Liz Ou A Guardiã escrita por CR


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá olá olá a todos!
Trago mais um capítulo fresquinho! Eu não estava a contar de atualizar tão cedo, mas estou feliz!
Sim, é verdade, a autora desta história está feliz! Para além dos vossos comentários maravilhosos, sinceros e lindos que eu amei ler, ontem, o Cristiano Ronaldo, português como eu, ganhou a Bola de Ouro. Para mim, foi muito bom ver isso... Eu amo futebol, sei que muitos de vocês podem não amar, mas eu sim. Eu amo o CR7 (é verdade ele tem as mesmas iniciais que o meu nome, mas eu sou mesmo CR, não o imitei não, foi só o destino :D) Ele chorou no discurso e eu acho lindo ver um homem chorar e quebrar todos os preconceitos de que "homem não chora". Orgulho!
Recordar que a história original pertence a Tolkien, a quem admiro e respeito e cuja vida no além deve ser muito feliz e imaginativa

Boa leitura!



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Capítulo 18

O Início da Viagem Dividida

Os quatro seguiram rapidamente os Orcs, que estavam muito avançados e eram rápidos também. Mas a floresta em volta do lago ficou para trás. Por toda a noite, os quatro companheiros avançaram aos tropeções naquele terreno irregular, subindo à crista da primeira cordilheira, que era a mais alta, e descendo outra vez para dentro da escuridão de um vale profundo e sinuoso, do outro lado.

Nessa noite, exaustos, quando subiram um curso de rio, viram alguns Orcs mortos e isso encheu-os de esperança e deu-lhes energia como se tivessem dormido. Finalmente atingiram a crista da colina cinzenta, e uma brisa repentina soprou-lhes nos cabelos e agitou-lhes os mantos: o vento frio da aurora.

Viram do outro lado do Rio as colinas distantes se acenderem. De um salto o dia entrou no céu. A borda vermelha do sol se ergueu por sobre as colinas da terra escura. Adiante, no oeste, o mundo continuava quieto, disforme e cinzento; mas, ainda enquanto olhavam, as sombras da noite se desvaneceram, as cores voltaram à terra que despertava: o verde fluiu sobre os amplos prados de Rohan; a névoa branca tremeluzia nos cursos de água, e bem adiante e à esquerda, a trinta léguas ou um pouco mais, num tom azul e púrpura, erguiam-se as Montanhas Brancas, subindo até picos de azeviche, cobertos por uma neve reluzente, ruborizados pelo róseo matutino.

— Gondor! Gondor! — Gritou Aragorn. — Quisera olhar sobre esta terra num momento mais feliz! Minha estrada ainda não se dirige para o sul e para seus córregos claros.

Gondor! Gondor de um lado os Montes, do outro o Mar!

Soprava o Vento Oeste lá, e a luz chovia devagar

Sobre a Árvore de Prata e os jardins dos Reis de Outrora.

Ó muros altos! Torres brancas! Coroa alada e trono de ouro!

Ó Gondor, Gondor! Irão os homens a Árvore contemplar

Ou o Vento Oeste irá soprar nos Montes e no Mar?

Seguiam agora os inimigos em plena luz do dia. Parecia que os Orcs estavam na maior velocidade possível. De quando em quando, os perseguidores encontravam coisas que tinham sido derrubadas ou jogadas fora. A trilha os conduzia para o norte ao longo do topo do penhasco, e finalmente chegaram a uma fenda profunda formada na rocha por uma nascente que descia espirrando com muito barulho. Na garganta estreita uma passagem acidentada descia até a planície como uma escada íngreme.

Na base atingiram, de modo estranho e repentino, o gramado de Rohan.

Crescia como um mar verde subindo até o pé das Emyn Muil. A nascente que caía desapareceu numa vegetação espessa de agriões e plantas aquáticas, e eles podiam ouvi-la correndo dentro de túneis verdes, descendo encostas suaves e longas na direção dos pântanos do Vale do Entágua muito além. Parecia que tinham deixado o inverno envolvendo as colinas que ficaram para trás. Ali o ar estava mais calmo e quente, com um aroma leve, como se a primavera já se agitasse e a seiva corresse outra vez nas ervas e folhas.

Legolas respirou fundo, como alguém que sorve um grande gole depois de um longo período de sede em terras desertas.

– O cheiro do verde! — Disse ele, sorrindo maravilhado. — É melhor que muito sono. Vamos correr!

Liz sorriu abertamente, deixando-se perder naquele ambiente verde e natural por um instante. Deixou de pensar em Boromir, Pippin, Merry, Sam e Frodo. Deixou de pensar em toda a Irmandade, em todo o mundo, até mesmo de si deixou de pensar… Agora não passava de um corpo que entrava em comunhão plena com a natureza.

