The Orphan - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 6
Capítulo 4 - Reflection


Notas iniciais do capítulo

Vocês não sabem o quão feliz estou!! Em apenas 4 capítulos já tenho 11 leitores, 13 reviews e 1 recomendação!!! Queria agradecer à NathaliaLopezlobo pela recomendação maravilhosa!!Voltando para o capítulo, como eu disse, esse é totalmente sob o ponto de vista do Snape, e já vou avisando que vou alterar os "dados técnicos e históricos" dos feitiços e das poções...



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"Reflexão"

– Snape – 1 de setembro de 1993

Outro ano se passou, porém, nada mudou. Novamente, Minerva McGonagall traz os novos alunos. Devem estar maravilhados... Olhei para os primeiros da fila e logo desisti, nada me surpreendeu.

– Agora vamos à seleção, quando eu chamar seus nomes, deem um passo a frente, sentem-se no banco e o chapéu seletor fará o resto – disse Minerva, chamando um a um. - Agora os alunos que foram transferidos diretamente para o terceiro ano. - outros dez alunos foram chamados, e quando a mulher olhou para o pergaminho novamente, seus olhos se arregalaram. Todos olhavam para ela, esperando.

Ela nunca hesitou... O que será que aconteceu?

– Violet Prince?

E então a maioria dos professores me encarou, afinal, o sobrenome Prince é muito famoso no mundo bruxo, é a minha família, mas eu era o único ainda vivo. É natural estranharem, mas os olhares indiscretos dos professores estavam me incomodando. Odeio ser o centro das atenções. Depois de encarar o tal Lupin, uma desgraça para a escola, percebi que uma menina se aproximava.

Normalmente eu não observava os alunos, mas algo nela me era estranhamente familiar... Sua pele era branca como a de uma boneca de porcelana, os olhos azuis destacavam seu rosto, assim como o cabelo negro que caia sobre o ombro, até o meio as costas... e pelo que vi, não gostou dos olhares que lhe foram dirigidos.

Idiotas.

– Eu sei muito bem o que fazer com você: Grif... – começou o Chapéu em voz alta minutos depois, mas, repentinamente, parou. – Não... Mas...

O que esse chapéu doido está tramando? Ele claramente a colocaria na Grifinória, mas parou. Agora todos encaram a garota como se fosse uma aberração.

Por que você se preocupa?

– Por Merlin! – continuou o Chapéu, assustando boa parte dos presentes - Sinto muito minha cara, mas a casa de Godric Gryffindor não é o seu destino. Melhor que seja... Sonserina!

Obviamente todos ficaram surpresos, afinal, a menina ira para a Grifinória e do nada o chapéu mudou para Sonserina. Eu, no entanto, fiquei extremamente curioso com outra coisa...

Aquela garota me é realmente familiar.

Por alguns minutos fiquei encarando-a, e ela percebeu, pois correspondeu e, ao contrário do que pensei, não recuou. Quando resolvi deixa-la em paz, Dumbledore começou seu costumeiro discurso falando sobre os dementadores e as demais regras. Uma perda de tempo, já que toda regra parecia ter um chamado para ser quebrada.

– Agora, falando de coisas mais agradáveis. Gostaria de dar as boas-vindas a dois novos professores este ano. – continuou– Primeiro, o Prof. Lupin, que teve a bondade de aceitar ocupar a vaga de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. - algumas palmas foram ouvidas, principalmente entre Granger, Weasley e Potter. Com certeza estavam tramando alguma coisa.

Lupin... Era uma vergonha para Hogwards receber um “lobo” como professor... Como ele ensinaria a se defender das trevas se em luas cheias ele se torna um mostro das trevas? Insisti com Dumbledore que eu poderia ser o professor de DCAT, mas ele apenas disse “Você é de longe o melhor professor de Poções que Hogwards já viu, não vou perdê-lo”. Patético.

Enquanto eu pensava nas “desculpas esfarrapadas” de Dumbledore, me peguei observando novamente a garota, e neste momento ela me encarou. Algo em seu olhar mostrava... desafio.

Ela está me desafiando?!

Dumbledore em seguida falou sobre o segundo contratante, Hagrid. Outro absurdo! Assim que terminou, a mesa da Grifinória se agitou com a ‘novidade’.

– Bem, acho que, de importante, é só o que tenho a dizer. Vamos à festa! – finalizou o diretor, dando espaço para que as travessas e taças de ouro diante das pessoas se enchessem de comida e bebida. Percebi que a garota nova se encantou com tudo, mas não parecia muito surpresa. Passei o restante do jantar como sempre, quieto, e logo depois me recolhi para meu quarto.

– Snape - 2 de setembro de 1993 -

Os corredores de Hogwarts novamente eram preenchidos por pessoas conversando e brincando. Já tinha repreendido vários alunos, uns corriam, alguns gritavam e outros incomodavam os colegas. Estava me aproximando da minha primeira aula do ano, mas, assim que dei a volta na “esquina” do corredor, percebi duas alunas na porta da sala, ofegantes.

