Uma Garota Fora Da Lei escrita por Bia Alves


Capítulo 18
Vamos fingir que isso nunca aconteceu


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que leem a historia e não deixa nem um "oi" para mim :)
Como estão?
Bom, o capítulo pode até ser chato no começo, mas eu amei o final, sério... hehehe, não é nada demais, eu sei que eu poderia ter feito algo melhor sabe... Mas é o que eu posso fazer, to em semana de prova e eu não sei pensar direito no que colocar na historia nessas tais semanas, espero que gostem, boa leitura amores fantasmas :*



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[ Duas semanas depois]

Duas semanas haviam passado, e adivinha? Isso mesmo, o David ainda não desistiu, eu sei que eu estou sendo chata em não deixar ele me beijar, mas olhe pelo lado ruim, é o David que eu vou beijar. Então eu resisto é o melhor que eu posso fazer.

- Atividades para semana que vem não se esqueçam... – O sinal bate e a professora sai da sala.

- Entendeu alguma coisa? – Renata se aproxima de mim, me perguntando.

- Eu entendi que um homem inventou alguma coisa que ajudou muitas pessoas.

- Foi mais ou menos isso ai que eu entendi... – Sorrimos, ela olha para trás – E lá vem o David.

Reviro os olhos e me indireto na cadeira.

- Oi Emily!

- Oi! – Digo sem nenhuma emoção.

- Ainda não sei por que eu estou tentando.

- O mesmo digo eu...

- Eu vou ali... Que eu tenho... Que... Fazer umas coisas – Renata sai com os outros alunos me deixando sozinha com ele.

- Até quando vai persistir nisso?

- Emily... Para falar a verdade eu nem sei o motivo pelo qual eu aceitei essa aposta, faz quase três meses.

- Eu sei.

- Por que é tão complicada?

- David... Entenda somente, uma coisa... Eu não quero te beijar.

- Sim, mas eu preciso.

- Não precisa não.

- Eu te dou metade, se me beijar agora.

- Não.

- Olha que eu dou mesmo.

- Não preciso de seu dinheiro sujo.

- Emily eu cansei disso, eu cansei de tentar poxa.

- Desiste ué, tão fácil!

- Não, eu não posso chegar ao Luther e dizer “Olha cara, eu não consegui beijar a Emily, me xinga de fracassado, idiota...”

- Gay.

- Não sou gay.

- Não sei, você nunca me provou o contrario.

- Nunca deixou.

- E nunca vou deixar.

- Olá! Achei vocês – Luther entra na sala.

- Que legal. – David e eu dizemos ao mesmo tempo.

- O que houve?

- Nada, apenas o David que não desiste de me beijar.

- Mas ele tem que provar que é homem o suficiente para te beijar Emily.

- Pois então não o considere um homem. Ele não vai me beijar.

- E eu? – Luther pergunta. Rio alto e depois fico séria.

- O que os dois têm na cabeça hein? – Pergunto e os dois se entreolham

- O Luther não tem nada.

- E você? Não tem nada também.

- Eu tenho sim, fala sério seu besta.

Os dois começam a brigar por exatamente nada eu apenas fiquei observando, até a minha paciência que a propósito durou um bom tempo... Acabar.

- Chega vocês dois – Os dois param e me encaram – os dois não tem nada, tá legal? Vento, apenas.

- Emily eu queria falar com você – Luther diz.

- Eu vim primeiro, eu quero falar com ela.

- Não, eu que vou.

- Mas eu cheguei primeiro, você apenas invadiu aqui e não me deixou terminar.

- Mas foi eu quem...

- Poxa! Parem vocês dois. Luther, diz o que você quer.

- Eu queria te convidar para uma festa esse final de semana.

- David?

- Te convidar para uma festa também.

- É a mesma festa?

- Exatamente. – Os dois falam juntos.

- Bom, eu não quero beber novamente, até porque eu fico muito alterada. Então, eu vou com os dois, mas... Um se diverte e o outro “toma conta” de mim para que eu não possa exagerar na bebida – Falo semicerrando os olhos.

- Eu cuido de você, eu tenho que cuidar de você, se esquece? Não posso beijar ninguém.

- E eu? Fala sério, eu que tenho que ficar com ela, você fica com quem quiser.