— Os pés leves podem correr mais rápido aqui — disse Aragorn. — Mais rápido, talvez, do que os Orcs com seus calçados de ferro. Agora temos uma oportunidade de diminuir a vantagem deles!

A voz de Aragorn trouxe-a de volta à realidade e, abrindo os olhos, notou Legolas olhando-a ternamente, como se compreendesse o que ela havia sentido naqueles curtos segundos em que era só a Natureza.

De seguida, foram em fila indiana, correndo como cães que perseguem um cheiro forte, e com uma luz ansiosa nos olhos. Seguindo quase para o oeste, a trilha de destruição dos Orcs deixara seu rastro horrível; a grama suave de Rohan fora amassada e enegrecida com sua passagem. Nesse momento, Aragorn deu um grito e desviou-se.

— Parem! — Gritou ele. — Não me sigam ainda! Estão muito nítidas: pegadas de um Hobbit. Acho que são de Pippin. Ele é menor que Merry. E olhem isto! — Aragorn ergueu um objeto que brilhou à luz do sol. Parecia uma folha de faia recém-aberta, bela e estranha naquela planície sem árvores.

— O broche de um manto élfico! — Gritaram Legolas, Gimli e Liz juntos.

— As folhas de Lórien não caem à toa — disse Liz. — Isto não caiu por acaso: foi jogado como um sinal para qualquer um que pudesse vir atrás. Acho que Pippin fugiu da trilha com esse propósito.

— Então pelo menos ele estava vivo — disse Gimli. — E pôde usar de sua esperteza, e de suas pernas também. Isso nos anima. Não estamos perseguindo os Orcs em vão.

— Vamos esperar que ele não tenha pagado caro demais por sua ousadia — disse Legolas. — Venham! Vamos continuar! Pensar naquelas pessoas alegres e jovens sendo levadas como gado me deixa furioso.

Rapidamente a noite chegou à medida que continuavam. Já fazia um dia que a Irmandade se separara, e os Orcs ainda estavam muito à frente.

Não se via mais qualquer sinal deles nas planícies.

Aragorn parou. Apenas duas vezes na marcha daquele dia os quatro tinham descansado por um curto período, e doze léguas se estendiam agora entre o ponto onde estavam e a Muralha leste onde tinham parado ao amanhecer.

– Temos que tomar uma decisão. – Disse Aragorn olhando para todos. – Devemos descansar ou continuar pela noite e esgotar as nossas forças?

– A não ser que os Orcs descansem, vamos ficar muito longe se pararmos. – Disse Legolas.

– Até os Orcs fazem pausas, não é? – Perguntou Gimli.

– Estes Orcs são diferentes. – Liz respondeu, a testa franzida. – Não creio que o farão.

– Mas se caminharmos durante a noite não poderemos seguir o seu rasto. – Disse Gimli.

– Até onde eu consigo ver, a trilha é estreita e não tem quaisquer desvios. – Afirmou Legolas.

– Aragorn, és o nosso guia, qual é a tua decisão? – Liz perguntou, e todos olharam para ele.

– O meu coração pede-me para continuar. – Legolas falou. – Mas seguirei a tua decisão, Aragorn, qualquer que seja ela.

– Vocês entregam a escolha a alguém que escolhe mal. Desde que passamos a Argonath, faço escolhas erradas… - Fez uma longa pausa, olhando para a noite. – Vamos parar para descansar. A lua desapareceu.

Dito isto, Aragorn deitou-se e adormeceu imediatamente, pois já não dormia há muito tempo. Gimli seguiu o seu exemplo.

Liz sentou-se, olhando as estrelas e pensando no descontrolo das coisas desde que eles haviam passado Argonath, tal como Aragorn dissera.

Sentiu Legolas sentar-se ao seu lado, inspirando profundamente.

– Como é que estás?

– Um pouco perdida. – Ela respondeu. – Talvez…

Ela fechou os olhos, interrompendo o que ia dizer. A verdade é que estava cada vez menos certa do que estava a fazer ali. Devia ter ajudado Frodo a levar o Anel Um, não que não confiasse nele, mas gostava tanto dele que não o queria em perigo por algo de que ele não era culpado.

– Estás com medo do perigo?

– Neste momento estou com medo de tudo. Apesar de insensato, até de mim tenho medo. – Ela respondeu, abrindo os olhos.

– Não me parece insensato. – Ele falou suavemente. – Deves ser das criaturas mais perigosas a caminhar nesta terra.

– Quanta simpatia, Legolas! – Ela estava irritada, e preparou-se para se levantar.

