Liz Ou A Guardiã escrita por CR


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mesmo, mas eu tenho estado com tão pouco tempo para as minhas histórias...

Mas aqui está mais um capítulo... um pouco tenso

E o meu único desejo é que no final dele não me matem!!!

Boa leitura!!!



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Os Perigos da Noite

- Muito bem… Vamos decidir os turnos! – Aragorn falou, quando o acampamento já estava arranjado e já todos tinham comido.

- Eu fico com o primeiro turno. – Liz ofereceu-se rapidamente.

- Eu fico contigo. – Boromir disse, olhando-a ao que ela acenou.

- O próximo será meu e de Legolas. – Aragorn avisou. – Boa noite!

- Boa noite! – Desejaram Boromir e Liz ao mesmo tempo, vendo os outros deitarem-se.

- Então, como estás? – Perguntou Boromir um pouco depois a Liz. – Vi como ficaste abalada.

- Estou bem, Boromir, e vou melhorar. – Ela respondeu, olhando-o com um sorriso. – E tu?

- Preocupado contigo. – Ele respondeu, acariciando-lhe o rosto. Liz fechou os olhos com o toque. – A tua pele é tão suave. – Ela ouviu o homem dizer. – Os teus cabelos são tão sedosos…

Ela sentiu a mão de Boromir na sua nuca e, de seguida, sentiu os lábios dele tocarem os seus com suavidade. Liz não sabia o que fazer, então optou por corresponder ao beijo, tornando-o mais urgente e desesperado.

- Boromir… - Ela separou-se dele. – Não!

- O quê? – Boromir estava pertíssimo dela e olhava-a diretamente nos seus olhos.

- Eu não me sinto assim em relação a ti.

- Mas eu posso ter esperança de que venhas a sentir? – Ele perguntou.

- Eu… Eu não sei… - Ela respondeu, mordendo o lábio inferior.

- Deixa-me tentar.

Ele beijou-a mais uma vez, enquanto Legolas os observava discretamente.

- Boromir… - Liz separou-se do beijo. – Não assim. – Ela ergueu-se. – Preciso de me trocar. Sinto o sangue ressequido na minha pele e não quero que os Orcs o cheirem.

Liz pegou num pano molhado e dirigiu-se a um canto para ter alguma privacidade a tirar a roupa. Legolas seguiu o movimento da mulher até ela começar a desabotoar o seu vestido. De seguida, o Elfo decidiu olhar para Boromir.

O Humano olhava para onde estava Liz, e isso deixou o Elfo bastante irritado. Ela queria privacidade, caramba! Ele pensava mesmo que era por a ter beijado que possuía agora o corpo da ruiva? Será que Boromir não percebia que a ela só lhe interessava que ele ficasse cada vez mais apaixonado para lhe conseguir dar o golpe?

- Boromir… - Legolas levantou-se, sussurrando o nome do capitão, que pousou o olhar nele aborrecidamente. – Onde está Liz?

- Ela foi mudar de roupa e lavar o seu sangue. – Ele respondeu.

Legolas sentou-se ao lado do Humano, tentando ouvir mais alguma coisa que não fosse a respiração de todos da companhia e o som da água molhando o corpo de Liz enquanto ela dava suaves gemidos, possivelmente graças ao frio da noite. Ele achou a ação da ruiva despropositada.

- E tu? Estás sem sono? – Perguntou Boromir, olhando-o.

- Não consigo dormir. – Legolas respondeu simplesmente. – Os meus sentidos estão demasiado aguçados para ficarem descansados numa altura como esta. Não querem deixar escapar nada.

- Como funciona isso de ser Elfo? – Boromir perguntou, resignando-se com a presença de Legolas, que o olhou sem entender a questão. – Quando te pergunto isso é porque sei o que é ser um Homem como eu. Sei como é. Mas pouco sei dos Elfos… O meu irmão Faramir é o sábio da família, aquele que lê mais, aquele que procura o conhecimento… Ele deve saber muito sobre vocês do povo bom, puro.

- Oh… - Legolas fechou os olhos, ouvindo a água correr pelo corpo de Liz e pensando se ele era realmente puro como Boromir dizia. – Temos mais capacidades que os Homens. Todos os nossos sentidos são muito mais fortes que os vossos. Ouvimos e vemos melhor. Sentimos mais… Pelo menos, é essa a sensação que tenho. Não conheci muitos Homens para tecer julgamentos sobre eles.

- És diferente então, caro Legolas! – Boromir sorriu. – Facilmente somos julgados, somos tidos como ambiciosos, causadores de guerra, arruaceiros, mentirosos, desonestos, vendidos… E talvez muitos de nós assim sejam. Nós somos muito impulsivos e as nossas paixões são fortes e levam-nos muitas vezes à loucura… - Legolas teve a certeza de que Boromir pensava em Liz ao dizer tais palavras. Era mais do que óbvio que ele estava apaixonado por ela.

O Elfo virou o rosto quando sentiu Liz voltar para junto de Boromir, ainda a tempo de ver uma ruga de confusão no seu rosto ao ver o Elfo. Legolas apostava que ela estava frustrada, pois, devido à sua presença, não podia enganar mais Boromir por aquela noite.

- Acordem os outros! – Liz pediu, pegando no seu arco e alertando os dois companheiros. – Consigo ouvir os Orcs e eles acabaram de encontrar o nosso rastro.

- O que…?

Legolas ficou com a pergunta a meio, porque desfocando a sua atenção nos movimentos de Liz, pôde perceber do que ela falava, e o barulho dos Orcs era ensurdecedor.

- Acordem!