Atrasadas no primeiro dia!

Uma delas, que estava de frente para mim, assim que me viu avisou a outra e entrou correndo. Assim que entrei na sala, como sempre fazia, encarei os alunos que me olhavam e me dirigi para minha mesa. Para minha sorte, as meninas atrasadas estavam logo na primeira carteira.

– Srta. Addams, acorde mais cedo da próxima vez, e procure chegar ao mesmo horário que seus colegas. – disse eu, encarando-a.

– Mas professor, ela não chegou atrasada... – disse a outra, tentando interceder por ela.

– E você seria? – perguntei, percebendo que se tratava da aluna nova.

– Violet Prince.

Prince. Por que tenho a impressão de que a conheço?

– A aluna nova. Foi a senhorita que estava com ela, certo?

– Sim. E só pra constar, não estávamos atrasadas, afinal, ainda não tinha professor na sala de aula.

Todos, que já estavam em silêncio, começaram a cochichar, surpresos. Está realmente me contestando?

– Srta. Prince, hoje tiveram sorte, mas espero que a situação não se repita. Da próxima vez, não entrarão. – finalizei, encarando-a friamente. – Abram os livros na página 275.

Comecei a explicar a matéria e, como sempre, todos me olhavam com atenção, menos uma.

Outra como o Potter.

– Srta. Prince, deve se sentir extremamente confiante a ponto de não prestar atenção na aula, com certeza sabe a matéria toda. Então me diga qual o terceiro ingrediente da poção que mencionei?

– Eu... – começou, confusa. É claro que não sabe, não prestou atenção.

– Menos 10 pontos para sonserina. – disse eu – Como dizia...

– Hellebore. – disse ela, elevando o tom de voz.

– Como disse? – perguntei raivoso.

– O senhor me perguntou se eu sabia o terceiro ingrediente da poção. Hellebore.

Ela me encarou, como se estivesse me desafiando, e seu olhar insolente me irritou profundamente. Vi que todos recuaram, mas ela parecia se divertir.

– Está certo professor? – perguntou-me, com uma cara de anjo. Todos poderiam acreditar nela, mas eu não. Ela com certeza estava rindo muito por dentro.

– Sim Srta. Prince, está correto.

– Então minha punição está errada.

– Srta. Prince... – comecei repreendendo-a, porém, ela me interrompeu.

– Se me lembro bem, o senhor tirou 10 pontos da Sonserina por eu não responder a pergunta. Mas não respondi porque o senhor não me deixou continuar. Minha resposta está correta, e nesse caso, a perda dos pontos é injusta. Na verdade, eu deveria é ganhar pontos para minha casa... – seu sorriso era cínico e vitorioso.

Como ela soube responder a pergunta sem prestar atenção na aula?

– Vejo que é observadora Srta. Prince. Tire-me uma curiosidade. De qual escola foi transferida?

– Nenhuma. Estudei sozinha desde os 11 anos. Posso te afirmar que sou inteligente o suficiente, e me esforço o bastante.

Se antes eu estava com raiva, agora estava pior. Aproximei-me de sua mesa, apoiando minhas mãos na madeira, e enquanto a garota ao lado se afastava na cadeira, ela não se moveu, num sinal claro de que não se assustava.

Pois bem, se ela quer me desafiar, que seja. Não vou voltar atrás sem uma prova de que ela realmente sabe a matéria.

– Se é tão inteligente, responda-me: quais os ingredientes da poção Morto-Vivo?

– Losna, raízes de valeriana, raiz de asfodelo em pó e vagem suporífera. - respondeu sem ao menos pensar.

– Veritaserum?

– Penas do dedo-duro – eu estava na sua frente, e, para mostrar que não se amedrontava, levantou-se. Garota insolente!

– Poção Wiggenweld.

– Casca de Wiggentree, muco de verme gosmento, moly e ditamno – correto novamente.

– Sente-se. – mandei antes que começássemos uma discussão. Ela realmente sabia a matéria e muito mais, seu raciocínio era rápido.

Ela está certa, mas não vou me desculpar.

– 50 pontos pra Sonserina. – disse eu, me afastando e continuando a explicação.

Pelo restante da aula me mantive o mais afastado dela que pude, sabia que seu gênio forte combinado ao meu não daria certo. Porém, em determinado momento, percebi que ela trocava bilhetes com a menina ao lado. Mary Addams.

– O assunto desse bilhete deve ser de extrema importância, Srta. Prince. Poderia compartilhar com a classe?

– O senhor sabe guardar segredo? – perguntou, olhando-me séria.

– Oh, mas é claro Srta. Prince. – respondi no tom mais irônico que pude.

– Pois eu também – disse ela, me encarando descaradamente.

