Liz Ou A Guardiã escrita por CR


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Eu lamento imenso mesmo tanto, todo este tempo de espera!!! É que minhas aulas começaram de novo, e o início é sempre meio complicado, mas finalmente consegui um tempinho para dedicar a vocês, leitores maravilhosos amores fantásticos, e escrever este capítulo.

ESTE É O CAPÍTULO! (vou só deixar isso aí e quero que vocês me comentem o que acharam do que eu estava a falar, e se adivinharam hahahaha)

Bom, não vos deixo ler o capítulo sem relembrar que Senhor dos Anéis, Hobbit, e todo o universo pertence ao Professor Tolkien, cujas histórias ainda hoje nos fazem sonhar com um mundo melhor e mágico.

Boa leitura!!!



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A verdade pelos seus olhos

Quando eles saíram, Liz e Legolas olharam-se.

– Bem… - Legolas começou por dizer. – Parece que não és a única a acreditar que eu mereço o amor.

– Claro que não. – Ela sorriu, abraçando-o fortemente. – Quero que saibas que nunca aceitaria a exigência de teu pai, Legolas, eu seria incapaz, incapaz de me unir a ti dessa maneira.

– Sou assim tão mau partido?

– Não sejas parvo. Gosto é demasiado de ti para te obrigar a algo. – Ela retorquiu. – E imagina como seria quando fôssemos para Rohan e disséssemos aos outros que estávamos noivos… - Legolas riu-se, afastando-se um pouco dela.

– Tu és linda! Maravilhosa! – Ele disse com um enorme sorriso. – E a única razão de ter dito não ao meu pai foi porque acredito sinceramente que vais encontrar o amor correspondido não importa o que pensas.

– Tal como tu? – Ela perguntou, vendo a cara de Legolas mudar para um aspeto mais triste. – O que se passa?

– Eu já encontrei o amor.

– E esse anel? – Liz perguntou-lhe cautelosamente, sentindo o seu coração bater. – Tu apaixonaste-te por essa criança, mas continuas com o teu anel, o que significa que esse amor acabou e podes seguir em frente e encontrar outra pessoa.

– Não. – Ele respondeu friamente. – Liz ainda está muito na minha mente, não consigo ultrapassá-la. Além disso, às vezes algumas das tuas ações e dos teus gestos fazem-me recordá-la e… Eu ainda a amo. Amo-a com todo o meu ser.

– Uma vez ouvi dizer que os Elfos só se apaixonam uma vez. – Liz disse, mordendo o lábio inferior. – Eu sinto muito, merecias alguém muito melhor do que ela.

– Não fales mal dela! – Ele disse, furioso.

Ele mordeu o lábio inferior, impedindo as suas palavras e olhando para a ruiva que não se mostrou surpreendida com essa revelação. O elfo lembrara-se que já tinha dito algo parecido a ela.

– Desculpa, mas é aquilo em que eu acredito. Devias esquecê-la. Não deve ser fácil, e não estou a dizer que é fácil, mas devias deixá-la ir. Depois da guerra acabar, devias procurar outras pessoas. Quero dizer, ela pode morrer nessa missão, e aí esse amor tem mesmo de acabar.

– Nunca vai acabar! – Legolas estava furioso. – Eu… Eu amo-a, Liz! É bom que aceites isso! Eu até posso voltar a amar, mas nunca a irei esquecer. Eu queria que percebesses isso.

– Eu percebo! – Ela retorquiu, tentando ir embora.

– Eu não consigo esquecê-la, Liz!

– Também tu estás sempre na sua mente, tenho a certeza.

– Eu não. – Ele retorquiu. – Liz abandonou tudo e todos.

– Quando estás sozinho, em quem pensas? – Liz perguntou suavemente. – Nos teus pais, nela…?

– Nas pessoas que amo obviamente.

