Alice’s POV.

Já se passaram alguns dias. Durante o intervalo das aulas, fiquei conversando com Alexy, Violette e Armin na lanchonete. O assunto era um pouco complicado, falávamos de um orfanato que fica a dois quarteirões daqui. E que me deixou mais intrigada foi que o local não estava em boas condições e não tinha estruturas os suficientes para manter aquelas pobres crianças órfãs.

- É muito triste ver aquela situação. Aquele orfanato esta indo de mal a pior. Violette e Eu entramos e vimos que as estruturas do prédio estão acabadas, as paredes estão rachadas teto com goteiras, pinturas de parede se descascando, e o pior que aquilo tudo cheira mal. Não são um lugar adequado para manter-la aquelas pobres crianças – Disse Alexy revoltado com a situação.

- Elas também não se alimentam direito, só sobrevivem de pão, bolacha, suco e resto de comidas. Elas estão desnutridas, vendo aquilo tudo foi demais pra mim – Disse Violette triste.

- E também elas não têm escola para poder ensiná-las – Disse Alexy

- Nossa que horror! Precisamos fazer alguma coisa. Temos que ser voluntários e ajudar essas crianças carentes – Disse sendo uma voluntária.

- Não é tão fácil quanto parece. Temos que ter aptidão para a tarefa e ser aceito pelo grupo – Disse Armin.

- Eu tive uma idéia, que tal a gente arrecadar dinheiro, roupas, brinquedos, remédios, alimentos não perecíveis e tudo que eles precisam?!  Mas para isso precisamos da colaboração de todo mundo – Dizia eu toda sorridente.

- É uma boa idéia, Alice, mas será que os restos da turma vão topar? – Perguntou Alexy

- Creio que a metade sim, enquanto o resto, eu já não duvido de nada – Dizia eu revirando os olhos

- E se a prefeitura pudesse ajudar? Eles que construíram aquele prédio, e eles têm que tomar uma providencia cabível– Disse Violette.

- Verdade, vocês tem idéia? Aquele prédio foi construído há 100 anos e parece que nunca passou por uma reforma – Disse Alexy.

- O professor Faraize podia nos ajudar, ou a Diretora. Temos que ter a participação da comunidade neste assunto. E se a gente se unir, temos certeza que faremos aquelas crianças felizes – Disse Armin.

- Sim, assim eles podem acionar os órgãos públicos, e de todos que a gente oferecer, a nossa participação é fundamental – Dizia Eu.

- Então? O que estamos esperando? Vamos começar, Já! – Disse Alexy sendo determinado

Entramos ao colégio, e fomos conversar com a Diretora, Boris e o professor Faraize na sala dos professores. Eles toparam a idéia e disseram que é uma atitude bem bonita de ser resolvida para essas crianças. A Diretora falou que precisamos arrecadar dinheiro de todo mundo, dos professores e alunos para fazer sua doação, e também doar roupas, e outros objetos de valor. Alexy, Violette, Armin e Eu tivemos que organizar em grupo de dois. Armin e Violette foram para as suas casas conseguiram algo de valor que eles não precisam mais. Armin e Eu fizemos uma caixinha para as pessoas colocarem dinheiro dentro, e conseguimos uma mesa grande e colocamos no corredor para todo mundo vier fazer fila em diante de nós e doar algo de valor.

Os alunos fizeram uma fila e foram colocando objetos de valor em cima da mesa e dinheiro na caixinha. Nathaniel foi o próximo da fila e sorriu para gente.

- Eu achei muito bonito o que você estão fazendo. É uma atitude tão nobre, foi bom ver-lo vocês darem o primeiro passo – Disse Nathaniel.

- A gente agradece Nathaniel. A participação de vocês esta ajudando muito – Dizia Eu sorridente.

- Então nerd, o que você vai dar? – Perguntou Armin sendo indelicado e encarando Nathaniel.

- Bom, eu vou dar esse dinheiro aqui – Nathaniel colocou o dinheiro dentro da caixinha – Então ta, eu vou indo então, se precisarem de algo, é só contar comigo, viu? – Nathaniel piscou pra mim e foi embora.

Armin ficou irritado quando Nathaniel piscou pra mim, e depois ele pediu para as pessoas da fila esperar um momento. Ele pegou em meu braço e me levou ate o outro corredor, e fiquei sem entender nada porque motivo ele agiu assim.

