Liz Ou A Guardiã escrita por CR


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Hey! Espero que desta vez não tenha demorado muito a atualizar. Eu penso que não foi muito, mas a verdade é que ando cheia de preguiça ultimamente.
Neste capítulo, veremos a reação de Thranduil quanto a Liz esconder a sua identidade de todos. O que acontecerá?
Como sempre, relembrar que Lord of the Rings pertence ao Professor Tolkien, um grande linguista e académico, para além de meu autor favorito.

Boa leitura!



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Erros do Passado

– Godiva! – Ela exclamou, sentando-se ao seu lado. – Não percebe, sua Majestade? Eu não posso dizer nada, ou ficaremos todos em maior perigo. Galadriel mo disse, e eu temo o que virá.

– Liz, há muito tempo que te disse para me tratares sem tais formalidades de reis e majestades. – Ele disse docemente.

– Exatamente, Thranduil, já foi há muito tempo! Muita coisa mudou entretanto, não foi? Eu tornei-me fraca e…

– A minha opinião por ti só se eleva a cada dia que passa, Liz. – O loiro disse, acariciando-lhe o rosto. – Eu sei que te magoaram as palavras de Legolas, mas elas são sobretudo derivadas da mágoa.

– Eu fui cruel, muito cruel, Thranduil. – Liz disse, por fim. – Como é possível tão bela criatura como eu ter tanta maldade no coração?

– Não tens, Liz, não tens. – Ele assegurou-lhe.

– Então por que razão magoei eu tanta gente senão por maldade?

– Porque quiseste proteger aqueles que mais amas. – Ele respondeu sem pensar duas vezes. – Foi um ato muito nobre.

– Não foi, Thranduil. – Ela sorriu tristemente. – Não foi e Legolas é o único certo no meio desta história toda. Legolas e Rosez. Eu fugi porque sou fraca, porque não aguentei o sofrimento de perder a minha mãe. No dia em que aquilo aconteceu, eu estava tão contente… Eu era uma criança de doze anos e ficava feliz com tudo, mas naquele dia eu tinha visto uma rosa de Mirkwood no sítio onde eu e minha mãe passeávamos quase todos os dias, e a minha mãe explicou que provavelmente ela se devia ao amor de Legolas por mim. Ele foi um dia o meu melhor amigo, e eu estava tão alegre por ver uma prova física dessa amizade, porque as memórias não são suficientes para mim. E, depois… - Ela suspirou. – A dor da perda é horrível. E eu nunca consegui curar-me da culpa que sentia. Porque eu sou a culpada. O meu Anel, a minha missão, eu não pedi nada disto, mas isso não invalida que eu seja a verdadeira culpada. Sabes, a minha mãe morreu para que eu pudesse salvar um dia a Terra-Média de Sauron, mas ela morreu sobretudo porque me amava! – Liz começou a chorar sem perceber. – Eu devia ter dito onde estava o Anel! Eu fui burra! Eles nunca o poderiam usar, e podia ter ganhado tempo até a guarda chegar. Em vez disso, enquanto eles ameaçavam a minha vida e a da minha mãe, enquanto eles me tocavam para me fazer falar, eu fiquei calada, proclamando que nunca diria onde estava o Anel de Paz. E, se voltasse atrás, eu continuaria a não dizer, porque algo me liga a este Anel, me faz ser fiel a ele, mais do que à minha própria mãe: a responsabilidade que sinto pela Terra-Média.

– Não foi só isso, Liz! – Thranduil disse, tentando acalmá-la. – Tu não disseste só por causa da responsabilidade que sentes à tua missão. Tu não disseste nada porque sentirias que estarias a trair tudo o que os teus pais fizeram para proteger a tua missão.

– Sim, claro, mas…

– Mas nada, Liz! Isso é importante. Foi por fidelidade aos teus pais e à tua missão, mas principalmente aos teus pais.

– Então por essa mesma fidelidade, eu não devia ter continuado ao lado do meu pai? – Ela perguntou, irritada de repente, o seu choro mais furioso. – Em vez disso, fechei-me no meu mundo. Durante um ano e meio tudo o que fazia era automático… Eu prometi ao teu filho que não deixaria o medo pelo sofrimento abalar-me mais uma vez e olha o que aconteceu… Bom, mas eu sou perita em quebrar promessas mesmo.

– Liz! – Thranduil exclamou. – Há certas coisas que nós não conseguimos controlar e uma delas é o medo.

– Mas conseguimos controlar como o queremos enfrentar e, no meu caso, fugi.

– Fugiste para evitar que os outros sofressem. – Ele disse suavemente.

