Count On Me escrita por Anee Scarlet


Capítulo 4
Capítulo 4: Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu decidi postar esse capítulo de uma vez porque eu já tinha prometido antes DOIS capítulos. Bem, eis aqui o segundo. E me avisem se tiver algum erro de português, tá?
Aproveitem e boa leitura.



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Lucy estava deitada em sua cama abraçada com seus macios travesseiros, quase adormecida. Queria resistir ao impulso de afundar a cabeça no travesseiro e chorar, pois ela considerava essa uma atitude estúpida (e também achava que já fizera isso vezes demais). Queria acertar as coisas com Natsu, é verdade, porém não lhe restava coragem para tal coisa.

–Lucy... –uma voz surgiu do nada. Era Loki, que novamente cruzou o portão do Mundo Celestial sozinho. –Você está bem?

–Loki... O que está fazendo aqui?

–Bem... Nós estamos preocupados com você, e então...

–Espera. –ela disse erguendo a mão. –“Nós”? Isso inclui a Aquarius também?

–Sim. E...

–Não creio! Até a Aquarius? Sério? –perguntou espantada como se aquilo fosse algo impossível de se acontecer. Com isso, ela acabou interrompendo o espírito novamente.

–Pode me deixar terminar de falar, por favor? –ele reclamou e ela calou-se. –Obrigado. Enfim, então, como eu posso vir para o mundo humano por livre e espontânea vontade, eu vim te ver. Pode pular nos meus braços agora, Lucy. –sorriu.

–Dispenso.

–Magoei. –o rapaz esboçou um beicinho. –Mas e aí? Finalmente livre do monstro, hein? Estava ficando preocupado que você não conseguisse sair de lá e eu tivesse que fazer um ato heroico... Mas eu estava sem magia até ontem.

–Andou brincando, é? –repreendeu. –Isso nem é novidade mais. –ela conseguiu rir.

–Ah! Uma prova de que você me ama. Antes tão magoada e adivinha quem conseguiu te fazer rir?

–A Erza e a Anny? –ela deu um sorriso travesso. –Porque foram elas que me fizeram rir primeiro. Há, há!

–Muito engraçado, garotinha. Pois saiba que eu só queria ajudar esse seu coraçãozinho. O que aconteceu? Foi o Natsu quem te deixou assim de coraçãozinho partido?

–Q... Quê? N... Não! –corou. –E... Ele não partiu meu coração, Loki! D... De onde você tirou isso? Ele só me magoou como... Como amigo!

–Aham, sei. –ele riu. - Vou fingir que acredito Lucy. Nós todos já entendemos.

–Calado.

–E você quer a amizade dele de volta.

–Eu disse “calado”.

–Mas apesar de tudo você quer mais que amiza... –a boca dele foi tapada pela mão da loira.

–Que parte de “calado” você não entendeu? Eu gosto do Natsu como amigo tá? A-m-i-g-o. –ela disse e destampou a boca dele. –Eu só... Estou meio chateada com ele.

–Meio chateada ou com ódio mortal? –ele zombou.

–Eu... Tá, eu admito, ódio mortal. Ele tentou me empurrar do segundo andar! E isso quase deu certo. –ela virou-se para o espírito. –E é por isso que eu quero distância dele!

–Mas, Lucy... Você tem que falar com ele. Perguntar se as intenções dele foram outras ou se foram iguais às do seu pensamento.

–Loki... Obrigada pela ajuda, mas agora tudo o que eu quero é dormir longe de um monstro gordo e fedorento. Vá. –ela disse, dispensando-o.

–Tudo bem. Ainda acho que devia falar com ele. –dito isso ele desapareceu.

Lucy suspirou e voltou-se para a cama. Ainda estava desarrumada, pois a garota passara o dia inteiro deitada nela, e, mesmo depois de ter passado tanto tempo naquele lugar, a cama ainda parecia confortável e muito convidativa. A garota andou em direção à cama e jogou-se no macio colchão. Por mais louco que isso possa parecer, a cama lhe oferecia um enorme consolo. Por isso, não demorou muito para a garota adormecer, e, infelizmente, sonhar.

O sonho começou normal. Ela estava deitada em um lindo campo florido. Flores de variadas espécies e cores espalhavam-se ao longo do campo. Bem no centro, onde ela estava deitada, havia apenas grama, como se as flores tivessem se afastado para não a tocarem.

Ela sentou-se e olhou em volta. Trajava apenas um leve vestido branco, seus pés encontravam-se descalços. A garota levantou-se e começou a andar, com cuidado para não pisar nas flores, e começou a gostar do lugar. Depois de quatro dias ruins tudo o que ela poderia querer estava diante dela: Paz. O lugar emanava uma aura pacífica e pura. O céu era azul sem nuvens e o campo florido se entendia até o horizonte, parecia até ser infinito. Ela sorriu. Um sorriso que expressava uma imensa felicidade por finalmente estar sozinha e em paz num lugar simples e bonito como aquele. Porém, seu sorriso durou poucos segundos, assim como a beleza que aquele lugar demonstrava, apenas com uma fala que veio de trás dela.

