The Orphan - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 5
Capítulo 3 - Detention


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pessoal!! Aqui estou com o próximo capítulo... Espero que gostem ^^Agora vocês verão um pouco da personalidade da Violet...Boa leitura!!



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"Detenção"

– Violet – 2 de setembro de 1993 -

– Vamos Violet, acorde! Vamos nos atrasar! – gritava Mary, tentando me acordar. – Violet, levante-se dessa cama agora!

– Tá, tá bom! Já acordei... – bocejei.

– Nós acordamos mais cedo e já tomamos café, pensávamos que você iria acordar logo, mas quando vimos que não descia, decidi vir até aqui. E aí está você, dormindo! Tem 20 minutos para levantar, se trocar, comer alguma coisa e ir pra aula. – disse ela, se levantando. – Se arruma enquanto eu pego seu material.

– 20 minutos?! – exclamei, saindo da cama correndo, tropeçando no tapete e entrando no banheiro – Meu Deus, eu nunca dormi tanto! E vou me atrasar justo no primeiro dia de aula!

Continuei reclamando e, em 12 minutos, me arrumei. Desci com Mary correndo para a aula, nem ao menos comi alguma coisa.

Depois eu resolvo essa parte...

– Vamos Violet, temos... 3 minutos! – disse ela, correndo na minha frente.

– Estou indo... Não sou tão boa corredora como você! – disse eu, quase sem fôlego.

Assim que chegamos à porta da sala, paramos por um minuto para recuperar o fôlego.

– O professor está no fim do corredor e não parece nada satisfeito...

Antes mesmo que eu olhasse pra trás ou perguntasse qualquer coisa, puxei-a para dentro. Para nossa sorte, tinham dois lugares... Em frente à mesa do professor. Ótimo.

– Com a correria esqueci de perguntar... Qual é a aula?

– Poções.

Ela mal respondeu e a porta foi aberta bruscamente. Um homem alto, pálido, de vestes, cabelos e olhos negros apareceu. O mesmo da noite passada. Entrou com um olhar gélido e assustador, enquanto andava sua capa preta se esvoaçava. Encarando os alunos sem dizer nada, sentou-se e começou a chamada.

– Srta. Addams, acorde mais cedo da próxima vez, e procure chegar no mesmo horário que seus colegas. – disse ele, encarando-a.

– Mas professor, ela não chegou atrasada... – disse eu, tentando interceder por ela. Não era justo ela receber uma bronca por minha causa.

– E você seria? – perguntou ele, olhando-me pela primeira vez.

– Violet Prince. – a expressão em seu rosto mudou e ele continuou me encarando, como se procurasse por alguma coisa.

– A aluna nova. Foi a senhorita que estava com ela, certo?

– Sim. E só pra constar, não estávamos atrasadas, afinal, ainda não tinha professor na sala de aula. – disse eu.

Todos, que já estavam em silêncio, começaram a cochichar, surpresos. Qual o problema deles, afinal?!

– Srta. Prince, hoje tiveram sorte, mas espero que a situação não se repita. Da próxima vez, não entrarão. – finalizou, me encarando friamente. – Abram os livros na página 275.

Violet, não se descontrole. Ele não vai te tirar do sério logo no primeiro dia. Além do mais, ele está certo. Não totalmente certo, mas mais que você ele está.

– Srta. Prince, deve se sentir extremamente confiante a ponto de não prestar atenção na aula, com certeza sabe a matéria toda. Então me diga qual o terceiro ingrediente da poção que mencionei? – disse quase no meio da aula.

– Eu... – comecei, confusa, afinal, ele tinha acabado de interromper meus pensamentos.

– Menos 10 pontos para Sonserina. – disse ele, interrompendo-me – Como dizia...

– Hellebore. – disse eu, elevando o tom de voz.

Se ele pensa que vai me fazer passar vergonha desse jeito, está muito enganado.

– Como disse? – perguntou ele, num tom raivoso por eu interrompê-lo.

– O senhor me perguntou se eu sabia o terceiro ingrediente da poção. Hellebore.

Todos me olhavam, incrédulos, e Mary estava de boca aberta. O professor se aproximou de mim rapidamente, com raiva faiscando em seus olhos. Isso está ficando divertido. Com uma expressão inocente, o encarei novamente.

– Está certo professor? – me segurei para não rir.

– Sim, Srta. Prince, está correto. – disse, com má vontade.

– Então minha punição está errada.

– Srta. Prince... – ele começou, mas não o deixei terminar.

– Se me lembro bem, o senhor tirou 10 pontos da Sonserina por eu não responder a pergunta. Mas não respondi porque o senhor não me deixou continuar. Minha resposta está correta, e nesse caso, a perda dos pontos é injusta. Na verdade, eu deveria é ganhar pontos para a minha casa... –sorri vitoriosa.

– Vejo que é observadora Srta. Prince. Tire-me uma curiosidade. De qual escola foi transferida?

