Bad Karma escrita por IsaaVianna LB, Cristina V


Capítulo 35
32. O Barraco é Livre!


Notas iniciais do capítulo

Oi xente!
Eu sei, eu sei... Desculpa! Aqui vai capítulo cheio de revelações e coisas bombásticas pra vocês muhahah Espero que gostem!
Ethan Nakamura no gif!



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POV  Silena Beauregard

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Olá terráqueos (e seres de outras galáxias que estão fazendo intercâmbio nesse planeta), sentiram saudades?

Não?

Tsc... Como vocês mentem mal. Eu posso sentir o seu amor!

Voltando a parte que interessa...

Duas semanas se passaram desde que voltamos daquele estágio pro inferno tropical- mais conhecido como Aterro. Esses quatorze dias que se arrastaram de uma forma que eu só vejo a Clarisse se arrastando para ir aos treinos das líderes de torcida, dias onde vários nadas aconteceram, dias onde ganhei meses de experiência no meu currículo de navegação na Netflix, mas finalmente, chegamos ao hoje!

E sabem o que isso significa? HEIN? SABEM?

Absolutamente nada.

Veja bem, durante essas duas semanas eu tive bastante tempo para refletir sobre os meus atos macabros e cheguei a conclusão que o principal motivo de eu sair por aí estragando relacionamentos e flertes em potencial por um único motivo:

Tédio.

Sim, porque a minha vida era muito mais divertida quando eu tinha casais felizes para destruir e fazer com que todos ficassem tão disponíveis quanto euzinha.

Silena, não pense assim!

Não pensar assim? Como isso é possível, Sheila? Você consegue pensar em algo mais tedioso do que não destruir o coração das pessoas? Tudo o que eu faço é assistir: Assisto aulas, assisto aos treinos, assisto séries, assisto filmes, assisto todas as desgraças que acontecem na minha vida e adivinha só? Não dá mais, eu quero voltar para o lado negro da força! Eu quero-

Meu raciocínio foi interrompido pelo meu dedinho batendo na quina da minha cama.

— AAAAAHHH MINHA NOSSA SENHORA PROTETORA DA UNHA FEITA NA SEXTA! – Choraminguei.

ARRRGH! VADIA! VADIA! VADIA!

Pois não?

Sai Lilith, eu não estava falando com você!

Tsc... Falando consigo mesma, Si? Soa muito solitário.

CARMA, Lilith! Eu estava falando com meu carma, não comigo.

Poxa, era brincadeirinha, Sr. Universo! Sentei na cama, erguendo o meu pé para ver melhor o estrag- AH MEUS DEUSES!

— MINHA UNHA! – E esse, senhoras e senhores, é o momento em que eu quero desistir de tudo e chorar até morrer de desidratação.

Tudo pode piorar, definitivamente!

Respirei fundo para me acalmar – coisa que aprendi com as aulas de Ioga que participei com Rachel- e procedi para pegar meu telefone, que estava sobre o meu travesseiro.

Descarregado.

Oh, que dia lindo... Pra me atirar de um prédio em movimento. Espera, o quê? Ah, vocês entenderam.

Caminhei até o criado mudo e peguei o meu recarregador da gaveta, conectando-o rapidamente na tomada (mas não sem antes fazer o sinal da cruz em proteção). Morrer eletrocutada não tem nada de glamuroso. Meus olhos caíram sobre a minha lindíssima pessoa pelo reflexo do espelho. Por falar em coisas nada glamorosas...

Silena, querida, que ônibus você pegou pra chegar nesse ponto?

Eu também queria saber, Lilith.

Nossa! Nunca estive parecendo tanto com um depósito de lixo. Meu cabelo estava fedendo mais do que chorume, isso posso afirmar.

Decadência, amigos, decadência...

Vamos lá Silena! O visual de coitadinha não te cai bem. Enxugue essas lágrimas e vá tomar banho. Se é pra parecer um lixo, faça isso com classe!

Que?

Sacudi a cabeça para afastar os pensamentos. Precisava achar algo pra fazer antes que enlouquecesse, e começaria com um bom banho de banheira e planos malignos.

Joguei os sais de banho na banheira, liguei a torneira e assim que tirei as minhas roupas, entrei na água sem nem ao mesmo esperar um nível de água aceitável.

Okay Silena, pense. Pense... Como podemos melhorar seu carma? Como? Grunhi, revirando os olhos. Desisto! Simplesmente não tenho talento para esse negócio de ser boazinha. Não tenho! Eu gosto de coisas maquiavélicas, de ver dor e destruição para o mundo notar que existência perfeita só existe a minha. Eu quero voltar a ser uma vadia, a vida é mais divertida assim.