–Por que você não fala mais comigo? Deixe-me explicar tudo, Lucy.

Ela estremeceu e olhou para trás. Por que ele? Por que a pessoa que ela menos queria ver tinha que estar até mesmo em seus sonhos? Por que interromper a paz? Por quê? Por que tinha que ser o Natsu?

–Na... Natsu...

–Por que você está me evitando, Lucy? Por que você não me deixa explicar tudo? –ele aproximou-se. –Deixe-me te explicar tudo. Garanto-lhe que tudo passou de um grande mal-entendido.

–N... Não se aproxime. NÃO CHEGUE PERTO DE MIM!!! –ela começou a correr.

–Lucy... Por quê? Lucy...

–AFASTE-SE!!! –lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. Ela tentou correr ainda mais rápido, mas as flores, antes tão lindas e amigáveis, começaram a se enroscar em suas pernas. Ela caiu e os ramos das flores prenderam seus braços. As pétalas, antes cheias de cor, enegreceram. –Soltem-me! Por favor! Deixem-me ir! –ela implorava enquanto lágrimas continuaram a cair. O céu tornou-se negro. –Por... Favor...

–Lucy... Lucy... –o rapaz aproximava-se dela lentamente, como um zumbi, enquanto murmurava seu nome incansavelmente. –Lucy... Lucy...

–Por favor... Não... Não se aproxime de mim... –ela dizia em meio aos soluços. Os ramos das flores também enegreceram. –Por... Por favor!

–Lucy... –ele finalmente alcançou-a. Ele pegou em seu rosto com uma das mãos e levantou-o. –Lucy... -sorriu e, como se ansiasse por aquilo, roubou-lhe um beijo.

A garota chorava, tentava se livrar da prisão florida e dos braços do rapaz. Já havia imaginado ele beijando-a antes, mas era um beijo romântico e apaixonado, não um beijo forçado em meio às lágrimas de desespero da garota. Ele finalmente libertou-a de seus lábios e olhou maliciosamente para ela, no entanto, sua expressão mostrava sentimentos assassinos.

–N... Natsu... Por favor... Não... –ela dava soluços fortes e contínuos. –Deixe-me ir...

–Lucy... Minha querida Lucy... Sinto muito se falhei em eliminá-la antes... –sorriu e incendiou uma de suas mãos. –Contudo, não se preocupe. Dessa vez eu não vou falhar. –e deu-lhe um soco em sua barriga com a mão em chamas.

Lucy cuspiu sangue e sentiu a dor, não só a dor de um soco ou de ser queimada, mas uma dor no coração. Ela sentiu-o sendo esmagado e queimado junto com sua barriga. Ela chorava e ofegava enquanto sua vida esvaía-se de seu corpo. Um corpo machucado tanto fisicamente como psicologicamente.

–Na... tsu... –ela disso no último suspiro, enquanto sua última lágrima desaparecia, e com ela, sua vida.

Ela acordou sobressaltada, ofegando e suada. Ao levar a mão ao rosto notou que ela realmente havia chorado. O pesadelo fora tão intenso assim? Olhou pela janela e viu que já era de manhã. Havia dormido uma tarde e uma noite inteiras.

–Droga. Droga, droga, droga! –ela começou a chorar novamente. Se a situação fosse outra, ela contaria que teve um pesadelo horrível e Natsu a consolaria. Mas ela não tinha mais seu melhor amigo. Ela não tinha mais o Natsu. Tudo o que lhe restava era chorar. –Por quê? Por que isso tinha de acontecer? Por que raios eu fui abrir a boca? Se nós não tivéssemos brigado... –ela começou a soluçar. As cenas de seu pesadelo vieram a sua mente o que a fez gritar e chorar ainda mais. –Sumam! Saiam da minha cabeça! Vocês me traumatizaram o suficiente por hoje! E afundou a cabeça no travesseiro e começou a gritar e soluçar enquanto o travesseiro fazia seu trabalho de abafar os sons.

Depois de alguns minutos chorando e soluçando, ela notou que sentia falta do rosado. Mas como encará-lo depois daquela noite? Ela não conseguiria. Não queria nem pensar nele, pois todos os sinônimos de “Natsu” a lembravam do pesadelo.

Ela ouviu uma leve batida vinda da entrada da casa. Após enxugar as lágrimas a garota andou até a porta e perguntou quem era. As batidas cessaram deixando apenas o silêncio. Ela perguntou quem era novamente e uma voz fina respondeu.

–Happy.


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Notas finais do capítulo

Novamente, pedradas proibidas.
E, sim, o casal ainda é NaLu e sempre vai ser NaLu. Aquilo não é LoLu. u.u
E (abaixem as pedras) eu sei que a Lucy apanhou geral nesse capítulo, mas não me matem, por favor! T^T
Aos interessados (e aos que estão me chamando de Cruela Devil no momento) eu só acabei o capítulo naquele ponto pra trollar uma amiga minha (né, Dé?). xD



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