Senti meu sangue ferver, nenhum aluno falava assim comigo e ela não seria a primeira.

– Detenção Srta. Prince, na minha sala, às 19 horas. – meus olhos ferviam de raiva, só não rebati ao seu desaforo pois acabaríamos discutindo. Percebi que ela iria falar alguma coisa, mas antes disso o sinal tocou. Todos os alunos arrumaram suas coisas e saíram, e ela, antes de passar pela porta, dirigiu-me um sorriso irônico.

– Até mais tarde Professor Snape.

Como ela se atreve?! Garota insolente! É pior que o Potter e a Granger juntos!

Levantei-me com a intenção de tirar aquele sorriso de seu rosto, mas parei assim que a ouvi conversando com Mary Addams.

– Por quê? Porque ele é o Snape! O mais assustador dos professores!

– Por favor Mary, ele é apenas um professor. Eu não tenho medo dele. – disse ela, elevando o tom de voz.

– Você definitivamente é louca!

– Acho que é de família.

– Por que, seus pais são loucos?

– Não sei. Cresci num orfanato. Mas devem ser, afinal, vim de algum lugar certo?

– Ora, ora, se não é a sangue-ruim Addams e a abusada da Prince. – Malfoy.

O pouco que conheço dela e o muito que sei dele, com certeza vão discutir.

– Não sou sangue-ruim.

– Então você cresceu num orfanato? Deve ser sangue-ruim também...

– Quem é você garoto? – perguntou ela, impaciente.

– Draco Malfoy.

– Ahh... Malfoy... Já ouvi seu nome em algum lugar...

– Violet... – pediu alguém, provavelmente a amiga Addams.

– É claro que já ouviu falar. Os Malfoy são os sangues-puro mais conhecidos do mundo bruxo! Até uma sangue-ruim saberia... – continuou ele.

– Na verdade, ouvi o nome Malfoy há... Hm... Onde foi mesmo? Ahhh sim, agora me lembro! Li o nome Malfoy num dos meus livros, “A escória do mundo bruxo”.

– Olha como fala Prince!

– Eu falo do jeito que eu quiser, Malfoy. E não se atreva a chamar a mim ou qualquer um de meus amigos de sangue-ruim na minha frente novamente ou vai se arrepender. – disse ela, ameaçando-o.

Ela é muito abusada... E pelo jeito, não leva desaforos pra casa. Devo admitir que o Chapéu Seletor fez uma boa escolha em colocá-la na Sonserina.

– Vou é? Até parece que alguém como você pode fazer algo contra mim! – disse, convencido. Nesse momento, ambos estavam em frente à sala, dando-me uma visão privilegiada do rosto do Malfoy.

– Você não é superior a ninguém Malfoy, todos caem, e você vai cair.

– Profetizando? – disse ele, escondendo o medo que vi em seus olhos.

– Não, apenas avisando. Você não me conhece, e não faz ideia do que eu sou capaz.

Isso já foi longe demais...

– O que está acontecendo aqui? – perguntei.

A garota continuava a encarar o Malfoy, e algo me diz que é para deixá-lo em alerta...

– Não está acontecendo nada professor. Apenas o Malfoy me parabenizando pelos pontos que ganhei. – respondeu, com um sorriso no rosto – Não é Malfoy?

– C-claro! Só... parabenizando. – completou ele tentando sorrir também, porém, sem sucesso.

– Com licença professor, preciso ir para a próxima aula, como sabe, não posso me atrasar. – até nessa situação ela não perde a chance de fazer ironias – Até logo Malfoy! – gritou, sendo literalmente arrastada pela colega.

– Sr. Malfoy, vá para sua aula, agora.

– Sim professor.

Logo em seguida, fui para a sala dos professores, pensando em tudo que vi na aula e depois dela... A garota me despertava uma curiosidade incrivelmente estranha e inesperada.

Se ela cresceu num orfanato e não conhece os pais... Como sabe tanto sobre poções? Deve ter aprendido com alguém, e essa dúvida está me consumindo de raiva, pois ao mesmo tempo em que mostra ser uma ótima aluna, confiante em tudo que fala, também se mostra incontrolável, seriamente propensa a confusões, com temperamento forte e um olhar insolente desafiante que me irrita profundamente.

Estava perdido em pensamentos quando a porta da sala se abriu. Lupin.

Que ótimo, ele trouxe seus alunos...

Decidi-me por deixar a sala, mas assim que a vi minha curiosidade falou mais alto e fiquei. O Prof. Lupin conduziu sua turma até o armário, que balançava.

Vamos ver se ele é realmente um bom professor...

Quando ele apontou para o armário, que bateu na parede, todos os alunos se assustaram, menos ela. Um sorriso apareceu em seu rosto, e percebi que seus olhos brilharam.