– Nenhuma. Estudei sozinha desde os 11 anos. Posso te afirmar que sou inteligente o suficiente, e me esforço bastante.

Por essa ele não esperava, aliás, ninguém esperava. Se antes ele estava com raiva, agora estava pior. Aproximou-se lentamente de mim, apoiando as mãos na minha mesa, e enquanto Mary se afastava na cadeira ao meu lado, eu não me movi. Você não me assusta professor.

– Se é tão inteligente, responda-me: quais os ingredientes da poção Morto-Vivo?

– Losna, raízes de valeriana, raiz de asfodelo em pó e vagem suporífera. - respondi sem ao menos pensar.

– Veritaserum? – aproximou-se mais.

– Penas do dedo-duro – o professor estava na minha frente, e, para mostrar que não me assustava, me levantei.

– Poção Wiggenweld.

– Casca de Wiggentree, muco de verme gosmento, moly e ditamno.

– Sente-se. – imediatamente obedeci, afinal, já tinha mostrado a que vim. - 50 pontos pra Sonserina. – disse se afastando.

Mary me olhou incrédula, mas feliz. Pelo silêncio da sala, notei que esse professor era o pior de todos, e ninguém usava discordar ou mesmo falar com ele. O tal Snape que ouvi no dia anterior que queria o cargo do Lupin. Talvez fosse frustrado e compensava sendo o mais assustador dos professores, mas eu não tinha medo dele.

A aula continuou normalmente e todos ainda me encaravam, incrédulos. O professor não voltou a me fazer perguntas... Até que recebi um bilhete de Mary.

M- O que foi aquilo? Ficou louca?!

V- Ele não me assusta.

M- Pois deveria! Agora ele vai te perseguir até o final do ano!

V- Ele que venha, não tenho medo dele!

– O assunto desse bilhete deve ser de extrema importância, Srta. Prince. Poderia compartilhar com a classe? – perguntou ele, encarando o papel em minhas mãos.

– O senhor sabe guardar segredo? – perguntei, olhando-o séria.

– Oh, mas é claro Srta. Prince. – ironizou.

– Pois eu também. – alguns alunos riram, mas logo se calaram com um olhar do professor.

– Detenção Srta. Prince, na minha sala, às 19 horas. – disse, os olhos fervendo de raiva.

Antes que eu soltasse outro comentário, o sinal tocou e os alunos começaram a sair. Peguei minhas coisas e, antes que passasse pela porta, resolvi não deixá-lo com a última palavra. Tia Bella ficaria orgulhosa.

– Até mais tarde Professor Snape.

Ele me fuzilou com os olhos, e, enquanto eu sorria ironicamente, Mary me puxou pelo braço.

– Você ficou louca? Detenção logo no primeiro dia? E justo com ele?! – disse ela, sussurrando, pois ainda estávamos ao lado da porta da sala.

– Por que “justo com ele”? – perguntei, falando normalmente.

– Por quê? Porque ele é o Snape! O mais assustador dos professores!

– Por favor Mary, ele é apenas um professor. Eu não tenho medo dele. – disse elevando o tom de voz.

– Você definitivamente é louca!

– Acho que é de família.

– Por que, seus pais são loucos?

– Não sei. Cresci num orfanato. Mas devem ser, afinal, vim de algum lugar certo? – debochei.

– Ora, ora, se não é a sangue-ruim Addams e a abusada da Prince. – disse alguém, me fazendo virar. – Então você cresceu num orfanato? Deve ser sangue-ruim também...

– Não sou sangue ruim.

– Quem é você garoto? – perguntei impaciente.

Quem ele pensa que é pra me chamar de sangue-ruim?

– Draco Malfoy.

– Ahh... Malfoy... Já ouvi seu nome em algum lugar...

– Violet... – pediu Mary, praticamente implorando para que eu fosse com ela – A próxima aula...

– É claro que já ouviu falar. Os Malfoy são os sangues-puro mais conhecidos do mundo bruxo! Até uma sangue-ruim saberia... – continuou com um risinho cínico.

Então você quer brincar? Pois bem, vamos brincar.

– Na verdade, ouvi o nome Malfoy há... Hm... Onde foi mesmo? Ahhh sim, agora me lembro! Li o nome Malfoy num dos meus livros, “A escória do mundo bruxo”.

– Olha como fala Prince!

– Eu falo do jeito que eu quiser, Malfoy. – disse eu, frisando o sobrenome e me aproximando - E não se atreva a chamar a mim ou qualquer um de meus amigos de sangue-ruim na minha frente novamente ou vai se arrepender. – disse eu, ameaçando-o.

– Vou é? Até parece que alguém como você pode fazer algo contra mim! – disse, convencido.

Na hora não percebi, mas estávamos em frente à sala de poções, e varias pessoas pararam para ver o nosso “confronto”.

– Você não é superior a ninguém Malfoy, todos caem, e você vai cair.