- Não! Luther, você a deixou sozinha da ultima vez.

- Olha quem fala.

- Vocês dois, parem, por favor, eu vou com os dois e fim, beleza?

- Ótimo, mas agora eu vou ali – Luther sai.

- E assim que ele quer ficar com você.

- Ele não tem jeito.

- Eu pelo menos fico.

O encaro nos olhos.

- Claro! Para quem da última vez saiu e foi ficar com a Marie.

- Você não esquece mesmo disso não é?

- Sou do tipo que não guarda “magoas” mas também não esqueço.

- Compreendo.

- Eu sei, mas agora eu vou indo – Dou as costas e vou andando.

- Espera – Eu me viro.

- Vai ficar lá em casa esse final de semana?

- Deveria?

- Não sei, você vai comigo para a festa, então...

- Pois é né, mas eu não sou mais a sua “namorada” então eu acho que não cola.

- Eu falo com a minha mãe que ainda estamos namorando.

- O que? – Rio – Por que eu deixaria você fazer isso?

- Vai dizer que meu namoro de mentira com o seu não era legal?

- Não. Não era.

- E o que vamos fazer?

- Você fica na sua casa, e eu fico na minha casa. Simples assim.

- Mas... E para a gente ir para a festa?

- Digamos que você passa na minha casa para me levar, e depois me trás de volta, simples, não?

- Pode ser, mas ainda acho que deveria dormir comigo.

- Eu sei que o que você quer David, e não vai rolar.

- Então tá né.

Eu saio da sala acompanhada por ele, eu estava indo para o meu dormitório e ele ainda me seguia.

- O que quer?

- Nada.

- Então para de me seguir.

- Não!

- O que é David? – Paro e o encaro.

- O que é?

- O que você quer?

- Hã... Andar?

- Me seguindo?

- É proibido andar pelos mesmo corredores que você?

Reviro os olhos e continuo andando. Ele ainda me seguia, mas eu ignorava, nem tanto, porque eu ainda estou ligando para ele está me seguindo. Chego ao meu quarto e entro.

- Agora tchau! – Ia fechar a porta e ele segura.

- Um beijo?

- Nos seus sonhos.

- Você é difícil.

- Obrigada! – Sorrio e fecho a porta na cara dele.

Começo a arrumar as coisas, como hoje era sexta, eu iria para casa, passar o final de semana com a minha adorável mãe. Minha fofa irmã. E o meu excluído padrasto. Mas pelo menos eu vou para uma festa, o que é bom.

Continuo arrumando as coisas até que meu celular toca.

- Oi! – Era a minha mãe.

- Você vai vim para casa esse final de semana?

- Sim, eu já estou arrumando as coisas.

- Eu estou indo te buscar.

- Fica tranquila, eu vou com o David.

- Quem?

- David, mãe. David.

- Quem é? Seu novo companheiro nas noites?

- Felizmente, não!

- Sei...

­- Até mais, mãe.

- Até!

Desligo o telefone e continuo arrumando as coisas.

Essa semana, com certeza foi a pior de todas. Começando pelo fato que o caso em qual eu estou envolvida com o Felix, voltou, e vai ser julgado novamente, e eu ainda estou como a “réu” do caso, sendo que eu tentei evitar o acontecido. O Felix anda me ligando todos os dias, ele sabe de tudo, não me pergunte como, eu também não sei como é que ele fica sabendo de tudo. Eu só sei que a cada dia que passa o caso fica mais perto de ser julgado, e eu posso mais uma vez ser julgada como culpada. Mas ninguém acredita em mim como a inocente da historia. Já que eu sempre me meto em uma.

[...]

Meia hora depois e tudo estava pronto, e eu estava pronta para ir para casa, aguentar minha mãe por um final de semana inteiro. Ou só pela manha, a tarde e a noite eu dou um sumiço básico.

Alguém bate na porta e eu vou até lá.

- Está pronta? – Era o David.

- Sim – Entro novamente pegando minha pequena mala e levando para o lado de fora, fecho e tranco a porta. David fica em minha frente – Dá para sair?

- O que?

- Da minha frente.

- Ah tá! – Ele sai, e eu franzo o cenho, tá legal, ele é muito estranho.

Andamos até a portaria e saímos, o Luther já havia ido embora. David me falou no caminho e ele ainda queria “tomar conta de mim”.