– Sim, foi isso, foi sobretudo isso… - Ela acalmou-se, limpando as lágrimas.

– Depois de teres partido de Mirkwood, o Legolas voltou para os Dunedaín. – Thranduil continuou. – E, quando soube da morte da tua mãe, ele passou por aqui, e perguntou-me se devia ir ter contigo, com receio que o tivesses esquecido e que a sua presença não seria importante.

– O quê? – Ela perguntou. – Foi Legolas quem me puxou do mundo em que me fechei.

– Sim, mas sabes, Liz, o Legolas tem noção que, apesar de seres parte Elfa, também és parte humana e ele tinha receio que apenas ele tivesse saído marcado do tempo que passaram juntos aqui. Além disso, eras uma criança, e as crianças apegam-se a toda a gente.

– O Legolas foi uma das pessoas que mais me marcou, Thranduil. – Ela interrompeu-se. – Qual foi o teu conselho?

– Eu passei dias e dias a dizer que ele devia ir ter contigo. – Ele sorriu. – E ele estava sempre de pé atrás, quase certo de que tu o ignorarias. Eu desisti de lhe tentar meter juízo na cabeça e, no dia seguinte, ele partiu num impulso para o teu reino.

– Fico contente que o tenha feito.

– Quando voltou, estava mergulhado numa enorme tristeza. Passou dias e dias a caminhar pela floresta e explicou-me que estava feliz, porque não o tinhas esquecido e porque te tinha ajudado a voltar de novo a viver, mas estava triste, porque percebeu que não serias mais aquela criança cheia de felicidade inocente, e isso revoltava-o. Ele sabia que seria impossível que não sofresses, mas defendia que tinha sido demasiado cedo. Estava revoltado com Ilúvatar. O que o alegrava era saber, acreditar que serias resistente o suficiente para voltar a ser feliz, não com a inocência, claro, mas que serias feliz. – Thranduil disse, sorrindo. – Quando melhorou, ele partiu de novo para os Dunedaín. E, um tempo depois, quando se soube que tinhas fugido do teu reino, Legolas voltou para aqui em menos de duas semanas. Ele tinha a certeza de que tu virias para aqui procurar por ele. Ele ficou aqui seis meses até mergulhar nos seus próprios pensamentos e, depois, partiu. Chegou poucos meses antes de Elrond nos informar do Anel. Quando lhe perguntei se ele te tinha visto durante toda a sua caminhada, ele disse-me que não, e que era melhor ser assim, era melhor que tu não existisses.

– Ah! – Ela exclamou, abraçando Thranduil fortemente e pousando a cabeça no seu ombro. – Quando eu fugi, Thranduil, eu fugi porque acreditava que as pessoas não deviam morrer por minha culpa. Acreditava que isso não devia fazer parte da minha vida. Só que agora percebo, Thranduil, o que eu fiz foi, na verdade, um ato de egoísmo. Quando morreu, a minha mãe estava a sorrir, e eu sempre pensei que ela estivesse a sorrir para que eu pensasse que ela não estava a sofrer. Mas ela estava a sofrer e muito, porque estava a perder a sua mãe, o amor da sua vida e a filha que ela tanto amava. Estávamos todos a sofrer e só agora percebo verdadeiramente o sorriso da minha mãe. Thranduil, ela sorria não para que eu não sofresse, mas porque tinha passado todos aqueles momentos de felicidade junto a nós. Ela sorria, porque tinha vivido, podia estar a morrer, mas tinha vivido. Tinha vivido feliz e encontrava forças na felicidade. – Liz aconchegou-se mais a ele. – Ao fugir do meu pai, da minha avó, dos meus amigos, eu tirei tudo isso. Na minha cabeça, eu não queria que eles morressem por minha causa, mas eles morreriam sempre por mim, mesmo que eu não estivesse presente. Eu afastei-me durante anos com o propósito de os livrar do perigo que me rodeava, mas esse ato de bondade, ou o que seja, tem de ser punido, porque fiz um ato de maldade superior a esse ao mesmo tempo: privei aqueles que me amam dos bons momentos, dos momentos de felicidade que podiam ter comigo enquanto era tempo da felicidade. – Liz separou-se dele, olhando-o. – Quando eu fugi, eu dirigi-me até aqui, Thranduil. Eu queria vir ter com Legolas, queria vê-lo, falar com ele, abraçá-lo, ouvi-lo convencer-me a voltar para junto da minha família. Eu sentia necessidade dele, mas… Eu estava mesmo na entrada da clareira quando ouvi a voz dele, cantando uma balada de amor sobre a história de Tinúviel e Beren, uma versão que eu não ouvi em mais nenhum lado, e eu parti quando a ouvi.