– Profetizando?

– Não, apenas avisando. Você não me conhece, e não faz ideia do que eu sou capaz. – disse eu, olhando em seus olhos. Pelo jeito que me encarou de volta, estava com medo.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou uma voz gélida, que imediatamente reconheci sendo o professor de poções. Continuei encarando o garoto loiro, para ele entender o recado, e então me virei para o professor.

– Não está acontecendo nada professor. Apenas o Malfoy me parabenizando pelos pontos que ganhei. – respondi, com um sorriso no rosto – Não é Malfoy?

– C-claro! Só... parabenizando. – concordou me encarando, tentando sorrir também, porém, sem sucesso.

– Com licença professor, preciso ir para a próxima aula, como sabe, não posso me atrasar. – Snape me lançou mais um de seus “olhares mortais”, mas ignorei e me afastei. – Até logo Malfoy! – gritei, antes de me virar completamente, sentindo os olhares em minhas costas e Mary me agarrando pelo braço.

– Qual a próxima aula? – perguntei, como se nada tivesse acontecido.

– Sério que você vai mesmo mudar de assunto?

– Mary, qual a próxima aula?

– Defesa Contra as Artes das Trevas, com a Grifinória.

– Ótimo, então poderei rever alguns amigos...

Quando chegamos à sala, havia dois lugares vazios e, novamente, eram na frente da mesa do professor que, cinco minutos depois, chegou sorrindo.

Quanta diferença... O Snape podia aprender alguma coisa com ele...

– Bom dia a todos. Sou o Professor Lupin. – disse ele, ainda com um sorriso no rosto. – Por favor, guardem suas coisas, hoje teremos uma aula prática. - todos se olharam, mas, em poucos segundos, já estavam prontos. - Ótimo. Peguem suas varinhas e me acompanhem.

Seguimos o professor por um longo corredor e finalmente chegamos num grande salão, que descobri mais tarde ser a sala dos professores. Apenas um estava presente. Snape. Ótimo! Assim que nos viu, demonstrou incredulidade, mas permaneceu na sala e, em seguida, o Prof. Lupin fechou a porta e nos apontou um velho armário, que imediatamente começou a colidir com a parede.

Se for o que eu estou pensando, essa aula será incrível!

Com o pensamento, um enorme sorriso passou pelo meu rosto, e como estava de frente para os Professores Lupin e Snape, não passou despercebido.

– Não se assustem. O que está aqui dentro não vai lhes fazer mal. – disse ele, olhando na minha direção, curioso pelo meu sorriso. – Alguém arrisca um palpite do que é? – perguntou, mas sua frase se referia a mim, que imediatamente levantei a mão. – Srta. Prince?

– É um bicho-papão. – disse eu, com segurança.

– Muito bem Srta. Prince, 10 pontos pra Sonserina. Bichos-papões gostam de lugares escuros e fechados, como guarda-roupas, o vão embaixo das camas, os armários sob as pias... Este aí se mudou para o armário ontem à tarde, então pedi ao diretor se poderia deixá-lo aqui para uma aula prática com meus alunos.

– Mas ele não é tão perigoso a ponto de precisar de um cão de guarda... – disse eu, fingindo inocência, me referindo ao Snape. Aparentemente só ele percebeu, pois sua cara se fechou ainda mais enquanto o Prof. Lupin reprimiu um sorriso.

– Como eu disse, não vai lhes fazer mal. Então, a primeira coisa que devemos perguntar é: O que é o bicho-papão? – antes que eu levantasse a mão, Hermione foi mais rápida.

– Um transformista, é capaz de assumir a forma do que achar que pode nos assustar.

– Muito bem Srta. Granger, 10 pontos também. Ninguém sabe a forma verdadeira do bicho-papão, mas, assim que eu o soltar, ele se transformará naquilo que cada um de nós mais teme. Porém, temos um ponto ao nosso favor, somos muitos, ele não saberá no que se transformar. Por isso é sempre melhor enfrentarmos os bichos-papões em grupo. Há um feitiço que o repele, mas exige muita concentração. Alguém sabe?

Riddikulus.

– Muito bem Srta. Prince, pelo que vejo entende bem do assunto. Saberia mais algum detalhe do feitiço?

– Se me lembro bem, para repelirmos o bicho-papão devemos fazê-lo tomar a forma de algo engraçado, já que o “inimigo” dele é o riso. Pra isso o Riddikulus.

– Exatamente. E é agora que vamos demonstrar. – avisou e, após fazer a turma repetir o feitiço várias vezes, ele finalmente pediu um voluntário. - Por favor, façam fila. Quem quer ser o primeiro?

Eu estava no meio da fila, logo na frente da Mary.

– Professor, acho que quem deveria ser o primeiro a “testar” essa teoria é a Prince – disse o Malfoy, que estava na minha frente. – Afinal, ela sabe tanto a respeito dele... – debochou – Se não estiver com medo, é claro.

