O tempo passou rapidamente. A rotina se repetia todas as manhas. Eu ia buscá-la de manha e deixá-la à tarde. O porshe de Alice e o Audi da Bella passaram um mês inteiro trancados. Em compensação, meu volvo e o nissan do Jasper trabalharam como nunca...

Hoje faz um mês que eu e a Bella estamos juntos. É quinta-feira, mas mesmo assim vamos sair. Eu iria pegá-la as 7h, mas recebi uma ligação as 6h30min.

-Edward? - Eu reconheceria essa voz estridente em qualquer lugar.

-Oi, Alie. Sou eu sim. Algum problema?

-Sabe o que é, Ed, a Bella pediu pra eu te ligar. Ela queria cancelar o encontro de hoje. Afinal, ainda é quinta-feira!

Eu não engoli essa. A sugestão do encontro fora dela mesma. Mas resolvi deixar passar.

-Então amanha?

-Claro.

-Alie.

-Sim?

-Porque ela mesma não ligou?

Ela pensou por tempo demais.

-Alice Swan, por favor, eu mereço a verdade.

Suspirou, resignada e falou:

-Ela não esta se sentindo bem.

-Isso é de hoje?

-Ed, ela deve estar meio doente. Não se preocupe muito com isso, ta?

-Vou tentar.

-Vá dormir. Eu cuido dela, e você vem buscá-la amanha, certo?

-Ok. Boa noite, Alie.

-Boa noite, cunhadinho. Ela disse, animada. Ri contra a vontade.

Demorei a dormir naquela noite. Estava preocupado com a minha Bella. O que será que ela tinha.

Na manha seguinte, Bella não foi à aula.

Eu apareci para buscá-la e novamente Alie disse que ela não poderia ir. Tentei argumentar. Queria pelo menos vê-la, mas aquele projeto de garota não me deixou entrar nem por um decreto!

Na hora do almoço, elas estavam lá. Mas não era a Bella certa. Ela estava meio verde. E no quis comer nada. Eu já estava ficando realmente preocupado.

A semana seguinte se passou desse jeito. Ela ia a escola dia sim dia não, e eu passava as tardes na porta da casa dela, implorando aquela baixinha irritante para me deixar entrar, o que não aconteceu.

Na quinta-feira, ela me ligou.

-Oi, Bells.

-Oi, Ed.

-Como você esta? Melhorou?

Ela riu.

-Melhorei, sim. Mas alie disse que vai me levar ao médico no sábado...

-Ela esta certa. Você ainda não foi?

-Não vejo porquê. Eu estou com uma virose. Só isso.

-Bells, eu sou filho de médico. Fui criado para ir ao hospital por muito menos do que você esta sentindo. Deve ir.

Ela suspirou. 

-Eu sei. Eu já concordei. Mas só no sábado! Alem disso, Rose quer ir comigo. Mas tenho certeza que não é nada grave.

Seu tom sombrio chegou a me assustar. Eu não entendi, mas também não questionei.

-Certo. Sábado, então. Eu levo vocês.

-Não é necessário. Rose e Alie serão suficientes.

-Se você tem certeza...

-Tenho, sim. Eu vou ficar bem. Não se preocupe.

-Esta bem. E então? Quando eu vou te ver? Eu já estou morrendo de saudades...

Ela riu um pouco.

-Eu também estou com saudades. Mas hoje não dá. To meio enjoada de novo. Mas nada vai me impedir de ir à escola amanha!

Eu ri.

-Então eu te pego ai, certo?

-Estarei esperando anciosamente.

Minha noigte também foi pra lá de ansiosa.De manha, eu fui pegá-la. Quando eu vi seu sorriso me esperando na varanda, eu relaxei estantaneamente. Eu adorava vê-la sorrir.

-Oi, minha Bella.

Recebi um beijo em resposta. Abri a porta do carro e ela entrou.

Foi um dia mais tranqüilo. Ela não passou mal na minha frente, mas, pensando bem, eu quase não a vejo.

Fui deixá-la em casa depois. Eu estacionei na entrada de carros, mas, novamente, ela não fez menção de se mover. Costumávamos ficar uns minutinhos dentro do carro, conversando, namorando.

Agora, eu somente a olhava. Uma idéia passava pela minha cabeça, mas eu tinha medo de perguntar. Ela deve ter lido isso nos meus olhos, mas passou um bom tempo me olhando, como se gostasse de como estávamos. Após um tempo, que pode ter sido dois segundos ou dois sculos, ela foi vencida pela curiosidade.

-O que você quer me dizer, Ed? – Eu hesitei. - Fale, Edward.

Suspirei, e acabei falando.

-Bella... quando eu vou conhecer seu pai?

Ela pareceu assustar-se. Eu não entendi o porquê daquela reação. Agente já namorava a um mês! Na verdade a mais e um mês. Eu queria apresenta-la aos meus pais. Queria conhecer o pai dela. Não hoje, mas queria uma data marcada. Eu tinha esse direito, não tinha? Não tinha?

Recuperando-se, ela disse, para o meu espanto.

-Ed, eu não acho que seja. uma boa idéia... Esta muito recente ainda...

Eu ergui uma sombrancelha. Ela entendeu o recado. Um mês não era nada recente. Do nada, a expressão dela mudou de extremamente confusa para totalmente decidida.

-Certo! Você está totalmente certo! Sou sua, Cullen. E de mais ninguém. E meu pai deve saber disso, assim como os seus pais, ainda hoje.

O espamo de felicidade que eu senti quando ela disse que era minha, se foi na parte no “hoje”.Agora foi a minha vez de me assustar.

-Hoje? Tem certeza? Eu acho que preciso de preparação psicológica para isso. E você quer enfrentar os dois lados no mesmo dia?

Ela riu. E se aproximou mais de mim. Apoiando a mão na minha perna, ela sussurou no meu ouvido:

-Não há motivos para esperar. Eu estou completamente apaixonada por você. Não há o que temer. Quero que seja hoje. Quero que seja agora.

As palavras dela misturaram-se ao ar de sua respiração conta a pele do meu pescoço provocando arrepios em todo o meu corpo. Naquele momento, eu não me lembrava de mais nada. De mais ninguém. Éramos só eu e ela, presos em uma bolha de plástico e paixão.

Eu a puxei para minha boca e a beijei lentamente. Não importava o pedido feito. Ali, eu aceitaria qualquer coisa que ela me pedisse.

Se libertando do beijo, ela me olhou e sorriu.

-Vamos conhecer o chefe swan?

Toda a magia e todo o romantismo do momento se dissiparam naquela frase. E aí, pra completar, eu fiz a pergunta mais idiota que somente um otário completo poderia ter feito:

-Ele anda armado?