- Eu não gostei nadica de nada quando aquele nerd piscou pra você! – Disse Armin com ciúmes.

- Ai para com isso. O Nathaniel é apenas meu amigo e nada demais, eu só tenho olhos pra você Armin, deixa de ser ciumento.

- Mas vocês já namoraram antes? – Perguntou Armin desconfiado

- Não, a gente apenas se paquerava, eu era afim dele, mas agora quando eu te conheci, eu me apaixonei por você, entendeu? Você é o amor da minha vida – Perguntei acariciando seu rosto, mas Armin fica emburrado.

- Esta bem! Vou tentar me controlar – Armin se acalmou e depois sorriu.

- Ótimo, agora vamos voltar para a mesa. – Peguei em sua mão e retornamos ate a mesa para o pessoal da fila.

No fim das aulas, tudo terminou tranqüilo e sem confusão. Nós quatro: Alexy, Armin, Violette e Eu se reunimos no pátio com todas as caixas e sacolas com objetos de valor, e todos os alunos estavam ajudando. Eu e Armin ficamos sentados no banco e contando o dinheiro que estava na caixinha.

- Nossa quanto dinheiro, todo mundo contribuiu – Disse feliz da vida

- É verdade, sabe, estou pensando em doar algo de valor, lá em casa eu tenho uns games eletrônicos velhos que nem uso mais – Disse Armin que colocou o braço em volta do meu pescoço

- É uma boa idéia Armin, faz isso mesmo, também vou lá em casa tenta procurar algo de valor que eu não use mais.

- Você quer que eu vá com você? – Perguntou Armin.

- Não, se meu Pai descobre que levei um menino pra lá, ele me mata – Disse aflita

- Esta bem então, cada um vai indo para a sua casa. – Disse Armin.

Quando terminamos de conversar, ouvimos a Ambre reclamar sobre as doações para as crianças. Ela se negava em ajudar.

- Eu não vou ajudar droga nenhuma, você tem idéia? Eu não suporto crianças, elas são chatas, choronas e fedorentas – Disse Ambre reclamando

- Você quer parar de gritar? Eu não consigo ouvir o barulho do meu MP3 – Gritou Castiel na cara da Ambre

- Você não grita com a minha irmã, seu estúpido – Disse Nathaniel empurrando o Castiel

- Não encoste a mão em mim, seu idiota – Castiel retribuiu.

A turma em volta impediu desses dois se matarem. Parece que nem pra isso, eles dão uma trégua, sinceramente, eu acho que esses dois se amam em segredo, mas não admitem.

Mais tarde todo mundo guardou as caixas e sacolas dentro do porão, ate esperar o dia seguinte para poder entregar. Enquanto isso eu fui para a minha casa e arrumar alguns objetos de valor para a doação. E arrumei tudo a tarde toda e esperei o dia seguinte.

Na manhã seguinte cheguei ao colégio Sweet Amoris e levei todas as caixas para o porão. Quando me deparei que ele estava bastante lotado, mal andava pra andar no meio de pilhas de caixa. Dez minutos depois, Armin e Alexy chegaram juntos com doações, produtos de limpeza, lata de tintas, pincéis, rolo para pintura e etc...

- Esta tudo aqui. Eu falei com a prefeitura e eles apoiaram a idéia e vão nos ajudar a reformar-lo orfanato– Disse Alexy

- Ah que bom! Agora precisamos reunir todas as caixas num caminhão e levar para o orfanato – Dizia Eu.

Chegando lá no orfanato as crianças nos receberam muito bem até a diretora da Creche adorou a nossa visita e doamos tudo para eles. Eu fiquei brincando com as crianças e claro, foi uma experiência muito linda, nunca pensei que me emocionaria desse jeito, aquelas crianças sem Pai e sem mãe, me dão um aperto no coração ver aquele sofrimento, mas tudo foi perfeito. E eles adoraram os presentes.

Durante alguns dias a prefeitura reformou as paredes rachadas, colocaram telhas novas e muitas coisas em geral, enquanto a turma da minha escola pintamos as paredes, limpamos o chão e tudo que tinha de poeira. A Prefeitura doou muita coisa, inclusive cobertores, camas e alimentos não perecíveis durante um ano. Foi muito bom ver a participação de todo mundo. E claro, foi uma semana muito exaustiva, queria poder dormir durante um mês.

Continua...