Wreck-it Black 'n' White: A Maldição Do Crepúsculo escrita por Luna Sapphire Calhoun


Capítulo 6
5 - Inocente ou Culpada?


Notas iniciais do capítulo

Bem, para começar, o jogo neste capítulo é Legend of Zelda Ocarina of Time em uma pequena versão para Arcade, escolhi esse jogo porque eu precisava de um jogo familiar, que eu conhecesse bem, também, parte dessa história é acidentalmente (vocês podem não acreditar em mim, mas foi um acidente) baseada Legend of Zelda Majora's Mask, então eu resolvi usar a conexão entre os dois jogos em um capítulo futuro, também por acidente, conto a história quando chegar lá. A música na última parte é o começo de Problem (The Monster Remix) e eu achei essa música perfeita para descrever Clarion.



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Clarion acordou um pouco depois do Arcade fechar, ainda se sentindo um pouco estranha e surpresa por ter dormido tanto.

Ela não fazia ideia de para onde ir. Tinha prometido encontrar James em Sugar Rush, mas ele não especificara um horário, ela tinha tempo para explorar. Correndo distraída pela estação, ela nem percebeu quando trombou em alguém e ambos caíram.

Clarion se recuperou de um salto.

"Eu sinto muito. Você está bem? Machuquei você?" Ela perguntou rapidamente.

O que é isso Clarion! A menina repreendeu-se. Preocupar-se sim, mas não exagera. Parece que você está desesperada!
Ela estendeu uma mão para ajudar o menino a se levantar. Ele era loiro, tinha olhos azuis. Era bonitinho, ela tinha que admitir e não parecia muito mais velho que ela.

"Tô." Ele respondeu, examinando-a de alto à baixo Você é nova aqui, não é?"

"Acho que cheguei faz dois dias." Ela não tinha muita certeza

"Qual é o seu nome? E por que você estava correndo?"

"Clarion. E acho que estava correndo... só por correr, eu acho. "Ela respondeu um pouco hesitante. Por que estava correndo? "E o seu nome?"

"Link. De que jogo você é?"

"Sugar Rush." Ela mentiu rapidamente, uma vez que era o único jogo que ela podia dizer que tinha passado um bom tempo, e certamente suas amigas podiam confirmar se ela pedisse. "E você?"

"Legend of Zelda. Vi você entrar Hero's Duty de ontem, o que você estava fazendo lá?"

"Só me divertindo um pouco." Link olhou pra ela com cara de quem queria perguntar 'de que planeta você é?', mas ele não perguntou e o silêncio começou a incomodar Clarion.

"Eu ainda não conheço nada por aqui, Se incomodaria de me mostrar alguma coisa?" Ela perguntou só pra quebra o silêncio, mas se forçou a sorrir pra ele.

"Eu estava voltando para o meu jogo. Mas você pode vir se quiser."

"Legal!."

Aparentemente, não eram apenas os adultos que rendiam facilmente aos seus sorrisos.

"Sabe, você não parece ter vindo de Sugar Rush. Já vi algumas crianças de lá, e você é a primeira que não está coberta de doces."

"Deixei meu doces em casa para se divertir um pouco."

Não era sua melhor desculpa, mas depois do dia anterior seu cérebro não estava funcionando muito bem, ela ainda estava se ajustando a todas as mudanças que estavam acontecendo em tão pouco tempo.

Clarion já estava ficando impaciente quando finalmente chegaram ao jogo. Ela se perguntou por que aquelas viagens eram sempre tão longas. Mas as vezes valia a pena. O lugar parecia grande como Sugar Rush, só que sem doces.

"E onde é que vamos?" Ela perguntou, dessa vez verdadeiramente animada.

"Podemos começar pelo castelo. Vou apresentá-la a Princesa Zelda."

Estou começando a não gostar dessa história. Clarion pensou.

Mas ela não disse nada, apenas sorriu e o seguiu.

Deu trabalho para Link convencer os guardas a deixá-la entrar no castelo. Clarion não podia culpá-los, sua aparência não estava das melhores. Finalmente alcançaram o jardim onde a princesa estava.

"Link!"ela gritou e correu para abraçá-lo. "Onde você estava?"

"Fazendo uma rápida visita a um amigo, não posso sair agora?"

"Eu estou vendo o seu 'amigo'." Ela apontou Clarion, rindo.