Que se dane o carma, se ele era uma vadia, eu podia ser uma muito pior!

Argh.

Eu submergi e estendi a mão para pegar o meu shampoo- AH NÃO! SÉRIO ISSO? Vazio! O meu shampoo acabou! Se você achava que eu poderia chegar mais fundo, agora eu tenho certeza que não! Respirei fundo, colocando água no frasco quase vazio. Só em pensar em fazer isso, empobreci muitos milhões, mas como não poderia fazer mais nada, procedi a lavar minhas lindas madeixas reconsiderando toda aquela história de voltar para o lado negro da força. Se eu estou sofrendo tanto antes mesmo de ter começado, imagine se seguir com essa ideia?

Adeus Charles ft. Sarado ft. Lindo ft. Dono da Minha Pureza Beckendorf.

O que é uma água no shampoo considerando a cachoeira que sairia dos meus olhos se eu tivesse que dar adeus àquilo tudo antes de conseguir dar uns pegas?

Tsc...

Okay Silena, hora de focar nas boas ações. Borboletas, arco-íris, unicórnios... Bem, desde que os meios ainda sejam maquiavélicos, questionáveis e eu ainda tenha oportunidade de agir pelas costas de todo mundo, acho que sobreviveria.

Haha.

Depois de ficar na água por tempo o suficiente para que meus dedos se engiassem, saí da banheira cantarolando, secando o cabelo com uma toalha e em seguida me vestindo no meu roupão preferido da Barbie.

Barbie é vida.

Saí do banheiro (aprendi minha lição, nunca mais ligo o secador perto da pia. Obrigada.), cantarolando It’s Gonna Be Me. Tive uma ótima ideia e precisava encontrar o Valdez para discutir sobre a tática que utilizaríamos.

Admito, Valdez era um ótimo parceiro, o que atrapalhava um pouco é que ele tinha moral. Idiota.

— Baby, when you finally, get to love somebody, guess whaaat?

— It’s gonna be me!

— AHHH! – Gritei imediatamente quando seja lá quem for completou a música. Espero que não sejam os fantasmas das autoestimas que eu matei. Com meus olhos quase saindo do meu lindo rosto, me viro para a direção de onde vem o som daquela risada histérica.

— O que você está fazendo no meu quarto, seu pervertido? – Eu perguntei, revirando os olhos. Caminhei em direção ao meu closet, devido a tal visita, teria que me trocar lá dentro.

— Leo disse que eu poderia entrar. Eu preciso falar com você, Silena. E quanto a estar no seu quarto, eu estou fugindo de uma morena psicopata que por algum motivo quer me castrar!

Semicerrei os olhos.

Ok, os planos com Leo podiam esperar.

— Thalia? – Perguntei, sorrindo minimante. Ele assentiu.

— Não toque em nada, Castellan. Eu vou me trocar, já volto.

Sinceramente, eu esperava ver até o próprio Justin Timberlake na cama, mas Luke Castellan? Aquilo gritava fofoca, e das boas. Me troquei o mais rápido que pude, precisava de um closet maior...

— Espero que seja alguma coisa bem- Me interrompi ao perceber que ele não estava mais sentado na cama. Franzi o cenho, olhando para os lados.

É bom eu começar a conferir a mobília, porque nunca se sabe quando se trata de Luke Castellan e-

It’s tearin’ up my heart when I’m with you, but when we are apart I feel it too

And no matter what I do, I feel the pain, with or without you...

Corri até a tomada onde meu celular recarregava e chequei quem estava me ligando. Com um sorriso no rosto, atendi, sentindo um pouco do tédio se esvair.

— Oi vaca!

— Oi aborto mal sucedido!

Ouch.

— Mula dos coices.

— Vadia.

— Pé-grande.

— DST ambulante.

Oh, não, ela não fez isso!

— Manequim do Exército da Salvação!

Com isso, Clarisse começou a rir, e eu sorri largamente. Isso mesmo, eu ganhei. CHUPA.

— Oi sumida! – Ela disse, ainda rindo um pouco.

Semicerrei os olhos, balançando a cabeça em desapontamento (como se ela pudesse ver.).

— Meu endereço é o mesmo, e a gente tem quatro aulas juntas. Todos os dias. – Fingi desinteresse, mas era bom falar com Claire. – Isso sem contar os treinos.