– Porquê?

– Porque o coração do teu filho estava cheio de amor para dar, e eu tinha recebido grande parte dele, mas ele merecia muito mais do que o perigo que eu lhe oferecia. – A ruiva respondeu. – Eu vou abrir-te o meu coração com toda a sinceridade possível, Thranduil, eu amo o teu filho. E não é um amor fraternal, ou uma grande amizade. É também esse amor, claro, porque não tive um amigo maior do que ele, mas é mais do que isso. – Ela levantou-se, olhando-o. – Eu estou apaixonada pelo Legolas. Melinyë Legolas. – Thranduil levantou-se. – Provavelmente sempre o amei dessa maneira, mas agora já não sou uma criança e percebo o que sinto.

– Liz…

– Podes estar descansado, Thranduil, eu sei qual é o meu lugar. – Ela interrompeu-o. – Como tu sabes de Boromir, acredito que saibas que ele me ama. Quando ele mo disse, eu rejeitei-o porque não é a ele que o meu coração pertence, mas também porque eu percebi que simplesmente não terei esse amor, porque o meu único propósito me foi designado no momento em que eu nasci. Eu nasci para a Paz da Terra-Média, para o fim de Sauron e é isso. O mais certo é que morra depois de destruir o Olho de vez.

– Liz…

– Por isso, não te preocupes. Eu iludi-me por um pouco, e deixei-me levar por esse amor que sinto, mas Legolas abriu-me os olhos. Ele não me ama, porque… Bem, não me ama, é isso que interessa. E é melhor assim. Se ele me amasse só sofreria quando eu concluísse a minha missão.

– Não sabes se vais morrer.

– É melhor pensar que sim para me lembrar que não me devo apegar a nada, nem a ninguém. – Liz respirou fundo, e sorriu abertamente, embora o sorriso não alcançasse os seus olhos. – Bem, adeus!

– Liz… - Ele pegou na mão dela, fazendo-a olhá-lo. – Vem para a festa! A tua mãe gostaria de saber que desfrutarias todas as suas memórias.

– Sim… - Ela disse, sendo puxada por Thranduil, que abriu a porta. – Obrigada por tudo!

– Devias arranjar o teu cabelo, ficaste toda despenteada. – Ele disse, divertido.

– Sabes, eu não tenho um cabelo divino como o teu, não é? – Ela perguntou, tentando domar os seus cabelos.

– E mesmo assim és mais bela do que eu. Que vida…

Thranduil interrompeu-se quando saíram para o corredor, vendo Rosez e Legolas fitarem-nos. Rosez parecia surpreendida e ofendida ao mesmo tempo. Thranduil soltou a mão da ruiva suavemente.

– Ah, Legolas, cara Rosez! Que bom que vos vejo! Eu e Liz estivemos a falar sobre a batalha e ela avisou-me que seria melhor que nos apressássemos a ter todos prontos. Por isso, Legolas, pensas que amanhã me poderias ajudar a formar as fileiras? A Liz já se ofereceu para preparar os cavalos.

– Claro… - Legolas disse suavemente, olhando para o chão. – Mais alguma ordem, Majestade?

– Legolas… - Rosez disse. – Vamos?

– Espera um pouco, cara Rosez! – Thranduil sorriu. – Ion, godiva!

– Por que me pedes perdão? – Ele perguntou, olhando-o irritado. – Não me fizeste nada!

– Legolas… - Rosez disse e ele olhou-a furiosamente.

– Cala-te, por favor! – A sua voz estava ríspida.

– Legolas, podes acalmar-te? – Liz perguntou suavemente, fazendo-o olhá-la, mas logo os olhos se desviaram.

– Desculpem-me! Eu preciso de estar sozinho. – Legolas declarou, começando a afastar-se.

– Não! – Liz disse, imponente, fazendo-o virar-se. – Não vais desaparecer de novo, enfiar-te no teu próprio mundo. Temos uma missão e temos de a cumprir. Por agora, estamos aqui e vamos ajudar, mas daqui a pouco temos de partir para Rohan e, para isso, não podes estar assim. Percebo que queiras ficar em Mirkwood, tens aqui pessoas que não queres deixar… - Ela olhou para Rosez. – Mas, Legolas, em primeiro temos que cumprir a nossa missão.

– Eu não quero ficar aqui… - Ele sussurrou. – Eu quero ir-me embora. – Ele voltou-se de novo, saindo pelo corredor fora.