Se o intuito do seu comentário foi me assustar, ele foi severamente desapontado.

– Hm... Srta. Prince, gostaria de ser a primeira ou quer esperar? – perguntou o professor.

– Eu não tenho medo Malfoy. – disse eu, encarando-o. – E sim, eu gostaria, mas apenas se o Sr. Malfoy responder à sugestão.

O Prof Snape me encarou novamente, mas algo em seu olhar mostrava... Prazer?

Estou ficando louca...

– Sugestão? – perguntou ele.

– É claro. Você sugeriu que eu fosse a primeira, insinuando que tenho medo. Pois eu aceito sua sugestão, e acrescento que não tenho medo. Mas só vou se você for logo atrás, provando que também não tem. – terminei com um sorriso cínico nos lábios.

– Sr. Malfoy? – indagou Lupin.

Todos olharam para ele, esperando.

– Eu... Eu... T-tudo bem. Você primeiro, Prince.

– Que cavalheiro Malfoy. – ironizei, aproximando-me do armário.

– Certo, Srta. Prince. Vou abrir o armário e quero que pense no que tem mais medo. Todos prontos? – com um aceno geral, ele continuou – Agora, vamos nos afastar, para você ter mais campo livre. Tudo bem? – assenti. – Certo, no três. Um, dois, três!

E então, com o balanço da varinha, as portas do armário se abriram bruscamente, fazendo todos recuarem. Menos eu. Continuei parada, observando o escuro do armário.

Ninguém entendeu, pois não tinha nada na minha frente, apenas o silêncio e a espera. Talvez eu tenha esquecido de avisar que não temo nada...

No segundo que fiquei parada, pude sentir todos os olhares sobre mim, inclusive os dos professores. Então resolvi agir. Pensei no que mais me incomodava: ficar sozinha, não ser aceita. Uma fumaça cinza se espalhou pela sala e um frio cortante se instalou, com o som de uma mulher chorando e galhos se cortando cada vez mais fortes. Todos estremeceram enquanto uma lágrima solitária desceu por meu rosto. Essa era a sensação.

Riddikulus! – disse, apontando minha varinha. A fumaça se dissipou e em seu lugar risadas de crianças se fizeram ouvir, era quase impossível não acompanhar e logo a classe toda começou a rir. Apenas sorri e me afastei, limpando os vestígios da lágrima. - Malfoy – disse eu, indicando com a mão para que passasse.

– Então você tem medo de uma fumacinha cinza e sons de galhos? Sério Prince? – me virei para ele, ficando de costas para os professores.

– Foi por isso que você tremeu dos pés até o último fio de cabelo? – sorri, e assim que percebi uma pergunta implícita em seus olhos, respondi. – Como eu sei? Digamos apenas que tenho um... Bom pressentimento. – pisquei, me afastando – Sua vez.

Draco Malfoy, sem saber o que dizer, avançou para o armário enquanto todos o observavam atentamente, todos menos um. Os olhos do Prof. Snape continuavam sobre mim.

O que esse cara quer afinal?

Assim que Malfoy ficou em frente ao armário, os risos de bebê se calaram e um homem alto, de cabelos lisos e loiros apareceu. Seu ar era de imponente, superior, e se aproximava cada vez mais do Malfoy. Pela semelhança, poderia afirmar que era algum parente, talvez o pai.

Draco hesitou, olhando assustado para o homem alto, mas logo lançou o feitiço e, no lugar do loiro, apareceu um palhaço de circo.

Depois disso ele não me incomodou novamente, e quase todos os alunos participaram da aula.

– Muito bem, parabéns a todos! E aqueles que hesitaram, lembrem-se: não se deixem dominar pelo medo, enfrente-o! – após uma pausa, continuou – Agora a lição de casa. Quero um relatório de dois pergaminhos sobre os bichos-papões para a semana que vem. Por hoje é só, podem sair.

Todos estavam eufóricos e a maioria mostrava-se satisfeita com o novo professor. Eu, Mary, Alessa e Sophie fomos as últimas a sair, mas a voz do professor nos parou.

– Srta. Prince! Por favor, espere um momento... Gostaria de falar com a senhorita por um instante. – assim que me virei, pude perceber que o Snape participaria da conversa, mesmo que indiretamente.

– Claro – sorri aproximando-me enquanto as meninas deixavam a sala.

– Srta. Prince, por favor, sente-se aqui. – disse ele, apontando para um sofá velho, no lado oposto ao que Snape estava. - Me desculpe pela pergunta, mas realmente fiquei impressionado. Você veio transferida de qual colégio?

– Na verdade nunca estudei em colégio de magia, aprendi tudo que eu sei sozinha. – tive a ajuda da minha tia Bella, mas, preferi deixar essa parte no escuro, ele não precisava saber que cresci num orfanato.

– Incrível. – disse ele, admirado e até incrédulo.

Por quê? É impossível aprender algo sozinha?