Boromir já estava de pé a chamar por Aragorn e Gimli. A Legolas coube os quatro Hobbits, enquanto Liz arrumava as coisas rapidamente.

- Frodo! Cuidado! – Liz gritou, vendo o Hobbit erguido. – Baixa-te! – Ele ficou paralisado. – Eu disse para te baixares! – Falou ela, metendo-se à frente do pequeno e lançando uma flecha para alguém que ela conseguia ver na escuridão. Ao mesmo tempo, ela sentiu duas flechas perfurarem-na, uma na coxa direita e outra na sua barriga.

- Liz! – Frodo gritou, tentando alcançá-la.

- Não! – Ela disse com algum custo, pegando numa outra seta e atirando-a. – Não te aproximes de mim e mantém-te baixo a arrumar as coisas!

- Liz! – Frodo ignorou a ordem da mulher, que não conseguia recuar.

- Frodo! – Aragorn chegou a tempo de impedir que ele tocasse na ruiva. – Eu trato da Liz, vai ajudar o Legolas! – Aragorn mandou, apontando para o Elfo que os olhava enquanto desferia algumas flechas.

- Ok!

Liz sentiu o sabor do sangue na sua boca, enquanto se ajoelhava lentamente, atirando mais algumas setas.

- Lamento imenso, Aragorn! – Liz falou arduamente. – Não era suposto isto ter acontecido.

- Ouve, não é assim tão grave! – Aragorn tentava parecer calmo, enquanto via os ferimentos da mulher. – Tu és uma criatura forte.

- Aragorn! – Gimli chamou-o, vendo que já estavam todos prontos para partir.

- Anda! – Ele ofereceu-lhe os seus braços para a carregar.

- Sabes onde fica a floresta de Lórien, meu querido amigo… - Liz começou. – Toma! – Discretamente, Liz deu o anel de Paz a ele, que o aceitou na sua mão, fechando-a para que ninguém o visse. – Dirige-te para lá com a Companhia, eu vou tentar dar-vos o máximo de tempo! – Aragorn tinha alguma tristeza no olhar. – São poucos Orcs, alguns vão dar a volta à floresta de Lórien e seguirão pelo rio, são poucos os que se aventuram por aqui. Mas Legolas tem uma ligação de sangue com o povo de Galadriel, isso vai ajudar-vos. – Ela sussurrou para o amigo. – Obrigada!

- A tua hora não pode ter chegado ainda, tens que cumprir a tua Missão. – Aragorn disse-lhe a ela.

- Não importa quem cumpra a missão, Aragorn. – Liz afirmou. – Importa apenas que ela seja cumprida. Sempre foi assim, percebes? Esta Missão faz a pessoa ser quem é. Foi o que aconteceu comigo! – Ele levantou-se, acenando positivamente. – Vão! Corram! E, embora eu nunca os tenha conhecido, mandem cumprimentos a Galadriel e Celeborn da minha parte se ela vos permitir que vivam! – Ela brincou com um sorriso nos lábios para a Irmandade.

- Não! – Boromir gritou. – Nós não a podemos deixar sozinha, Aragorn!

- Faz o que o nosso líder manda! – Liz mandou a Boromir. – Aragorn quer que partam agora e me deixem! Vão!

- Nós voltaremos, Liz! – Gimli respondeu. – Tu serás a eterna fogueira.

- Obrigada, Mestre Gimli. – Ela sorriu. – Muitas surpresas te esperam ainda neste caminho.

Os oito partiram, deixando Liz sozinha, que tirou as flechas do seu corpo e tentou estancar as feridas com alguma roupa. Ela ergueu-se, sentindo as dores excruciantes e protegeu-se por uma árvore, olhando para a floresta à luz da noite. Ela via alguns Orcs a se moverem e ouvia muitos ao longe.

- Preparem-se para conhecer a pontaria exímia da Guardiã! – Ela sussurrou para si mesma com um sorriso nos lábios e o sangue a escorrer pela sua boca, enquanto preparava o seu arco mais uma vez.

::::::::::::::::::::: Espaço da autora::::::::::::::::::::::::

Quero agradecer aos meus 15 leitores! É tão bom ter tantos leitores, e leitores que se interessam pela história é melhor ainda. Os comentários são deliciosos. E eu quero mais!! No último capítulo tive sete e eu vou agradecer aos comentadores, tá bom?

Tathiane Rodrigues de Souza: como sempre, fiel e leal à história, o seu comentário não podia falhar. Muito obrigada!

Aline: Eu também acho triste a morte de Gandalf, mas necessária. Muito obrigada pelos seus comentários!

Textura Aspera: Muito obrigada! É bom saber que acha a história boa!

Mnaria Vairaels Gurginni: Muito obrigada! Sim, eu sou carente de comentários. Começar a comentar todos os capítulos, sim? ehehehe xD

Black Angel: Como sempre, uma fofa! Este é o capítulo que estava à espera? Acho que não! Mas o próximo não vai demorar tanto, eu acho... Muito obrigada!

Mithrandir: Sim, muito importante a queda de Gandalf. Muito obrigada por ser fã da história!

Quel: Fluiu? Bem, eu espero então que tenha gostado deste também. Eu sei que foi um pouco inesperado, mas não me mate, ok? Muito obrigada!

Agradeço também a todos os outros leitores que não deixaram review, são sempre muito bem-vindos!!!

Mnaria Vairaels Gurginni


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Notas finais do capítulo

Eu implorei que não me matassem!!!!

Este capítulo foi muito difícil de fazer, mas foi necessário! Acreditem!

Reviews são bem vindas, até mesmo se forem ameaças de morte, já que eu ainda não vi ameaças de morte por reviews serem fatais!!!

Kiss kiss,

Cr, a autora