Wreck-it Black 'n' White: A Maldição Do Crepúsculo escrita por Luna Sapphire Calhoun


Capítulo 4
Capítulo 4 Parte 1: Uma Doce Noite


Notas iniciais do capítulo

Bem vidos de volta! Esse capítulo era tão grande que tive que dividí-lo em duas partes, uma para James e uma para Pamela. Esse capítulo me surpreendeu quando ficou pronto, eram cenas que eu nem tinha imaginado, mas fiquei feliz com o resultado, acabou se tornando um dos meus capítulos favoritos. Espero que também gostem.



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James correu para o lugar mais seguro em que conseguira pensar, o jogo Fix-It Felix Jr. Outra coisa boa de estar lá, é que ele tinha certeza que não veria sua irmã de novo àquela noite.

Irmã... Era estranho chamá-la assim agora, e mais estranho como ele hávia se apegado tão rápido à palavra, mesmo que desejasse não precisar ver a menina de novo.

Ele não tentava mais segurar as lágrimas, embora evitasse qualquer um. Não queria que ninguém o visse chorando.

Ele ouviu um barulho, olhou para trás, ainda correndo, foi quando trombou em alguém.

"Me desculpe!" Ele pediu assustado, tentou parar de chorar, não conseguiu. Ainda doía muito.

"Tudo bem. Não me machucou." Felix o assegurou, ajudando- a se levantar, mas isso não fez com que James parasse de chorar. "O que aconteceu?" Ele perguntou preocupado.

O menino finalmente enxugou as lágrimas.

"Não foi nada." Respondeu em um sussurro.

"Você está bem?"

"Claro. Sem problemas." James mentiu. Ele não gostava de mentir, mas não queria falar sobre o assunto.

"Então... Como foi no bar do Tapper?"

"Tudo bem." James mentiu novamente. Aquilo já estava virando um hábito.

"Então porque estava chorando?"

"Não era nada. Bati com a cabeça, estou bem agora." Terceira mentira. James fez uma nota mental para nunca contar a primeira mentira, parecia que ele não consegui parar depois disso. Mas porque não consegui contar a Felix o que tinha acontecido?

"Tem certeza?"

O menino concordou com a cabeça, em silêncio.

"Tudo bem. Mas se precisar de algua coisa pode me procurar." Felix sorriu gentilmente para o menino, que concordou novamente antes de começar a se afastar.

Não tinha ido longe quando algo em sua mente o fez mudar de ideia.

"Felix!" Ele se virou e chamou, ainda um pouco inseguro, mas tinha certeza que era o melhor a fazer.

"Sim?" Felix se virou para o menino, por algum estranho motivo ele já esperava por aquilo.

"Podemos conversar?" James olhou para o chão, um pouco envergonhado.

"Achpo melhor conversarmos lá dentro, o que acha?"

James apenas concordou e deixou Felix guiá-lo para o apartamento.

Ele deixou o menino na sala e foi até a cozinha, voltou com duas xícaras de chocolate quente. Aparentemente, James estava precisando.

Mas quando ofereceu um copo a ele, o menino recusou.

"Não, obrigado. Depois de passar o dia inteiro em Sugar Rush não quero mais nada doce por perto."

"Beba." Felix insistiu gentilmente. "Eu tenho certeza que vai lhe fazer bem."

James finalmente aceitou, mais por educação. Mas quando tomou o primeiro gole, sentiu como se todo o peso de seu corpo desaparecesse. Com isso ele sorriu docemente para Felix.

"Isso é maravilhoso! Obrigado."

"Ainda vai me contar o que aconteceu?"

James assentiu e contou tudo o que tinha acontecido, incluindo como Pamela o havia tratado.

"Então eu corri pra cá, e esbarrei em você. Eu não sei o que fazer agora, Felix. Eu fugi de uma mentira, e Pamela é a única coisa que sobrou de uma vida que eu nem sequer me lembro, e ela me odeia, e eu simplesmente não posso voltar depois de tudo. Por que isso dói tanto? Eu deveria estar acostumado com isso, foi a história com a qual eu cresci."

Felix se sentou ao lado do garoto e colocou a mão sobre os ombros.

"Pamela pode ter sido um pouco mal educada, mas ela pode estar certa em dizer que você tem que aprender a viver com isso."

"Tem certeza?"

"Absoluta. Chocolate quente e um amigo para conversar às vezes ajuda, mas às vezes você só precisa de algum tempo sozinho para colocar as idéias no lugar."

"Eu só não quero ficar sozinho, mas Pamela e eu não passamos nem um dia sem brigar. Eu não sei o que há de errado com ela!"

"Ela não é tão ruim. Tenho certeza que no fundo ela se importa, mas toda essa raiva é a maneira que ela encontra de lidar com a dor. Ela passou por muita coisa ruim, aprendeu que as pessoas não se importam umas com as outras e por isso é mais fácil guardar as coisas para si mesma. Ela só precisa superar isso e tenho certeza você entende."

"Acho que sim. Posso perguntar por que vocês ajudaram? Foi porque nós somos, ou eramos, uma ameaça e vocês não queria problemas?"

"Eu não posso responder por todos, mas eu ajudei, e estou ajudando, porque você precisava, não importa o que ou quem você é."

James sorriu.

"Sabe, você não é como os outros que conheço. Eles não desperdiçariam seu tempo com um menino que mal conhecem só porque ele estava chorando."

"Você está se sentindo melhor agora?"

"Estou. Obrigado por me ajudar, Felix."

"Estava só consertando um coraçãozinho partido."

James riu.

"Sabe, se eu tivesse um pai, aqui, agora, ia quer que ele fosse exatamente como você."

Felix não pode deixar de sorrir.

"Obrigado! O que você vai fazer agora?"

"Tentar falar com a Pammy, pedir desculpas se necessário, mesmo que eu não tenha feito nada. Eu preciso dela e ela precisa de ajuda, vou tentar começar de novo. Obrigado por tudo, Felix!"


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