– Não se assustem, o que está aqui dentro não vai lhes fazer mal. Alguém arrisca um palpite do que é? – uma das mãos dela se levantou, sem hesitar – Srta. Prince?

– É um bicho-papão. – disse ela, extremamente segura.

– Muito bem Srta. Prince, 10 pontos pra Sonserina. Bichos-papões gostam de lugares escuros e fechados, como guarda-roupas, o vão embaixo das camas, os armários sob as pias... Este aí se mudou para o armário ontem à tarde, então pedi ao diretor se poderia deixá-lo aqui para uma aula prática com meus alunos.

– Mas ele não é tão perigoso a ponto de precisar de um cão de guarda... – disse ela, fingindo inocência, claramente referindo-se a mim.

Insolente!

– Como eu disse, não vai lhes fazer mal. Então, a primeira coisa que devemos perguntar é: O que é o bicho-papão? – e assim continuou ele, explicando sobre a criatura. Não prestei atenção em uma palavra sequer, tudo que eu via era a garota Prince, com um sorriso de satisfação no rosto. – (...) Alguém sabe?

– Riddikulus. – respondeu ela, atraindo a atenção dos demais alunos.

– Muito bem Srta. Prince, pelo que vejo, entende bem do assunto. Saberia mais algum detalhe do feitiço?

Agora vamos ver se sabe mesmo.

– Se me lembro bem, para repelirmos o bicho-papão devemos fazê-lo tomar a forma de algo engraçado, já que o “inimigo” dele é o riso. Pra isso o Riddikulus.

– Exatamente. E é agora que vamos demonstrar.

Eu não conseguia desviar meus olhos, tudo nela me parecia extremamente familiar e eu estava disposto a encontrar a resposta.

– Por favor, façam fila. Quem quer ser o primeiro?

– Professor, acho que quem deveria ser o primeiro a “testar” essa teoria é a Prince – disse Draco – Afinal, ela sabe tanto a respeito dele... – debochou – Se não estiver com medo, é claro.

Certamente, seu comentário teve o intuito de provocá-la.

– Hm... Srta. Prince, gostaria de ser a primeira ou quer esperar? – perguntou Lupin.

– Eu não tenho medo Malfoy. – disse ela, baixo o suficiente para assustá-lo – E sim, eu gostaria, mas apenas se o Sr. Malfoy responder à sugestão.

É incrível como seu pensamento é rápido... Mal recebeu um deboche do Malfoy e já está revidando! Inexplicavelmente, eu sabia o que ela iria fazer, e isso me agradou.

– Sugestão? – perguntou ele.

– É claro. Você sugeriu que eu fosse a primeira, insinuando que tenho medo. Pois eu aceito sua sugestão, e acrescento que não tenho medo. Mas só vou se você for logo atrás, provando que também não tem. – seu cínico sorriso era evidente.

– Sr. Malfoy? – indagou Lupin. Todos olharam para ele, esperando.

– Eu... Eu... T-tudo bem. Você primeiro, Prince.

– Que cavalheiro Malfoy. – ironizou, aproximando-me do armário.

Ela é incrivelmente fascinante. Nunca conheci alguém assim.

– Certo, Srta. Prince. Vou abrir o armário e quero que pense no que tem mais medo. Todos prontos? – com um aceno geral, ele continuou – Agora, vamos nos afastar, para você ter mais campo livre. Tudo bem? Certo, no três. Um, dois, três!

E então, com o balanço da varinha, as portas do armário se abriram bruscamente, fazendo todos recuarem. Menos ela, como era de se esperar. Continuou parada, observando o escuro do armário. Fiquei ainda mais curioso. Se ela é tão atirada, do que tem medo? Todos a encaravam, esperando. Por um instante vi algo em seus olhos, e entendi o que significavam. Ela não tinha medo de nada, estava apenas pensando no que deveria aparecer no armário.

Assim que a certeza passou em sua face, uma fumaça cinza se espalhou pela sala e um frio cortante se instalou, com o som de uma mulher chorando e galhos se cortando cada vez mais fortes. Todos estremeceram enquanto uma lágrima solitária desceu por seu rosto. Ela não estava com medo. Estava... triste?

Riddikulus! – disse, apontando a varinha. A fumaça se dissipou, e em seu lugar, risadas de crianças se fizeram ouvir, sendo impossível não acompanhar. Todos riram, menos ela, que apenas sorriu e se afastou, limpando os vestígios da lágrima. - Malfoy.

– Então você tem medo de uma fumacinha cinza e sons de galhos? Sério Prince? – disse ele, fazendo-a virar em sua direção. Esperei por mais uma discussão, mas não veio.

– Foi por isso que você tremeu dos pés até o último fio de cabelo? – a vergonha passou pelo rosto do Malfoy, foi pego em flagrante. - Como eu sei? Digamos apenas que tenho um... bom pressentimento. Sua vez. - Draco Malfoy, sem saber o que dizer, avançou para o armário, todos o observavam atentamente, porém, meus olhos não deixavam os dela, que correspondeu, desafiando-me silenciosamente.