– Precisamente. – Liz sorriu. – Todos nós quando estamos sozinhos pensamos naqueles que mais amamos. Quando passamos mais de metade da nossa vida sozinhos, o nosso coração tem de ter algo que o alimente, que o faça viver, então temos que pensar naqueles que amamos com todas as forças.

– Tu percebes de estar sozinha… Em quem pensas?

– Na minha família, nos meus amigos…

– Então, tu tens família viva? Amigos…

– Sim, mas também penso na minha mãe e ela morreu há anos. – A resposta saiu-lhe naturalmente e Liz sentiu a respiração parar com medo que Legolas ficasse ainda mais desconfiado.

– Tens irmãos ou…

– Não, sou filha única. Não foi por falta de vontade da parte dos meus pais… Eles amavam-se como nunca vi ninguém amar outro ser… O amor deles é… - Ela interrompeu-se, fechando o seu sorriso. – Eu era uma criança muito complicada, os meus pais amavam-me, mas tenho a certeza que acharam complicado ter mais um filho já que eu sozinha dava-lhes imenso trabalho e imensas dores de cabeça.

– Sentes muita culpa… - Legolas aproximou-se dela. – Eu sei o que isso é, mas a culpa não é tua. No meu parto, a minha mãe esteve à beira da morte, e desde aí nunca mais foi a mesma, estava sempre fraca, o parto não era para ela. No entanto, os meus pais tiveram um segundo filho. Dois meses depois, ela morreu, mas valeu a pena.

– Se te pedir que me beijes, tu o realizarás? – Ela perguntou. – Não, espera! Desculpa! Eu não devia ter perguntado isto! Perdão! – As suas desculpas foram interrompidas pelo beijo desesperado do loiro, que a encostou à parede do corredor.

– Nem precisas de pedir. – Ele sussurrou depois de se separar dela, agarrando-a pela cintura. – No entanto, fico feliz que o faças.

– Eu sou tão estúpida! – Ela sussurrou, chorando.

– Não és! – Ele contrariou-a. – Não chores! Desculpa, eu afasto-me! – Ele recuou, dando-lhe espaço para sair.

– A culpa não é tua! É minha! Claro que me beijarias, já provaste o quanto me desejas… Eu sou tão estúpida… É normal que aches que sou uma oferecida, porque te digo que não quero nada contigo e depois peço-te que me beijes assim do nada.

– Eu não penso isso de ti, nem nunca pensei, não verdadeiramente. – Legolas retorquiu. – Essas palavras foram derivadas dos ciúmes. Toda a gente gosta sempre de ti e eu… Eu senti necessidade de te afastar, de te resistir, mas por mais que eu fizesse, tu continuavas a entrar, a meter-te sob a minha pele e, na outra noite… Na noite em que nos unimos, eu vi-te a adormecer com um sorriso no rosto, relaxada como nunca te tinha visto antes e, à medida que a noite passava e que o sol tomava conta do céu, uma sombra se depositava na minha alma.

– Porquê?

– Porque tu estavas carente. – Ele respondeu. – O destino de Boromir é incerto e tu estavas triste e eu aproveitei-me da tua vulnerabilidade. Só depois percebi porque ao início me tentaste resistir. Tu não me amas, mas quando te mostrei a necessidade que tinha de um beijo teu, tu pensaste em Boromir, em como o facto de o teres rejeitado o deixou desorientado, perdido, e não quiseste que o mesmo sucedesse comigo.

– Não sejas tolo! O que aconteceu com Boromir é muito diferente daquela situação. Eu rejeitei o amor dele, não somente um desejo carnal. A ti eu tentei resistir-te ao início, porque sabia que tu não te irias sentir bem por me teres beijado só por desejo. Não era justo para nenhum de nós os dois e agora olha para nós!

– Oh, Liz! – Ele puxou-a para um abraço, acariciando-lhe os cabelos e ela deixou-se ser envolvida por aquele gesto.

