The Orphan - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 22
Capítulo 20 - Because You Turned Your Face…


Notas iniciais do capítulo

Heyy!! Aqui estou ^^

Esse capítulo é um pouco parado, mas será preciso pois com ele poderemos entender melhor o que se passa com o "morcegão das masmorras"...



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Because You Turned Your Face…

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"Pois você virou seu rosto"

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http://www.youtube.com/watch?v=xqip4WBOMeY

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– Snape –

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De acordo com os inúmeros livros que já li, a pior dor que existe é a rejeição entre pais e filhos. Jamais acreditei nessa história, afinal, quem inventou essa frase nunca foi vítima do “Crucius” ou perdeu a única mulher que amou. Convenci-me de que era apenas besteira.

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Até hoje.

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Quando Violet estava em perigo, mesmo tendo certeza de que enfrentaria um Lobisomem normalmente, tive medo que algo ruim lhe acontecesse. Tentei pará-la, mas não me ouvia! Num impulso gerado pelo nervosismo, contei-lhe a verdade. Imediatamente parou de lutar e encarou-me com os olhos úmidos. Por algum motivo, não parecia totalmente surpresa.

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Tentei tanto afastá-la! Como uma garota de 14 anos consegue derrubar minhas barreiras desse modo? Quando iria imaginar que um dia me veria frente a ela dizendo ser seu pai?

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No mesmo dia, porém mais tarde, encontrei-a acordada na enfermaria, evidentemente odiava se sentir presa. Era a oportunidade perfeita para que finalmente conversássemos sobre nós e decidíssemos o que faríamos. Naquela noite levei-a para a torre mais alta da ala oeste, que dava visão privilegiada de quase todo o jardim de Hogwards e o lago, assim como a Floresta Proibida. Lillian amava aquele lugar, pois conseguia ver as estrelas à noite e o sol durante o dia. Lembro-me que quando estávamos na alta torre, seus cabelos ruivos chegavam a brilhar com a luz do sol, era uma visão estonteante.

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Por ordens de Dumbledore, o lugar era proibido a todos os alunos e professores, pois além de ser extremamente alto, poderia pôr em risco algum dos estudantes, fora que o acesso era difícil. Nunca entendi exatamente o porquê de tal proibição... Apenas o diretor, Minerva e Ponfrey tinham acesso livre.

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Lembro-me que, durante uma das inúmeras caminhadas pelo castelo durante a juventude, encontrei as escadas por acaso. Quando deparei-me com tamanha beleza, compartilhei com Lillian, que fez-me prometer nunca contar a ninguém. Aquele era o nosso lugar, e, embora eu soubesse que era apenas um amigo, naquela torre me sentia plenamente feliz.

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Desde que Lilly partiu vivo em constante tristeza, sendo que esse lugar meu único refúgio. É para cá que venho quando preciso pensar... É aqui que me dirijo quando preciso senti-la novamente.

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Por isso trouxe Violet para a torre, pois era, de certa forma, muito especial na minha vida. Nossa conversa não foi muito agradável, mas como haveria der ser?

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Violet soltava lágrimas silenciosas o tempo todo, seu olhar transparecia tristeza... mágoa. Percebi que ela tinha certa dificuldade em falar da Lillian como mãe, afinal, Bella disse coisas horríveis a seu respeito.

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Quando soube que eu era sua filha?”, perguntou ela.

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Eu sabia que iria ficar magoada com minha resposta, e assim aconteceu. Violet mostrou-se extremamente rancorosa. Por que tinha que ser tão difícil vê-la chorar? Como um homem como eu, Severo Snape, pode se “sensibilizar” com os olhos tristes da garota à minha frente?!

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“Eu sabia que se eu te contasse que era seu pai, iria me desprezar, afinal, quem não iria depois de tudo que fiz?”, expliquei, numa tentativa falha de me defender. “Você não tinha como saber...”, sussurrou ela em resposta.

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Aquela pequena frase me trouxe tanta esperança! Pensei em tantas coisas! Tantas possibilidades!

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Apesar de explicar tudo que aconteceu, Violet parecia irredutível. Como era teimosa! De certa forma eu até a entendia, afinal, eu sabia de sua existência e desisti, quando descobri que ela era minha filha simplesmente a ignorei e tentei prosseguir com minha vida.