Bom pressentimento? O que ela quis dizer?

Durante o restante da aula, dividi minha atenção entre a Srta. Prince e os outros alunos, para que ninguém percebesse meu interesse na menina.

– Muito bem, parabéns à todos! E aqueles que hesitaram, lembrem-se: não se deixem dominar pelo medo, enfrente-o! – disse Lupin, finalizando a aula – Agora a lição de casa. Quero um relatório de dois pergaminhos sobre os bichos-papões para a semana que vem. Por hoje é só, podem sair. Todos estavam eufóricos, sendo que a maioria mostrava-se satisfeita com o novo professor.

Infelizmente, ele é bom. Um tanto... animado demais.

– Srta. Prince! Por favor, espere um momento... Gostaria de falar com a senhorita por um instante. – assim que ela se virou, seus olhos encontraram os meus, e vi a dúvida neles.

– Claro. – sorriu. Nem parece a menina insolente que me desafiou na aula.

– Srta. Prince, por favor, sente-se aqui. – disse ele, apontando para um sofá velho, no lado oposto ao que eu estava, me dando uma visão privilegiada do rosto dela. - Me desculpe pela pergunta, mas realmente fiquei impressionado. Você veio transferida de qual colégio?

– Na verdade nunca estudei em colégio de magia, aprendi tudo que eu sei sozinha. – pelo olhar, poderia jurar que acrescentou algo mentalmente. Ahhh garota, o que esconde?

– Incrível. – disse ele, admirado e incrédulo. Ela o olhou com descrença.

Finalmente a onça vai se revelar...

– Desculpe professor, mas eu acho perfeitamente normal. Se aprendi tudo que sei hoje, foi por mérito próprio. Estudei e li muito, posso garantir que, se temos o incentivo correto, podemos fazer qualquer coisa. Inclusive aprender magia sozinha – sua voz mostrava clara indignação.

Eu pensaria o mesmo, afinal, ele praticamente a ofendeu.

– É claro que sim, e concordo com você. Não adianta nada os alunos terem bons professores, se não treinarem e não possuírem o incentivo necessário para aprender. Eu apenas me surpreendi com o seu nível de aprendizado. Primeiro conjurou o Patrono perfeitamente e, se não estou enganado, já conhecia o bicho-papão...

O que? Ela conjurou o Patrono? Mas é assunto de último ano! Mais dúvidas apareceram na minha cabeça, todas sem respostas.

– O Patrono foi um dos primeiros feitiços de proteção que aprendi. E quanto ao bicho-papão... – hesitou. Com certeza esconde algo. – Sim, eu já o conhecia. Na verdade, já enfrentei um ou dois antes. Sou muito persistente professor, e extremamente teimosa, o que contribui para um melhor desempenho. Tenho também facilidade em aprender coisas novas, e quando aprendo, nunca mais esqueço.

– E pelo visto tem forte personalidade também... – disse ele, fazendo-a rir – Lembra-me muito uma pessoa...

– Bem, costumavam me chamar de antissocial, esnobe e bruxa na escola trouxa, claro que acertaram quanto ao ‘bruxa’...

– Sim, com certeza. Cada vez mais se assemelha a uma pessoa. E você a conhece.

– Conheço? – a curiosidade brilhava em seus olhos.

– Sim, você é igualzinha a certo professor de poções... Não é Snape? – disse ele, rindo e olhando para mim.

O que?! Ele me acha parecido com ela? Está me comparando a ela?

Seu sorriso se abriu mais ainda. Só pode estar brincando com a minha cara!

– Bem, se o senhor vê tantas semelhanças, acho que o Prof. Snape encontrou alguém à altura no quesito personalidade – brincou, sendo acompanhada por Lupin.

Ela é muito atrevida.

– Oh sim, com certeza. Isso será divertido... – respondeu o novo professor.

Divertido?!

– Ah, olha só, nosso tempo acabou e a senhorita está atrasada – disse ele assim que o segundo sinal de troca das aulas tocou - Deixe-me escrever um bilhete para o professor. Qual sua próxima aula?

– Transfiguração. Professora McGonagall. – disse ela, em pé ao seu lado.

– Muito bem, aqui está. Peça perdão a ela por mim sim?

– Claro. Com licença Prof. Lupin. Prof. Snape... – acrescentou ela, com um sorriso nos lábios.

– Até logo Srta. Prince. – disse ele, fechando a porta – Ela realmente é igual a você Severo...

– Cala a boca Lupin. – respondi. – Não vejo tanta semelhança assim. Ela não passa de uma garota atrevida e insolente. Desafiou-me várias vezes na aula... – disse eu, o sangue fervendo novamente.

