Liz Ou A Guardiã escrita por CR


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi! Depois de todas as ameaças de morte, lamento ter de vos dizer que renasci. Verdade!!!!

E, como estive um tempo afastada em auto-reflexão sobre a minha morte, eu tenho que relembrar que O SENHOR DOS ANÉIS pertence ao inigualável, incrível e mui estimado J. R. R. Tolkien (infelizmente já não entre nós). Tudo o que eu faço é pegar nos seus personagens, universos e ideias intelectuais e incluir alguns personagens meus. Enfim, isto que eu faço é por pura diversão e sobrevive graças aos vossos adoráveis comentários...

Boa leitura!!!



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A Floresta de Lórien

Aragorn ainda tinha o Anel na sua mão e apertava-o bem forte. Pensava em Liz, e na decisão que ele tomara de a deixar à sua sorte. Ela não estava assim tão ferida, poderia ter ido com eles. Atrasá-los-ia um pouco, mas eles eram companheiros e tinham que se manter unidos. Cada vez mais, ele sentia que não era um bom líder. Se o fosse, nunca a teria deixado sozinha.

- O que Liz quis dizer com mandar cumprimentos a Galadriel e Celeborn? – Perguntou Gimli depois de algum tempo a entrar mais na floresta.

A voz de Gimli pareceu despertar a todos para a realidade, pois as suas mentes recordavam-se vezes e vezes sem conta a despedida de Liz, procurando novos detalhes, procurando linhas de rosto onde Liz pudesse ter alguma esperança pela sua própria vida.

- Parai! – Todos os da Companhia pararam imediatamente ao ouvir a ordem. – O que querem daqui?

- Mas quem fala connosco? – Perguntou Frodo não vendo ninguém.

- Estão acima de nós! – Legolas sussurrou, sem erguer a cabeça.

Os oito viraram-se para ver alguém aterrar suavemente no chão. Era um Elfo, que ria suavemente, e outros se vieram juntar-lhes. O primeiro falou na língua élfica do povo Silvestre do Leste das montanhas, enquanto Legolas lhe respondia.

- Quem são eles, e o que estão a dizer? - Perguntou Merry.

- São elfos - disse Sam, como se fosse óbvio e até era.

- Sim, são elfos - disse Legolas. - E estão a dizer que vocês respiram com tanto ruído que poderiam acertar-vos com uma flecha no escuro. – Sam colocou rapidamente a mão na boca. - Mas também estão dizendo que vocês não precisam ter medo. Eles já sabem de nós há algum tempo. Escutaram a minha voz do outro lado do Nimrodel, e souberam que sou um de seus parentes do Norte, por isso não impediram nossa passagem.

Aragorn apertou o Anel da Paz, pensando em Liz, que dissera que os Elfos iriam reconhecer Legolas como seu parente.

- Agora estão a permitir que eu suba nesta árvore com Frodo; parece que tiveram alguma notícia dele e de nossa viagem. Pedem que os outros esperem um pouco e vigiem ao pé da árvore, até que eles tenham decidido o que se deve fazer.

- Bem-vindos! - Disse o Elfo na Língua Comum, falando devagar, assim que Legolas, Frodo e Sam chegaram à arvore. – Raramente usamos uma língua que não seja a nossa. Moramos agora nas profundezas da floresta, e não nos relacionamos com outros povos voluntariamente. Mesmo os nossos próprios parentes do Norte estão separados de nós. Mas ainda existem alguns de nós que saem daqui para coletar notícias, e para vigiar nossos inimigos, e eles falam a língua de outras terras. Haldir é meu nome. Meus irmãos, Rúmil e Orophin, falam pouca coisa em sua língua. Mas ouvimos rumores sobre sua vinda, pois os mensageiros de Elrond passaram por Lórien, em seu caminho de volta pela Escada do Ribeiro Escuro. Não ouvíamos falar de... Hobbits, ou pequenos, havia vários e vários anos, e não sabíamos que alguns deles ainda moravam na Terra-Média. Vocês não parecem maus! E já que vêm com um elfo que é nosso parente, estamos dispostos a fazer amizade com vocês, como Elrond pediu embora não seja nosso costume levar estranhos pelas nossas terras. Mas devem ficar aqui esta noite. Quantos são?

