Valenfield Diary escrita por Lucilla Valentine


Capítulo 17
Debaixo do Visco




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P.D.V. Jill


Dois dias se passaram, Dick já estava se acustumando com a casa nova e era muito brincalhão e ele amava ficar com Chris e eu também hahaha... Hoje era véspera de natal e Barry está planejando uma festa de comemoração com ele faz todos os anos e é claro que eu ia.
A noite chegou, Chris disse que iria me levar e eu aceitei o pedido. Eu estava vestida com uma roupa simples e quando me aprontei, Chris veio me buscar para irmos juntos. Dick estava com senhorita Williams, que tinha uma cachorrinha que praticamente estava apaixona por ele.
Depois que eu e Chris entramos no carro, meu colega dirigiu para a casa de nosso velho amigo. Todos estavam presentes na festa: Claire, Leon, Moira, Rebecca, Polly, Kaith, Carlos e outros.
- Chris, Jill! Que bom que vocês vieram, assim Jill pode se divertir mais. - Barry exclama.
- Oi Barry, Chris conversou comigo, e agora já estou melhor. - Digo olhando para Chris, que me dá um sorriso lindo.
- Redfield e seus milagres... Bem, sintam-se em casa!
Sorrimos e fomos cumprimentar nossos amigos que estavam debaixo de uma árvore.
- Olá pessoal! - Digo sorrindo.
- JILL, CHRIS! Que bom que você chegaram. - Grita Claire, correndo para nos abraçar.
Cumprimentamos todo mundo, Carlos me recebe com um abraço apertado e sussurra em meu ouvido:
- Preciso conversar com você mais tarde.
Eu apenas concordei com a cabeça e percebi que Chris estava me olhando com uma cara feia, como se não estivesse gostando da cena, eu não me iportei, afinal, ele é apenas o meu melhor amigo e parceiro, não temos motivos para ficar com ciumes um do outro, apesar que eu fico as vezes. Assim que me separei do abraço, minhas colegas começaram a gritar: '' Aê Jill, pegando o gatinho latino!'', apenas sorri com o comentário, logo me sentindo ruborizada e também sorri internamente quando percebi que Chris estava com raiva.
Ele fica um gatinho com raiva, pensei.
Me aproximo de Chris e Kaith, esposa de Barry, chamou todas as meninas para a cozinha para terminar os preparativos da festa.
- Jill.... - Kaith começou. - ... está rolando alguma coisa entre você e Carlos?
Me engasguei com a água que eu estava tocando, assim que a crise de tosse passou, respondi:
- Não... somos apenas amigos.
- Não é o que parece. Viu com Chris ficou com ciumes de você quando Carlos sussurrou em seu ouvido? - Rebecca rebateu.
- Ah Becca, Chris sempre fica com ciumes de mim quando eu fico próximo a outros rapazes.
- Sei não Jill, meu irmão fala 25 horas por dia sobre você, é como Deus na no ceu e você na Terra.
- Verdade Claire?
- É verdade Jill! Meu irmão gosta de você de verdade, só que vocês são tão idiotas que não percebem que já estão no amor um com o outro a muito tempo.
Percebi que as palavras de Claire era verdade, eu sempre gostei do meu parceiro de uma forma diferente, nossa amizade era diferente de qualquer outra que eu já tive.
- Jill entenda, o trabalho de você é muito arriscado, então hoje você pode estar conversando aqui, mas amanhã pode ser que um de vocês estejam chorando pela perda do outro. Vocês não são mais crianças, sambem muito bem o que é certo e que é errado. Quando ele arrumar outra, você vai se arrepender de um dia não ter dito que o amava.
As palavras de Becca ficaram ecoando em minha cabeça e ela tinha toda razão, mas tinha medo de que Chris não gostava de mim com eu gostava dele, mesmo Claire dizendo que ele gostava de mim. Resolvi ficar calada e cortar os legumes para a nossa refeição.