– Mas é por isso que ela te desafiou. Ela tem o mesmo gênio forte que você e os dois juntos não poderia ser bom... – disse ele, rindo.

– Será que dá para parar de rir da minha cara? E ela não vai se safar tão fácil, vou ficar de olho nela... Assim que aprontar, estarei por perto.

– Quem vai aprontar? – perguntou Minerva, entrando na sala acompanhada de Dumbledore.

– Uma menina do terceiro ano. Eu estava dizendo a ele que são muito parecidos no quesito personalidade... – disse Lupin, ainda rindo.

– Deixe-me adivinhar: Violet Prince, certo? – falou o diretor, brincando também.

Eles estão mesmo rindo de mim?!

– Será que dá pra vocês pararem?! Hoje não estou no meu melhor dia! Pra falar a verdade, meu sangue está fervendo de raiva! Então não provoquem! – disse saindo da sala e batendo a porta com toda a força que tinha, assustando alguns alunos que passavam por ali.

Essa menina vai aprender a não mexer comigo... Ah vai!

Como sempre, todos conversavam e brincavam no jantar. Eu ainda estava com raiva, mas assim que vi a garota Prince se levantando, com uma colega, e indo em direção à mesa da Grifinória, minha curiosidade falou mais alta, e, inexplicavelmente, dissipou minha raiva. A observei durante o jantar todo, procurando essas tais “semelhanças” que os professores insistiam em encontrar. Ela ria muito, brincava muito. Eu não faço isso.

Em determinado momento, alguém falou algo e ela olhou na minha direção, procurando por alguma coisa. Sorriu cinicamente, fez outro comentário e, após um “beliscão” do Potter, voltou sua atenção para a mesa. O que ela procurava?

Percebi que os olhos de Minerva não saiam de mim, mas não me importei, continuei observando a garota e, quando percebi, faltavam alguns minutos para a detenção. Do jeito que conversa, vai se atrasar, e dessa vez, estarei lá. Sai discretamente da mesa e passei por uma pequena porta negra, chegando então à sala de poções.

– Já que ela se diz tão inteligente, terá que provar... - disse eu preparando um pergaminho com poções de quinto e sexto ano.

Pouco tempo depois, ouvi uma batida na porta.

– Entre. – pelo modo como entrou, correu para chegar a tempo. - Está atrasada. Sente-se. – mandei - Srta. Prince, não quero que acredite no que o Prof. Lupin disse.

Já não me basta ele e a Minerva me dizendo isso, não preciso que uma aluna se ache semelhante a mim.

– Qual parte?

– Que somos iguais. Não pense que é verdade, pois não é.

– Tem razão, não somos iguais. – finalmente alguém que concorda comigo– Eu só provoco quem me provoca, nunca começo uma discussão, apenas a finalizo. – terminou ela, provocando-me. Não resisti e resolvi sanar algumas curiosidades.

– Como fez com o senhor Malfoy hoje? Eu ouvi a discussão.

– Todos ouviram.

– Não, acho que não entendeu. Eu estava saindo da sala quando vocês começaram a discutir. Só não te dei outra detenção, pois, além de ele não entregá-la, estava errado.

– Por que ele me chama de sangue-ruim? Não fiz nada pra ele, aliás, não fiz nada pra ninguém.

Não sei por que, mas assim que ela me disse isso, vi algo diferente em seu olhar... Seria tristeza?

– É a natureza dos Malfoy, se acham superiores a tudo e todos.

– Mas não são. Tenho certeza que a “sangue-ruim” da minha amiga, que é sangue puro, é muito melhor que ele em vários aspectos.

– Por que se importa? Não deveria dar atenção a comentários desse tipo...

O que está fazendo Snape? Está consolando a garota?!

– Se o insulto fosse apenas a mim, não ligaria, mas ele falou de mim e da Mary. Tenho gênio forte e insultar meus amigos na minha frente me faz explodir. Não sou de levar desaforos pra casa. – essa frase me intrigou bastante, e resolvi fazer algo para desvendar a mente da menina. Com um sussurro mental, utilizei Legilimens e “invadi” sua mente.

Eu estava em um quarto, nele tinham várias camas e, sobre uma delas, uma criança chorava. Aparentemente tinha 9 ou 10 anos, seu cabelo negro era longo e estava preso num rabo de cavalo e vestia um uniforme azul, que mesmo sendo horrível, a deixou com a aparência de uma boneca. Aproximei-me para saber quem era ela, mas então alguém bateu na porta.

– Violet! Saia desse quarto imediatamente!!

– Não! Me deixa sozinha! Pelo menos hoje!

Um barulho forte foi ouvido e, quando percebi, a porta estava aberta e por ela passaram uma velha senhora e um homem.

– Violet Evans Prince, se você não se levantar dessa cama e descer imediatamente, vai apanhar como nunca apanhou na vida! AGORA! – gritou a mulher.