— Mas você tem andado distante, Silena! – Ela tenta se justificar.

— Distante? Ah, querida, você acha que meus Loubutins foram feitos pra correr atrás de amigas ingratas? Tsc...

— Deixe de bobagem! – Ela disse, e eu podia ouvir o sorriso em sua voz. Esses idiotas apaixonados... – Eu sei que eles foram feitos pra correr atrás de macho.

Ok, admito que essa foi boa. No entanto, não vou rir para não dar ousadia.

Sou dessas.

— Vamos lá Clarisse, eu sei que você não ligou por estar com saudades então, o que deseja? Além de sugar a vida do seu namorado pela boca?

Um dos motivos pelos quais essas duas semanas foram as mais tediosas e paradas de toda a minha adolescência, era que Clarisse estava sempre ocupada demais fazendo massagem nas amígdalas de Chris Rodriguez. Com a própria língua.

Eca.

— Nossa, que mau humor, Silena! Perdeu o prazo de lançamento da nova coleção de bolsas idiotas que você tanto quer?

Ela nunca vai entender a importância de um acessório. Desisto. Sentei na minha cama, me preparando para a conversa, mas de repente me lembrei de Luke. PRECISO saber qual a boa do dia.

— Claire, eu tenho umas coisas para fazer. Será que dá pra você ser mais direta?

Rude? Eu?

Psssh, sou uma florzinha no jardim... Do mal.

— Awww, ela tá bravinha! – Claire riu mais um pouco, e eu bufei. Óbvio.

— Okay, eu vou desligar em três...

— Não não não não! Espera, Si! – Ela se exasperou. – Não desliga, eu só tenho créditos pra essa ligação. Eu preciso te contar algo.

Hm... Espero que seja algo bem cabeludo, de preferência sobre as inimigas.

— Estou ouvindo.

— O motivo de toda essa minha alegria... É porquê... –Ela pigarreou- Adivinha quem está de volta!?

Antes que pudesse me controlar, por reflexo, já estava gritando:

— O N’SYNC? ELES VOLTAM? AI MEU DEUS, O JUSTIN- MAS, O FATONE E O... AAAH MEUS DEUSES COMO EU SONH-

— Shhh, calma garota. – Ela continuou rindo. Sério, eu não nasci pra aturar Clarisse feliz. Até duas semanas atrás eu nem sabia que ela era capaz de sorrir (a não ser que fosse da desgraça alheia, nisso ela é ótima). – Não foi o One Direction, se recomponha.

Mordi o interior das minhas bochechas, me contendo. Ela fazia para me irritar, não vou demonstrar a fraqueza, mesmo que mentalmente eu esteja enfiando ela dentro de um tanque de ácido derretedor de palhaças.

— Quem? Fala logo, curiosidade mata gatas.

— Então que bom que você é uma cadela! – Grunhi mais uma vez, encarando as minhas unhas. Ameacei desligar novamente e ela me parou. – Frank, ok? O Frank voltou!

Ahhn... Quem?

— Ele voltou, Silena! Meu irmãozinho voltou! – Ela disse com tanta felicidade que estava me causando náuseas. Oh, esse Frank.

Agora que eu pensei bem, não via Frank há anos. Aquele catarrentozinho sempre fora muito problemático, afinal, a fruta nunca cai muito longe do pé.

— Ele foi liberado? – Perguntei com curiosidade genuína. – Está usando uma tornozeleira ou algo assim?

— Credo Silena, você faz parecer que meu irmãozinho acabou de sair da cadeia!

— E eu estou errada? – Perguntei ceticamente.

— Era uma Escola Militar, Silena. – Eu podia ouvir ela revirando os olhos. – Aparentemente, ele foi expulso de lá também.

WOW.

Eu costumava chamar Frank de Demônio do Catarro, mas depois dessa, ele precisa ser promovido. O garoto estava estudando em uma escola militar na Rússia! Como ele conseguiu ser expulso de lá?

— Não entrei em detalhes, mas provavelmente teve ajuda do Ethan, porque ele também está de volta. – Eu tinha perguntado aquilo alto?

— Ethan tipo em Ethan Nakamura? – Perguntei arregalando os olhos.

— Exato. – Ela disse com certo pesar na voz. – Eu vi ele com meus próprios olhos, quando estava saindo da casa do Chris. Katie Gardner estava gritando com ele no jardim, dá pra imaginar? Ela estava com tanta raiva, que eu juro que vi fumaça saindo de todos os poros dela.