P.D.V. Chris


Eu estava com os rapazes no quintal onde Barry estava servindo cerveja. Todos estávamos bebendo e conversando sobre o nosso dia a dia, mas tinha uma pessoa que estava enchendo o meu saco e o nome do individuo era Carlos. Ele não parava de me olhar com cara feia, e eu tinha que retribuir. Então quando estávamos conversando sobre garotas, o latino americano fala:
- Você está cuidando bem da minha garota Redfield?
Todos olhamos para ele e pergunto:
- Você está falando de Jill?
- Sim, afinal de contas ela é minha garota.
- Sua garota e o caralho! Você nem é marido dela e muito menos namorado dela para dizer que ela é sua.
- Ei cara, desde quando você controla o que eu falo?
- Eu só to falando a verdade. A Jill não é nada sua, então não a refira como se fosse de sua posse.
Carlos se levanta e fica na minha frente me encarando e então me levanto para que podessemos ficar cara a cara.
- Você é um imbecil quando pensa que um dia vai poder te-la como eu terei-a um dia.
- Nós somos apenas amigos. Você não acha que se eu a quisesse de outra forma, não teria conseguido devido eu conviver com ele todos os dias?
Eu sei que, quando falei essa frase, é claro que eu não estava falando a verdade. Eu tenho medo que ela não sinta o mesmo que eu sinto por ela, por isso não me arrisco a falar de meus sentimentos para ela.
- Tá vendo? Você mesmo não falando, admite que gosta dela. Você ainda não percebeu que é um covarde inútil e que sua parceira nunca irá quere-lo mais que amigos. Hahaha, você acha que pode pegar todas né? Mais a Jill já é minha e de mais ninguém.
A raiva estava circulando em minha veias e não suportei aquele idiota estar falando mal de mim. Sem pensar, dei um soco no rosto de Carlos, para que ele aprendesse a não falar daquele jeito comigo.
- E da próxima vez, vá xingar a sua avó!
Eu sei que essa frase é muito idiota, mas faz sentido. Carlos estava segurando o nariz que aparentava estar quebrado, mas não me importei com isso. Praticamente marchei para a cozinha onde as moças estavam terminando de aprontar o jantar.
- Ah não Chris, não me diga que você quer ajudar a fazer a comida. - Claire faz graça e todo mundo ri, menos Chris que estava de cara fechada.
- Não Claire, só to evitando um idiota que está sangrando lá fora.
- Quem foi que mestuou? - Rebecca brinca.
- Ninguém, apenas quebrei o nariz de um otário que estava insultando minha parceira.
Jill olha para mim como se não estivesse entendendo e fala:
- Gente, eu vou conversar com Chris rapidinho e já volto.
Puxei Chris para um canto mais reservado e ela começa o questionario:
- O que foi que aconteceu entre você e Carlos?
- Ele me xingou de vários palavrões e...
- E o que?


P.D.V. Jill


- E disse que nunca iria ter você como minha namorada.
A resposta dele me fez ri. Chris sempre foi muito tímido quando o assunto era amor, eu também sou, por isso fico com vergonha de conversar sobre certos assuntos.
- Oh Chris... - Digo o abraçando. - Você é melhor amigo da agente Valentine, sonho de muitos caras, o que você quer mais? - Brinco.
Eu sabia muito bem o que ele queria. Barry aparece na beirada da porta e fala:
- Crianças, o jantar já está na mesa.
Sorrimos e caminhamos até a sala de jantar, onde um banquete nos esperava.


[...]


Assim que terminamos fomos para a sala e ficamos assistindo televisão enquanto tomávamos um vinho perfumado e sem álcool, final de contas, estávamos dirigindo. Então me bateu um sono e eu pedi a Chris:
- Chris, to com sono, vamos para casa?
- Ok!
Nos levantamos e dissemos que já iriamos ir embora, então todos fomos para a entrada da casa e quando estávamos quase saindo, Claire grita:
- Chris, Jill! Fiquem onde estão!
Paramos sem saber porque, então a ruiva nos dá um sorriso malicioso no rosto, como se estivesse aprontando alguma coisa.
- Vocês estão debaixo de um visgo, então vão ter que se beijar! - Grita Claire eufórica.
- Ah, vamos lá Claire! - Chris resmunga. - Isso é muito infantil.
- Mas é tradição e pode trazer má sorte se vocês não fizerem isso. - Diz Barry.
- E tem que ser de língua! - Fala Becca.
- Becca! - Gritamos juntos pelo comentário de nossa colega.
- Vocês não irão sair daqui enquanto não se beijarem.
- Puxa Barry, pensei que você fosse o nosso amigo. - Digo fingindo irritacao
- Beija, beija... - Todos começam a gritar.
Eu e Chris nos viramos um para o outro e eu suspiro.
- Acho que vamos ter que fazer isso...
- Também acho.
Em seguida, nos aproximamos um do outro até que nossos rostos ficassem a centímetros um do outro. Fechamos nossos olhos e silenciosamente nos perguntamos quem iria fazer o primeiro movimento e Chris foi mais rápido, escovando seus lábios contra os meus. O beijo era calmo e apaixonante, e ficou melhor pelo fato de nosso halito estarem com o gosto do vinho perfumado que havíamos tomado mais cedo e devo confessar que sua boca tinha um gosto imprecionante, muito melhor que a minha geladeira.
Estávamos nos beijando pelo que parecia ser segundos, ocasionalmente, fizemos algumas mini pausas para recuperar nosso folego e quase imediatamente voltávamos a nos beijar novamente. Quando finalmente paramos, todos estavam olhando espantados para a gente e logo depois deram um sorriso de orelha em orelha.
- Whoa! O beijo de vocês durou exatamente 2 minutos e 46 segundos!
- Você estava contando Claire?
- Felizmente sim! E parece que a coisa foi boa!
Sorrimos e eu me senti um pouco constrangida então pedi para Chris me levar para casa. No caminho ate o carro não falamos nada, apenas entramos no mesmo e fomos para o nosso apartamento.

 


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