– Sempre gostei do teu abraço, do teu cheiro. – Ela confessou, o corpo relaxando. – O cheiro intenso a rosas de Mirkwood do teu cabelo, a mistura de odores de Beinyar e o teu perfume natural, tudo isso é tão bom. E adoro que agora me trates bem, mas não posso deixar que isso continue, pois não o mereço. Eu não mereço nenhum sentimento bom vindo de ti, não depois de te ter magoado tanto.

– Tu nunca me magoaste. – Ele declarou seguramente.

– Eu estou a colocar toda a Terra Média em perigo ao contar-te isto, segundo o que Galadriel me disse, mas também não é justo esconder isto de ti quando já tantos o sabem… - Ela mordeu o seu lábio inferior, afastando-se do abraço e recuando, criando uma grande distância entre si e o loiro.

– Eu não estou a perceber…

– Eu penso que, no fundo, sempre o soubeste, e provavelmente essa era a razão para me teres tratado como me trataste. – Liz começou por dizer. – Não há uma maneira fácil de dizer isto, eu ainda disse a mim mesma que tudo daria certo, mas a verdade é que nunca deu, não ia começar agora… Legolas, eu sou Liz Nármdroel, filha de Ibetu e Melody, a Guardiã do Anel da Última Esperança de Paz. Eu sou aquela a quem Doe depositou a missão de destruir o Olho de Sauron, eu sou ou fui outrora a criança que conheceste aqui mesmo em Mirkwood. Eu… - A sua voz, até agora segura, começou a falhar. – Eu sou aquela que abandonou a família, porque não suportou a dor, porque não compreendia o amor, eu sou aquela que te abandonou quando te prometeu que nunca abandonaria aqueles que ama.

– Não… Isso não é verdade! – Legolas falou, recuando ainda mais. – Como é que foste capaz de me esconder isso? Liz, por que é que não me disseste logo que me viste em Rivendell? Como é que foste capaz de me esconder isso?

– Se soubessem que a Guardiã acompanhava a comitiva do Anel Um correríamos um risco ainda maior, então eu optei por não o contar a ninguém. Somente Aragorn da Irmandade o sabia antes de começarmos a nossa caminhada. Para além deles, Elrond, Arwen e Dithinia, minha avó. Nem a meu pai o disse, embora ele me tenha revelado que sempre soubera quem eu era.

– Tu contaste a Aragorn, mas não a mim, a quem já conhecias?

– Aragorn descobriu, na verdade, assim como Arwen, Elrond e Dithinia. Aliás, nunca o revelei a ninguém com exceção de Boromir.

– Porquê a ele e não a mim?

– Estou a contar-te agora. – Ela respondeu, limpando as lágrimas. – E se não te contei na altura foi porque logo desde o início me trataste mal, mas isso não importa mais.

– Não importa? Tu mentiste-me, Liz, tu disseste na minha cara que não eras a Guardiã!

– Isso porque eu acreditava que não era. – Ela confessou. – Não me entendas erradamente, não estou louca, tenho noção de quem sou, mas uma vez tu disseste-me que eu era Liz, somente Liz, e eu acreditei nisso, acreditei que a minha missão não era a minha identidade. Mais tarde percebi que faz parte de mim, que me fez quem sou e agora eu sei que sim, sou a Guardiã. Um pouco Liz, mas mais Guardiã do que Liz. Entendes?

– Não, eu não entendo! – Ele disse friamente. – Como é que tu foste capaz de te esconder de mim? De me mentir!?

– Eu não sei o que dizer para melhorar a situação. – Liz respondeu, tentando afastar as lágrimas.

– Agora tudo faz sentido! – Legolas disse para si mesmo. – Tudo aquilo que sabes de Mirkwood, tudo o que sabes de mim, do meu pai, até mesmo de Rosez; tudo o que sabes da história dos Elfos… Até a paz que sinto ao teu lado.