— Isso é porque ela é um dragão.

Bem, isso era o que eu queria ter respondido, mas as palavras ficaram presas na minha garganta.

Isso não era nada, nada bom. Nada mesmo, ah meus deuses. Isso não era nada bom mesmo.

Quando Clarisse finalmente aprende a contar os babados como uma verdadeira líder de torcida, é pra jogar uma intriga dessas... Adoro! hahaha

— O-o quê? – Perguntei estupidamente. – Eles não namoravam no primeiro ano?

— SIM! Mas aquela comoção tem que ter sido por algo além de rancor de ex! Você não sabe o barraco que foi, Silena! Provavelmente Connor vai colocar tudo no youtube, mas sério, aquilo ali foi demais, você sabe que eu amo uma treta.

Franzi o cenho, balançando a cabeça. Eu acho que os acontecimentos da minha vida disputam entre si pra saber qual é o pior. Eu tentei agir naturalmente.

— Mas você conseguiu pegar o motivo da briga? – Perguntei como se meu único interesse fosse o bem da fofoca.

— Infelizmente, quando eu fui pra sacada do quarto do Chris pra assistir de camarote, o tumulto já estava formado. Will chegou no lugar, empurrou a Katie pro Travis e disse pra ele tirar ela de lá, aí meu cunhadinho a jogou por cima dos ombros e começou a carregá-la pra dentro da casa dela ... haha, ela estava se debatendo, e esmurrando ele, ela estava xingando e eu até agora não sei quem. Você precisava ver! – Ela riu mais um pouco, e tomou fôlego antes de continuar. – Aí teve o Grand Finale e minha parte favorita. O Will agarrou o Ethan pelo colarinho disse “Eu não tô nem aí se você estava aprendendo a ser um soldado na maldita Rússia, Nakamura. Se você chegar perto da Katie de novo, suas habilidades não vão te ajudar em nada, porque você não vai nem ver como eu te atingi.” – Ela disse a última parte em uma voz masculina, que na verdade nem era assim tão diferente da dela. - Eu e o Connor fomos à loucura, você consegue imaginar isso? Eu sei que coisas estranhas acontecem naquela vizinhança, mas barraco?

Imergi em meus próprios pensamentos. Eu nunca fui muito fã da Katie, por mim ela pode se explodir enquanto anda, mas ter o Ethan de volta não era algo que eu desejava para ela. O motivo? Bem, digamos que eles não tinham o relacionamento mais saudável do colégio e todos, literalmente, todos sabiam disso. Ethan era um encrenqueiro introspectivo (por isso acabou se mudando pra Rússia) e Katie sempre fora muito sociável e expressiva.

Aquele relacionamento era mais improvável do que Tom Hiddleston e  um certa loira maluca que escreve músicas pros ex-namorados. Não disse quem.

Estranho era pouco, mas de alguma forma funcionou por um bom tempo. O interessante é que Katie mudou muito com o relacionamento, ela até chegou a largar as líderes de torcida... Quando eles terminaram, ela estava claramente arrasada. Então tivemos nossas férias de verão e quando retornamos às aulas ela parecia radiante como nunca, porém eu conheço um sorriso de plástico quando vejo um.

Se é que você me entende.

E agora, com ele de volta, Valdez e eu precisaríamos ajustar algumas coisas se não queríamos que nosso plano falhasse miseravelmente. Por mais ridículo que pareça, Katie acreditou naquela história de “unidos pra separar” que bolamos com o Travis e ele está fazendo progresso em se aproximar.

Aquele palhaço do Nakamura não vai entrar no meio da minha compensação de carma ou eu teria que compensar por assassinato também!

Bufei. Abri a boca para fazer um comentário sarcástico, mas uma gritaria pandemônica se iniciou no andar de baixo. Vou colocar algumas legendas...

— SEU MALDITO IDIOTA DOS INFERNOS, EU VOU ACABAR COM A SUA CARA!

— AI SUA LOUCA, VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO!

— EU VOU MACHUCAR MUITO MAIS!

Franzi o cenho, pensando no que diabos poderia estar acontecendo. Rapidamente me despedi de Clarisse sem dar detalhes, e comecei a caminhar hesitantemente em direção à comoção. Parei por um instante, peguei um guarda-chuvas para defesa pessoal.

Hey! Não me julgue, era isso ou o ferro de passar.

Arregalei os olhos ao dar de cara com um Valdez que parecia, no mínimo, desesperado.

— Silena, deu ruim. – Não me diga?!