– Eu te odeio! Te odeio! – gritou a menina, que agora chorava muito.

– O sentimento é recíproco. Agora anda, já tomou tempo de mais, não é tão especial assim. Desça, agora!

A menina saiu de sua cama e correu pelo corredor, descendo as escadas e abrindo a porta, eu a segui. Ela apenas parou quando chegou em um balanço de madeira, mais afastado da casa. Ela se sentou no chão e chorou mais alto.

– Ora, ora, se não é a esquisita da Prince? E aí manhosa, vai parar de chorar feito criança ou não? – disse um garoto, ao lado de outros dois meninos e duas meninas.

– Me deixa em paz!

– Vejam, a esquisitona está chorando... Que dó! Senti até pena agora... – disse ele, rindo.

– Cansou de se mostrar na aula? Agora quer a atenção de todos aqui fora também? – perguntou uma menina.

– Se eu respondo as perguntas corretamente, é porque eu tenho capacidade pra isso! – respondeu Violet.

– Capacidade? De que adianta ter capacidade nas aulas se não teve para ter uma família? Se fosse tão especial assim, seus pais não teriam te abandonado num orfanato! Será que não vê garota? Ninguém gosta de você! Nem sua tia! Você é um fardo pra ela, assim como é para todo mundo aqui... A diretora só te aceitou porque ficou com pena... É só o que você causa Prince: pena! – disse um dos outros meninos, humilhando-a.

Violet simplesmente abaixou a cabeça e fechou as mãozinhas pequenas em punho.

– Só porque hoje é o seu aniversário não quer dizer que as coisas vão melhorar... Na verdade, no que depender de mim, ficarão piores! – gritou um dos garotos.

– Me deixa em paz! – gritou Violet, levantando-se bruscamente.

Os garotos a olhavam assustados, e ela, segurando o balanço de madeira nas mãos, lançou na direção deles, atingindo o que estava mais perto, fazendo-a cair no chão.

– Ficou louca garota!?

– Da próxima vez que se aproximarem de mim será bem pior. Saiam daqui! – gritou ela, tremendo de raiva.

Os garotos e as meninas saíram correndo para a casa e Violet, ainda com raiva, virou-se, dando-me uma visão nada agradável. Ela estava vermelha e mordia os lábios fortemente, fazendo-os sangrar. Depois disso, limpou-se e voltou para a casa, onde a diretora a esperava com... algo na mão.

– Sai da minha cabeça! – gritou ela, abrindo os olhos e se levantando – Posso estar em detenção, mas isso não significa que pode invadir minha mente sem meu consentimento!

Ela estava em pé, andava e gritava comigo, e só então percebi que seus olhos estavam úmidos num misto de raiva e tristeza.

– Me desculpe Srta. Prince, fiquei apenas curioso.

– Da próxima vez que ficar curioso, basta perguntar – sua voz era fria e sem emoção.

– Se eu perguntasse não iria responder.

– É claro que não, são assuntos que dizem respeito apenas a mim.

– Sente-se. – mandei, controlando-me para não iniciar uma nova discussão sobre respeitar professores - Responda-me uma última pergunta. O que foi aquilo com o bicho-papão?

Ela sentou-se e me encarou, talvez decidindo se contava ou não.

– Várias pessoas já me perguntaram a mesma coisa hoje. “Você tem medo de uma fumacinha cinza e de uma mulher chorando?”. Não costumo temer nada, mas algo tinha que aparecer. Então pensei no que mais me incomoda: a solidão, a não aceitação. O que tenho medo não é a forma que todos viram, e sim a sensação. Minha vida toda fui tida como ‘a estranha’, nunca tive amigos. O que todos sentiram naquela sala eu sinto o tempo todo. O frio que chega a arrepiar a alma, pessoas chorando... Essa é a sensação de se estar sozinha a vida toda.

Imediatamente, me lembrei da lembrança que vi em sua cabeça, de todos dizendo que ela não era ninguém, que ela era esquisita... Eu sabia como se sentia. Eu já senti aquilo, aliás, senti a vida toda. Também não fui aceito na adolescência, e assim como ela, vivia sozinho.

Seus olhos soltaram uma solitária lágrima, mas ela rapidamente a limpou.

– Mais alguma pergunta professor?

– Pegue o pergaminho em cima da mesa e siga as instruções. Só sairá dessa sala quando terminar.

– Claro. – disse ela, pegando o pergaminho e lendo. E então um sorriso passou pelo seu rosto, não me contive com a curiosidade.

– Algo a diverte?

– Não senhor, é que a maioria das poções desse pergaminho eu já preparei e, modéstia à parte, ficaram perfeitas. – disse ela, ainda com o sorriso nos lábios.

– Então prove – disse eu, não evitando quando um sorriso irônico passou por meus lábios.

Ela pareceu se surpreender, mas, imediatamente, correspondeu e, pegando os ingredientes no armário, começou a preparar as poções.

