamou o gato.

- Hai, Rogue-kun. – O gato verde ativa seu aérea, pegando o moreno e o levando até uma determinada janela, na qual, pelas ultimas semanas, haviam entrado constantemente.

Eu entrei na grande construção, passando rapidamente pelo saguão, dando uns “ois” e “tchais” assim que via as garotas. Corri pelos corredores até chegar na porta do meu quarto. Destranquei a porta e entrei. Quando adentro na sala vejo Rogue sentado no meu sofá com Frosh sentado na guarda do sofá.

- Fada-san, Fro está com fome. – Fala o gatinho manhosamente em quanto levantava as patinhas.

“Owwwwn, KAWAII”, eu pensei rapidamente.

- Fique daqui, Fro, eu já volto. – Falei dando um carinho no queixo do exceed fazendo-o ronronar. – E você, Rogue-san, o que vai querer?

- O mesmo que você. – Respondeu ainda inexpressivo.

- Wakata (entendi). – Falei.

Fui em direção a cozinha. Preparei uns biscoitos rapidamente e um chá de maçã para acompanhar. Levei tudo em uma bandeja até a sala. Quando deposito-a na mesa vejo o gatinho enfiar dois biscoitos ao mesmo tempo goela a baixo.

- Fro, coma devagar, se não vai ter dor de barriga. – Repreendi.

- Fada-san cuida de Fro que nem uma mãe. Isso quer dizer que Rogue-kun e Fada-san são os papais de Fro? – Perguntou o gato inocentemente.

Acredite ou não, caro diário, o exceed falou mesmo isso. E o silêncio que tomou a sala foi gigantemente tenso, e toda vez que me lembro daquela sena minha barriga gela e a famosa sensação denominada “borboletas voando dentro da barriga”, que lemos muitas vezes nos livros de romance acontece comigo.

Voltando a sena.

- C-claro que não Frosh. Da onde você tirou isso? – Praguejou Rogue, um pouco tenso, ou seja, anormal.

- É F-Fro. N-não saia dizendo esse tipo de coisa. – E eu admito que corei naquele momento. Não a ponto de chegar a um vermelho, estava mais para um rosa, mas também devo ressaltar que Rogue estava com as bochechas levemente rosadas.

- No livro que a Fada-san deu para Fro, o casal cuidava assim das crianças. – Disse o gatinho.

- NÃO SOMOS UM CASAL! – Falamos em coro. Tudo bem, eu praticamente gritei, já Rogue estava mais calmo. Típico.

- Demo (mas), você parecem. – Concluiu Frosh.

- Mas não somos. – Falei.

- Mudando de assunto. Levy, você achou o livro que eu te pedi? – Perguntou-me Rogue se esquivando das perguntas do próprio gato.

- Ah claro. Um minutinho. – Falei indo em direção a uma das várias estantes da sala. Passei os dedos por alguns livros que tinham na mesma até chegar ao escolhido. Tirei-o cuidadosamente o livro com capa de couro negro escrito em dourado “Livro de magias antigas”. Assoprei-o um pouco para tirar o pó e entreguei-o para Rogue. – Eu gostaria de saber, por que está tão interessado em livros do tipo? – Falei me referindo ao livro que tinha acabado de entregar. Eu estava atrás do sofá e me debrucei sobre o encosto, chegando um pouco perto do moreno, que ficou levemente corado, que mesmo assim, não desviou o olhar do livro um segundo se quer em quanto eu esperava por uma resposta.

- Dês do ataque dos dragões eu tenho pensado em quantas magias Zeref podia resguardar para nós. Penso que talvez, conhecer um pouco as magias antigas poderia ter algo em que nos basear antes de enfrentar tudo de cabeça, sem se quer ter um conhecimento. – Explicou o Dragon Slayer.

- Entendo. Fique o tempo que precisar. – Disse. – De qualquer forma, eu me sinto sozinha. Ter companhia é legal nessas horas.

Ele sorriu, eu retribuo.

- Nee, Fada-san, lê um livro para o Fro? – Perguntou-me o gato em quanto balançava meu braço para chamar atenção.

- Nhaw, Kawaii. Claro que sim, Fro. – O peguei no colo. – Nee, Rogue-san, você da o Fro para mim? Prometo cuidar bem dele.

O moreno me olha com uma sobrancelha arqueada.

- Nee, Rogue-kun, podemos morar com a Fada-san? Deixo você dormir com ela. – Falou Frosh inocentemente. De novo. Coramos.

- FROSH! – Berramos em uníssono.

Querido diário, esse dia foi realmente muito divertido e Rogue e Frosh ainda está na minha casa, porém ambos estavam com muuuuuito sono e dormiram. E digamos que estamos em uma posição um tanto comprometedora.

Eu estou sentada no sofá, com a cabeça de Rogue nem cima da minha e Frosh no meu colo, ambos dormindo, como eu disse anteriormente. Não que eu esteja não gostando, para falar a verdade eu acho que Rogue vai me fazer esquecer Gajeel, se já não conseguiu. Mas ainda está muito cedo para determinar isso até lá espero ansiosamente.

Até logo, querido diário.

PS: Se você está lendo isso, saiba que eu vou te encontrar, te torturar,  arrancando seus olhos e intestinos lentamente, em quanto quebro seus ossos um por. Pois esse diário É MEU. E NÍNGUEM PODE LER MEU DIÁRIO!

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