– Eu peço perdão por todo o mal que te causei, por quanto te magoei. Eu sei que te magoei quando fugi de casa e não vim ter contigo, teu pai disse-me. Não há nada que possa melhorar isto…

– Eu tenho a certeza do teu esforço para não te rires cada vez que falei de ti a ti própria!

– Agora estás a ser injusto! – Liz avisou. – É bom saber que eu te marquei tanto quanto tu me marcaste.

– Deixa de ser hipócrita! – Legolas esbravejou, passando a mão do cabelo, tentando desarrumá-lo sem sucesso. – Por que é que me contaste isso? Estavas com esperança de que essa revelação fizesse com que eu te tratasse melhor?

– Muito pelo contrário. – Liz respondeu já sem lágrimas. – Não disseste que me amavas, ou amavas a criança que conheceste? Eu sou a criança que conheceste, Legolas, mas olha para mim, sou realmente? Ou sou simplesmente alguém que já não reconheces, que soube do teu sofrimento por minha causa e não fez nada em relação a isso? Não quero que me trates bem como decidiste fazer quando leste a minha carta, não o mereço nem o quero. Estamos os dois numa missão e é isso, não preciso de tratamento diferente agora que te deste conta de promessas que não significaram nada. – Ela comentou.

– Não significaram nada para ti que as quebraste todas. – Ele contrariou, mostrando as suas lágrimas.

– Eu não as quebrei todas! Eu escrevi-te a carta que te prometi… E sinceramente, tu podes dizer que as cumpriste? Tu viste bem a maneira como me maltrataste desde que me viste em Rivendell?

– Tu magoaste-me demasiado!

– Legolas…

– O que é que se passa aqui? – Perguntou Thranduil, saindo com Doe, Ibetu e Dithinia e encontrando os dois.

– Liz contou-me a verdade finalmente. – Legolas respondeu prontamente, olhando para o pai.

– Quando tu dizes a verdade, estás a falar de quê exatamente? – Ibetu perguntou cautelosamente.

– Tu sabes do que estou exatamente a falar, Ibetu, afinal ela é tua filha! – Legolas exclamou, limpando as suas lágrimas.

– Tu disseste-lhe? – Perguntaram Ibetu e Thranduil ao mesmo tempo.

– E o que Galadriel disse? – Acrescentou o rei de Mirkwood.

– Legolas merecia saber a verdade. – Liz disse calmamente, notando que as lágrimas insistiam em cair, embora a sua voz estivesse firme.

– Fico contente que o tenhas feito. – Thranduil admitiu.

– Pois eu não! – Legolas exclamou. – Eu preferia ter ficado na ignorância do que descobrir que fui o último a saber. No entanto, nem sequer estou surpreendido com a tua ação, Liz, porque eu penso que sempre soube que não era importante na tua vida.

– Como te atreves a…? – Ibetu interrompeu-se ao ver a mão levantada da ruiva, como sinal para que ele não dissesse nada. – Mas filha…?

– Deixa estar, pai. – Liz insistiu agora em voz alta. – Eu magoei-te, Legolas, eu admito, por isso percebo que reajas assim.

– Pois eu penso que é uma atitude bastante covarde! – Thranduil exclamou, avançando para Legolas, que lhe deu atenção. – Passaste meses aqui quando Liz fugiu esperando que ela viesse e agora reages assim quando vês que ela está bem e segura?

– Não é por ela estar bem e segura que eu reajo assim. – Legolas retorquiu para o pai. De seguida, virou-se para Liz. – Estou assim, porque me iludiste, me fizeste crer que era importante para ti. Duas vezes, Liz! – Ele acusou.

– Eu não sei o que dizer… - Ela suspirou. – Apenas que não desejei iludir-te. Tu és importante para mim.

– Se fosse… - Ele começou por dizer, enfurecido e magoado, com lágrimas nos olhos. – Não chores, Liz!

– Tu tens razão, eu não mereço nada disto… - Liz encolheu os ombros, limpando as lágrimas do rosto, que logo foram substituídas por outras. – Que queres que diga mais?