– Desculpe professor, mas eu acho perfeitamente normal. Se aprendi tudo que sei hoje, foi por mérito próprio. Estudei e li muito, posso garantir que, se temos o incentivo correto, podemos fazer qualquer coisa. Inclusive aprender magia sozinha.

– É claro que sim, e concordo com você. – desculpou-se - Não adianta nada os alunos terem bons professores, se não treinarem e não possuírem o incentivo necessário para aprender. Eu apenas me surpreendi com o seu nível de aprendizado. Primeiro conjurou o Patrono perfeitamente – nesse momento o Prof. Snape olhou para mim, confuso -, e, se não estou enganado, já conhecia o bicho-papão...

– O Patrono foi um dos primeiros feitiços de proteção que aprendi. E quanto ao bicho-papão... – como vou explicar? – Sim, eu já o conhecia. Na verdade, já enfrentei um ou dois antes. Sou muito persistente professor, e extremamente teimosa, o que contribui para um melhor desempenho. Tenho também facilidade em aprender coisas novas, e quando aprendo, nunca mais esqueço.

– E pelo visto tem forte personalidade também... – disse ele, me fazendo rir – Lembra-me muito uma pessoa.

– Bom, costumavam me chamar de antissocial, esnobe e bruxa na escola trouxa, claro que acertaram quanto ao ‘bruxa’...

– Sim, com certeza. – riu, ele era bem divertido - Cada vez mais se assemelha a uma pessoa. E você a conhece.

– Conheço? – disse eu, a curiosidade certamente brilhava em meus olhos.

– Sim, você é igualzinha a certo professor de poções... Não é Snape? – disse ele, rindo e olhando para o professor, que mantinha um olhar raivoso e surpreso. Meu sorriso se abriu mais ainda.

– Bem, se o senhor vê tantas semelhanças acho que o Prof. Snape encontrou alguém à altura no quesito personalidade. – brinquei, sendo acompanhada por Lupin.

Snape me encarava como se um olhar seu pudesse me matar.

– Oh sim, com certeza. Isso será divertido... – respondeu o novo professor, mas fomos interrompidos pelo segundo sinal da troca das aulas – Ah, olha só, nosso tempo acabou e a senhorita está atrasada. Deixe-me escrever um bilhete para o professor. Qual sua próxima aula?

– Transfiguração. Professora McGonagall. – disse eu, em pé ao seu lado.

– Muito bem, aqui está. Peça perdão a ela por mim sim?

– Claro. Com licença Prof. Lupin, Prof. Snape...

– Até logo Srta. Prince. – disse ele, fechando a porta atrás de mim. – Ela realmente é igual a você Severo... – o ouvi falar.

– Cala a boca Lupin. – respondeu Snape, com uma voz de dar medo em qualquer um.

Tem razão professor Lupin, isso será divertido...

O resto do dia passou normalmente, mas eu ainda não tinha conversado com meus amigos grifinórios, então resolver “quebrar” alguns preconceitos e ir até a mesa deles no jantar.

– Mary tem razão, você é louca! – disse-me Sophie, que estava na minha frente, ao lado da Mary.

– Na verdade, eu concordo com ela. Esse preconceito entre as casas é ridículo. – falou Alessa ao meu lado.

– O máximo que posso ganhar com isso é uma detenção ou alguns olhares feios... E nenhuma das opções me assusta.

– Falando em detenção... – começou Mary

– Não começa, agora vou conversar com alguns amigos da outra mesa... Alguém vem?

– Eu vou. – respondeu Alessa.

– O quê? – gritaram as outras duas, chamando atenção para nós quatro.

Sem ao menos responder, levantei-me, com Alessa ao meu lado, e segui para a mesa da Grifinória, algumas pessoas continuavam a nos encarar, mas não liguei.

– Olá Harry, Ron, Hermione... – disse eu, fazendo os três viraram.

– V-Violet? O que faz aqui?

– Não se preocupe Rony, venho em missão de paz – brinquei, levantando a mão e sorrindo. – Posso? – perguntei, apontando para os lugares ao lado deles.

– Claro! – concordou Harry sem hesitar. Sentei-me entre Ron e Hermione, e Alessa ao lado do Harry – E o que a traz à mesa da Grifinória?

– Bom, quando nós conversamos no trem, pensei que tinha ganhado amigos...

– E ganhou. Somos amigos... – respondeu Hermione, sorrindo.

– E, como não nos vimos o dia todo, e também por esse preconceito ridículo entre as casas, acho que não nos falaríamos com frequência, então se a montanha não vem até mim, eu vou até a montanha.

– Montanha? – repetiu Rony com a boca cheia.

– Um ditado trouxa... Você não deveria falar enquanto come. – disse Alessa.

– E quem é você? – perguntou Harry, amigavelmente.

– Ela é uma das minhas amigas, Alessa Chambers. Alessa, estes são Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley.

