Adults! escrita por Nan3da


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Aff, esse Enem acabou comigo, eu acho que nasci no universo errado. eu devia estar em Hogwarts! Eu demorei pra postar por causa do Enem, ficava lendo aquelas merdas de atualidade que NAO caíram na porra da prova. --' Legal a vida, né? ~momento desabafo~
Boa leitura!



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Chapter 34:

- O que foi mamãe? – perguntou Emma tentando não demonstrar a raiva que sentia naquele momento.

- Vim te acordar para você ir se arrumando para ir na fisioterapia – respondeu Mary sorrindo.

- Ta bom... Você pode, por favor, fazer um café da manhã para mim? Enquanto isso vou me trocando...

- Você não consegue se trocar sozinha Em...

- Consigo! – disse um pouco grosseiramente, afinal, não aguentava mais ouvir “você não consegue isso, você não consegue aquilo”. Poxa, ninguém a deixava tentar!

Mary sabia que não ia adiantar discutir, então deixou a filha sozinha e foi para a cozinha fazer o café da manhã. Emma, se levantou da cama sozinha, para tentar pegar o andador que estava encostado na parede, mas caiu de volta.

- Argh! Eu consigo! – resmungou Emma se levantando e apoiando na cabeceira da cama.

Ela deu um passo. Outro. E mais outro até chegar ao andador. Ela soltou de leve a cabeceira da cama e suspirou aliviada ao sentir que tinha ficado em pé sem apoio. Ela abriu o andador, e se apoiou nele. Caminhou lentamente até o guarda-roupa, que ficava do outro lado do quarto, e abriu uma porta. Pegou uma blusa vermelha, de manga cumprida e a vestiu. Ela abriu uma gaveta e tirou de lá uma calça jeans mais folgada.

- Ta legal... Você consegue! – disse baixinho.

Ela caminhou até a cama com a ajuda do andador, e tentou colocar a calça de todas as maneiras. Ela não conseguia. Sentiu raiva de si por não conseguir isso, se sentiu impotente e chateada. Quando percebeu já estava chorando. Ela largou a calça no chão e apoiou o rosto nas mãos.

- Que droga... Que saco... Eu devo ser uma inútil mesmo! Devem me odiar... Devo ser um fardo pesado para todos. – sussurrou enquanto chorava.

De repente, a porta se abriu e uma Regina pronta para o trabalho entrou no quarto da loira.

- O que houve Em? – perguntou Regina se aproximando da loira.

Ela se ajoelhou no chão, enfrente a loira, e segurou o rosto dela, e limpou as lágrimas que teimavam em cair.

- Como você me aguenta? Eu devo ser horrível! Eu devo ser um fardo pesado para todos vocês! – despejou tudo o que estava sentindo – Eu sou uma inútil mesmo.

- Calma Em...

- Por que Regina? Me desculpe... Eu devo ser péssima... – dizia. – Eu sou uma filha da mãe!

- Shiii.... – pediu Regina se sentando ao lado dela na cama e a abraçando pelo lado. – Vai ficar tudo bem, calma...

Mas nada. Emma continuava a chorar e a falar aquelas coisas deprimentes até que Regina sussurrou:

- Eu te amo.

Nesse instante Emma ficou calada e olhou nos olhos da morena.

- Você... O que? Como? Eu...

- Shii... Se acalma... – pediu afagando as costas da loira – Respira... E me fala o que houve.

Então Emma contou todas as dificuldades que estava tendo para viver. Contou o lance da calça e se sentiu envergonhada por ter falado aquelas coisas para Regina.

- Calma... Olha só, vou te ajudar, pode ser? – perguntou Regina cuidadosamente.

- Não precisa. – respondeu Emma – Minha mãe me ajuda... Vai te atrapalhar...

- Não vai não – respondeu Regina se levantando e pegando a calça.

Ela ajudou a loira se vestir e quando terminou olhou para a mulher e a viu com as bochechas coradas.

- Eu vou trabalhar. – comentou Regina depois de uns segundos observando a mulher.

- Ta...

- Vamos almoçar juntas?

Os olhos de Emma brilharam e ela abriu um sorriso de orelha a orelha e assentiu.

- Eu venho te pegar, pode ser? – perguntou Regina abrindo um sorriso também.

- Ta bom... Obrigada!