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Tentei argumentar novamente, mas foi então que chegamos ao assunto “Sirius”.

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Sempre o culpei pela morte da Lillian, desejei tê-lo na minha frente para assim vingar-me! Quando Violet contou-me que não tinha sido ele, inicialmente ignorei, mas depois percebi que todos os seus argumentos tinham fundamento!

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Foi então que fiz algo que nunca imaginei-me fazer.

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Assim que a deixei na enfermaria fui até a torre mais alta da ala leste e o confrontei.

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– Flashback on –

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– Severo? A que devo a honra de sua ilustre visita? – perguntou-me ele ironicamente.

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Sirius estava preso dentro de uma “jaula”, onde sempre pensei ser seu lugar.

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– Quero respostas. – afirmei.

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– Por que não usa essa sua mente aguçada e descobre sozinho?!

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– Por que você é quem vai respondê-las! – prossegui – Fiquei sabendo da sua reunião com Pettigrew... Conte-me o que aconteceu.

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– Ora ora, então o papai resolveu ouvir a filha? – debochou

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– Sem brincadeiras Black.

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– Tudo bem... Se é essa história que você quer, é ela que terá. – avisou.

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Logo Sirius contou-me tudo que acontecera. Violet estava certa, ele era inocente! Fora o maldito Pettigrew quem traiu os Potter, levando-os assim à sentença de morte.

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Sem ao menos pensar, apontei minha varinha para a grande fechadura de ferro e destranquei-a.

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– O que está fazendo? – perguntou-me desconfiado.

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– Te dando uma nova chance. – afirmei – Agora vá logo antes que eu me arrependa...

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Black saiu imediatamente da jaula, mas antes que eu desse às costas, agradeceu-me.

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– Sabe, Violet ficaria orgulhosa disso...

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– Ela me odeia. – sussurrei.

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– Não foi o que eu vi na Casa dos Gritos... – insinuou.

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– O que quer dizer?

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– Quando o Harry te acertou ela gritou e praticamente correu para te ajudar, só não fez isso porque o Lupin a segurou antes. – confessou – Ela ficou bem preocupada...

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– Qualquer um ficaria... – contornei - O Potter atacou um professor.

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– A reação dela não foi a de uma simples aluna... – garantiu – Olha, eu não tenho nada a ver com isso, mas se eu fosse você, trataria de conversar com ela... Aquela garota vale ouro!

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– Flashback off –

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Depois daquela conversa me convenci que tinha uma chance afinal. Mas minhas expectativas foram frustradas. Além de obviamente ficar magoada com tudo que confessei, Violet ignorou-me definitivamente.

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E dessa vez não tinha volta.

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Nas aulas dos próximos dias vi a tristeza e a mágoa em seu olhar. Ela já não era a mesma garota, parecia mais distante e desligada. Minerva contou-me da conversa que ambas tiveram, o que realmente surpreendeu-me, e por mais que tentasse, não conseguia entender seus motivos ao afastar-se da vice-diretora. Elas eram inseparáveis!

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Com o decorrer da semana ficávamos cada vez mais distantes. Minhas aulas já não eram como antes, Minerva já não sorria o dia todo e Violet não ousava abrir a boca para nos contrariar. Era como se não estivesse presente na sala.

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Finalmente entendi o significado da frase “a pior dor que existe é a rejeição de um filho”.

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Cada vez que Violet virava seu rosto na direção contrária, uma dor muito grande invadia-me. Nunca tinha sentido algo assim! Eu sabia desde o início que, se nos aproximássemos demais, quando a perdesse sofreria. Isso finalmente estava acontecendo.

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Vê-la partir com seus amigos doeu mais do que eu imaginava. Cada vez que os cavalos davam um passo, ficávamos mais distantes. Seus olhos pousaram-se na varanda em que estava a observá-la e não recuaram.

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Assim que a carruagem deixou os limites da escola, senti-me extremamente vazio e mais solitário que nunca.

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– Perdi minha filha antes mesmo de tê-la... – sussurrei antes de entrar para a escuridão da minha sala.

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Notas finais do capítulo

E então???

Ficou bem curtinho, eu sei... mas o próximo irá compensar... :D