Estávamos no táxi, primeiro iríamos parar em minha casa, para depois David seguir caminho da casa dele.

- Vai querer que eu passe em sua casa?

- Sim né, eu não sei onde é a festa.

- É verdade, eu vou passar às...

- Você me fala depois. Agora posso voltar a ouvir minha música?

- Vai lá.

Volto a colocar o fone, segundos se passam e eu sinto o olhar de alguém mais conhecido como David, sobre mim.

- O que foi agora?

- O que é?

- Para de me olhar.

- Não... Quer dizer... Eu não estou te olhando.

- É, só apenas quase me comendo.

- Isso ainda não.

- Retire esse “ainda” ele nunca vai existir.

- Chegamos! – O motorista para o carro em frente a minha casa.

- Bom, até mais tarde. – Digo.

- Passo aqui às nove.

- Tchau David.

Digo saindo do carro e indo para a porta, toco a campainha milhares de vezes. Até que minha mãe abre a porta.

- Olá! – Digo.

- Tem visitas para você.

- Visitas? – Sorrio.

- Sim – Ela da passagem e assim que entro logo retiro meu sorriso do rosto. Era o Felix.

- Olá Emily. – Ele sorri ironicamente.

- Oi Emanuel.

- Felix.

- Por mim tanto faz.

- Podemos conversar?

- É o que estamos fazendo.

- A sós – Olho para a minha mãe.

- Se quiseram conversem lá em cima, daqui eu não saio.

- Me acompanhe.

Subo as escadas e ele vem atrás, entro no meu quarto. Fecho a porta e o encaro.

- O que é?

- Eu sei que a policia voltou com o caso...

- E daí?

- E daí que você sabe o que acontece se me entregar...

- O que? – rio – vai me bater?

- Até não acordar mais.

- Ai Felix, você pensa mesmo que me dá medo não é? – Ele ri.

- Eu sei que você tem medo.

- Pois é ai que se engana.

- Emily eu só vou te dar um aviso... – Ele se aproxima e me cola na parede, mas não com seu corpo ao meu – Se me entregar... A coisa vai ficar muito feia para o seu lado.

- É uma pena que não tenho medo de você.

- Deveria.

- Mas não.

- Você que sabe o que faz Emily, você que sabe.

- Sim, eu sei sim.

- O aviso está dado, faça o que achar melhor.

- Vou fazer – Sorrio e o empurro – Saia.

Ele não diz nada, apenas sorri pelo canto dos lábios e sai do quarto batendo a porta.

Não vou e nem preciso me preocupar com isso, ele é o culpado, então eu não devo me preocupar.

[...]

Nove da noite e eu já estou pronta, apenas esperando o imprestável do David.

Fico quase dois minutos andando de um lado para o outro até que minha mãe bate na porta.

- O tal do David está lá em baixo.

- Já vou!

Olho-me mais uma vez no espelho e desço.

- Boa noite! – Ele diz e sorri.

- Boa – Sorrio também, vou dar uma trégua... Uma pequena trégua. Chego perto dele – Esse que o tal David mãe.

- Ah... Prazer! – Ela tenta sorrir.

- Todo meu.

- Tchau! – Ela diz. Reviro os olhos, e saímos.

- Sua mãe é uma coisa adorável – Ignoro e continuei andando até o carro – Não vai me responder?

- Você sabe que ela não é – Ele ri. Entramos no carro - Posso saber por que está rindo de tudo hoje?

- Não posso?

- Se eu não souber o motivo da graça não.

- Você!

- O que tem eu?

- Vestido, você está de vestido e não foi obrigada.

- Eu fui sim, minha irmã ficou enchendo o saco.

- Sei, sei...

- Pergunta para ela.

- Não gosto de pirralhos.

- Aposto que gostaria dele, eu a amo.

- Você disse...

- Sim, eu disse.

- O que houve com você?

- Nada. Apenas aprendi como é que fala essa palavra sem sentir nojo.

- O que aconteceu com a princesinha para ela ser tão desiludida do amor assim?

- Nada.

- Claro que aconteceu algo.

- Sim, mas eu não vou te contar.

- É uma pena, ás vezes sou um bom conselheiro.

- Ah tá...

- É sério.

- Tá... – Insisto irônica.