Regina deu um beijo no canto da boca de Emma e foi trabalhar. No caminho para a prefeitura ela parou na floricultura, e pegou um pequeno ramo com flores vermelhas e foi para o trabalho.

Um pouco antes da hora do almoço Regina ouviu a porta de seu escritório abrir. Ela olhou para a porta e se surpreendeu ao ver Emma entrando com o andador.

- Emma! – exclamou Regina se levantando e indo abraçar a loira – Como você veio?

- A Ruby me trouxe... – respondeu Emma retribuindo ao abraço.

- Eu ia te buscar!

- Desculpe... É que eu estava ansiosa, sabe? Sair de casa! – comentou sem jeito.

- Tudo bem...

Regina olhou no relógio e viu que faltavam apenas alguns minutos para a hora do almoço.

- Vamos?

- Vamos!

- Quer ajuda?

Emma não queria ajuda, entretanto queria sentir a mão de Regina na sua. Pele na pele. Ela assentiu e Regina a ajudou a chegar até o carro. Elas foram conversando sobre coisas banais até que chegaram ao restaurante, entraram, fizeram seus pedidos e voltaram a conversar.

- Você está linda – falou Emma a morena, que sorriu sem jeito, mas respondeu brincando:

-Eu não estou linda, eu sou linda!

- Convencida... Mas tenho que concordar – disse sorrindo abertamente.

- Obrigada Em... Também está gata!

- Obrigada Regina...

Elas ficaram em silêncio e logo em seguida o almoço chegou. Elas iam almoçar lasanha e coca cola. Enquanto comiam também conversavam um pouco, até que Emma passou a mão no rosto de Regina, mas logo tirou e tratou de dar uma desculpa:

- Desculpe... Estava sujo.

- Mesmo?

Emma ficou envergonhada, mordeu o lábio inferior e olhou para baixo.

- Em... Não precisa mentir...

- Desculpe.

- Eu sei que você gosta de mim – disse por fim. – Mas eu também gosto de você. Aliás eu amo você. Disse isso mais cedo até.

- Eu tenho medo. – sussurrou Emma.

- De que, minha pequena? – perguntou carinhosamente.

- De você estar somente com pena de mim, sei lá... De você estar se confundindo isso que você chama de amor com outra coisa.

- Por que eu estaria me confundindo? – perguntou Regina delicadamente.

- Porque eu estou feia demais... Eu já era, agora estou mais ainda... Eu estou gorda, e não sou mais independente, olha só pra mim? Não consigo nem ir ao banheiro sozinha!

- Em... Já reparou no que disse? – perguntou Regina – Você disse as características físicas. Beleza um dia acaba Em, cedo ou tarde vai acabar. Eu amo você não pelo seu físico. Claro que ajuda, mas não é só por isso. Eu amo você pelo o que você é. Por quem você é. Pelas coisas que somente você faz, pelas suas virtudes e seus defeitos. Pra mim você é perfeita. É linda, é inteligente, é uma batalhadora... Eu que tenho que ter medo de te perder. Olha só, você tem tudo isso que eu falei, e eu? Eu sou a prefeita, e daí? Qualquer um que cumprir o que promete nas eleições vai ser. O que eu tenho de especial? Beleza. Isso um dia vai acabar.

Emma olhou para Regina com atenção. Nunca tinha parado para pensar daquele jeito.

- Você não é somente a prefeita Regina... Você é linda, amável, carinhosa, é linda... Seus defeitos te completam... Olha só, eu te traí, eu fui uma vagabunda com você. Eu tenho consciência disso. E o que você fez? Me acolheu novamente. Quem faria isso? Quem Regina? Nem meus pais estavam mais me tratando direito. Nem eles aceitavam o que eu tinha feito.

- Viu? Não tem motivo pra me perder Em...

Elas estenderam as mãos em cima da mesa e entrelaçaram os dedos.

- Eu te amo. – sussurrou Emma.

- Eu também Em. – sussurrou de volta.

Elas terminaram de almoçar, Regina pagou a conta – a contragosto da loira – e foram para a prefeitura. Lá Regina pegou as flores que tinha comprado mais cedo e entregou para Emma.

- Poxa... Eu ia fazer isso – falou Emma sorrindo. – São lindas. Obrigada.

Regina se aproximou da loira e a beijou. Foi somente um selinho, mas foi o suficiente, por ora.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Beijoquinhas!