– Muito prazer. E antes que perguntem alguma coisa, também acho que esse preconceito entre as casas é ridículo, e também não levo desaforo pra casa... Mas eu tenho limites, ao contrário da Violet – brincou ela.

– Como assim? – perguntou Harry

– Vocês não souberam? Pensei até que a notícia iria se espalhar como praga pelo castelo!

– Alessa!

– Que foi? É a verdade... E é o preço que se paga por ter feito o que fez... – riu ela.

– O que ela fez? – perguntaram dois rapazes, provavelmente mais velhos e... Gêmeos?!

– Vocês são...

– Gêmeos? Sim! – disseram eles, juntos.

– Uau! – exclamou Alessa.

– Eu sou Fred/Jorge e esse é o Jorge/Fred – disseram ao mesmo tempo.

– Irmãos do Ron? – perguntei.

– Infelizmente. - todos riram. – Mas... Você ia dizer o que aprontou... Espera. Você é a sonserina que todos estão falando? – perguntou Fred.

– Depende... Falando o que?

– Coisas ruins, não sabia? – disse Alessa, brincando com a minha cara.

– Haha, engraçadinha! Como podem saber coisas ruins a meu respeito se nem me conhecem?

– Boatos se espalham rápido. Bom, voltando. Pra começar a história, ela e a Mary, outra amiga nossa, chegaram em cima da hora para a aula de poções.

– Justo com o Snape? Elas são doidas... - disseram Fred e Jorge.

– Elas entraram correndo e segundos depois ele entrou.

– Por pouco hein! – disse Rony.

– Depois olhou bem para a Mary e disse “da próxima vez, acorde mais cedo Srta. Addams, assim chega à sala no horário”. Não disse nada para a Violet, afinal, ele ainda não a conhecia.

– E eu não sou de ficar quieta.

– Ela, na maior cara de pau, levantou a mão e disse “mas professor, ela não chegou atrasada, aliás, nenhuma de nós chegou. Eu estava com ela e chegamos dentro do horário. Afinal não tinha professor na sala”.

– Você enfrentou o morcegão?

– Morcegão? – repeti confusa.

– É um apelido que eles deram para o professor Snape. – respondeu Hermione.

– Hmmm... – olhei para o Prof., que me observava também. Sorri cinicamente e continuei – Acho que o apelido combina... – com um beliscão do Harry, parei de olhar para o “morcegão”.

– Continuando. Ele ficou com muita raiva, dava pra ver nos olhos dele. Mas ele simplesmente olhou pra ela e disse algo do tipo “vocês tiveram sorte hoje, da próxima não entrarão na minha aula”. Ela ia rebater, é claro, mas então ele mandou abrir os livros e ela ficou quieta.

– Foi só isso? – disse Fred.

– Não, essa é apenas a introdução. – sorriu a ruiva, algo me dizia que seríamos grandes amigas - Mais pra frente ele estava explicando a matéria e ela no mundo da lua, rabiscando no caderno. Ele olhou bem pra ela e disse: “Srta. Prince, deve se sentir extremamente confiante a ponto de não prestar atenção na aula, com certeza sabe a matéria toda. Então me diga qual o terceiro ingrediente da poção que mencionei?”.

– Ele já fez isso comigo. Eu não soube responder e ele tirou pontos da minha casa... – lembrou Harry.

– Ela foi pega de surpresa, por isso acabou recuando um pouco e não respondeu. E ele tirou 10 pontos da sonserina!

– Da Sonserina? Mas ele é o professor responsável pela casa... – falou Harry.

– É ele? – perguntei.

– Claro, não sabia? – disse Rony.

– Sou nova na escola, lembra Rony?

– Ah, claro, desculpa. Continua Alessa.

– Certo. Antes que ele se virasse para continuar a aula, esse cabeção da Violet falou a resposta alto. Ele se virou e perguntou “O que disse?”, e ela repetiu a resposta, ele não sabia o que dizer, então, na maior cara de pau, ela continuou “Está correto professor?”. Sem outra saída, ele disse que sim, e foi aí que começou.

– Eu estava no meu direito. – avisei.

– Quieta Violet. – retrucou - Depois que ele confirmou, ela disse que se a resposta estava certa a punição dele estava errada. “Como disse Srta. Prince?”, ele perguntou, visivelmente irritado. – Alessa contava como se fosse a narradora de um acontecimento extraordinário, o que me deixou curiosa quanto à sua personalidade, nós obviamente nos daríamos bem. – Aí ela falou que ele tirou pontos porque ela não sabia a resposta, mas ele não deu tempo de responder. “Então, como minha resposta está claramente correta, o senhor não pode retirar pontos da minha casa, e sim o contrário”.

– Ele estava errado e eu certa. Nada mais justo que “acertar as contas” – respondi, inocentemente.