- Oito - respondeu Legolas. - Eu, quatro Hobbits, dois Homens, um dos quais é Aragorn, um amigo-dos-elfos do povo do Ponente.

- O nome de Aragorn, filho de Arathorn, é conhecido em Lórien – disse Haldir. – E ele tem a simpatia da Senhora. Então está tudo bem. Mas só falaste de sete.

- O oitavo é um Anão - disse Legolas.

- Um Anão! - Disse Haldir. - Isto não está bem. Não mantemos contato com os Anões desde os Dias Escuros. A entrada deles não é permitida em nossa terra. Não posso deixar que ele passe.

- Mas este é da Montanha Solitária, do confiável povo de Dám, e amigo de Elrond - disse Frodo. - E ele tem-se mostrado corajoso e fiel!

Os elfos conversaram entre si em voz baixa, e fizeram perguntas a Legolas na sua própria língua.

- Muito bem - disse Haldir finalmente. – Vamos permitir, embora a contragosto. Se Aragorn e Legolas estiverem dispostos a vigiá-lo e a responder por ele, poderá passar. Mas agora não devemos alongar a discussão. Estivemos vigiando os rios, desde quando vimos uma grande tropa de Orcs indo para o Norte na direção de Moria, ao longo das bordas das montanhas, muitos dias atrás. Há lobos uivando nas fronteiras da floresta. Se vocês realmente vieram de Moria, o perigo não pode estar muito atrás. Amanhã cedo devem prosseguir. – Ele disse. – Os quatro Hobbits devem ficar connosco, não temos medo deles! Há mais um talan na próxima árvore. Ali os outros devem se refugiar. Tu, Legolas, deves responder por eles. Chama-nos se algo estiver errado! E fique de olho naquele Anão!

- Só mais uma coisa! – Frodo falou para Haldir. – Deixámos uma pessoa de nossa Companhia para trás.

- Liz! – Haldir percebeu do que o pequeno falava. – Na nossa conversa Legolas falou dela, mas pouco posso fazer. Foi decisão dela ficar para trás, e ela com certeza teve os seus motivos.

- Orcs nos perseguem! – Frodo exclamou. – E ela ficou para trás para nos salvar. Temo que esteja morta… E sinto-me culpado, porque ela se meteu à frente das flechas que eram apontadas a mim. – Frodo sussurrou.

- Ela comprometeu-se a protegê-lo, senhor Frodo, e foi isso que ela fez. – Sam disse, batendo-lhe no ombro.

- Eu percebo a preocupação, pequeno, mas não posso mandar alguém para fora dos nossos limites. Os Orcs devem estar perto daqui, temos que descansar pelo resto desta noite e ir para Lothlórien. – Haldir falou.

Legolas desceu imediatamente a escada para levar a mensagem de Haldir, e logo depois Merry e Pippin escalavam a árvore e atingiam o alto.

- Falemos melhor depois de dormirmos, caros companheiros! – Disse Aragorn, passando a mão pela testa e acomodando-se para dormir.

- Aragorn, peço permissão para voltar atrás! – Boromir disse repentinamente, fazendo o homem erguer-se.

- Como?

- Quero voltar atrás para Liz! – Boromir esclareceu. – Eu sei que tenho um compromisso para com Gondor, e a minha terra é deveras importante, mas sinto que Liz precisa de mim. Eu não vou esquecer Gondor, mas tenho que acalmar o meu coração em relação a ela.

- Isso não poderá ser, Boromir, filho de Denethor. – Aragorn acenou negativamente. – E não o digo porque não tenha a mesma vontade que tu. Muito querida é Liz por mim, em tão pouco tempo me atingiu o lugar alto de amizade em meu coração, mas creio que ela não quereria que voltasses.

- Como podes dizer isso? Ela estava a morrer! – Boromir gritou, enfurecido. – Toda a gente quer estar acompanhada na hora da sua morte.

- Há que ter esperança que ela viva. – Legolas sussurrou, tentando acalmar Boromir com uma leve palmada no ombro.