- Menos ironia, por favor.

Não respondo, meu pensamento está um pouco longe demais. No Felix, não que eu esteja com medo, o que me deixa intrigada é o que ele pode fazer se eu contar para a policia que foi ele quem cometeu o crime, eles sabem que não foi somente eu... Mas não sabe quem foi que estava comigo.

- Chegamos! – Essa festa é do outro lado da rua? Ou eu que viajei demais?

- Que bom – Saio do carro, David passa fácil, fácil pelos porteiros e vamos para dentro da boate. Sentamos nas cadeiras que tinha perto do balcão.

- O que vamos fazer? – Ele pergunta.

- Ficar um olhando para a cara do outro é que eu não quero.

- Dançar?

- Pode ser. Mas não com você! – Sorrio – Cadê o Luther?

- Olha lá – Ele aponta para um dos lados e eu começo a rir.

- Será que ele acha que aquilo está bonito? – Rio mais um pouco.

Ele estava com umas três mulheres, com o copo na mão e dançando. Ou melhor, ele descia até o chão rebolando.

- Quem sabe, meu amigo é maluco...

- Nem tinha percebido isso. – Ele não responde. Ficamos minutos em silêncio apenas lançando alguns olhares um para o outro, sem dizer uma palavra se quer.

David não estava bebendo, e eu também não, dessa vez eu não quero ficar nua na frente de mais pessoas.

- Quer dançar?

- De novo? Eu disse que não.

- Mas eu quero dançar.

- Olha em volta David... Tem muitas mulheres aqui.

- Mas eu quero dançar com você.

- Traduzindo... Eu quero dançar com você, para você ficar caidinha por mim e me beijar.

- Não é isso – Olho com a sobrancelha arqueada para ele – Tá, é mais ou menos isso.

- Desiste David.

- Não!

- Você sabe que não vai me beijar.

- Veremos Emily... – Ele levanta da cadeira e sai andando, eu o sigo com os olhos, mas depois ele some de vista.

- Maluco – Digo sozinha.

- A mocinha vai querer algo para beber?

- Não, eu não posso obrigada.

- O que foi? A mamãe não deixa? – Ele ri.

- Não, acontece que eu não quero.

- Sei, o bebê ta com medo que a mamãe descubra e a bote de castigo, é isso? – Ele ri mais.

- Acontece que eu não quero, minha mãe nem liga para mim.

- Sei, o bebê está com medo, o bebezinho é tão medroso que... – Eu me levanto para dar uns belos tapas nele, mas antes que eu pudesse chegar em seu pescoço o DJ começa a falar.

- Desculpa ai pessoal – Todo mundo vaia ele – Calma gente, eu parei a musica a pedido de uma pessoa, ele aqui – Ele aponta para um cara ao lado dele, e quando a luz bate em seu rosto.

- Ele não fez isso... – Eu digo, sim, era o David.

- Ele pediu uma musica tranquila, sabe? Que tal se a gente dançar abraçadinho agora? – Todos ficam em silêncio e depois sorriam e gritam que sim – Então aqui está... No air, dancem abraçadinhos... – A música começa e eu olho para David que sorri debochado, eu ignoro e me viro para o balcão, segundos depois.

- Dança comigo Moore? – Eu ignoro – Dança comigo... Emily? – Eu me viro e olho seria para ele.

- Sério que você fez isso?

- Tudo para ganhar a aposta.

- Não vai me beijar.

- Mas dançar? – Eu olho para ele por alguns segundos, ele estende a mão para mim, eu reviro os olhos e desço do banco.

- Não se acostume.

- Nem pensar. – Ele me leva para o meio da pista, pega uma das minhas mãos e bota em seu ombro e a dela em minha cintura. E assim nos movimentamos de um lado para o outro. Dançando iguais a dois idiotas.

Ele se encosta mais um pouco a mim, ele pensa que vai conseguir me beijar. Tadinho.

Ainda ficamos dançando, eu realmente não acredito que eu estou fazendo isso, e ainda com o David.

Cadê a “eu”?

A música chega ao fim e ele me olha nos olhos.

- Nem tente David – Ele ri baixo.

- Esperta.

- Sempre – Sorrio e volto para a cadeira.