– Bom, vamos voltar para a celebração! – Thranduil exclamou com um sorriso.

– Vou só ajeitar o meu cabelo. – Liz disse, abrindo a porta do seu quarto e olhando-se ao espelho.

– O que queres tu do Legolas? – Rosez perguntou, entrando e fechando a porta do quarto.

– Nada, Rosez. Eu gosto dele, mas não planeio ter alguma coisa com ele. – Ela respondeu. – Eu não quero roubar o coração do Legolas.

– Não o estarias a roubar, Liz, porque ele não me pertence. – Ela disse suavemente. – De certo percebes aquele gesto, até porque Legolas te ensinou toda a tradição da nossa terra.

– Não, não ensinou. – Ela retorquiu e virou-se quando viu que o seu cabelo já estava recomposto. – Percebeste tudo mal, Rosez, percebo que sintas ciúmes de mim, que sou mulher, mas eu e Legolas nem sequer amigos somos. Não passamos de companheiros de missão.

– Vais dizer então que não és a Guardiã?

– Claro que não! – Liz exclamou. – Não sei de onde tiraste essa ideia.

– Liz… - Rosez disse suavemente. – O que procuras então?

– Vim avisar apenas da batalha a pedido de Gandalf. – Ela respondeu, passando para o corredor. – E eu e Legolas… Não há nada entre nós. Eu tenho a certeza que, um dia, ele se casará contigo.

– É isso que ele tem de fazer, segundo as tradições… - Rosez concordou. – Mas… - Ela suspirou fundo. – Bem, vamos para a festa!

– Vamos! – Ela disse, sorrindo e seguindo pelo corredor, sentindo Rosez atrás de si.

Quando chegou ao Salão Livre, dirigiu-se à fogueira e começou a dançar a um ritmo alucinante, sentindo o mundo a girar sobre si. Muitos Elfos e Elfas se aproximaram, começando a dançar com ela, todos de repente envolvidos pela paz. Todos riam, divertidos, relaxados, como se não houvesse uma guerra dali a poucos dias e Liz sentiu-se vibrar cheia de energia.

Duas horas depois, quando voltou para o quarto, já tinha bebido bastante vinho e sentia-se ligeiramente tonta. Quando entrou no quarto, fechando a porta, suspirou ao ver Legolas olhando para a noite na varanda.

– Legolas… - Ela disse suavemente.

– Vi-te dançar, vi todos juntarem-se a dançar contigo, envolvidos em alegria, paz, felicidade.

– Então porque não te juntaste a nós?

– Porque é que tens de ser tão encantadora? – Ele perguntou sem responder à sua pergunta. – Porque é que tens de seduzir toda a gente?

– Eu não o faço de propósito, aquilo que chamas de sedução é simpatia pura. – Ela respondeu arrastadamente.

– Contigo é tudo a mesma coisa.

– Não, não é. – Ela insistiu, vendo que ele se voltou muito depressa, tornando-a ainda mais tonta. – Não sejas tão rápido! – Ela exclamou. – O que é que…? Ah, claro, eu vou mostrar-te como eu seduzo… - Liz caminhou lentamente até ele. – Legolas, já alguém te disse como o teu corpo é lindo e como os teus olhos são divinais? Parecem ler todo o meu interior. – Ela colocou as mãos nos ombros dele. – E os teus lábios são tão suaves e quentes e a Rosez sentiu-os… Quantas vezes? – Ela perguntou.

– A tua sedução deixa muito a desejar. – Ele respondeu, afastando-se.

– Bem, sempre posso dançar… - Ela disse, começando uns pequenos passos de dança que deviam ser supostamente sensuais, mas tropeçou sobre os seus pés, tendo que se apoiar no poste da cama de dossel.

– Acho que não suportas o vinho. – Ele respondeu, olhando-a.

– Bebi demais, só isso, estavam sempre a encher-me o copo. – Ela queixou-se. – Malditos Elfos, pensam que toda a gente pode beber um barril de vinho e ficar linda e perfeita como eles.

Legolas riu-se divertido e ela olhou-o sem perceber.

– E, ainda assim, estás linda a perfeita. – Ele disse-lhe, sentando-a na cama. – E o meu pai adora-te!

– Não sejas tonto.