– Fica quieta Violet. – retrucou de novo - Aí é que ele ficou com mais raiva ainda! Aproximou-se lentamente dela e ficou de frente para a carteira, apoiou as mãos na mesa e disse “Vejo que é observadora Srta. Prince. Tire-me uma curiosidade, de qual escola foi transferida?”. “Nenhuma – ela respondeu – Estudei sozinha desde os 11 anos, e posso afirmar que sou inteligente o suficiente e me esforço bastante”. Vocês tinham que ver a cara dele! Se olhar matasse, Violet não estaria mais aqui...

– Você é corajosa... – comentou Hermione.

– Ele se aproximou vagarosamente e, com a voz mais baixa... – disse em tom de suspense - “Se é tão inteligente, responda-me: quais os ingredientes da poção Morto-Vivo?”. E ela, sem pensar, respondeu corretamente. Então ele começou a perguntar sobre outras poções, algumas que não aprendemos ainda e, aliás, você tem que me explicar isso depois Violet, mas ela respondeu todas elas e acabou levantando também. Acho que de tanta raiva por ser enfrentado ele parou com as perguntas e a mandou se sentar. E sabem o que ele disse? – ninguém respondeu – “50 pontos pra Sonserina”. Depois disso ele continuou a aula passando bem longe dela.

– Uau... – foi só o que disseram. Algumas pessoas que estavam próximas também se olhavam. O que tinha de tão especial contestar os professores?

– Mas isso não é tudo, tem mais!

– Mais? O que você aprontou? - perguntou Harry, incrédulo.

– Quase no final da aula ela começou a trocar bilhetes com a Mary, e o professor viu. Ele mandou que ela compartilhasse com a classe...

– E ela não fez. Acertei? – disse Jorge.

– Ela o encarou, séria, e disse: “O senhor sabe guardar segredo?”. Ele encarou de volta e, com muita ironia, disse que sim, e sabem o que essa doida respondeu? “Pois eu também”. Todo mundo deu risada! Foi hilário! Principalmente a cara dele! Então ele disse “Detenção Srta. Prince, na minha sala, às 19 horas”. Antes que ela rebatesse, o sinal tocou. Quando estávamos na porta, ela virou para ele e disse, com um sorrisinho no rosto “Ate mais tarde Professor Snape”.

– Você é louca Violet. Realmente propensa a quebrar regras... – brincou Hermione.

– E, pra finalizar o dia, ela discutiu duas vezes com Draco Malfoy, e venceu as duas.

– Uau... Se você não fosse uma sonserina seria uma Weasley – disse Fred.

– Eu seria? Por quê?

– Porque esses dois também são propensos a quebrar regras... O tempo todo. – disse Rony.

– Então vamos nos dar bem... – disse eu, sorrindo.

– Mas não se esqueça do Snape... faltam dez minutos para a sua detenção. – lembrou-me Alessa.

– 10?! Hoje eu levantei com o pé esquerdo... Até mais pessoal! – disse eu, saindo correndo pelo salão na direção da sala de poções, aonde cheguei ofegando e, após parar para recuperar o fôlego, bati na porta.

– Entre. – disse ele, com a voz fria – Está atrasada. Sente-se.

Essa será uma longa noite...

– Srta. Prince, não quero que acredite no que o Prof. Lupin disse.

– Qual parte?

– Que somos iguais. Não pense que é verdade, pois não é.

– Tem razão, não somos iguais. Eu só provoco quem me provoca, nunca começo uma discussão, apenas a finalizo. – provoquei.

– Como fez com o senhor Malfoy hoje? Eu ouvi a discussão.

– Todos ouviram.

– Não, acho que não entendeu. Eu estava saindo da sala quando vocês começaram a discutir. Só não te dei outra detenção porque, além de ele não entregá-la, estava errado.

– Por que ele me chama de sangue-ruim? – perguntei curiosa, quase em desabafo - Não fiz nada pra ele, aliás, não fiz nada pra ninguém.

– É a natureza dos Malfoy, se acham superiores a tudo.

– Mas não são. Tenho certeza que a “sangue-ruim” da minha amiga, que é sangue-puro, é muito melhor que ele em vários aspectos...

– Por que se importa? Não deveria dar atenção a comentários desse tipo...

– Se o insulto fosse apenas a mim, não ligaria, mas ele falou de mim e da Mary. Tenho gênio forte e insultar meus amigos na minha frente me faz explodir. Não sou de levar desaforos pra casa.

O Prof. Snape me olhou intensamente, nesse momento, senti uma tontura e fechei os olhos. Ele... está invadindo minha mente!

– Sai da minha cabeça! – disse eu, abrindo os olhos e me levantando, enxugando uma pequena lágrima que caiu com os pensamentos que ele encontrou. – Posso estar em detenção, mas isso não significa que pode invadir minha mente sem meu consentimento! – quando percebi estava andando pela sala, gritando com o professor.

– Me desculpe Srta. Prince, fiquei apenas curioso.

– Da próxima vez que ficar curioso, basta perguntar.