Durante as próximas horas, fiquei observando-a. Era muito cuidadosa no preparo das poções, lia atentamente cada uma delas e quase nunca seguia as instruções. Pensei em interrompê-la, mas seu sorriso no rosto me impediu, afinal, se estava tão feliz, algo certo deveria estar fazendo. Logo todas as poções estavam prontas em seus devidos frascos, mas assim que ela viu a última, o sorriso desapareceu.

Finalmente alguma que ela não sabe...

– Algum problema Srta. Prince?

– Hm... Na verdade, sim – sua expressão era séria, pensativa – Eu já preparei essa última uma vez, mas não deu muito certo...

– E o que seria esse “não deu muito certo”?

– Digamos que ela explodiu e eu fiquei com o cabelo vermelho por uma semana... E com uma coceira terrível... Pensei até em comprar sabonete anti-pulgas. – seu sorriso era tão inocente que não resisti e a acompanhei com um meio sorriso – Espera... – disse, lendo as últimas instruções – É claro! Como não pensei nisso antes?

Olhei confuso para ela, mas então seu rosto se iluminou, como se tivesse descoberto algo. Em poucos minutos, conseguiu terminar a poção, porém, faltava o último ingrediente, e ela o olhou, temerosa.

Quem diria, ela está com medo de colocar o último ingrediente? Não é pra menos... Essa poção precisa de um ‘timing’ perfeito, se errar um milímetro de segundo, a poção explode e logo aparecem os efeitos colaterais.

Cuidadosamente, Violet pegou as folhas e jogou no caldeirão, fechando os olhos. Uma pequena explosão foi ouvida e logo em seguida as safiras azuis se abriram para observar a poção.

– Eu... não acredito! – disse ela, com um sorriso de vitória nos lábios. Pegou o último frasco e o encheu com o elixir preparado, arrumou os dez frascos em fileira, limpou o balcão e guardou tudo.

Hm... É organizada e paciente...

– Aqui está professor. – disse ela, entregando todos os frascos em minhas mãos. Observei todas com atenção, estavam perfeitas.

– Pensei que tivesse problemas com esse último... – disse, sugestivamente.

– E eu tinha, mas então eu percebi onde estava meu erro... Está correta? – perguntou, com um sorriso de criança travessa

– Sim, Srta. Prince, todos os frascos estão perfeitos. – disse eu, e, por mais que eu aparentasse frieza, estava orgulhoso.

Nenhum de meus alunos do sexto ano conseguiu prepará-la sozinho, muito menos enxergar e admitir o próprio erro. Seu sorriso se abriu ainda mais, e ficamos nos encarando por alguns segundos. Como ela consegue fazer tudo perfeitamente?

– Espero não te ver novamente em detenção, Srta. Prince.

– Se em outras detenções eu for corrigir meus erros na matéria, como hoje, vou voltar com mais frequência...

– Srta. Prince – disse eu, pronto para repreendê-la

– Eu estava brincando, desculpe! – disse ela, finalmente rindo de verdade.

Conheço esse sorriso.

– Pode voltar para o seu quarto Srta. Prince. Está tarde e tem aula amanhã. Não se atrase novamente.

– Eu nunca me atraso, tive apenas um pequeno problema com o sono essa manhã... Mas, não se preocupe, não pretendo me atrasar para as aulas. Com licença professor. – disse ela, saindo de minha aula com um sorriso nos lábios.

Infelizmente, tenho que concordar com o Lupin, ela é parecida comigo...

É organizada e totalmente centrada no preparo de poções e sempre obtém excelentes resultados. Tem um raciocínio lógico rápido e correto. Seus reflexos são bons também, e pelo que vejo, tem domínio em Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas.

E quando vi suas lembranças... A maioria dos alunos nem percebe quando faço isso... Mas ela não só percebeu como conseguiu me expulsar de sua cabeça... Sem contar sua personalidade explosiva e decidida. Ela não tem medo de enfrentar quem quer que seja, consegue irritar qualquer um apenas com um olhar... Se me dissessem que minha filha perdida está em Hogwarts, eu com certeza apostaria nela.

Severo Snape, que besteira você está falando?!

Essa menina teimosa e insolente não é e nunca poderia ser sua filha!


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Notas finais do capítulo

Eu já tive várias ideias de como ela vai descobrir que o Snape é o pai dela, mas ainda não decidi... Então, quero pedir a ajuda de vocês com duas perguntas:1- como o Snape e a Minerva vão descobrir que a Violet é a filha perdida dele?2- como a Violet descobrirá que o Snape é o seu pai?Por hoje é só... Não esqueçam de comentar, afinal, quanto mais reviews e recomendações eu receber, mais rápido eu posto os capítulos ^^Queria muito saber s estão gostando... Quem sabe ganhar um "favorito" de alguém?? :D