"Ah, essa é o Clarion. Posso te chamar só Clar?"

"Não." Ela respondeu, aí também já era de mais pra ela.

"Eu a encontrei por acaso. Ela só queria ver o lugar e eu achei que não teria problema."

"É um prazer conhecê-la, princesa." Clarion tentou sorrir, mas não conseguiu se forçar a isso.
Zelda, por outro lado, sorriu pra ela.

"É um prazer conhecê-la também. Mas o que aconteceu com você, parece que esteve em uma guerra!"

"Tecnicamente eu estive."

"Então você é uma aventureira? Sempre achei que aventuras fossem coisas de meninos. Ouviu falar de meninas como você, mas é a primeira que eu conheço."

"Você também é a primeira princesa eu conheço. Até que você é legal. Mas eu tenho que ir andando. Muito pra ver, tão pouco tempo. Mas aposto que a gente se vê de novo."

"Vamos para o rancho e depois de volta na floresta, conhecer minhas outras melhores amigas, depois nós vemos a onde vamos." Link disse a menina, já planejando uma pequena aventura.

Clarion estava satisfeita. Soava divertido para ela.

Malon estava no curral com os cavalos. Sentado em um cerca, ela murmurava uma canção. Normalmente com um vestido branco longo, naquele dia ela usava uma camiseta branca, jeans e botas marrons. Ao lado dela estava uma égua castanha, que parecia atraída pela música.

"Ei, Malon!"Link chamou.

A menina parou de cantar e olhou para ele.

"Oi, Link! Quem é o sua nova amiga?"

"Clarion." Ela respondeu, apertando a mão da menina..

Malon parecia muito com ela. Os mesmos cabelos ruivos, mas os de Malon ainda eram longos, e os mesmos olhos azuis, pele clara e orelhas pontudas. Malon também era apenas alguns centímetros de baixa do que ela.

"Você duas parece irmãs." Link comentou com um sorriso.

As duas riram.

"É! Parece que sim."Clarion respondeu. Malon parecia uma garota legal.

"Então, e qual é a dessa roupa?"

"Ah, é. Adivinha só o que eu arranjei?" Ela perguntou animada.

Link pensou um pouco.

"Nem ideia. O que foi?"

"Quatro ingressos para o show em Guittar Heros hoje. Tava pensando que nós quatro podíamos ir. Já falei com a Saria e ela vai, mas Zelda não gostou da ideia e não sabíamos onde você estava. Você vai?"

"Claro! Não perderia isso por nada. Se Zelda não vai, talvez Clarion queira ir com a gente." Link se voltou para a nova amiga.

"Querem mesmo que eu vá com vocês?" Clarion perguntou surpresa.

"Por que não? Temos um ingresso sobrando e você já está aqui."

"Adoraria ir."

"Mas não dá pra você ir assim." Malon protestou. "Link vai buscar Saria e nós vamos arranjar umas roupas decentes pra você."

Clarion ainda tentou recusar, mas Malon era tão insistente que logo ela desistiu e deixou que a menina a arrastasse para uma loja, de volta à praça do castelo. Não teve muito problema com as roupas, mas quando a menina insistiu em dar um jeito em seu cabelo ela resistiu, não que isso tivesse adiantado, ela não tinha uma boa desculpa para toda aquela resistência.

As roupas novas de Clarion eram uma camiseta preta, com uma rosa vermelha bordada na frente, jeans escuros, botas pretas e um boné azul escuro, mas ela manteve sua jaqueta.

Link estava esperando do lado de fora com Saria.
Saria era tão alta quanto Clarion, cabelos verdes, olhos azuis, usava as roupas normais de sempre, exceto pela camiseta que agora era preta e a franja que agora estava solta.

"Você deve ser a Clarion?" Ela perguntou sorrindo. "Eu sou Saria. Prazer em conhecê-la!"

"O prazer é meu!" Clarion sorriu de volta, Saria parecia legal. "Podemos ir agora?"

Link riu.

"Claro. Vamos lá! "E os quatro deixar Legend of Zelda contando piadas e rindo juntos como velhos melhores amigos.

Em Guitar Heros, tudo correu bem por um tempo e eles estavam se divertindo. Havia muitas pessoas lá, de todos os tipos de jogo, o trio apresentou os que conheciam à nova amiga. Clarion observou Rancis, Gloyd e Swizzle em um canto, mas ela se recusou a se aproximar.

