Jogando Com Os Mortos (Diário De Um Jogador) escrita por Giovane Shinoske


Capítulo 2
O primeiro contato


Notas iniciais do capítulo

Se passaram algumas horas e ele já parece estar lá por semanas pois suas atitudes demonstram fácil adaptação a toda essa situação.



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Já havia se passado algumas horas que Rafik tinha deixado sua casa com uma mala enorme, mas que não estava muito pesada pois, havia ali dentro uma porção de papeis que ele pegou com tamanha voracidade e de uma forma meio entusiasmada que agora o preocupava pois poderia ter sido danificado algum daqueles documentos tão importantes para ele e também uma porção de facas e tesouras, canetas e garrafas pet que não faziam muito sentido mas logo tudo se encaixaria, portando na mão um mapa da cidade com alguns pontos destacados ele já se aproximava de uma farmácia e que estranhamente até este momento não havia avistado uma criatura se quer daquelas que algumas horas atrás devoraram sua família e que no dia anterior eram apenas pessoas que viviam suas vidas monótonas naquela cidade humilde e meio isolada, típico interior urbano.

Chegando cada vez mais perto da farmácia ouviu um grito desesperado vindo de dentro dela e sem pensar que a porta poderia estar aberta, em um ato heróico semelhante às cenas mais clichês de um filme de ação famoso Ráfia se lançou sobre a enorme vidraça que servia de parede na parte frontal do estabelecimento, virando uma pirueta meio desordenada ele caiu para dentro da farmácia e avistou uma jovem que aparentava ter uns 17 anos ou menos, com um bisturi na mão debaixo da bancada de vidro apavorada pois, uma criatura que aparentava ser o farmacêutico estava tentando agarrar sua perna por uma fresta entre a bancada e a parede e também notou que a criatura não tinha inteligência alguma pois com o barulho que ele fez quebrando a vidraça a criatura nem se quer desviou o olhar e também podia facilmente subir sobre a bancada, mas não o fez. Analisando a situação, meio que instantaneamente, Rafik olhou para sua jaqueta e viu que alguns cacos de vidro ficaram presos nela e avançou sobre a criatura, com seu cotovelo pressionou a criatura sobre a parede e gritou para a garota: “O BISTURI, RAPIDO”- Seu desespero era facilmente notado pois não portava um físico notável e já estava perdendo o controle sobre a criatura, mas devido aos cacos que se cravaram na pele do bicho o mesmo não conseguia se soltar, a garota apavorada jogou o bisturi com uma força um tanto quanto desproporcional que acabou ferindo um pouco a mão de Rafik, mas isso não parou a ação do rapaz que cravou aquela pequena lamina com uma das mãos na nuca daquela criatura que em segundos desabou sobre a bancada de vidro que a garota se escondia.

-Há algum lugar seguro por aqui? Disse Rafik ofegante pois, sua dose de adrenalina já estava saturada e mil coisas se passaram em sua mente durante os poucos segundos que aquela ação levou.

-Eu pesei que aqui era, mas como percebe... Disse a garota com um tom de que faltava dizer algo, talvez um obrigado, mas sua voz estava tremula e mal conseguia falar devido ao calor do momento.

-Vamos para um lugar que eu possa me organizar, é claro se quiser vir comigo.

-Bom acho que não tenho muito o que escolher, juntos somos menos vulneráveis, aliás como se chama herói, ou louco ? Falou a jovem em um tom sarcástico demonstrando uma personalidade forte e também de forma a esconder o medo que sentia de estar tomando uma decisão precipitada.

Rafik pegou uma sacola e começou a colocar ataduras e alguns analgésicos, sem responder a garota ele colocou o mapa sobre o corpo da criatura que estava na bancada analisou alguns pontos e marcou com uma das canetas  uma delegacia que ficava alguns quarteirões dali.

-Por enquanto sou Rafik para você garota, agora vamos não há tempo para essa conversa, não aqui e não agora.

-Sou Maria Lúcia, mas todos me chamam de Malu, mas vamos lá senhor Rafik.

E assim os dois foram a passos leves se despedindo daquele cenário estranho.


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