– Sinceramente não quero que digas mais nada. – Ele respondeu, aproximando-se lentamente dela. – Eu não menti, Liz, eu realmente acredito que seria melhor para todos nós se o destino da Terra-Média não estivesse nas tuas mãos, nas mãos de uma fraca.

– Tu podes estar certo de muita coisa, Legolas, ofereço-te esse elogio, mas não penses por um segundo que estás perante um ser fraco. – Liz disse firmemente. – Eu sou forte e não tenho problemas nenhuns em te assegurar que, com toda a certeza do meu coração, o vou mostrar. Porque eu vou destruir Sauron de vez. Assim que Frodo destruir o Anel Um, eu cumprirei a minha missão e eu vou lutar com toda a força que acumulei ao longo destes anos. O meu destino é um pouco incerto, mas eu sei que derrotarei Sauron, mesmo que morra, mesmo que a maior parte das pessoas não acreditem em mim como tu. Porque tu um dia podes ter-me dito que eu não era a Guardiã, que eu era Liz, e que tinha apenas a missão de Guardiã, mas agora eu sei algo que não sabia na altura. Eu já cresci. Tu, mais do que ninguém, sabes que já sou uma mulher feita. Eu sou uma mistura de raças e não importa a quantidade estrondosa das pessoas que acham que o meu lado humano me faz ser fraca, porque eu sei a verdade, e a verdade é que o meu lado humano me faz ser corajosa, me faz ir buscar força àquilo que perdi, pois a perda é muito mais real para os humanos… E é a perda que me faz acreditar todos os dias que eu conseguirei livrar o nosso mundo de Sauron, para diminuir um pouco essas perdas, para ter um terço da felicidade que os Elfos têm. – Liz apontou para o anel de Legolas, o anel que ela tinha feito em criança. – Os Elfos estão sempre a refletir sobre os povos da Terra-Média, sempre com ideais de que o coração humano está cheio de corrupção, e isso até pode ser verdade, mas queres saber porquê? Os humanos não vivem para sempre, eles não têm uma eternidade para encontrar o amor, o ser perfeito para eles. Diz-me, Legolas, como achas tu que alguém reagiria se não encontrasse o amor? Tu não encontraste, certo? Como é que te sentes? Não, não respondas já, porque quero que imagines a dor de não encontrar o amor adicionada com a dor de saber que não terás tempo para o fazer… No entanto, ainda assim, a maior parte dos humanos resiste à corrupção. Olha o Boromir! Ele encontrou o amor, e eu rejeitei-o e ele cedeu ao Anel Um, mas no fim, também lhe resistiu e continua por aí, o seu destino é incerto, mas não é corrupto. É em exemplos desses que vocês, Elfos, deviam pegar para falar dos Humanos, e não na corrupção! Todos os corações fraquejam e o meu não foi exceção. Quando perdi minha mãe, fraquejei, é verdade! Mas dizer que foi a minha parte humana é de uma extrema ignorância, fui eu num todo, todas as minhas raças. Foi a parte humana, porque foi a parte que perdeu para sempre o ser maravilhoso que me viu crescer; foi a parte feiticeira que não a conseguiu salvar; e foi finalmente a parte élfica, por saber que poderiam passar séculos e eu continuar viva sem ter a minha mãe a meu lado.

“No entanto, já se passaram anos, construí fortalezas ao redor de mim, já não sou o ser fraco que conheceste. Já não sou a criança que chora por ter a família longe, ou porque uma das pessoas que mais amava foi ligeiramente ferida. Não, eu amadureci, fortaleci-me a mim própria, não me venhas dizer que a Terra Média estaria muito melhor se eu não fosse a Guardiã. – Liz elevou-se, emanando uma aura de poder. – Eu sou a Guardiã! Eu fui feita para esta missão, e a Terra Média devia ajoelhar-se e agradecer a Doe por me ter encontrado, por ter visto que eu era o ser mais indicado para a missão de destruir Sauron. – Ela recuou, encolhendo-se. – Se não quiseres acreditar em mim, estás no teu direito, claro.