- Tu viste o estado em que a deixámos, Legolas! Ela não vai sobreviver. – Boromir apertou o punho.

- A Liz é uma mulher forte, pelo que Elrond me disse. – Gimli fez-se escutar. – No entanto, é difícil ela ter sobrevivido.

- A conversa termina aqui! – Aragorn mandou. – E Boromir permanecerá connosco.

O capitão da torre branca deitou-se frustrado, os seus pensamentos repousados em Liz e no destino que ela tivera.

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No dia seguinte, a Companhia partiu guiada por Haldir e seu irmão Rúmil. Avançaram algumas milhas para Sul, e foram parar à margem de um rio.

- Celebrant é o nome deste rio! – Haldir explicou. – Do outro lado da margem há um companheiro Elfo. – Quando disse isto, apareceu um Elfo, vestindo um manto cinzento e com o capuz jogado para trás, notando-se o seu cabelo loiro que reluzia ao sol.

Quando finalmente toda a Companhia estava reunida na outra margem do Veio de Prata, Haldir disse:

- Agora, amigos, vocês entraram no Naith de Lórien, ou o Gomo, como vocês diriam, pois esta é a região que se estende no formato de uma ponta de lança entre o Veio de Prata e o Grande Anduin. Não permitimos que estranhos espionem os segredos do Naith. Na verdade, a poucos se permite que coloquem os pés aqui. – Haldir falou solenemente. – Vamos!

Eles começaram a andar pela floresta.

- Eu não devia estar aqui! – Boromir sussurrou enquanto caminhava, mas para os Elfos presentes o seu sussurrou foi audível.

- Acaso não lhe apraz a nossa floresta? – Perguntou Haldir.

- Vejo e aprecio a sua beleza, mas em minha mente e coração repousam a beleza que mais estimo. – Ele respondeu, percebendo que Haldir o havia escutado.

Caminharam por algumas horas, já com o crepúsculo se levantando, quando Haldir disse:

– Olhai todos e alegrem-se, pois tiveram a maravilha de poder enxergar as árvores do Naith de Lórien antes do fim!

::::::::::::::::Espaço de agradecimentos::::::::::::::::::::

Quero agradecer aos 18 leitores da fic!  Nunca pensei que a história fosse tão acarinhada, mas é muito bom!!! Em baixo, vou agradecer aos que comentário no capítulo anterior

Tathiane Rodrigues de Souza: Sempre com um comentário e, por isso, obrigada! Eu também adorei fazer o beijo entre ela e Boromir, foi muito bom para a história.

GarotaReview: Eu também acho que foi bom ela ter, pelo menos, beijado o Boromir antes de tudo o que aconteceu. Muito obrigada pelo seu comentário!

Elven Princess of Mirkwood: Bom pressentimento! E bom comentário! Muito obrigada!

Mnaria Vairaels Gurginni: Oh, quanta tristeza, mas muito obrigada pelo comentário!

Osha Selvagem: o teu pensamento é legítimo, mas não correto. Tu vais perceber o que quis dizer :D Muito obrigada!

Ana Laura Stark: A Guardiã tem de matar o Sauron, mas a Guardiã não tem de ser necessariamente a Liz! Muito obrigada pelo comentário!

Aninha Paula Fonseca: Matar o Boromir? Ainda não sei... E eu também tou com pena. Muito obrigada pelo comentário!

NathaliaLopezLobo: Ameaças e mais ameaças, muito obrigada! E muito obrigada pelo carinho da história!

Aline: a história continua!!!! (uma réplica da vida continua, né?) Vontade de me matar toda a gente tem kkkkk. Muito obrigada!

Black Angel: Como sempre, com reviews grandes! Que Bom! Eu acho que já respondi muito bem ao seu review, mas mais um muito obrigada nunca é demais! Muito obrigada!

Quel: Gosto de suscitar curiosidade. Yeh!!!!!!!!! Muito obrigada pelo comentário!!!!

Muito obrigada a todos os outros que não deixaram comentário, mas também leem e a história e habitam o meu coração!!!!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Eu sei que a Irmandade faz grande parte do caminho de olhos vendados, mas eu mudei um pouco. Espero que não se importem.

Kiss kiss,

CR, a autora



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