Em questão de meia hora, Clarion já tinha ganho uma guitarra em uma aposta, seu cabelo estava preso em várias pequenas tranças por presilhas coloridas e tinha mechas pretas e azuis, e tinha uma tatuagem removível no pescoço, com o desenho de um dragão azul.

Estava sentada em uma mesa, esperando a volta dos amigos que tinham ido buscar bebidas quando dois homens se aproximaram.

"Posso ajudar vocês?" ela perguntou séria. Estava sentindo que alguma coisa não estava certa ali.

"Eu acho que pode. Estamos procurando um ladrão, ou melhor, uma ladra."

"Então sinto muito pessoal mas não tô de serviço hoje." Ela brincou.

"Então é você que atende pelo nome de Kitty Jackie, não?"

Kitty Jackie? Não, ela não... Espera, como é que eles sabiam sobre Kitty? Ela sé era chamada assim pelos que moravam com ela antes.

"Kitty Jackie está morta." ela disse friamente. "Mas se você não quer despertar a fúria da Clarion é melhor ir embora."

"Olha, a pequenina é corajosa." zombou um. "É o seguinte queridinha, devolva o que você roubou e deixamos você ir numa boa."

"Eu não roubei nada, e não me chame pequenina ou o queridinha outra vez. Tem cinco segundos para desaparecerem se quiserem voltar para os seus jogos inteiros amanhã, entenderam?"

"Não estamos aqui para lutar." O outro tentou acalmá-la. "Se você não cometeu o crime, então não há nada a temer. Por favor esvazie a bolsa."

A garota revirou os olhos e virou a bolsa de cabeça para baixo sobre a mesa, mas ficou surpresa quando uma pedra vermelha transparente, com uma grande fenda preta no centro, rolou para fora e caiu no chão com um estrondo.

"Eu não sei como isso foi parar ali." Ela rapidamente respondeu.

O primeiro tentou agarra-la mas a menina foi mais rápida, desviou e correu. Estava quase na saída quando se lembrou que deixara suas coisas pra trás. Ela não teve outra alternativa se não lutar. Colocou a máscara de volta, ninguém notou o leve brilho amarelo que passou por seus olhos antes dela atacar. Clarion nunca fora uma garota normal, mas sua velocidade e força naquele momento surpreenderam até a si mesma. Ela tinha impressão de que algo estava muito errado ali. Não era como se ela lutasse por que quisesse, era como se algo a empurrasse a isso.

A batalha não durou muito. Assustado com o poder incomum da menina, seu oponente rapidamente desistiu, ela reuniu suas coisas e saiu, sem nem mesmo avisar seus amigos.

Caminhando pela central vazia ela se perguntava quem colocara a pedra em sua bolsa? O fato de que ela tinha dormido na Central não ajudava muito. Ela nem percebeu que alguém a seguira e a observava.

Os cinco estavam sobre a ponte do arco-íris em Sugar Rush esperando por Clarion.

"Onde ela está?" Vanellope perguntou a Ralph, um pouco impaciente."Ela prometeu chegar cedo. Você fez ela prometer, não fez?" Ela virou-se para James.
"Na verdade não. Eu disse apenas para ela vir e ela disse que viria." A verdade é que ele não se lembrava exatamente da conversa que tiveram na noite anterior, só sabia que fora boa.

"Onde você a encontrou?" perguntou Calhoun.

"Na Central. Ela disse que estava cansada demais para sair de lá."

Em seguida, eles ouviram uma voz cantando alto e animado e Clarion apareceu, tocando uma guitarra e cantando à plenos pulmões. Ela usava óculos escuros e tinha o cabelo todo penteado em tranças, presos com presilhas coloridas e ela estava com roupas novas. Mas sua aparência não era das melhores.

"Clar!" James exclamou com horror.

"O que aconteceu com você?"Perguntou Ralph.
A menina finalmente percebeu a presença de seus amigos, tirou um dos seus fones de ouvido, pendurou a guitarra nas costas, tirou os óculos e sorriu.

"E aí, pessoal!"

"Vamos começar com porque você está neste estado, que tal?" Perguntou James.

"Não sabia que você tinha esse lado chato, Jay." Clarion respondeu. "Eu estava em um show."