– Se eu perguntasse não iria responder.

– É claro que não, são assuntos que dizem respeito apenas a mim.

– Sente-se. – mandou enquanto eu ainda esperava uma repreensão pela “rebeldia” - Responda-me uma última pergunta. O que foi aquilo com o bicho-papão?

Pensei em mentir, ou dizer que não importava, mas algo em seus olhos me fez contar a verdade. Apesar de ser muito seco e frio, algo dentro de mim dizia que eu podia confiar nele... Espero que não me decepcione.

– Várias pessoas já me perguntaram a mesma coisa hoje. “Você tem medo de uma fumacinha cinza e de uma mulher chorando?” – falei imitando o Malfoy – Não costumo temer nada, mas algo tinha que aparecer. Então pensei no que mais me incomoda: a solidão, a não aceitação. O que tenho medo não é a forma que todos viram, e sim a sensação. Minha vida toda fui tida como ‘a estranha’, nunca tive amigos. O que todos sentiram naquela sala eu sinto o tempo todo. O frio que chega a arrepiar a alma, pessoas chorando... Essa é a sensação de se estar sozinha a vida toda.

Quando terminei, a expressão do professor mudou, era como se me entendesse... Percebi que meus olhos estavam úmidos, então os limpei rapidamente. Não deveria falar tudo isso logo de cara.

– Mais alguma pergunta professor?

– Pegue o pergaminho em cima da mesa e siga as instruções. Só sairá dessa sala quando terminar. – disse ele, mas sua voz não era mais tão fria ou distante, e sim... melancólica.

– Claro. – concordi pegando o pergaminho e lendo.

Um sorriso passou pelo meu rosto, já que a maioria das poções que ele pedia eu já conhecia.

– Algo a diverte?

– Não senhor, é que a maioria das poções desse pergaminho eu já preparei e, modéstia à parte, ficaram perfeitas.

– Então prove – disse ele com um sorriso irônico.

Espere... Severo Snape sorrindo? Ironicamente, mas, sorrindo?!

Sem pensar, correspondi ao sorriso e, pegando os ingredientes no armário, comecei a preparar. Um tempo depois estavam todas prontas em seus devidos frascos para serem entregues, mas quando me deparei com a última, meu sorriso desapareceu.

Ah não, de novo não...

– Algum problema Srta. Prince?

– Na verdade, sim – minha expressão era séria, pensativa – Eu já preparei essa última uma vez, mas não deu muito certo...

– E o que seria esse “não deu muito certo”?

– Digamos que ela explodiu e eu fiquei com o cabelo vermelho por uma semana... E com uma coceira terrível... Pensei até em comprar sabonete anti-pulgas. – brinquei, conseguindo um meio sorriso dele. – Espera... – disse eu, lendo as últimas instruções e finalmente percebendo onde eu tinha errado. – É claro! Como não pensei nisso antes? – comecei a falar sozinha.

Em poucos minutos consegui terminar a poção, porém, faltava o último ingrediente, e sempre explodia nessa hora. Peguei as folhas e, calmamente, joguei no caldeirão fechando os olhos. Uma pequena explosão foi ouvida e abri os olhos imediatamente, observando a poção.

– Eu... não acredito! – disse eu, com um sorriso de vitória nos lábios. Aparentemente tinha conseguido corrigir um erro extremamente idiota.

Até que a detenção não é ruim...

Peguei o último frasco e o enchi com o elixir preparado, arrumei os dez frascos em fileira, limpei o balcão e guardei tudo.

– Aqui está professor. – disse entregando todos os frascos em suas mãos.

– Pensei que tivesse problemas com esse último... – disse ele, sugestivamente, após analisar cada um deles.

– E eu tinha, mas então eu percebi onde estava meu erro... Está correta?

– Sim, Srta. Prince, todos os frascos estão perfeitos. – disse ele e, mesmo com o ar sério e frio, pude perceber um tom de orgulho e surpresa em sua voz.

Meu sorriso se abriu ainda mais, e ele ficou me encarando por alguns segundos.

– Espero não te ver novamente em detenção, Srta. Prince.

– Se em outras detenções eu for corrigir meus erros na matéria, como hoje, vou voltar com mais frequência...

– Srta. Prince. – repreendeu.

– Eu estava brincando, desculpe! – disse eu, finalmente rindo de verdade.

– Pode voltar para o seu quarto Srta. Prince. Está tarde e tem aula amanhã. Não se atrase novamente.

– Eu nunca me atraso, tive apenas um pequeno problema com o sono essa manhã... Mas, não se preocupe, não pretendo me atrasar para as aulas. Com licença professor. – disse eu, saindo de sua aula e seguindo para o dormitório com um sorriso nos lábios.

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Notas finais do capítulo

E então?? Gostaram? Mereço reviews??Antes que alguém pergunte sobre a reação do Snape com a Violet, vou explicar no próximo capítulo... Por favor, não deixem de comentar!!