- Olá! – Luther chega na perto de nós – Eu vi os dois dançando – Ele ri – Emily... Você dança MUITO bem, mas será que você é boa em outros lugares? – Ele ri de novo.

- Luther você está bêbado.

- Eu? – Ele ri – Eu estou com aquelas gatas ali – Ele aponta para as mulheres que estava com ele antes – Eu vou... Aproveitar a noite... Se é que me entendem, não posso deixar três gatinhas no desejo – Ele sai rindo e depois sai da festa com as três.

- Eu não acredito que ele vai fazer isso.

- Acredite, ele vai.

- Eca!

- O mesmo digo eu... Quer ir para casa?

- É uma boa ideia.

- Também acho, vamos? – Ele desce da cadeira e me estende a mão, eu ignoro seu gesto de “cavalheirismo” e vou andando sozinha até o lado de fora.

O caminho fomos em total silêncio, ele dirigia quieto, e eu apenas observava as paisagens pela janela.

 Assim que chegamos, eu noto um carro de policia na frente da minha casa.

- O que a policia ta fazendo aqui?

- Eu vou descobri agora, obrigada pela carona, Tchau!

- Não! – Ele segura meu braço – Vou com você.

- É só um carro de policia David.

- Sim, mas eu quero ir.

- Então tá! – Saio do carro acompanhada dele e entramos em casa, dois policia estavam lá dentro conversando com a minha mãe.

- Aqui está ela – Minha mãe diz – Oi David.

- Oi senhora Moore. – Ele responde.

- O que eles querem aqui? – Eu pergunto.

- Conversar com você.

Minha mãe senta em um sofá, eu sento ao seu lado e David ao meu. Os policiais sentam de frente para nós.

- Boa noite Emily – Um dos fala, não respondo e todos me encaram – Tudo bem, eu vim falar com você da audiência que vai ter.

- De novo isso?

- Emily você sabe que não foi declarado nada.

- Mas eu sou inocente.

- Não é isso que todos as provas estão nos mostrando.

- Mas eu SOU.

- Isso é o que todos dizem.

- Qual a dificuldade de acreditar em mim?

- Você se mete em uma encrenca todos os dias Emily, como quer que nós acreditamos em você?

- Acreditando ué, eu não estou mentindo, eu nunca faria isso.

- Mas porque estava no local do crime?

- Eu... Eu não posso falar.

- É por isso que tem que ser interrogada, não quer falar para nós, vai ter que falar para o juiz.

- Eu não vou fazer isso.

- Vai sim, ou você fala o que aconteceu, ou a audiência será marcada.

- Eu NÃO vou falar.

- A audiência é mês que vem.

- Eu sou inocente – Eu grito.

- Então nos conte a verdade Emily.

- Eu não posso tá? – Eu falo quase chorando – Eu não vou... – Eu levanto e vou para a escada.

- Emily volte aqui e assuma – Minha mãe diz, eu me viro em sua direção.

- Como mãe... Eu acho que deveria acreditar em mim... mãe. – Passo a mão pelos olhos, limpando algumas lagrimas que caiam e subo para o meu quarto.

- Está tudo bem Emily? – Lara sai do quarto perguntando.

- Me esquece Lara – Bato a porta e me jogo na cama.

Eu não podia falar a verdade, não que ela fosse tão pesada, mas o que o Felix vai fazer comigo? Eu não posso falar, não que eu tenha medo dele, mas tenho medo do que ele pode fazer, se ele fez com outra pessoa, porque não faria comigo?

- Emily? – David me chama do lado de fora.

- Vai embora David.

- Posso entrar?

- Vai embora.

- Entrei... – Ele abre, entra e novamente fecha a porta. Viro-me de costas para ele – Pode me contar o que aconteceu?

- Claro que não.

- Por quê?

- Porque eu não quero contar, simples.

- Pelo menos conte a policia.

- Eu não quero, e eu não posso contar David.

- Por que não pode?

- As pessoas correm risco de não me ver nunca mais.

- Como assim? Tem alguém te ameaçando? É isso? – Ele senta ao meu lado e me olha nos olhos esperando a resposta – É isso Emily?

- Não – Respondo baixo, mas o suficiente para que ele ouça.

- Está mentindo – Eu abaixo a cabeça, mas ele levanta segurando meu queixo – Por que não fala logo a verdade, é o melhor que tem a fazer...