– Esse vestido que estás a usar foi desenhado pela minha mãe, ela adorava desenhar vestidos, era o seu único luxo. – Legolas retorquiu, voltando-se de novo para a janela. – Um dia meu pai mostrou-me o modelo e eu perguntei se ela alguma vez o usou, e ele disse que não, pois não teve tempo. Todos os anos ele procura alguém especial para usar o vestido e eu pensei que ele nunca encontrasse, que ele nunca acharia alguém digno dele e aqui estás tu: mais linda do que nunca! – Legolas voltou-se para ela, que o olhava. – E nem precisaste de fazer muito, Liz, foi só preciso ele te ver e ouvir a tua voz, e ficou encantado. E tu… Bem, deixou-te feliz, não?

– Se eu tivesse sabido disso, ter-te-ia pedido autorização para o usar, pois percebo que tu te apegaste a este objeto de tal modo que ele se tornou importante…

– É importante, mas fica-te lindamente. Parece que foste feita para ele. – Legolas sorriu. – E meu pai ficou muito feliz contigo, até aceitou dançar e tudo. Foi um ato, como dizes?, simpático da tua parte tê-lo puxado para dançar. – Legolas disse friamente.

– Foi! – Liz exclamou. – Eu sou muito simpática para todos.

– Eu sei. – Legolas retorquiu, furioso. – Mas a tua simpatia…

– Legolas… - Ele parou ao ver que ela chorava. – Por favor, perdoa-me!

– Não chores!

– Então para! Eu não sei o que me deu naquela noite, eu quis recuar, sabes? Mas depois… - Ela parou-se. – Não interessa! Tu tinhas-me dito que estavas comprometido, eu devia ter resistido à situação… No entanto, tu também. O que eu quero é que me deixes de culpar exclusivamente pelo que aconteceu, porque, caramba, Legolas, somos dois adultos e nenhum de nós foi obrigado a fazer nada. Tu tens uma noiva, por Ilúvatar, e eu já o sabia e agora que a conheço sinto-me ainda mais culpada e tu, cada vez que a vês, deves sentir o mesmo. Deves ter vergonha por a ter traído… Foi errado o que fizemos, eu aceito que tu o digas, porque tu não me amas, tu tens uma noiva, e por todas as outras razões, mas pronto, aconteceu e eu não fui a única culpada.

– O teu beijo, Liz, é mágico. – Legolas afirmou. – Mas tu tens razão, tu não me obrigaste a nada. Assim como imagino que não deves ter obrigado meu pai.

– Não gosto do que sugeres! Isso é demasiado. – Liz exclamou, levantando-se. – Para de pensar em mim como uma pessoa promíscua, pois eu não o sou!

– Bem, tenho de ir!

– Tu é que traíste a Rosez comigo! – Ela exclamou, lágrimas nos seus olhos. – Mas chamas-me a mim de promíscua! Porquê? Porque sou mulher? Responde-me!

– Até amanhã! Dorme bem, não te esqueças que tens de preparar os cavalos!

Agradecimentos

Quero agradecer a todos os 91 leitores da fanfic e os 36 que a favoritaram, é ótimo sentir o vosso carinho. Agora, agradeço em particular aos que comentaram:

Tasha Reis - Muito obrigada pelo seu comentário! Eu prometo que postarei o próximo capítulo rapidamente.

AlyPikachu - Muito obrigada pelo seu comentário e muito bem vinda a esta história! Espero que esteja preparada porque eu amo escrever esta história e gosto verdadeiramente de a atualizar e receber os vossos comentários, mas muitas vezes perdem a paciência com os meus atrasos. Desculpe! Mas como estou de férias atualizarei mais rapidamente e nunca abandonarei Liz.

NanaAnonimaAnomaliaA - Muito obrigada pelo seu comentário! E muito bem-vinda! Por favor, continue comentando!

Lyn Black - Muito obrigada pelo seu comentário! Ele é tão profundo e tão emotivo que me fez chorar. Eu espero mesmo que esta história marque as pessoas de maneira positiva, pois esse é o sonho de qualquer autor. Amei o seu comentário!

De Perogini - Muito obrigada pelo seu comentário! Eu também acho que deviam conversar, comunicar, etc, vamos ver como corre.

joyce hygurashi - Muito obrigada pelo seu comentário! É bom saber que a história marca os leitores.

Elianog - Muito obrigada pelo seu comentário! Continue amando!

Loriel Greenleaf - Muito obrigada pelo seu comentário! Muito obrigada por todos os seus elogios à minha escrita e por achar esta história envolvente. É muito importante para mim! Espero que continue acompanhando e comentando, com seus comentários lindos e maravilhosos.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Liz percebeu finalmente os seus erros? E porque é que ela calculou que Legolas a ia chamar de promíscua? Talvez falte um pouco de comunicação entre estes dois cabeças duras, não? Por favor, comentem!
Kiss kiss,
CR, a autora



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