— SEU IMBECIL, ESTÚPIDO, ARRRRRRGH!- ­Deixa para o barulho vidro quebrando e mobília sendo partida. A minha mãe vai arrancar meus olhos! Ai meus deuses, como vou lançar um olhar 43 se estiver desolhada?

ASSIM NÃO DÁ.

— O que diabos está acontecendo, Valdez? – Demandei. Tinha eu ser culpa do Valdez, todas as desgraças do mundo eram.

— Eu não sei! – Ele ergueu as mãos em rendição. – Luke queria falar com você, eu mandei ele subir pro seu quarto, e enquanto eu estava no meio de uma maratona de Supernatural, a Thalia chegou e começou a gritar procurando por ele e agora parece estar quebrando a casa toda.

Nossa, garoto, você não precisa respirar enquanto fala?

Deuses...

— EU VOU USAR O SEU CABELO DE ESCOVA DE VASO SANITÁRIO, CASTELLAN!

Mais quebradeira.

— THALIA, SE ACALMA, VAMOS NOS SENTAR. ME EXPLICA O QUE ESTÁ ACONTECENDO!

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Ela riu em escárnio. – O SEU PROCESSO DE ASSASSINATO!

— AAAAAAAI! – Luke gritou. Eu acho que ela finalmente tinha acertado um arremesso.

— Vem Silena, precisamos parar isso. – Leo disse ao me arrastar escada abaixo. Encontramos uma sala de estar completamente destruída, e o vaso preferido de mamãe estava nas mãos de Thalia, que mirava a cabeça de Luke, que protegia o rosto com as mãos.

Olhei com desespero para Valdez, que fazia o mesmo. Se algo acontecesse com aquele vaso, nós dois poderíamos dar adeus à nossa vida, ou pior, ao nosso teto riquíssimo e privilégios com cartão de crédito. Ele então correu e apanhou o vaso das mãos dela antes que ela conseguisse despedaçar ele na cabeça loira de Luke (cabeça essa que precisava urgentemente de uma hidratação, devo ressaltar).

— Vamos nos acalmar, crianças! – Leo disse, passando o vaso para a minha mão.

— NÃO SE METE, SEU ELFO, ISSO TUDO É CULPA DE VOCÊS! – Leo franziu o cenho. – SE VOCÊS NÃO TIVESSEM... ARGH, ONDE EU ESTAVA COM A CABEÇA QUANDO PEDI AJUDA DE VOCÊS DOIS?

Apertei o jarro mais forte sobre o meu peito.

— Você poderia ser mais clara? – Perguntei, receosa. Vai por mim, já tinha sido ameaçada o suficiente em outras ocasiões para arriscar irritá-la ainda mais.

— PARA DE SE FAZER DE DESENTENDIDA, BEAUREGARD! – Ela esbravejou, abaixando a cabeça em seguida, e sentando-se na poltrona do meu padrasto chifrudo. – Para de agir como se não tivesse ideia do que eu estou falando! E você também, Valdez.

— Thalia, querida, eu tenho duas bolas e nenhuma é de cristal. Você poderia nos dar a honra de falar o que te deixou assim? – Leo perguntou, ajoelhando-se na frente dela para encará-la melhor. O garoto não tinha medo da morte mesmo, porque o ângulo era ótimo para uma joelhada na cara.

— EU ESTOU GRÁVIDA, OK? – Ela se irritou novamente. – EU ESTOU GRÁVIDA DO DESGRAÇADO DO CASTELLAN, E A CULPA É DE VOCÊS.

Naquele momento, eu não precisava mais me preocupar com a Thalia arremessando o jarro preferido da mamãe. Eu mesmo o soltei para um fim eminente.

Meu nome é Silena Beauregard, tenho 17 anos e... Quer saber? Agora estou definir se ser o pivô da geração de uma criança causa o aumento ou a diminuição de carma. Yay!


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Notas finais do capítulo

Muhahahaha e aí? O que acharam?
Eu estava pensando em escrever um spin-off no futuro sobre como fica Thaluke daqui pra frente, o que vcs acham? Leriam?
E o Ethan gente? O que vcs acham que aconteceu entre ele e Katie pra ela estar com tanta raiva? Pq ele voltou? O que eu quero com ele aqui? Vocês entenderam a verdadeira intenção do plano de Katie e Travis pra separar Charisse? Muhahaha
Por favor, comentem! Me façam feliz! No próximo capítulo veremos um pouco de Jason e Piper, aguardem!
Beeijos ;**
Isaa