– Liz! – Ibetu e Doe disseram ao mesmo tempo, abrindo os braços e Liz avançou para o pai, sentindo-se ser acolhida por ele.

– Eu… Eu preciso de ir dormir. Ainda te lembras que tenho essa necessidade, pai? – Ela perguntou meio a brincar.

– Tens razão. – Ele sorriu, separando-se do abraço e afagando-lhe o rosto. – Anda, eu vou ficar um pouco contigo. Boa noite a todos!

– Boa noite! – Liz disse, saindo com o pai pelo corredor até chegar ao seu quarto, onde ambos entraram. – Pai, achas que fiz mal?

– Pelo contrário, minha filha, estiveste lindamente. – Ele assegurou, vendo-a vestir uma camisa de dormir.

– Eu não quis magoar o Legolas, mas eu tinha de lhe contar, porque não merecia que ele me tratasse bem depois de o ter magoado tanto. – Liz explicou colocando-se dentro das cobertas.

– Tu fizeste muito bem em contar-lhe, mas talvez o tenhas feito pelas razões erradas. Tu devias ter-lhe contado por sentir que o correto era dizer a verdade sobre ti ao ser que mais amas, e não por outra razão.

– Mas no fundo foi isso. – Liz explicou, vendo que ainda tinha algumas lágrimas. – Eu contei-lhe porque ele merecia saber a verdade, porque ele não merece não saber quem sou. E porque eu não me posso apaixonar ainda mais por ele, ou a dor será cada vez maior pela perda.

– Amo-te, sua tonta! – Ibetu deu-lhe um beijo na testa. – Preciso de contactar com Galadriel através das águas…

– Não é por ter dito a Legolas, pois não?

– Não! – Ibetu respondeu. – Não te preocupes com isso! Basta manter a discrição para que a jornada não se torne ainda mais perigosa.

– Boa noite, pai! – Liz desejou, acomodando-se na cama.

– Boa noite, filha!

AGRADECIMENTOS!

Quero agradecer, como hábito, a todos os leitores e aqueles que favoritaram a história, porque também são especiais. Quero agradecer, em particular, aqueles que comentaram o capítulo anterior:

De Perogini: Muito obrigada pelo seu lindo comentário! O capítulo anterior foi um dos meus favoritos, assim como este. Espero que tenha gostado. Legolas e Liz são mesmo cabeças duras e vão bater em muita parede ainda, me parece, antes de se darem conta de que pertencem um ao outro (isto se se derem conta *evil laugh*). Continue comentando!

Lyn Black: Muito obrigada por todos os seus comentários maravilhosos, e por todo o carinho que sinto nas suas palavras! Eu lamento não conseguir responder antes aos comentários, mas eu faço o melhor que consigo. Espero que me perdoe! Espero que tenha gostado deste capítulo, mas é claro que espero ansiosamente pelo seu comentário para saber o que achou!

NanaAnonimaAnomaliaA: Muito obrigada pelo seu comentário maravilhoso! (somos ambas malignas *risada maligna conjunta* Bom saber que está tudo bem com você. E bom saber que adorou o capítulo anterior, espero que tenha adorado este também, me diga o que achou, tá?

Joyce Hygurashi: Muito obrigada pelo seu comentário doce! Rosez e Linidus ♥ Espero continuar a dar segundos felizes com esta história a você. Me diga o que achou deste capítulo, please!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Mau, ruim, péssimo, bom? Me digam nos vossos comentários. Mas quem estava pensando que era outra coisa, como talvez uma noite de amor? Espero que tenham gostado sinceramente, pois foi um capítulo que me custou escrever, porque tenho a certeza que se tivesse mais tempo faria as coisas de outro modo, mas acabou assim...
Kiss kiss,
CR, a autora



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