– Pronto, desculpa, é normal que o tenhas ouvido como uma ofensa, mas não foi. – Ele pegou no seu braço. – A culpa não é tua, sabes? Esse perigo, quero eu dizer, não é tua culpa.

– Eu não percebo. – Ela olhou-o sem entender, e estranhamente não estava mais ofendida.

– Olha para ti, Liz… Quantos, desde que chegaste a Rivendell, já se deixaram encantar por ti? – Ele perguntou.

– Bem… - Ela mordeu o lábio inferior.

– Todos, não é? – Ele afirmou mais do que perguntou, sorrindo e olhando para o escuro da floresta. – As pessoas afeiçoam-se por ti e, neste tempo, os laços de ternura podem ser cruéis, perigosos… mortais.

– Talvez… - Liz franziu a testa. – Mas eu nunca mais quero que as pessoas morram por minha causa.

– Nunca mais? – Legolas perguntou e olhou-a de novo. – Nunca mais foi o que disseste, Liz… Quem é que já morreu por ti antes?

– Não era isso que eu queria dizer… - Ela falou rapidamente.

– Mas foi o que disseste. – Ele interrompeu-a.

– Perdoa-me! – Ela pediu, baixando o olhar. – Eu estou muito frágil com tudo o que se está a passar. Provavelmente tinhas razão quando me disseste que não tinha sido feita para vir nesta missão. Tinhas razão, Legolas! – Ela olhou-o com um sorriso. – Bem, mas tu já sabes isso, foste o único que não se afeiçoou por mim.

– Mas nunca deixaria que te matassem… Afinal já somos parceiros de missão. – Ele disse-lhe, olhando de novo para a floresta.

– Obrigada! – Ela abraçou-o fortemente com lágrimas nos olhos, surpreendendo-o.

– Liz… - Ela deu-se conta do que estava a fazer quando ouviu a voz de Legolas num sussurro e preparou-se para o largar, mas ele abraçou-a de volta, acariciando-lhe os cabelos. – Tudo vai acabar bem… Esta missão vai ser realizada com sucesso, e vamos encontrar os pequenos e Boromir, e tu poderás ficar bem novamente.

– Obrigada, Legolas! – Ela abraçou-o ainda mais, querendo-o sentir melhor e relaxando cada vez mais até fechar os olhos, caindo no sono.

Legolas ficou longos momentos a olhá-la enquanto dormia. Como podia uma criatura ser tão bela como ela? Seria ela mais bela que Tinúviel, cantada por tantos Elfos e Humanos? Sim, para ele a resposta era sim. Estava encantado pela sua beleza, estava encantado pelo seu sorriso, estava encantado pelo seu coração.

– És uma tonta! – Sussurrou ele ao seu ouvido com um sorriso.

Ela era realmente tonta por acreditar que não criara carinho em Legolas. Ela criara isso e muito mais.

– Ou eu é que sou o tonto… - Ele sussurrou, deitando-se e deitando-a com ele, o rosto da ruiva pousado no seu peito, ele fitando o céu estrelado, enquanto lhe acariciava os cabelos.

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Agradecimentos:

Quero agradecer aos meus 42 leitores fantásticos que continuam a acompanhar a minha história e especialmente a Tathiane Rodrigues de Souza: Os leitores adoraram o vídeo, sua linda, agora espero que volte para comentar a história para saber se está gostando, tá bom? E agradecer especialmente também aos que comentaram o último capítulo:

Aika Sakurai: Muito obrigada pelo comentário! (eu quis dizer evil face na resposta ao seu comentário, mas o Nyah não deixa editar) Legolas e Liz juntos, talvez tenha, talvez não e, se tiver, vai com certeza demorar hihihi

Catherine Young: Muito obrigada pelo comentário! Eu vou continuar a história sempre que puder, e o dia de ontem fez-me feliz e eufórica, por isso, decidi atualizar.

Morgana Lannister: Muito obrigada pelo comentário e continue lendo!

Black Angel: Muito obrigada pelo comentário, minha querida! Espero que esteja bem melhor! Rohan, Gondor, Gandalf... tudo isso aparecerá nos próximos capítulos, talvez até haja uma viagem até Mirkwood, a floresta de Legolas... hum, quem sabe?

Quel: Muito obrigada pelo comentário! Legolas mais você! Talvez eu faça uma short com um Legolas contemporâneo e você... Quem sabe?

_C-Kira_: Muito obrigada e bem vinda! O Legolas merece mesmo levar algumas pancadas, mas pancadinhas de amor da Liz hahahahaha! Pode roubar a Liz, mas me devolva inteira, tá bom? xD


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pouco imaginativo, mas eu prometo melhorar, tá bom?

Kiss kiss,
CR, a autora