"Show?"

"Era para você estar aqui horas atrás." Vanellope protestou.

"Eu esqueci. Acabei apenas trombando e conhecendo um garoto chamado Link, que me levou para conhecer seus amigos. Eles foram para esse show em Guitar Heros e eu fui junto."

"Isso não explica por que você está neste estado." O menino insistiu.

"Entrei em uma briga com uns caras lá. Nada de mais."

Vanellope olhou para ela chocada.

"Nada de mais?" Calhoun perguntou irritada. "Você prometeu se comportar e de repente estão arranjando brigas e esquecendo suas promessas."

"Oops, em primeiro lugar, eu nunca prometi nada, eu disse que estaria aqui e eu estou. A briga foi porque eles achavam que eu tinha roubado algo que, antes que brigue comigo, eu não roubei. Mas eles encontraram o item roubado na minha bolsa, foi por isso que a briga começou. Eu tô tentando fazer o meu melhor, mas eu não posso mudar a minha natureza de um dia para o outro. Em seis anos, você se acostuma com quem e o que você é e que você não pode, nem mesmo fingir ser outra pessoa. mas eu prometo que vou tentar ser uma boa menina a partir de agora."

James olhou para ela chocado. Desde quando Clarion era capaz de agir dessa forma? Primeiro tão rebelde, então pedindo desculpas e prometendo se comportar.

Então ele viu um leve sorriso malicioso meio escondido no rosto da irmã e percebeu que ela estava apenas fingindo.

"Você nunca aprende, não é? E isso é uma tatuagem?"

"Eu?" Ela fingiu estar surpresa. "Eu estava apenas me divertindo um pouco. Você não pode me culpar por querer um pouco de aventura. E isso não é uma tatuagem real, ela sai com água."

"Sua falsidade não cola comigo. E não faça promessas que não pode cumprir, você nunca vai mudar." Ele protestou.

Ela sorriu divertida.

"Isso é um desafio?"

"Entenda como quiser."

"Sério eu juro que eu vou tentar me comportar. As coisas serão diferentes agora, eu só preciso de algum tempo para se adaptar e algo para me manter ocupada, para evitar que eu fique entediado e cause alguma confusão."

Ela parecia sincera naquele momento, mas será que podia confiar nela?

"Você tem mais uma chance." Calhoun avisou. "Mais algum roubos ou uma luta deste tipo..." Ela deixou a ameaça no ar. "Começa com coisas pequenas, então você perde o controle e destrói a sua vida e a dos outros." A Sargento explicou.

"Decida quem você é." James desafiou.

"Quem sou eu?" Clarion perguntou com um sorriso maroto e um brilho nos seus olhos. Ela colocou seus óculos de volta e afastou-se dos amigos começando a cantar:

"I'm a monster, I'm a m-monster
I'm a monster, I'm a m-monster
I'm a monster, I'm a m-monster
I'm a monster, I'm a m-monster"

"Eu não deveria ter dito isso." James murmurou.

"I'm one of a kind, got everybody in love
And I do not have to try, I just do what I does
Do not have to tell me, I already know
They all want me
Yo, I run this, I smash it
Like my bass, real hard, boom-bastic
Speed race baby, I'm a lot faster
Cause trouble, never listen to my master
New Benz, all black, from Malaysia
Can not drive, but my mama do not care yup
To the top, I'm take it to the celling
I'm on the moon but I feel the sum beaming
I'm so dope like ooh la la
So so fly like a helicopter
Sup to the hood and the homies on the block
Doin 'it big, ya you know, what's up
Some come and try to say I'm a problem
So crazy, gotta put'em in an asylum
Some come and try to say I'm a problem
Ha, solve it!"

Ela se virou e sorriu desafiadoramente para os outros.

De fato, a maior parte da música parecia feita especialmente para a menina.

Então Clarion começou a andar novamente distraída, sem dar tempo para ninguém dizer nada, porque ela colocou os fones de ouvido e se estava ouvindo ou não, tinha uma desculpa para fingir não estava.

Quando eles finalmente chegaram à linha de partida e chegada, onde os outros corredores, por algum estranho motivo, estavam esperando, Vanellope puxou os gêmeos na direção do seu carro.

"Vejo vocês daqui a pouco!" Vanellope gritou para os amigos antes de sair com os dois.


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