Tiro sua mão do meu queixo e suspiro.

- Não David, não é o melhor que eu tenho a fazer, se eu disser... Eu...

- Você? – Não respondo – Emily eu sei que tem alguém te ameaçando de algo, eu sei que você não fez o tal crime, mesmo eu não sabendo qual seja, mas o melhor que tem a fazer é contar a policia quem fez, a pessoa vai ser presa e parar de te ameaçar.

- Isso é o que pensa David – Dou um meio sorriso – Não é tão fácil assim... Mas não insista, não vou te contar.

- Tudo bem, eu tentei te fazer dizer a verdade. Pelo menos agora eu sei que tem alguém por trás disso.

- Você sabe demais, cuidado... – Sorrio e ele ri.

- Sinto muito lhe informar... Não tenho medo de você.

- Vai lá na sala e pergunta aos policiais “o que foi que eu fiz” e me diga se tem medo ou não – Ele ri.

- Eles já foram.

- Ah... Agora fica sem graça te ameaçar...

- Você não dá medo Emily.

- Muito menos você... David.

Ele ri pelo nariz e voltamos a nos encarar. Tudo bem que isso é bem estranho, mas pela primeira vez o David um tanto quanto legal comigo, nada demais, só um pouco menos grosso e não tenta jogar bestagens em minha cara, muito pelo contrário, ele tentou me alegrar, mas isso não vai fazer o meu ódio por ele passar, apenas dá uma minimizada. Apenas.

- E se eu te agitar um pouco? – Ele ri.

- Como David?

- Muitas formas, só basta você deixar.

- Posso saber que formas não essas?

- Feche os olhos.

- Eu sei o que você quer fazer.

- Então finja que não sabe e feche os olhos.

- Sabe que eu vou querer te matar não é?

- Pelo menos eu morro com duzentos dólares no bolso. – Rio.

- Não faz isso...

- Mas eu quero... Feche os olhos.

Respiro fundo e fecho os olhos. Eu sei, e todos sabem o que vem em seguida.

Sinto sua respiração batendo contra a minha, logo sua mão vai para o meu pescoço me dando um leve arrepio e ele mergulha seus dedos entre meus fios.

- Não me mate Emily – Ele sussurra.

­- Não prometo nada...

Sussurro de volta, a ponta dos nossos narizes se tocam, logo... Meus lábios se encostam aos dele, ele entreabre sua boca a encaixando na minha, e logo começamos com o beijo, calmo, que por trás existia uma pitada de desejo.

Ele começa a beijar com mais vontade, e o beijo passa de calmo, para um coberto de desejos, ele me empurra para trás com calma me deitando na cama, assim que ele estava por cima de mim, eu acordo para realidade e o empurro dando um tapa em sua cara.

- Ai, tá maluca? – Ele coloca a mão no rosto.

- Ai meu Deus... Me perdoa David – Falo recuperando o ar que foi perdido. Eu levanto indo em sua direção – Me desculpa, por favor, eu não queria fazer isso... Eu...

Ele me olha e sorri de canto.

- E David é o vencedor...

- Eu não acredito que fiz isso.

- A gente fez.

- Vamos fingir que isso nunca aconteceu.

Ele ri e se aproxima.

- Já que vamos fingir que nada de mais aconteceu... Vamos fingir mais um pouco.

- Como assim?

- Assim... – Ele me puxa pela cintura e me beija, de primeira eu tentei empurra-lo, mas logo cai em seus “encantos”.

Tudo bem, como sou uma ótima atriz, vou fingir que nada aconteceu.

Entre beijos e mais beijos que não aconteceu eu e ele acabamos dormindo juntos.

E vamos fingir que isso nunca aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Oi!
Tudo bem meninas? Como está o coraçãozinho? Batendo... Que pergunta mais idiota, enfim, eu sei que poderia ser mais...
UAAAU *0*
Mas foi isso ai que eu consegui, ok? Espero que tenham gostado, eu sei que podeira ter rolado coisas mais... Sei lá, legais, mas pelo menos o tal esperado BEIJO rolou, certo? Eu tenho muitas leitoras, será que pelo menos 15 mostram a cara? Eu não mordo, sério... e.e Apareçam amores de mi vida! Beijos no ♥
Comentem! :)