Supermassive Black Hole

http://www.youtube.com/watch?v=Xsp3_a-PMTw

Dançávamos uma musica bem animada. Ela dançava de uma forma meio provocante demais. Mas eu simplesmente não estava nem aí pra ela. A Bella dançava muito melhor.

Mesmo assim eu me diverti. Voltamos para p bar, rindo muito. Pelo menos a meu ver.

Conversamos animadamente. Ela era realmente muito simpática e em momento algum tentou me agarrar. Rimos mais ainda quando vimos Jasper agarrando Irinia.

No final da noite, constatei que havia me divertido muito. Tanya era de fato uma pessoa muito agradável.

Jasper fez questão de levar Irinia em casa. Ela viera no carro da irmã. Então eu acabei pegando uma carona com a Tanya mesmo. Ela me levou até o hotel. Jasper viria depois. Eu tinha serias duvidas sobre os planos do Jasper de passar a noite do hotel, mas...

-Foi uma noite maravilhosa, Ed.

Eu sorri.

-Também curti muito, Tanya. E desculpe de novo pelo lance da cortada, mas eu queria deixar bem claro que eu não estava aqui para trair a minha Bella.

-Não se preocupe. Eu entendi perfeitamente. Na verdade acho que foi ainda mais legal por causa disso. Dançamos, conversamos, rimos... Só como amigos. Realmente como amigos, sem segundas intenções.

-Que bom! Talvez um dia você possa até conhecê-la.!

Parei na hora. Que idéia era aquela?! Porque ela iria querer conhecer a Bella. Mas ela apenas riu.

-Ed, pelo tanto que eu ouvi falar sobre ela essa noite, eu seria capaz de reconhecê-la andando na rua.

Nós rimos, mas eu corei.

-E então? Nos veremos de novo?

-Provavelmente. Se o lance entre o Jazz e a Irinia der certo...

-Então não. - Ela riu. - Jasper não esta a fim de nada sério. Se eu conheço bem o Hale, Irinia sabia disso quando quis ficar com ele. – Disse, para tranquilizá-la. Afinal, elas eram irmãs!

-Então você pode me dar seu telefone e seu e-mail. Foi muito legal te conhecer, Edward. Acho que essa é uma amizade que eu gostaria de cultivar.

Trocamos telefones e eu subi para o quarto. Estava morto de cansaço. Antes de encostar a cabeça no travesseiro, já estava dormindo.

No dia seguinte, acordei bem depois do meio-dia. Na verdade, dali a algumas horas escureceria de novo.

Eu encontre Jasper dormindo ao meu lado, na cama do outro lado do criado-mudo (não na mesma cama! Na outra! Não vão me complicar, hein?!!).

Fomos para casa. Assim que eu cheguei, eu tomei logo um superbanho. Peguei meu celular e liguei de novo para a Bella. Ela não estava me evitando, estava?

-Oi, Cullen.

É. Ela estava.

-Oi, Rose. A Bella esta?

E-dward, ela acabou de pegar no sono. Disse que se você ligasse, mandasse um beijo e um pedido de desculpas, e lhe disse-se que ela realmente não pode te ligar.

-Tudo bem então. Eu a vejo amanha.

Foi uma noite muito difícil.

Eu quase não dormi. E quando consegui pegar no sono, tive pesadelos com a Bella chorando e gritando de dor, enquanto sangue escorria por seu rosto, emanando de sua cabeça. Eu via, mas não conseguia reagir. Era como se eu estivesse preso no chão. E quando ela finalmente parava de chorar e desfalecia, eu chegava até ela. Ela estava morta. Nessa parte, acordei gritando.

Meus pais chegaram assustados para me ajudar. Eu preferi não falar sobre isso.

Me arrumei, tomei café e peguei o meu carro para ir pegar a Bella.

Quando cheguei a sua casa, eu me assustei. Minha Bells estava na varanda, de pijama. Era apenas um shortinho com uma blusa de alça. Ela tremia de frio. Levava nas mãos uma caneca de café fumegante. Devia estar queimando-lhe as mãos, mas ela não parecia perceber. Seu rosto, vermelho em demasia, denunciava uma noite de choro intenso.

-Bells? Você esta bem?

Ela me olhou como reação ao seu nome. Assim que me viu, ela começou a chorar. Chorava descontroladamente. Eu me aproximei, tomei a caneca de suas mãos e a envolvi em meu braços. Quando vi como ela estava gelada, eu retirei meu casaco e a cobri. Peguei-a no colo e entrei na casa.

-Bells? O que houve?

Eu olhei para Rosalie.

-Eu não sei. A encontrei assim.

-Leve-a para o quarto. O dela é a porta lilás. A porta vermelha é minha e a rosa, de Alice.

Eu apenas assinti e subi as escadas.

Coloquei-a sobre a cama e a cobri. Ela me envolveu com os braços e nos ficamos ali.

-Bells... O que houve com você? Me diz, minha linda. O que eu posso fazer por você?

Eu estava realmente preocupado. Queria vê-la sorrindo, feliz, não daquele jeito. Eu já não entendia. Mas aprecia que minhas palavras só a entristeciam mais.

Depois de alguns minutos, ela parou.

-Vai me dizer o eu te atormenta?

-Eu não quero falar sobre isso, Ed. São só uns probleminhas de ordem pessoal. Fique comigo. Fique ao meu lado e tudo dar certo. Eu só preciso que fique.

Eu a abracei mais forte e recostei a cabeça em seu pescoço.

-Eu ficarei, minha Bella. Se é o que você quer, eu farei.

Alguns minutos depois, ela riu. Eu a olhei, confuso. Sua expressão era mais suave, mas ela não parecia totalmente feliz.

-Temos que ir a aula, não temos.

Eu sorri e assenti.

-Bem, vou me arrumar. Não dá tempo tomar banho, já perdemos a primeira aula.

Nós rimos. Ela se separou de mim com um selinho e entrou no closet.

Eu fiquei deitado na sua cama tentando entender o que acontecera. Oque ela estava me escondendo.

Eu lembrei da minha conversa com Alice ao telefone, lembrei das minhas desconfianças e dos meus receios.

Mas a única conclusão a que pude chegar foi que, se ela quisesse que eu soubesse, me diria. Se não me disse, é porque não preciso saber. Antes que eu pudesse pensar mais alguma coisa, ela saiu do closet.

Foi muito rápida.

-Pronto. Melhorou. Meu casaco vermelho esta lá... Em... Baixo...

Ela parou, me olhando. Não é pra menos! Eu praticamente a devorava com os olhos!

Ela estava usando uma blusa branca de mangas ³/4 com um colete vermelho. Uma meia-calça preta ia do final da bota marron de salto fino, que terminava no joelho, até acima da metade da coxa, onde encontrava com um short xadrez, cinza. Na cabeça, uma boina, também cinza. A maquiagem era forte nos olhos com lábios suaves.

Eu estava hipnotizado! Ela estava perfeita! Lindíssima! Eu não podia parar de admirá-la. Ela sorriu para o meu olhar de cobiça e se aproximou para me dar um selinho.

Tentou se afastar, e talvez fosse dizer algo. Mas eu não deixei. Uma visão incrível como aquela e eu ia me contentar com um selinho?! Esqueça.

Eu a beijei de verdade. Quando interrompeu o beijo e me olhou nos olhos, só ela sorria.

-Como você consegue ficar tão incrivelmente perfeita em tão pouco tempo?

Dessa vez, foi ela que me beijou.

Depois fomos para a escola. Eu tentei esquecer, mas a visão de seu desespero ainda me assombrava.

CARRO DA TANYA