Austin's POV

– Não acredito que peguei monitoria, isso é coisa de idiotas. - eu disse me jogando na cama.

– Relaxa, cara, você supera.

– Quem é seu monitor?

– Eu não fiquei de recuperação, Austin. - disse Dez atirando dardos no alvo preso na porta do eu banheiro. - Quem é seu monitor?

– A Ally.

– A novata?

– É, quer fazer alguma coisa?

– Dar uma volta no shopping?

– É, pode ser.

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Ally's POV

– Eu não acredito que vou monitorar o Austin.

– Pode acreditar. Eu avisei. -disse ela sentando na poltrona da salinha da loja.

– Quem é seu monitor?

– Você não vai acreditar, é o Dez.

– Oh! Estranho.

– É.

Escutei um barulho de instrumentos sendo tocados na loja, desci pra ver.

– Não pode tocar na loja! - disse olhando pro loiro que tocava bateria e logo depois o ruivo que o filmava.

– Relaxa, eu arraso. - disse loiro pegando umas fritas dda mochila do amigo.

– E o que isso tem a ver? Não pode comer aqui também. - eu tirei as batatas da mão dele e joguei no lixo.

– Calma gatinha.

– Garoto, você é muito irritante.

– Ei, Ally, por que não tem nada além de picles naquele fri... - Trish estava descendo escada. - Dezmond Fisher.- ela disse fechando a cara.

– Patricia De La Rosa.

– Estranho! - disse Ally.

– Shiu! Agora, é a hora que ela bate nele!- Austin disse pra mim.

– Ninguém vai se bater na minha loja. - eu puxei Trish. - E o que vocês querem?

– Você é minha monitora. Só vim te conhecer.

– Acho melhor você ir arrumar as malas.

– Ahn?

– Pro acampamento? Você não leu o papel, né?

– Acampamento? - Por algum motivo Dez pareceu confuso ou assustado.

– Austin, vou vazar, tá? Falou ai. Tchau. – o ruivo saiu correndo.

– Sobrei. – o loiro disse olhando pra nós duas.

– Ally, vou arrumar minha mala e desviar dos vasos que minha mãe vai atirar em mim quando souber. Beijinhos.

– De onde você veio Ally?

– Washington. – eu disse indo para o balcão.

– Quantos anos?

– Faço 15 em breve. E você não acha que tá perguntando demais? – eu disse recebendo e dando o troco de alguns clientes.

– Não.

– Ta sim.

– Okay. Comida favorita? Cor favorita? Toca algum instrumento dessa loja? Irmãos? CPF? RG? Passaporte?

– Você é estranho. Picles. Amarelo. Piano. Não. Serio que você perguntou isso?

– Só queria conhecer minha monitora. – ele disse fazendo beicinho.

– Okay, desculpa, agora que você me conhece me fala sobre você.

– Eu gosto de panquecas. – ele disse sorrindo.

– Nossa, descobri muito sobre o monitorado. – eu falei e ele recebeu uma mensagem.

– Tchau monitora, Kira me chamou pra tomar banho de hidromassagem. – ele disse saindo.

– Usem preservativos. – Meu Deus? Eu sou idiota ou algo do tipo? Que tipo de pessoa grita pra um quase desconhecido numa loja lotada “Usem preservativos?”, que vergonha.

Disse pro meu pai que eu iria pra casa arrumar minha mala. Fui andando, não era tão longe do shopping, caminhei pela orla, até chegar à praça, atravessei a rua e entrei na casa pintada de creme, era simples, só vivia eu e meu pai ali, não tinha motivos pra casa ser maior. No andar de baixo tinha a cozinha e a sala com um balcão que as dividia, na sala tinha uma tv não muito grande, o aparelho karaokê/dvd e um lavabo pequeno. Subindo as escadas daria num corredor onde tinha quatro quartos, o meu, do meu pai, o escritório dele, e um quarto onde meu pai coloca as coisas velhas da loja, como o piano que eu uso, e outros instrumentos, os quartos não são muito grandes, mas não são um cubículo, o meu e do meu pai são suítes. Meu quarto ainda tinha caixas da mudança que eu ainda não tivera tempo de arrumar, um guarda-roupa de uma porta dupla, um espelho/sapateira(n/a: é um espelho gente que você abre e é uma sapateira: http://www.lendomais.com.br/wp-content/uploads/2012/07/sapateira-1.jpg), uma penteadeira, e uma escrivaninha pequena, e claro a minha cama, ela não é nem de solteiro, nem de casal, meu pai a chama de cama de viúva. Peguei a mala que estava no canto do quarto e comecei organizar minhas roupas de acordo com cada dia da semana, depois peguei outra mala menor, onde coloquei objetos de higiene pessoal e meus sapatos na outra divisão. Com tudo pronto, tomei uma ducha e deitei pra ler um livro e relaxar.

Austin POV’s

Ally era engraçada, mas Kira me chamou pra sair, mas quando eu cheguei lá, tava cheio de caras, então eu dei meia volta e fui pra casa arrumar minha mala. Minha mãe me deu uma bronca ao assinar o papel, mas ela e meu pai estavam muito ocupados com o “reino” de colchões moon, claro. Ela me entregou a mala e levei até o meu quarto, peguei minhas roupas e joguei na mala, e depois os sapatos, e depois os objetos de higiene pessoal (é higiene né? Que seja.), e a minha gaita. Resolvi ligar pro Dez.

– E, ai cara?

– Que foi Austin?

– Cara, você ainda tá com meu violão? É claro. Leva amanhã de manhã lá na escola, eu sei que você tá de férias, e vai ter eu acordar cedo, mas...

– Bro... Eu meio que... Esqueci de te contar uma coisa.

– Desembucha, mate. Meu violão tá inteiro, né

– Tá sim, só que não vai ter problema eu acordar cedo amahã pra levar ele porque... Porque eu vou ser monitor

– Você o que?

– Vou ser monitor Austin. E antes que você diga que é coisa pra idiotas, eu preciso de credito extra pra faculdade.

– Tá legal, dude. Mas é coisa de idiotas. Mas você é meu irmão, e eu sempre vou te apoiar.

– Valeu mesmo, man.

– Agora eu vou dormir. Não esquece o violão.

– Okay, cara. Não irei.

Continua...